N/a: Oieeee, tô aqui de novo, mimando minhas cerejinhas 🍒

Desculpem os erros, por favor! Eu não tenho tempo para revisar, espeto que me entendam 🦋

──⊰᯽🦋 [ KIM TAEHYUNG ]🦋᯽⊱──

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Era tão novo.

Tão doce, terno e simples que tive medo.

Medo de tudo desaparecer, de abrir meus olhos e perceber que não passava apenas de um sonho, medo de Kate não ser real e de tê-la criado apenas em meus pensamentos...

Mas quando abri meus olhos lentamente, pude vê-la ao meu lado, dormindo serenamente, respirando de maneira calma, os cabelos escuros espalhados pelo tapete velho. Um sorriso escapou de meus lábios e me senti vivo.

Seus olhos se abriram e encararam os meus. Era como duas janelas abertas, onde eu podia contemplar galáxias inteiras por elas, como um campo de borboletas onde eu me sentia calmo e desesperado para jamais sair.

Seus olhos eram diferentes dos de qualquer outra pessoa que já me olhara. Não eram cheios de perversidade, não demonstravam desejo exacerbante sobre meu corpo, não era um olhar sujo como o deles.

O silêncio se instaurou e meus pensamentos velejaram em lugares distantes que me davam arrepios. Meu coraçãozinho se apertou no peito quando me recordei de tudo o que passei naquele lugar.

Nunca entendi o porquê de quererem me afastar do mundo, mas eu nunca me contentei com o que me ensinavam, Min Yoongi havia me dito em um dia qualquer que o mundo lá fora era bonito e grande, então eu decidi que queria o conhecer.

Me senti feliz quando me disseram que alguém iria me comprar. Eu estava preparado, dar prazer, era a única coisa que eu deveria fazer e eu estava tão contente por haver alguém que queria receber o prazer que eu poderia proporcionar. Mas, eu estava ainda mais contente, em saber que iria sair das salas fechadas, conhecer borboletas pessoalmente e contar cada cor existente no universo.

Mas não foi como imaginei.

Alice, assim que me recebeu em sua casa, em um dia que sua família não estava, me olhou com um olhar sujo, bateu em meu rosto, quis que eu a batesse enquanto possuía seu corpo, lembro-me perfeitamente o quanto aquilo me assustou.

Eu sabia todas as teorias do sexo, mas a prática só acontece quando somos retirados do mercado e alguém nos compra. Então imaginem qual foi minha surpresa e desespero, quando no dia seguinte, Alice fez um homem deitar-se comigo e me obrigou a chamá-la apenas de omma, pois eu seria seu baby e teria que obedecê-la.

E de repente, as borboletas não me pareciam ser um sonho do qual eu iria realizar, o universo não parecia ser tão colorido como imaginei, as pessoas não pareciam ser boas, a felicidade que tanto almejei um dia, se tornara um pássaro triste e preso, mas sem alguém que o pudesse libertar.

Mas algo me deixara abismado no terceiro dia depois de ter sido comprado por Alice, debruçado na janela, deixando as cortinas brancas e finas me esconderem, vi a figura de uma garota saindo pela porta de minha nova casa, tinha uma mochila nas costas e andava calmamente até desaparecer pelas ruas.

Antes de anoitecer, a mesma garota reaparecia e entrava na casa, e quando Alice saía, sempre escutava as músicas surgindo do outro quarto, muitas vezes podia ouvir sua voz doce cantando junto com a canção, e eu sempre alimentei a esperança de um dia a ver de pertinho e conversar com a mesma.

Mas eu estava preso, meu destino sempre fôra estar preso por alguém. Eu deveria estar acostumado, era apenas aceitar meu destino, porém, ainda era cedo para acreditar que eu jamais sairia dali.

Foi quando Kate apareceu.

Tão meiga, doce, tão perfeita.

Os dias se passaram e tudo o que eu sentia ao pensar nela, era a vontade de tê-la de uma maneira pura, eu só pensava em seu rostinho e seu jeitinho simples e fofo por toda a noite, era um tanto estranho.

Meu coração batia tão rápido, um turbilhão de estrelas cadentes passeavam por meu estômago me fazendo ficar nervoso, meus dedinhos tremiam como gelatinas de morango e cerejas frescas, e cada vez que via seu sorriso, era como estar entre nuvens macias, onde eu queria repousar e continuar sonhando acordado.

Mas... Aquilo me causava medo, muito medo.

O que eu estava sentindo? Era alguma doença batendo em meu coraçãozinho? Eu estava morrendo e sentindo coisas boas antes disso? Ou era apenas um sentimento novo do qual jamais sentira?

