thirty two ᯽ Promisses
Esse é um dos capítulos mais complexos e melancólicos que eu já fiz. Um dos meus favoritos tbm.
votem, please!
[Alerta: +18🔥]
Haviam dias que eu odiava ser eu.
Dias que eu queria desaparecer.
Mas Taehyung fez uma porta em meu coração; E se ele abrir esta porta e entrar, sempre haverá um lugar esperando por ele. Sei que não há problemas em acreditar, pois isso vai me confortar, esta loja mágica que criamos.
O sol da tarde penetrara a janela de vidro. Percorri meus olhos rapidamente pelo ambiente pouco sedutor; as paredes em verde água claro, as cortinhas brancas, o ar condicionado no quinze e o pequeno armário de vidro e aço no canto oposto do quarto. Embora houvesse uma preocupação em oferecer conforto aos que permaneciam alí, era triste estar naquele lugar por motivos nada confortáveis.
Taehyung mexeu-se mais uma vez na cama, fazendo-me levantar e segurar sua mão livre de agulhas. Meu coração parecia querer entrar em colapso, minhas mãos ainda tremiam e meus olhos queimavam como brasa ardente. Suspirei, vendo-o relaxar novamente e continuar em seu sono profundo.
Antes de me inclinar para depositar um beijo em sua testa, escutei a porta ser aberta e alguém adentrar o recinto. Encarei a médica de longos cabelos louros e sorriso reconfortante na face juvenil.
ㅡ Você precisa descansar, senhorita Lourence. - sorriu, aproximando-se da maca de Taehyung. ㅡ Os batimentos estão normais e não há nenhum perigo de morte.
ㅡ Por quê ele ainda não acordou? - a questionei, preocupada.
ㅡ O rapaz perdeu muito sangue e depois que examinamos o ferimento e vimos que nenhum órgão foi atingido, tivemos que aplicar alguns remédios fortes para conter a dor e que irão ajudar na cicatrização. Por isso ainda está fraco, é normal, não se preocupe. - falou cautelosamente.
ㅡ Há risco de infecções? - refutei, pouco convencida.
ㅡ Não se cuidarem do ferimento direitinho. Nada de esforços, remédios e curativos nos horários certos, nada de ingerir comidas muito pesadas ou saturadas. Irei receitar uma dieta que irá auxiliar na cicatrização do ferimento.
ㅡ Tudo bem...
ㅡ Cuide dele direitinho e não haverá nenhuma surpresa desagradável. - falou, examinando o soro e os batimentos do Tae.
ㅡ Muito obrigado por ter cuidado dele. - murmurei para a mulher, vendo-a sorrir e me encarar.
ㅡ Disponha!
ㅡ Quanto tempo ele ficará aqui? - segurei na mão do rapaz desacordado.
ㅡ Até amanhã. - informou. ㅡ Como eu já disse, foi um ferimento que não comprometeu nenhum órgão vital. Mas isso não quer dizer que não exija cuidados especiais, pois nunca devemos subestimar a gravidade da situação.
ㅡ Entendi, Doutora!
ㅡ Sabe, hoje de manhã quando o trouxe, ele acordou por alguns segundos enquanto eu e os enfermeiros o examinava e fazia os curativos, lembro-me perfeitamente dele chamar por duas pessoas. Poderia trazer tais pessoas para o Taehyung ver quando acordar? É sempre bom para a recuperação do paciente estar rodeado pelas pessoas que gosta.
ㅡ Quais nomes ele disse? - perguntei.
ㅡ Hm... - pensou um pouco a médica. ㅡ Jungkook-ssi e Lou.
ㅡ Eu os conheço. - esbocei um sorriso.
ㅡ Pode trazê-los?
ㅡ Eu sou a Lou. - confessei. ㅡ E Jungkook-ssi é um amigo que saiu para comprar um lanche, logo estará de volta.
ㅡ Ah, ele te chamou duas vezes antes de apagar novamente. - sorriu de modo carinhoso. ㅡ parecia desesperado para te ver.
As lembraças de mais cedo retornaram à minha mente. Recordei-me do momento em quê o arrastei pelo quarto, implorando por socorro, chorando à ponto de quase me engasgar com o nó em minha garganta e os soluços cortantes. Sequer me importei quando Alice passou por mim e adentrou seu próprio quarto, a mão esquerda ensanguentada ainda segurava o canivete com certa força, a única coisa que pude notar foi o olhar vazio e o estado catatônico estampado na face de minha irmã.
Com medo de deixá-lo sozinho no corredor e descer as escadas à procura de algum telefone, me senti ainda mais desesperada e perdida. Respirei fundo, tentando inutilmente estancar o sangue que fluía do corte na lateral de sua barriga, minhas mãos tremiam tanto que mal conseguia segurar de modo firme o lençol branco sobre o ferimento.