Eu queria saber qual era o nome para aquelas sensações.

Nomes bonitos, pois eram coisas que me faziam bem, eu estava tão feliz que não me importaria ter que ficar sob poder de Alice, se no final eu me sentisse tão bem ao olhar para Lou.

Ter a consciência de que Alice não ser mais minha dona, significava ter que voltar para Tóquio foi o que me motivou a querer ficar, querer conhecer o mundo com a ajuda de Kate, a querer estar perto dela.

___ O que estamos fazendo, Tae? - perguntou com a voz baixa, senti meu corpo arrepiar por completo.

Fixei meus olhos nas galáxias de suas íris e franzi as sobrancelhas, eu não estava entendendo, não pareciar ser errado, não parece ser errado estar feliz de alguma forma.

A cabana abandonada estava com pouca iluminação, apenas algumas frestas iluminavam em feixes de luz, haviam poucos móveis velhos pela sala, uma lareira empoeirada, um piano quebrado ao canto e um tapete velho no chão onde estávamos deitados à poucos centímetros um do outro.

Era perfeito para mim. Mesmo que Kate tenha torcido o nariz quanto deitar-se no tapete, mas me prontifiquei para espanar e o sacudir rapidamente para ficar um pouco limpo.

___ Estamos olhando um para o outro, Lou! - sorri e minhas mãos formigaram para afastar a mecha do seu cabelo que repousara evasivamente em seu rosto.

Mas antes de a tirar, Kate mesma o fez, abaixei o olhar e dei um sorriso fraco.

___ Eu não quis dizer sobre isso, Tae. Eu quero dizer... o que estamos fazendo, tentando fingir que tudo ficará bem quando na verdade não ficará? - disse e tentei entender, parecia tudo muito confuso.

___ As coisas sempre ficam bem, eu acho...

Falei baixinho e a escutei fungar, encarei seu rosto e meu coração frágil como asinhas de borboletas bebês se quebrou, eu nunca gostei de lágrimas, as lembranças eram ruins quanto à elas.

___ Kate, eu falei algo errado? Me perdoe, oh, não chore, por favorzinho! - desesperei-me.

___ Eu estou com medo do que irá acontecer quando voltarmos para casa, Tae. Alice irá...ela irá querer se vingar por isso...

___ Podemos morar aqui se você quiser! - suspirei e limpei as lágrimas de seu rosto com meus dedinhos. ___ Eu posso cuidar de você, limpar o chão e as janelas, podemos até ter um passarinho, mas ele ficará solto, não preso como o de Jungkook. Se você quiser posso também conseguir um tapete novinho e...

___ Ah, Taehyung, você não existe! - Kate sorri baixinho e faço um biquinho.

___ Claro que existo, eu estou aqui, você acha que eu sou um sonho ou uma ilusão? - arregalei os olhos e ela se aproximou um pouco mais, meu corpo travou.

___ É uma maneira de falar, TaeTae...

TaeTae. Dêi um risinho e senti minhas bochechas corarem instantaneamente, ninguém nunca me chamou assim em toda a minha vida. Toy, esse era o meu nome e o qual sempre fôra chamado.

___ Você é tão fofa, Kate! - falei com um sorriso grande, sem me conter de felicidade.

___ Você ficou tão vermelho, TaeTae, por que? - perguntou acariciando minha bochecha.

___ Aish. Eu não sei...

Fiquei ainda mais envergonhado e ela sorriu docemente me fazendo a encarar fixamente.

Analisei minuciosamente cada linha do seu rosto, lembravam um pouquinho os traços de Alice, mas era Kate ali, Kate Lourence.

Meus olhos curiosos percorreram as bochechas que pareciam tão macias quanto maçãs frescas, o nariz, símbolo real de fofura, parei em seus lábios finos e vermelhinhos como morangos.

Senti falta do beijo. Do seu beijo para ser exato!

Alice sempre me beijava de maneira afoita e sem cuidados, perdi a conta de quantas vezes fez meus lábios sangrarem com as mordidas, eram beijos sem cuidado ou carinho, me deixavam assustado, na maioria das vezes.

Mas Lou, me beijava de um jeitinho que sentia meu coração se derreter aos pouquinhos.

Sua boca era macia, doce, viciante, e eu queria a beijar para sempre, não desgrudar jamais e não ter que parar para respirar.