Gritei por socorro, mas percebi que eu precisava pensar em algo o mais rápido possível. Sentei-me no chão sem forças e algo veio em minha mente; O celular de Taehyung. Tae estava usando apenas uma bermuda jeans, então procurei o aparelho em seus bolsos, porém não o encontrei.
Levantei-me e corri até meu quarto, vasculhei a cama e o chão, encontrei o celular jogado perto do tapete. Agradeci aos céus por minha mãe ter colocado o número do hospital em um dos meus post-it no mural ao lado do meu armário. Liguei e lutei para fazer os atendentes entenderem o que eu falava, pois minha voz encontrava-se trêmula e entrecortada.
Voltando para o corredor depois de ter pedido por socorro, segurei os braços de Taehyung, arrastando-o pelo piso, e o escondi em um canto mais afastado, temendo que Alice retornasse e tentasse algo mais. Meu corpo dava solavancos pelo choro, o celular encontrava-se apertado dentre minha mão e os olhos do meu noivo ainda estavam fechados.
Eu deveria ligar para a Polícia e denunciar Alice, no entanto, não era o que mais importava naquele momento. Tae precisava ser levado para um hospital o mais rápido possível, precisava de cuidados. O medo de perdê-lo surgiu como um soco no estômago, fazendo a dor percorrer cada célula do meu corpo e massacrar meu coração, apertando-o sem pena.
Chorei de alívio quando escutei a sirene da ambulância anunciando sua chegada. Logo enfermeiros surgiram, junto com uma maca e maletas de primeiros-socorros. Só pude respirar normalmente quando um dos homens disse que Taehyung ainda respirava e que ficaria tudo bem depois que o levassem para o hospital.
Ao chegarmos no prédio hospitalar, fui impedida de acompanhar os passos dos médicos, precisei contentar-me em esperar notícias na sala de espera. Liguei para Jungkook, voltando a chorar ao contar sobre o que aconteceu com o Kim. Trinta minutos depois, pude abraçar meu amigo pessoalmente, vendo-o tão abalado quanto eu, os olhos lacrimejando e as mãos trêmulas percorrendo meus cabelos durante a aproximação reconfortante.
"O caramelo vai ficar bem, Lourence!", foi o que ele disse, apertando-me em seus braços.
Eu nunca havia me sentido tão esgotada e exasperada como naquela manhã. Algumas horas foram necessárias para fazerem os exames do Tae, os curarivos, os soros e o fazerem tomar os remédios. Mas por volta das dez horas, a médica que o cuidara, informou que seu estado não era grave e que eu poderia ficar em seu quarto até o mesmo acordar.
Fechei os olhos com força, afastando as lembranças dolorosas que me atormentavam naquele momento. Encarei a médica que se chamava Jisoo e esbocei um sorriso sincero. Um silencioso agradecimento.
ㅡ Eu ire deixá-los, mas daqui a pouco retorno para supervisionar o soro do Taehyung. Se ele acordar, chame um dos enfermeiros que eu serei rapidamente informada e correrei até aqui para medir a pressão e examinar os curativos. Ok?
Assenti com um simples manear de cabeça. Observei a mulher sair do quarto e assim que me vi completamente sozinha com Taehyung, me permiti depositar o beijo ,que fôra interrompido, em sua testa. Rocei o nariz pelos fios macios e cheirosos de seu cabelo, suspirei longamente contra sua pele.
As horas se passaram e ele não acordou. Eu já me encontrava deitada na poltrona de acompanhante, viajando em pensamentos, pensando em como iria denunciar Alice e nas consequências que isso traria para toda a minha família. Embora estivesse com muito medo, eu não a pouparia desta vez, estava disposta a pôr um ponto final naquela história ainda tão mal contada. Minha irmã precisava ser parada o quanto antes.
ㅡ Lourence? - a voz de Jungkook surgiu ao meu lado.
O olhei abruptamente, um pouco assustada pelo pequeno susto, mas deixei-me suavizar a expressão enquanto o moreno sentava-se ao meu lado na poltrona espaçosa. Recebi a latinha de refrigerante e o pacote de biscoitos que o mesmo me oferecera.
ㅡ Eu não sei o que houve com Alice, Jungkook. - murmurei, tentando não desabar em lágrimas mais uma vez. ㅡ Foi horrível. Eu nunca imaginei que presenciaria algo tão horrendo...
ㅡ Devemos ligar logo para a polícia. - Jeon propôs. ㅡ E se ela já tiver fugido neste meio tempo? A justiça deve ser feita. Alice deve pagar pelo que fez com o Tae.
ㅡ Iremos denunciá-la. - informei. ㅡ Eu só tenho medo de acontecer como da outra vez... Tenho medo dos policiais resolverem que o caso não é de importância, já que o Taehyung é propriedade legal de Alice.
ㅡ Seu noivo terá que dizer a verdade desta vez, Lourence. - me encarou com seriedade. ㅡ Só dará certo se ele ser sincero e relatar o que realmente aconteceu. Terá que dizer que está sendo mau tratado por Alice. Só assim poderemos recorrer aos direitos do caramelo.
ㅡ Se Alice perder todo o poder que tem sobre ele, com certeza virão buscá-lo para retornar ao mercado. - constatei em um sussurro.
ㅡ Mas será o melhor para o Tae. - Jungkook falou de modo afetado. ㅡ Ele irá embora, mas estará bem longe da garota que o machucou de todas as formas mais desumanas que alguém pode ser machucado.
ㅡ E se alguém pior que minha irmã comprá-lo? - meus olhos já ardiam e um nó perpetuava-se no fundo da minha garganta. ㅡ Voltar ao mercado significa que ainda será tratado como um produto qualquer, continuará tendo uma vida infeliz, estará indefeso e a dispor de pessoas insanas que compram humanos para se satisfazerem sexualmente.
ㅡ Eu não consigo pensar em outra forma de livrá-lo de tudo isso...
ㅡ Existem várias outras possibilidades, Jungkook. - levantei-me, inquieta. ㅡ Podemos arrumar um jeitinho do Taehyung fugir para algum lugar, podemos escondê-lo em um lugar seguro, entrar com uma ação na justiça para conseguir sua liberdade. - respirei fundo e continuei. ㅡ Também posso fazer de tudo para conseguir algum dinheiro para comprá-lo, se bem que, eu faria parte desse maldito mercado, e isso eu não quero. Mas, ainda assim existem várias coisas que podem ser feitas...
ㅡ Fugir é uma ótima opção. - meu amigo também levantou-se. ㅡ Posso pagar a passagem e tudo o que o caramelo precisar para se manter em algum lugar. Mas talvez ele não queira ir sozinho, então... - me encarou de modo presunçoso. ㅡ Você poderia ir com ele, Lourence.
ㅡ Eu não posso simplesmente ir embora de uma hora para a outra. - mordi os lábios, hesitante.
ㅡ Seria apenas por um tempo, até conseguirmos a liberdade do Tae na justiça. Manteríamos o paradeiro dele em sigilo para a segurança dos dois. Assim Alice não faria nada mais que pudesse prejudicá-los.
ㅡ Você tem razão.
ㅡ Semana que vem irei para Tóquio. - o moreno anunciou. ㅡ Procurarei a empresa sex+toy e buscarei mais informações pessoalmente, pois não encontrei nada concreto em relação à compra e venda de brinquedos humanos pela internet. É a única forma que encontrei para me aprofundar nos assuntos que envolvem o mercado de onde o Tae veio. Espero que dê tudo certo.
De repente, lembrei-me de algo, ou melhor, alguém que poderia nos ajudar e que talvez fosse parte fundamental para os nossos planos.
ㅡ Jungkook! O Taehyung costuma falar sobre um garoto, Min Yoongi...
ㅡ Sim, eu já o escutei várias vezes falar sobre este rapaz, parece que foi um de seus amigos na empresa. - refletiu por segundos. ㅡ Você sabe alguma coisa que possa nos ajudar?
ㅡ Min Yoongi está na cidade. -suspirei. ㅡ Na nossa cidade.
ㅡ Como assim? - arregalou os olhos abruptamente.
ㅡ Eu não quis contar por medo, porque o Taehyung disse certa vez que esse tal garoto o fez sofrer e o traiu. - expliquei. ㅡ Yoongi está morando em uma casa no mesmo bairro que eu moro, Jeon. E ele está procurando pelo Tae.
ㅡ Merda, Lourence! - Jungkook ralhou. ㅡ Como você enconde algo assim? Esse garoto pode ser a chave para todos os nossos problemas e você o ocultou !?
ㅡ Eu sei que fui idiota, mas só estava com medo de estar lidando com alguém que pudesse fazê-lo sofrer.
ㅡ Devemos procurar esse garoto agora.
ㅡ Eu não posso deixar o Tae aqui! - refutei.
ㅡ Então eu irei sozinho. Qual o número da casa? - perguntou e precisei de um tempo para me lembrar.
ㅡ Eu não sei exatamente, mas está entre a trezentos e vinte sete e trezentos e trinta e um. Têm um Jardim e a casa é branca e pequena.
ㅡ Ótimo! Se eu não encontrar, assim que sair daqui, você irá me levar até ele.
ㅡ Tudo bem.
ㅡ Qualquer coisa é so me ligar, tá bom? Se acontecer algo e você não me avisar, eu faço você engolir esse telefone e ainda me jogo de uma ponte, só para morrer, te encontrar no céu e te dar uns belos de uns cascudos. Estamos entendidos?
ㅡ Entendidos! - falei, deixando escapar um sorriso diante da ameaça tão amável de Jeon.