___ Kate? - a chamei a fazendo me encarar profundamente.

___ Eu quero mais.

___ Mais o quê?

___ Mais beijos, quero te beijar de novo.

___ Você irá mesmo me avisar cada vez que for me beijar, Taehyung? - sorriu simplista e fiquei sério.

___ Você não quer que eu te avise?

___ Quando estivermos sozinhos, você pode me beijar o quanto quiser, Tae.

___ Estamos sozinhos, Lou... Eu posso te beijar? - perguntei esperançoso e ela assentiu devagar.

Coloquei minha língua para fora rapidamente para umedecer meus lábios e me aproximei, quebrando toda a distância que insistia em nos separar um do outro.

O primeiro selar foi cheio de cuidados, levei meus dedos até sua bochecha e a acaricie, estiquei o braço a fazendo colocar a cabeça sobre o mesmo e se encaixar ao meu corpo, dobrei o cotovelo e afaguei seus cabelos com a ponta dos dedos, o ósculo era perdidamente viciante e inquebrável.

Seu braço se envolveu em minha cintura e me senti perdido com o simples toque, seu corpo era tão quentinho junto ao meu que me fez arfar baixinho entre o beijo.

Nossas línguas brincavam uma com a outra de um jeitinho único e carinhoso, nossos lábios se encaixavam sem esforço algum, como se o universo houvesse cuidado para que eles se completassem.

Borboletas brancas, azuis, vermelhas, pequenas, médias, grandes, de todas as formas existentes, voavam livremente por meu estômago me causando uma sensação de frio e inquietação, uma inquietação boa e confiável.

Sua mão subiu por minha cintura até chegarem em meu pescoço, ela acariciou minha pele e levou os dedinhos pequenos até meu cabelo, onde puxou alguns fios com uma força moderada.

Paramos por falta de ar, mas não por muito tempo, pois logo tomei seus lábios com mais necessidade. Aquilo era bom, a melhor coisa que experimentara em toda a minha vida, ninguém havia me mostrado o lado bom de um beijo, mas Kate estava me mostrando e eu estava gostando muito.

Me virei com cuidado junto com Lou e fiquei por cima de seu corpo, me apoiando com os braços no tapete para não a machucar com meu peso, paralisei quando a mesma envolveu ambas as pernas em meu quadril e me beijou afoitamente.

Me senti em alerta, mas continuei a beijando. Mordi seus lábios com suavidade e grudei ainda mais meu corpo no seu, meu coração estava acelerado, minha respiração se elevava, sentia a quentura em meu rosto e em lugares perigosos.

Kate afastou seus lábios dos meus e beijou meu maxilar, fechei os olhos e me mantive firme nos braços enquanto seus beijos alcançavam meu pescoço, beijos esses que se tornavam molhados e sugadas com pouca experiência, mas eu estava gostando muito.

Eu sabia quase tudo sobre preliminares, sexo, sedução, prazer, jogos, pontos que podiam levar a loucura apenas com um beijo ou um toque, mas de repente os beijos de Kate eram o suficiente para me acender de uma forma avassaladora.

Mas eu devia ser firme, Kate poderia não se sentir bem. Aprendi coisas que me tornavam muito experiente no assunto, e aprendi a ser muito instenso no sexo, não aprendi como ser "normal" digamos e Kate não merece que eu estrague tudo.

Kate poderia conhecer o mundo das borboletas e cerejas melhor que eu, mas eu conhecia muito bem o mundo do qual me colocaram, o mundo do qual ela não estava acostumada, assim como o seu mundo do qual eu não estava acostumado.

___ Kate? Você está quente? - perguntei com a voz arrastada e abaixei o rosto para a encarar, seus olhinhos me examinavam com curiosidade.

___ Q-quente? - gaguejou e assenti com uma sobrancelha arqueada.

___ Oh, não! - Pigarreou e sorriu fraco.

___ Tem certeza? - suspirei.

___ T-tenho.

___ Por quê está gaguejando tanto, Lou? Você está se sentindo mal, neném? - questionei preocupado.

___ Não. Eu estou bem...

Me afastou e me ergui dado espaço para a mesma se levantar. Suas bochechas estavam bem mais vermelhas agora, tentava arrumar o cabelo que estava emaranhado, sentei-me ao seu lado e tombei a cabeça para o lado.

___ Você gostou do meu beijo, Lou?

Kate parecia não gostar quando eu perguntava algo tão diretamente, mas eu não conseguia evitar, era algo que eu fazia sem ao menos perceber.

___ Gostei.

Respondeu simples e franzi o cenho. Aquilo não me pareceu tão convincente, abaixei o olhar e tentei esconder minha frustração com um sorriso pequeno.