Logo depois ele saiu. Comi o lanche e ao terminar, decidi dormir um pouco, já que meu corpo inteiro implorava por algum mínimo descanso. Ajeitei-me na poltrona e o silêncio me tragava aos poucos para um sono sedutor quando escutei a voz rouca e grave me chamar:
ㅡ Lou?
Levantei quase em um salto e meus olhos encontraram as íris acastanhadas e vívidas. Me aproximei da maca e não controlei o ímpeto de abraçar Taehyung. As lágrimas de alegria já me consumiam e eu não conseguia explicar nenhuma das emoções que faziam parte de mim naquele momento. Senti sua mão acariciar minhas costas e me afastei um pouco para encará-lo novamente.
ㅡ Eu tive tanto medo de te perder. - falei, emocionada.
ㅡ Eu estou aqui, Lou. - murmurou, deixando um beijo em minha bochecha. ㅡ Você nunca irá me perder. Nunca. - trouxe a mão livre de agulhas até a lateral do meu pescoço.
ㅡ Eu preciso chamar algum enfermeiro. - informei, me afastando. ㅡ Espere um pouco, meu amor!
Saí pelo corredor e chamei pelo primeiro enfermeiro que vi. Logo a médica também apareceu e o examinou, e assim que tiveram a certeza que estava tudo bem, nos deixaram sozinhos novamente. Meu coração vacilou quando notei o olhar de Taehyung preso em mim.
ㅡ Quer água? - perguntei, um tanto sem jeito.
ㅡ Quero! - sorriu pequeno.
Capturei a jarra com água na mesinha ao lado da cama e coloquei o líquido no copo de plástico. Sentei-me em um espaço ao seu lado e me inclinei um pouco para direcionar o copo em sua boca. Em nenhum momento seus olhos deixaram os meus, e quando fiz menção de me afastar, seus dedos seguraram meu pulso gentilmente.
ㅡ Ela fez algo com você? - preocupou-se.
ㅡ Não. Fique tranquilo. - tentei esboçar um sorriso.
ㅡ Por favor! Diga a verdade, meu amor! - pediu, analisando meu rosto e meu corpo à procura de algum machucado ou algo do gênero. ㅡ Eu não suportaria se ela te fizesse algo, Lou. Eu te amo muito. - suspirou pesadamente.
ㅡ Alice não me machucou, anjo! - segurei suas bochechas com carinho. ㅡ Eu estou bem. Eu também te amo muito, Taehyung.
Grudei nossas testas uma na outra e senti meu coração se apertar violentamente quando vi as lágrimas se formarem nos olhos claros. Tentei consolá-lo, mas minhas palavras serviram como um gatilho para seu choro alto e incorruptível.
ㅡ F-oi horrível! - soluçou.
ㅡ Fique calmo, Tae. - tentei. ㅡ Ela nunca mais irá colocar as mãos em você, tá?
ㅡ Eu preciso te contar como foi. - falou decidido, tentando conter as lágrimas.
ㅡ Você precisa descansar. Não precisa me contar nada agora...
ㅡ Me escute, Lou! - ditou, irredutível.
ㅡ Tudo bem. - sibilei de modo resignado.
Taehyung procurou minha mão e a apertou contra a sua com certa força, como se buscasse coragem e proteção. Era notável a sua vulnerabilidade e o quanto o mesmo estava assustado e inquieto, mas consegui perceber que ele precisava desabafar para afastar todos os medos e desolações que o residiam.
ㅡ Eu levantei cedinho, tomando cuidado para não te acordar. - começou e atentei-me às suas palavras. ㅡ Abri a porta e desci as escadas com o intuito de ir à cozinha procurar algo para tomarmos café da manhã. Assim que cruzei a sala de estar, Alice apareceu, parecia transtornada.
ㅡ Ela havia acabado de chegar na casa?
ㅡ Sim, eu a vi entrando pela porta naquele momento. Eu tentei me esconder, mas ela já havia me visto. Paralisei quando Alice se aproximou, dizendo que estava com saudades e que precisava muito de mim novamente. Tentou me beijar, mas eu a afastei.
ㅡ Percebeu se havia vestígios de álcool?
ㅡ Senti o cheiro de bebidas vindo dela. - movimentou a cabeça rapidamente. ㅡ Eu não deveria tê-la afrontado, Lou. Eu sempre soube que omma fica muito agressiva quando eu a desobedeço, então eu tive muito culpa também. - se encolheu um pouco.
ㅡ O quê está dizendo? - soltei, incrédula. ㅡ Você não tem culpa de nada, está me ouvindo?
ㅡ A escutei dizer claramente que eu iria me arrepender por ter escolhido você para amar e não à ela. - a voz ficava cada vez mais trêmula. ㅡ E tudo ficou pior quando pareceu notar o que eu estava fazendo alí, na casa de vocês. Seus olhos percorreram meu corpo, depois perguntou onde você estava e eu não quis dizer, mas Alice não é burra; com certeza entendeu que estivemos juntinhos na casa. Eu fui tão burro! Deveria ter ido, assim que amanheceu, para a casa do Jungkook-ssi.
ㅡ Eu já disse que você não teve culpa, meu amor. O quê ela fez depois?
ㅡ Começou a dizer várias coisas que eu não conseguia compreender. Algo como uma traição imperdoável e que se ela não fosse feliz, ninguém mais seria. Também lembro-me da mesma ter dito que o pai de vocês era o pior ser humano da terra.
Meus olhos se arregalavam à medida que cada palavra era dita. Minha cabeça já se encontrava em um verdadeiro embaraço.
ㅡ Você se lembra de mais alguma coisa que ela tenha dito sobre meu pai?
ㅡ Não. Eu fiquei muito perdido no momento em quê a vi tirar um canivete do bolso da calça e vir em minha direção com agilidade. Quando percebi o sangue, fiquei desesperado e a dor me fez ficar tonto.
ㅡ Mas como você foi parar no banheiro do meu quarto? - o questionei.
ㅡ Alice ficou quieta e não tentou mais me atacar, então subi as escadas com dificuldade e andei até o seu quarto. - parou por algum tempo. ㅡ Quando cheguei, não consegui te chamar porque minha mente já escurecia gradativamente. Me arrastei e não me lembro onde parei...
ㅡ Eu te encontrei no banheiro, Tae. E minha irmã também estava lá.
ㅡ Ela deve ter entrado enquanto você ainda dormia. Eu não a vi porque apaguei e não me lembro de nada depois disto.
ㅡ Droga, eu deveria ter acordado! - ralhei.
ㅡ Eu sou uma pessoa ruím, Lou? - perguntou de repente. ㅡ Eu não entendo... Por quê ela tentou me matar? - abaixou o olhar com tristeza.
ㅡ Você não é uma pessoa ruím. Minha irmã te machucou porque ela está transtornada. - joguei as palavras.
ㅡ Só existe uma maneira de Alice nos deixar em paz, Lou.
ㅡ Qual maneira?
ㅡ Eu voltando a ser um brinquedo sexual de omma. Só assim poderei te proteger também.
ㅡ Não! Você não vai voltar a ser um objeto qualquer nas mãos de Alice! - retruquei, exasperada.
ㅡ Eu ficarei bem.
ㅡ Quem me garante? - gritei. ㅡ Ela vai voltar a te usar, vai colocar vários homens drogados e brutos para dormir com você como ela fazia, vai te trancar no quarto sem comida ou água. Vai te assustar com o jeito agressivo e quem sabe até te machucar de um jeito pior...
ㅡ Você me disse uma vez que sou um garoto forte. Eu aguento tudo. Eu preciso fazer alguma coisa antes que você também saia machucada nessa história. - tentou segurar minha mão, mas me afastei.
ㅡ O quê? - um riso incrédulo deixou minha garganta. ㅡ Acha mesmo que eu conseguirei colocar minha cabeça em um travesseiro e dormir com a consciência limpa, sabendo que eu te deixei retornar às mãos de uma sádica, sem sequer pestanejar !?
ㅡ Eu estou com medo também, mas não quero arriscar te perder.
ㅡ Você se esqueceu da nossa promessa, Taehyung? - limpei as lágrimas que já escorriam por minha face.
ㅡ Promessa? - pareceu confuso.
ㅡ Aquela que fizemos. Você prometeu que me protegeria do mundo e eu prometi que te protegeria de Alice. Lembra?
ㅡ Eu não ficarei chateado se você não cumprir sua promessa, meu amor! Está tudo bem quebrar promessas às vezes...
ㅡ Não! - gritei desesperada. ㅡ Eu não irei descumprir nada. Você está sendo injusto comigo, está simplesmente dizendo que irá desistir de tudo apenas para o meu bem-estar. Onde você está nessa história, Taehyung? Onde está a sua felicidade?
ㅡ Eu estarei feliz sabendo que você está bem...
ㅡ ESTÁ MENTINDO!
ㅡ Não grita, por favor! - pediu com a voz embargada.
Respirei fundo, tentando controlar minhas emoções. O encarei depois de um tempo, vendo o rosto vermelho, e as bochechas molhadas e os lábios trêmulos pelo choro que tentava ainda segurar.
ㅡMe perdoa! - murmurei.
ㅡ Vai dar tudo certo, Lou! Eu prometo. - falou convincente.
Me inclinei e apoiei a cabeça em seu peitoral, fechando os olhos com força.
····꧁⃟⃟⃟⃟⃟⃟⃟⃟⃟ 🍒 ⃟⃟⃟⃟⃟⃟⃟⃟⃟⃟⃟⃟⃟⃟⃟꧂····
Existem momentos da vida que as mudanças são necessárias. Creio que minha decisão fôra uma das mais corretas já feitas por mim. A felicidade que sempre dizíamos ter, diante dos amigos e dos outros parentes, jamais existiu.