Onde eu ficava, as pessoas costumavam dizer que eu, por mais que me esforçasse, nunca seria o bastante para agradar as pessoas de fora, e eu teria que me encaixar em seus gostos, teria que ser o que elas quisessem que eu fosse, fazer o que elas me impusessem à fazer.

Me lembrei com tristeza de que por mais que Kate houvesse me beijado e me olhado de forma diferente, eu continuava sendo um brinquedo, não seria um coração batendo rápido em meu peito que me faria ser humano.

Brinquedos também tem coração, mas isso não importa tanto...

Senti as lágrimas se formarem em meus olhos, respirei fundo e os fechei na tentativa de não acabar chorando, mas me lembrei que ninguém no mundo seria capaz de amar um brinquedo como eu, foi quando chorei, chorei alto e compulsivamente.

___ Tae, o que você tem? - Kate me abraçou e tudo o que fiz foi chorar como um idiota.

Me agarrei ao seu corpo e a abracei com mais força. Meu coração doía, meu corpo tremia e dava solavancos pelos soluços altos, suas mãos pequenas acariciaram meus cabelos e me senti um bobo por chorar tanto.

___ Você pode me dar amor um dia, Kate? - perguntei com a voz embargada e fechei os olhos com força esperando sua resposta.

___ Tae, eu-

___ Você pode me amar um dia? Me responda, por favorzinho, Lou, por favor! - um soluço rasgou minha garganta e a encarei esperançoso.

Kate tinha os olhos arregalados e vermelhos.

___ Eu...eu posso tentar, Taehyung...

Falou finalmente e senti um fiozinho de esperança me preencher, fechei os olhos mais uma vez e meu choro foi cessando aos poucos.

___ Obrigado, Lou. Obrigado, viu?

O silêncio se instaurou e eu só conseguia agradecê-la baixinho e sussurrado.

──┈⊰᯽⊱┈──

___ Eu fiquei tão preocupado, Aish! - Jungkook dizia enquanto abraçava Kate fortemente.

Um sentimento estranho me fez desejar que aquele toque fosse interrompido e fiz um biquinho insatisfeito.

Esperamos um pouco na cabana, até Kate decidir que era a hora de voltarmos para a casa de Jungkook. Confesso que queria ficar no mesmo lugar, pois foi lá que nos beijamos pela primeira vez e seria o meu lugar favorito no mundo que eu pouco conhecia.

___ Lou...Eu também quero te abraçar! - falei e ambos me encararam confusos.

___ Vocês estavam juntos, por que quer abraçar ela? - Jungkook semicerrou os olhos.

___ Porque Kate tem o corpo quentinho e eu gosto de abraçar ela. - fiz um bico maior e semicerrei os olhos também.

O sentimento que me preencia me deixava confuso. A cada momento sensações diferentes surgiam, era tudo muito novo e intrigante.

Kate tossiu alto e veio em minha direção me abraçando, envolvi meus braços em sua cintura e fechei os olhos com força quando meu nariz roçou em seus cabelos sedosos e cheirosos.

___ Está bom assim? - perguntou baixinho e eu ainda estava muito extasiado com seu cheiro bom.

___ Você tem cheiro de primavera, Lou. Primavera é tão bom, tão maravilhoso...

___ Eu só digo uma coisa, Não digo nada, e acrescento mais ainda, SÓ DIGO ISSO, mas que porra vocês fizeram naquela cabana? Encontraram Deus lá? - Jungkook falou e Kate se afastou de mim abruptamente.

___ kookie, precisamos conversar depois...

___ Ah, esse kookie aí tem coisa! - Jungkook levou as mãos à cintura.

___ Iremos conversar depois, tá bom? - Lou se pronunciou.

O outro me encarou e sorriu perverso.

___ Taehyung não esconde nada, sei que você é bem direto. Então me diga o que fizeram, eu irei te perdoar por ter soltado o Clovis!

___ Jungkook, seu cretino! - Kate o repreende e fico pensativo.

Eu não gosto que fiquem chateado comigo, eu não quero que fiquem, eu não preciso esconder, eu não posso.

___ Nos beijamos muitas vezes hoje e iremos nos beijar por toda a vida! - falei e sorri inocentemente, Kate cobriu o rosto com ambas as mãos e Jungkook cruzou os braços.

Só as borboletas sabiam o quanto eu estava feliz...

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Ah, 100NHOR 🌙🌻🦋🦋🦋

Taehyung, tagarela.. Kkkkkkkk...

Vocês gostaram da narração do nosso bebê?

Ciúmes e amor? Ah, hmmmmm🌻🦋

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🦋 Borboletas para vocês, considerem como sendo o amor do TaeTae e meu por vocês 🦋

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