Os segredos, as mentiras, as ações e o amor que jamais me fôra dado, tornaram-se as melhores razões para lhes explicar os motivos da minha partida tão abrupta.
Não me procurem, estarei bem em algum lugar. Apesar de tudo, sempre os amarei, e jamais esquecerei os raros momentos em que estivemos juntos, tentando estranhamente nos tornarmos menos estranhos aos olhos um do outro.
Cuidem de Alice, façam o possível para conseguir curá-la das drogas e da depressão que a reside. Esqueçam os pedidos que um dia fiz, de um dia poder ser embalada por algum carinho paternal e maternal, mas relevem o meu último pedido como se fosse o mais precioso existente na face da terra; dêem amor à Alice.
Ass: Kate Lourence
Depositei o papel cuidadosamente sobre minha cama e apertei as alças da minha mochila com uma força violenta. Meus pais demorariam notar aquela folha alí, mas talvez fosse melhor daquela forma.
Já fazia um mês desde a tentativa de assassinato contra Taehyung. O mesmo já havia até retornado ao trabalho e tentava esquecer o acontecimento tão traumatizante que lhe ocorrera. Alice estava desaparecida à um mês também, provavelmente com medo das consequências que a esperavam. Meus pais ainda não sabiam de nada, imaginavam talvez que minha irmã estava em mais uma de suas viajens longas com os amigos.
Escolhemos manter tudo em segredo por um tempo, até conseguirmos informações suficientes para fazer a denuncia ser válida diante da justiça. Tinhamos medo do caso ser rejeitado assim como da outra vez, e também temiamos ter que devolvê-lo para Alice. Jungkook estava vasculhando todos os lugares e possibilidades de algo que poderia nos ajudar.
Sua visita à empresa em Tóquio fôra pouco produtiva, já que não conseguiu sequer entrar na mesma para tentar conversar com algum presidente ou funcionário. As coisas pareciam ficar cada vez mais estranhas e misteriosas. Contratamos um advogado, e nos fôra dada a instrução de buscar todas as informações cabíveis antes de darmos o primeiro passo.
Entreguei as cópias que tirei dos papéis que encontrei no quarto de Alice para o advogado e esperava ansiosamente o próximo encontro para escutar suas opiniões sobre os escritos.
Min Yoongi havia sumido também. Jeon o procurara por muito tempo, mas desistiu quando um vizinho o informou que o rapaz de cabelo azulado havia desaparecido à vários dias com malas e tudo mais. O garoto era outro mistério que precisava ser desvendado. Decidi que era hora de contar para Taehyung sobre Yoongi.
Deixei meu quarto e tentei controlar a respiração enquanto descia as escadas. Meus pais já haviam chegado do trabalho, dormiam em seu quarto. Olhei meu relógio de pulso e suspirei, já passava de uma hora da madrugada.
Não existia mais sentido em continuar naquela casa. Todos os anos que morei com minha família, foram anos solitários e melancólicos que não me serviram para nada. O amor que tanto esperei, jamais batera em minha porta. A falta que eu faria não seria tão dolorosa, afinal, a falta que meus pais me fizeram foi ainda maior que qualquer outra que possa existir.
Cruzei a porta e o vento gélido da prévia manhã perpetuou-se em minha face. Mordi os lábios com força e caminhei pela calçada até encontrar a caminhonete azul. Jungkook abriu a porta em silêncio, notando meu estado frágil e meus olhos marejados.
O percurso foi ainda mais melancólico e eu chorei, encolhida no banco. Assim que paramos frente a sua casa, busquei minha coragem. Minha vida iria mudar, eu precisava ser forte para enfrentar tudo com dignidade e perseverança.
Adentramos a residência e percorri a visão pela sala, vendo as caixas de papelão empilhadas e os móveis cobertos por lençóis brancos.
ㅡ Amanhã cedinho iremos embora, descanse! - Jungkook avisou, fazendo um carinho rápido em minhas costas.
ㅡ O Taehyung ainda está acordado? - perguntei.
ㅡ A porta do quarto dele está aberta. - anunciou, já subindo as escadas. ㅡ Descanse, criança. Hm...Nada de presepadas uma hora dessas! - sorriu malicioso.
ㅡ Boa noite, Gukie! - dei de ombros, já acostumada com suas insinuações.
Assim que o vi desaparecer, fui até a cozinha e tomei água. Passei pela sala e parei diante da porta de madeira. Segurei a maçaneta e a girei com cuidado, adentrei o lugar e tranquei a porta vagarosamente atrás de mim.
Meus olhos percorreram o corpo esbelto do rapaz deitado na cama de barriga para cima. Taehyung estava de olhos fechados com fones nos ouvidos, notei que ainda estava acordado devido os movimentos dos pés, como se acompanhasse a batida da música que adentrava seus ouvidos.
Tirei a mochila de minhas costas e a coloquei no chão, me abaixei e livrei-me dos sapatos. Aproximei da cama e o vi se assustar um pouco quando me coloquei sobre seu corpo, uma perna de cada lado de seu quadril, repousei as mãos em seus ombros e um sorriso largo surgiu nos lábios carnudos e acerejados.
O esperei tirar os fones e empurrar o celular sobre a superfície acolchoada até o mesmo cair sobre o tapete ao lado da cama. Assim que fez menção de falar alguma coisa, tomei seus lábios em um beijo ardente e intenso. A língua quente se movimentava em sincronia com a minha, grudei meu corpo ao seu, querendo fazer parte de sua pele.
Nenhuma palavra precisava ser dita. Eu não estava buscando apenas um prazer carnal naquele momento, eu estava à procura de um prazer que somente Taehyung despertava em mim, o de amar e ser amada. Queria sentir sua pele em contato com a minha, sussurrar palavras doces em seu ouvido, mostrar que eu jamais iria me arrepender de nada que envolvesse nós dois.
As mãos grandes apertaram minha cintura, os dentes cravaram-se em meu lábio inferior, repuxando-o de modo provocante. Gemi contra sua boca, descendo minha destra até encontrar a barra de sua camisa, minha palma percorreu a pele macia sob o tecido. Deixei seus lábios e ergui o tronco, ficando sentada sobre sua virilha. Tirei minha blusa e meu sutiã, vendo o olhar alheio atento à cada movimento meu.
ㅡ Eu quero você, Kate Lourence! - o timbre soara manhoso.
Esquecendo as peças de roupa em algum lugar, deitei-me novamente sobre seu corpo, sentindo a boca úmida selar meu pescoço e as mãos tocarem minhas costas nuas em carícias que faziam-me arrepiar em ansiedade. Um ronronar deixou minha garganta assim que Tae inverteu as posições em um único movimento, ficando por cima de mim.
Agarrei seu cabelo, procurando seu beijo afoitamente. Ergui sua camisa até tirá-la de si, estremeci quando a pele quente de seu peitoral colou-se à minha, apertando meus seios de um jeito enlouquecedor. Minhas pernas prendiam seu quadril com força e eu me sentia cada vez mais perdida nas sensações que percorriam cada célula do meu corpo.
Sorri contra sua boca quando seus dedos rodearam meus pulsos e os prenderam contra o colchão, fechei os olhos com força, apreciando as sugadas que eram depositadas em meu pescoço e ombros. Arfei em deleite, sentindo sua ereção, ainda coberta por tecidos, roçar entre minhas pernas em uma lentidão torturante.
ㅡ Olhe para mim, meu amor! - pediu com a voz arrastada. Obedeci e abri lentamente meus olhos, encontrando as belas órbes de Taehyung.
Meus pulsos foram soltos e pisquei algumas vezes, ansiando pelos próximos passos. A língua quente e áspera fez um percurso por toda a minha barriga, parando em minha virilha. Taehyung não desviara o olhar em nenhum momento, parecia buscar cada mínima expressão minha, cada reação.
Tremi quando os dedos mornos seguraram o cós da minha calça, puxando o tecido até tirá-lo inteiramente do meu corpo. Logo minha calcinha também fôra retirada, e eu quase gemi em antecipação quando meu noivo beijou minha coxa e direcionou os lábios até minha intimidade.
Engoli a seco, maltratando os lençóis ao meu redor em apertos notáveis. Tae soltou uma lufada de ar proposital contra minha sensibilidade, com efeito, atenuando minha excitação. A boca úmida roçou a área e segurei um gemido alto quando a língua úmida fôra inserida.
Meus sentidos já encontrava-se afetados e embaraçados à medida que eu era instigada deliciosamente pelos lábios experientes. Àquela altura, eu sequer conseguia segurar os arfares de modo satisfatório, uma bagunça de barulhos eróticos ressoavam por todo o quarto.
ㅡ T-taehyung? - seu nome saíra como um choramingo de puro prazer.
ㅡ Hum? - murmurou.
ㅡ Tire o resto de suas roupas, por favor!
Tae assentiu e respirei fundo antes de vê-lo deslizar o tecido tênue da bermuda pelas coxas esbeltas, constatei que nenhuma peça íntima existia alí, pois a ereção fôra revelada sem cerimônias.
Relaxei sobre o acolchoado, tendo minha coxa direita assegurada pela mão grande do meu noivo. Um arrepio percorrera todo meu corpo quando nossas peles se uniram novamente e seu membro se encaixou entre minhas pernas. Pedidos no olhar um do outro, arfemos juntos enquanto nos uniamos ainda mais, entregando-se ao meticuloso romance que nos tragava para uma intensidade inexplicável.
Por milésimos de segundos, pude enxergar as estrelas que testemunharam nossa primeira noite de amor naquele campo. Fogo líquido percorria minhas veias, gemidos surgiam demasiadamente à cada estocada precisa e ávida que era depositada dentre minhas pernas trêmulas.
Taehyung afundou o rosto na curva do meu pescoço, o timbre rouco libertando sons de puro prazer contra minha pele sensível. O calor febril nos revestia, os movimentos frenéticos me faziam ser empurrada contra o colchão. Estávamos bagunçando os lençois e nossas próprias mentes.
Assim que afastou o rosto apenas para me encarar enquanto me proporcionava as sensações mais deliciosas, agarrei os fios de sua nuca com minha destra e levei a outra mão até a lateral do seu rosto, pressionando meu polegar em seu lábio inferior com afinco.
ㅡ Me beija! - pedi, alucinada pela visão surreal da face congestionada em tesão do acastanhado.
Tae sequer pestanejou, inclinou-se e deu inicio à um beijo carregado de algo puro e ao mesmo tempo sensual. Precisei parar o ato para arfar, quando as ondulações tornaram-se ainda mais fundas e rápidas. Maltratei suas costas com meus dedos, arrancando-lhe um sorriso sedutor e provocante.
ㅡ Eu adoro quando você faz isso! - sussurrou arrastado.
Uma camada fina de suor já nos revestia, minhas pernas já estavam fracas e eu precisei relaxá-las um pouco. Encarei as púpilas dilatadas e Taehyung pareceu perceber que eu estava cada vez mais próxima do âmago.
Segundos mais tarde, me vi embriagada pela sensação que percorrera meu corpo e se concentrara em minha intimidade, o êxtase me deixou esgotada e um tanto sonolenta. Tae também se entregou ao cansaso, depois de seu ápice, jogando-se ao meu lado.
Arrepiei quando me abraçou e roçou o nariz delicado em meu pescoço.
ㅡ Que bom que minha primavera chegou. - depositou um beijo casto na área.
Sorri largo e virei o rosto, fazendo-o me encarar.
ㅡ Primavera é?
ㅡ Lembra que eu disse que você tinha um cheirinho de primavera? - riu docemente.
ㅡ Lembro. - suspirei, emocionada.
ㅡ Eu amo a primavera, Lou. - murmurou, respirando com dificuldade. ㅡ E eu fico grato por ela ter vindo até mim... - fechou os olhos.
ㅡ Ôh, droga! você é muito fofo!
Meus olhos queimaram e as lágrimas já caiam sem minha permissão. Eu estava muito vulnerável e sentia que qualquer coisa me faria chorar naquele dia. Tentei me controlar, mas não era como se eu conseguisse evitar as emoções. Droga! Eu estava me sentindo uma tola.
ㅡ Lou? - Tae me chamou, preocupado. ㅡ O quê houve? Eu te machuquei? Ôh, não chore, por favorzinho!
Seus olhos estavam arregalados e a preocupação nítida em toda a face angelical.
ㅡ Eu...
ㅡ Eu fui muito bruto? Digo, no sexo? Eu machuquei você? Kate, fala comigo, meu amor! - disparou.
ㅡ Hey! - segurei suas bochechas e sorri em meio as lágrimas. ㅡ você não me machucou, Tae. Foi incrível. Você sempre é muito perfeito no que faz. - confidenciei.
ㅡ Então o quê está te deixando com o coraçãozinho apertado, neném?
ㅡ Só estou sensível demais. Não se preocupe.
ㅡ Irei cuidar de você.
ㅡ Pode cuidar. Eu deixo! - brinquei.
ㅡ Começando por um belo banho.
ㅡ Banho? - fiz careta. ㅡ É madrugada.
ㅡ Não faça birra, Kate! - fez um bico insatisfeito e cruzou os braços, emburrado.
ㅡ Se você se olhasse no espelho agora, iria ver um rapazinho bem birrento, Taehyung. - segurei o riso. ㅡ Olha só essa cara de criança que não ganhou presente de natal no fim do ano.
ㅡ Você está tentando me enrolar, não é? - me acusou.
ㅡ Não!
ㅡ Não podemos dormir assim, meu amor! Vamos ficar limpinhos, trocar os lençois da cama e dormir de conchinha até o sol nascer bem amarelinho no horizonte.
ㅡ Você me convenceu. - sorri.
ㅡ Ah, vamos logo, vem, vem! - deu uma risada fofa e correu até o armário, pegando o shampoo de morango e sua saboneteira de patinho de borracha.
Suspirei, toda boba.
________________________________
Esse menino é tão precioso, nha!!!
Gente, socorro!!! É fim de ano e eu só notei quando minha mãe disse pra eu escrever minha cartinha para o papai-noel.
Cartinha:
"Ae, brô, se puder me presentear com um Taehyung esse ano, eu fico mó agradecida, falô? Ah, eu fui a pessoa mais pura no wattpad esse ano, então mereço o mimo, véio! Tchau, consagrado!
De: Maya.
Para: papai-noel
Eu tô muito noiada. Não liguem.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro