thirty three ᯽⊰ Tonight
Amo vocês ♡💕💕💕💕💕💕
Comentem e votem bastante, por favor!
Desculpem os erros, estou meio enferrujada na escrita. Me desculpem. 😔💕💕💕💕💕💕💕💕💕💕
Boa leitura ~ 💕💕💕💕💕
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A fumaça dançava como em um balé, poderia se desmanchar com apenas um soprar de vento, mas era tão bonito a sua breve estadia no ar, tão suave e ao mesmo tempo, melancólico.
A cozinha tão diferente, a sala, os quartos, os banheiros, a imagem do jardim através da grande porta de vidro ao final do corredor principal. Não era mais o meu antigo lar, não tinha o mesmo cheiro, o mesmo silêncio ou o mesmo tom ciano nas paredes.
Uma semana havia se passado desde a nossa chegada a nova casa de Jeon, mas tudo ainda soava estranho, temeroso e reflexivo. Em algum momento da minha vida eu teria que deixar minha casa, e quando o dia havia chegado, eu chorei como um bebê que ficara sem a sua chupeta.
Se meus pais haviam procurado por mim? Bom, eu nunca soube, pois não haviam vestígios dos mesmos estarem buscando alguma informação a meu respeito. E lá estava eu, frustrada por ter mais uma certeza de que eu não tinha tanta importância para os meus próprios pais.
Mas eu buscava não ligar muito para tal tragédia familiar, pois eu estava, enfim, protegendo alguém. Taehyung estava seguro, assim como Jungkook e eu, pois tínhamos um teto para nos esconder, um lugarzinho só nosso, a nossa casa.
Jeon já planejava se mudar a um tempo, sempre desejou comprar uma casa que ficasse perto da sua escola de aviação. E depois de uma procura incessante, encontrara o que tanto procurava, uma residência bem estruturada e de tamanho considerável.
Ainda haviam cômodos vazios e alguns lugares onde havia concentrações de bagunças, mas aos poucos, buscávamos transformar o nosso lar em um ambiente aconchegante e alegre.
Por aqueles dias, as preocupações cessaram por algum tempo, afinal, não queríamos deixar que as angustias e incertezas pairassem a todo momento de modo incansável e desmotivante.
A paz reinava...
Franzi o cenho quando a imagem de Jungkook surgiu diante dos meus olhos.
ㅡ Você está surda? - ele parecia histérico. ㅡ Não está sentindo esse cheiro, menina?
Levantei-me da cadeira abruptamente, só então notando o desastre que estava acontecendo. Jeon abriu o forno e uma grande quantidade de fumaça atingira sua face, fazendo-o tossir e abanar as mãos em uma falha tentativa de dispersar a nuvem acinzentada.
ㅡ Droga! Eu acabei esquecendo!
ㅡ Esquecendo? - ele grita, incrédulo. ㅡ Eu estava no andar de cima, no banheiro e senti o cheiro de bolo queimando. Gritei para você tirá-lo do forno, mas quando percebi que o cheiro ainda estava forte, decidi descer e te vi ai com essa cara de múmia olhando para o além enquanto um incêndio acontece no meu fogão novinho.
ㅡ Desculpa? - falei, sem jeito.
ㅡ Você vai fazer outro.
ㅡ Não estou com vontade.
ㅡ Não perguntei se está com vontade ou não...
ㅡ E você não manda em mim. - refutei.
ㅡ Sou o hyung, mando e desmando. - falou com desdém e revirei os olhos.
ㅡ Não irei te obedecer.
ㅡ Se você não fazer o bolo, te faço comer esse queimado e compro uma pizza para Taehyung e eu comermos juntos enquanto você se esbalda no bolo torrado. - ameaçou, persuasivo.
ㅡ Tudo bem. - suspirei, vencida. ㅡ Mas você sabe muito bem que eu sou péssima na cozinha, então não reclame se o meu bolo não ser tão delicioso quanto o seu. Sabe, seus bolos são os melhores do mundo, eu jamais comi algo tão maravilhoso quanto eles...
ㅡ É mesmo? - Jungkook pigarreou, convencido. ㅡ Realmente, meus bolos são os melhores.
ㅡ Sim, mas infelizmente eu terei que fazer, é triste porquê você consegue preparar massas perfeitas para bolos. - continuei em uma falsa tristeza.
Jeon é o garoto mais convencido e influenciável, embora ele não assuma tais coisas. Então para conseguir algo do moreno, basta usar elogios exagerados, assim o seu ego se torna maior, fazendo-o ceder.
ㅡ Pega quatro ovos na geladeira e açúcar, irei preparar esse bolo. - ele ditou, cheio de orgulho de si mesmo. ㅡ Não fique ai parada, pegue o que estou pedindo.
Sorri ladino, havia conseguido o que queria. O ajudei em algumas coisas e assim que o bolo ficou pronto, preparamos um suco natural de laranja. Estranhei um pouco a ausência notável de Kim Taehyung, e como se lesse meus pensamentos, Jungkook comentou, curioso:
ㅡ O Tae ainda não desceu? Ele ainda está dormindo?
ㅡ Eu não sei, ele disse que iria descer assim que terminasse o banho.
ㅡ Corre lá, vai que ele escorregou e desceu pelo ralo. Nunca se sabe, uh?
ㅡ Você e sua mente fértil. - sorri.
ㅡ Vivemos em um mundo estranho, Lourence. Então nunca duvide de nada, nunca!
ㅡ Você tem razão.
ㅡ Óbvio que eu tenho.
ㅡ Vou ver como o Tae está, termine de colocar os talheres. - pedi, o deixando na cozinha.
Subi o pequeno lance de escadas e andei calmamente pelo corredor. Bati na porta do quarto e adentrei em seguida, testemunhando o susto que Taehyung tivera assim que me viu.
ㅡ Lou? - murmurou, assustado.
Vi quando o mesmo abriu uma das gavetas da escrivaninha e colocou um tipo de caderno dentro, em uma rapidez olímpica. Curiosa, me aproximei e Tae se levantou da cadeira, tentando esboçar um sorriso calmo e desinteressado.
ㅡ Tudo bem? - o questionei, cautelosa.
Analisei sua feição; Olhos suavemente dilatados, bochechas coradas, lábios cripados e peitoral ofegante. Taehyung estava escondendo algo, e era de extrema importância, pois o susto que o despertou, não fôra por algo irrelevante.
ㅡ Es-tou bem sim.
ㅡ Você parece nervoso. - tentei, me aproximando ainda mais. ㅡ Têm certeza de que está bem, anjo?
ㅡ Acha que estou escondendo alguma coisa? - levou o dedo indicador frente aos próprios lábios. ㅡ Eu não estou escondendo nada, neném! - precipitou-se.
ㅡ Eu não disse nada disso, Taehyung. - sussurrei, fazendo-o sorrir sem jeito.
ㅡ Verdade. - abaixou o olhar e corou ainda mais. ㅡ Me desculpe.
ㅡ Eu só estou preocupada, porquê você agiu como se realmente estivesse escondendo algo, mas você não está, certo? - sondei com certo cuidado.
ㅡ Eu? - piscou algumas vezes. ㅡ Não estou escondendo nadinha. - deu um riso nervoso.
Suspirei lentamente. Era mais que óbvio que era mentira, pois qualquer pessoa no mundo saberia identificar quando Taehyung estava sendo sincero ou não. Ele não sabia mentir, não sabia esconder segredos e muito menos demonstrar convicção em suas falsas explicações.
Sem querer ser evasiva, escolhi respeitar o seu tempo e espaço, então busquei entendê-lo e esperar até que o mesmo resolvesse dizer a verdade. A confiança e cumplicidade deveria sim estar entre nós, mas haviam coisas que não podiam ser forçadas ou violadas. Tae era misterioso e eu pouco sabia sobre o seu passado, mas eu havia prometido a mim mesma que seria paciente e que o escutaria quando o mesmo resolvesse narrar os acontecimentos de sua vida.
Deixei meus pensamentos de lado e o encarei, colocando um sorriso sincero na face.
ㅡ Jungkook fez um bolo. Vamos comer? - suspirei, capturando sua mão esquerda e unindo nossas palmas em um toque suave.
ㅡ Bolo de quê? - Tae perguntou, sorrindo largamente.
ㅡ De maçã.
ㅡ Tem pedaços de maçã dentro? - entreabriu os lábios, curioso e animado.
ㅡ Muitos.
ㅡ Eu quero morder os pedacinhos de maçã. Eu gosto muito de maçã, Lou.
ㅡ Mas sua fruta preferida é cereja, certo? - brinquei, sentindo seu polegar massagear o dorso da minha mão.
Taehyung riu contido e levou a mão livre até o meu rosto, repousando os dedos mornos em minha bochecha, acariciando a área e quase me fazendo suspirar de modo vergonhoso. Estremeci quando o rapaz alcançou meu lábio inferior com o polegar, em um toque firme. A área estava sendo pressionada com fervor, e tudo se tornara ainda mais intenso quando Tae aproximou o rosto e depositou um beijo calmo em minha bochecha livre.
ㅡ Eu gosto de cerejas porque elas me lembram você. - murmurou.
ㅡ Porquê, uh?
ㅡ Elas são doces como você...São macias como a sua pele, são vermelhas como as suas bochechas ficam quando eu falo coisinhas quentes em seu ouvido naqueles momentos e elas são gostosas como-
ㅡ Você é tão detalhista nas palavras, Taehyung! - o interrompi, sem graça.
ㅡ Isso é bom? ‐ tombou a cabeça para o lado, como sempre fazia quando estava curioso para saber sobre algo.
ㅡ Talvez. - falei, incerta.
ㅡ Jungkook-ssi está nos esperando? - perguntou, deixando o assunto anterior de lado. Assenti e ele fez um bico grande nos lábios, mostrando, ou pelo menos tentando, certo desdém. ㅡ Você pode ir primeiro... irei logo em seguida.
Aquilo acendeu ainda mais os meus pensamentos de curiosidade e frustração, mas apenas o respeitei e atendi seu pedido, deixando-o no quarto e seguindo em direção a cozinha. Sem conseguir me conter, deixei minha mente se tornar um mar revolto, cheio de incertezas e medos. Eram sentimentos incoerentes, mas estavam se instalando em meu ser e me arrastando para um clarão de devaneios, sem o meu consentimento.
Aérea, sentei-me ao lado de Jungkook e encarei a jarra grande com o suco de laranja que preparamos. Não havia nenhum interesse na comida que estava pôsta na mesa, mas sim uma mente perdida dentre um universo inconsistente e vulnerável, um coração aflito e um nó amargo no fundo da garganta.
De repente, todos os meus juramentos de entendê-lo e não exigir tanta confiança, visto que eu acreditava cegamente no meu Taehyung, se tornaram menos sedutores e começaram a não fazer tanto sentido. Estarrecida, tentei buscar razões que o fiziam esconder o seu passado e seus segredos de mim.
Foi quando aconteceu.
Foi quando eu percebi que aquilo me incomodava. Que precisávamos nos conhecer mais. Como se um choque de realidade me atingisse, eu estranhei a nossa relação, estranhei o fato de não conhecer o seu passado, de saber que há segredos, de conhecer apenas o presente, o que está diante de mim, e desconhecer o que houve consigo há anos atrás.
Eu só queria saber se Taehyung sorria antes, se ele havia tido uma casa, brinquedos, se havia ido a escola. Queria ouví-lo contar alguma história engraçada de sua infância ou até mesmo se havia se apaixonado por alguma coleguinha de classe.
Queria saber sobre a sua entrada na empresa e os motivos de sua família nunca tê-lo salvo do triste destino que o aguardava. Passei meses com um medo idiota de escutá-lo, medo de não ser capaz de aguentar ouvir sobre a sua história de vida, que parecia ser tão dolorosa e melancólica. Mas naquela manhã, eu percebi que deveria vencer meus anseios.
Não havia mais como fugir. Eu simplesmente não queria mais fugir. Havíamos escolhido estar juntos, e iríamos enfrentar tudo também, juntos. Fui tirada dos meus pensamentos quando o próprio Taehyung adentrou a cozinha e sentou-se ao nosso lado.
E pela primeira vez desde que havíamos nos mudado para aquela casa ampla e bela, tivemos um café da manhã silencioso e ao mesmo tempo barulhento, pois eu podia escutar o meu coração batendo aflitamente dentro do peito.
༺♡🍒♡༻
ㅡ Pedra, papel, tesoura!
Jungkook encarou nossas mãos e fez uma careta incrédula quando percebeu que havia perdido pela milésima vez.
ㅡ Você roubou, Lourence! - acusou, fazendo-me rir.
ㅡ Impossível! Como eu poderia roubar nesse jogo, Jeon? - falei como se fosse óbvio.
ㅡ Vamos de novo! - deu de ombros.
ㅡ Não. - ralhei. ㅡ Já é a décima vez que você perde e não se conforma...
ㅡ Eu disse para irmos de novo. - ditou em um tom ameaçador.
ㅡ Não.
ㅡ Eu vou te dar uns cascudo-
ㅡ Aish! Quer saber? Eu irei lavar essa louça. Estou cansadinho de ver vocês nesse jogo de pedra, papel, tesoura, para decidir quem vai lavar os pratos. - Taehyung falou, já encaminhando-se para a cozinha.
ㅡ Valeu, Caramelo! - Jungkook gritou para o outro, contente. ㅡ Está vendo, Lourence? Um namorado desses você nunca mais encontra na face da terra. O 'bichin sabe ser top.
ㅡ Cala a boca! - revirei os olhos.
ㅡ Olha a minha faquinha de cortar pão! - semicerrou os olhos. ㅡ Respeite-me, sou o hyung e anfitrião da casa.
ㅡ Tenho quase certeza que o Tae é o hyung.
ㅡ É? E por quê? Por acaso sabe quantos anos ele tem?- Jeon fez sua típica cara de paisagem, levando as mãos à cintura fina.
ㅡ Eu não sei sua idade, mas desconfio que ele seja mais velho que nós...
ㅡ Está chamando o seu namorado de velho gaga?
ㅡ Eu não disse isso.
ㅡ TAEHYUNG! - cantarolou, indo em direção a cozinha. ㅡ Sabe o quê a Lou acabou de me dizer?
O segui, completamente desacreditada. Jungkook realmente sabe ser um tagarela quando quer. Adentramos a cozinha e lhe dei um leve belisco, instigando-o a desistir de ser um fofoqueiro mentiroso.
ㅡ O quê a Lou disse, Jeongukk-ssi? - Tae retirou a franja que caia em seus olhos com o dorso da mão, pois sua palma estava repleta de espuma de sabão. ㅡ Estou curioso para saber.
Encarei Jungkook e fiz um pedido ameaçador e silencioso para o mesmo não jogar seu veneno tão cedo do dia.
ㅡ Ela disse que você é um velho, reumático, bicudo e enxerido. - falou, convencido e tão venenoso quando uma naja egípcia.
Não hesitei em chutar sua canela, arrancando-lhe um muxoxo de dor. Encarei Taehyung e temi que o mesmo se sentisse ofendido com as palavras do meu amigo, mas me surpreendi quando vi um sorriso pequeno desenhado de modo suave em seus lábios melodiosos.
ㅡ Você esqueceu de acrescentar algo mais, Kate...
ㅡ O quê, Tae? - engoli a seco, vendo-o se aproximar e me encarar de modo intenso.
ㅡ Esqueceu de dizer que eu sou um bobinho apaixonado.
ㅡ Soldado promovido! - Jungkook comentou, arrancando-me um sorriso.
ㅡ Aigoo, quer ajuda com a louça, anjo? - me disponibilizei para ajudá-lo e ele assentiu, sorrindo.
ㅡ Daqui a pouco estão transando em cima da pia, só não usem esse sabão líquido como lubrificante, foi muito caro e eu não sou rico, tá ligado? - Jeon avisou, estalando a língua no céu da boca.
Minhas bochechas levaram uma surra de pigmentação avermelhada. Jungkook sempre fôra muito explícito e, embora eu passasse boa parte do tempo consigo, jamais me acostumaria com a sua falta de censura nas palavras.
ㅡ Não minta assim, Jeongukk-ssi! - Tae voltou a ensaboar os talheres. ㅡ Você é muito rico.
ㅡ Você está errado, Caramelo! - o timbre não saíra debochado, sarcástico ou com desdém. O moreno de repente perdera toda a ousadia que erradiava de si, que o fazia parecer forte e inquebrável.
Assim como eu, Taehyung notou a melancolia que se instalara na cozinha, pois virou-se e encarou Jungkook com certo carinho e cuidado, esperando o desabafo que parecia ainda engasgado na garganta alheia.
ㅡ Estamos aqui, Jungkook. - me aproximei de si, tocando seu ombro. ㅡ Se quiser nos contar algo...
ㅡ Eu seria a pessoa mais rica do mundo se tivesse o amor do meu pai e não tivesse que enfrentar o preconceito dos meus próprios familiares.
ㅡ Você não deve se importar com essas pessoas, Jeon-
ㅡ Meu pai espalhou para toda a família sobre o beijo que Taehyung me deu naquele jantar, e agora algumas coisas mudaram. Os olhares enojados talvez tenham se tornado mais frequentes. - ele abaixou o olhar e sorriu, mas aquele sorriso estava carregado de uma tristeza quase palpável.
ㅡ Eu sou o único culpado. - Tae falou depois de um tempo, encarando os próprios pés enquanto estalava as juntas dos dedos da mão, sem jeito. ㅡ Me perdoe por ter feito aquilo. Juro que pensei que era o certo, mas se o meu ato serviu para a sua família te odiar, foi algo triste e injusto.
Meu amigo o encarou, estarrecido.
ㅡ Foi o gesto mais bondoso e ingênuo que alguém já fez por mim, Kim Taehyung. Eu sei que você fez aquilo com o pensamento puro de me salvar, então não se culpe.
ㅡ Mas a sua família-
ㅡ Todos já desconfiavam que eu fosse linha de cerol, então o preconceito já estava presente...
ㅡ Linha de cerol? - o questionei, confusa.
ㅡ Sim, que corta para todos os lados. - suspirou, sério.
ㅡ Então o seu pai não te ama mais só porquê você gosta de homens e mulheres?
ㅡ Na verdade, acho que ele deixou de me amar a muito tempo...
De repente, Jungkook pareceu ser puxado por lembranças misteriosas, lembranças essas que o deixara estático, tenso e ainda mais abalado pela tristeza que as mesmas o traziam. Tae se aproximou de si e o abraçou, acariciando as costas alheias com um carinho descomunal.
ㅡ Eu sinto muito... - o acastanhado sussurrou, embalando meu amigo como se o mesmo fosse uma criança que acabara de levar bronca dos pais. ㅡ Lou e eu jamais deixaremos de te amar, Jungkook.
ㅡ Nha! - o moreno murmurou. ㅡ Muito obrigado por me darem tanto carinho. Eu prometo que não irei me importar com as pessoas que não me aceitam da forma que sou. Afinal, sou Jeon Jungkook, o bissexual mais gostoso, sexy, fofo e divertido de todas as galáxias.
ㅡ E também o mais humilde. - brinquei.
ㅡ Vocês se lembram quando meu pai falou sobre um cara que eu teria beijado na frente de um bar? - Kook se afasta um pouco e nos encara de modo enigmático.
ㅡ Eu me lembro. - constatei.
ㅡ Está em minha memória também. - Tae sussurrou, tão curioso quanto eu.
ㅡ Foi um garçom.
ㅡ O quê? - franzi o cenho.
ㅡ Era um garçom. Eu beijei o garçom da taberna. Ele tinha uma boca bem convidativa e eu não recusei o convite. Sabe, a cachaça também me deixou bem animadinho, hm.
ㅡ Você não nos deve satisfação, Kookie. - falei, cuidadosa. ㅡ Jamais iremos te julgar e exigir explicações de sua vida sem que você esteja à vontade...
ㅡ Puff! - deu de ombros. ㅡ Eu só disse isso para vocês ficarem com inveja mesmo.
ㅡ Eu não fiquei com inveja, porque já tenho um amor. - Taehyung comentou, aéreo.
ㅡ Amor. Amor. Essa palavra está na última linha, da última página, na última estrofe do meu dicionário. - Jungkook ruminou.
ㅡ Tenho certeza que você irá se apaixonar um dia...
ㅡ Nem pensar, Caramelo! - ralhou, ranzinza. ㅡ Obviamente irá acontecer, mas não agora, 'sacô?
ㅡ Mas não se pode mandar no coração...
ㅡ Sem essa! Você está parecendo aqueles apaixonados de fanfics, todo meloso e clichê.
ㅡ Só estou dizendo a verdade...
ㅡ Vá catar borboletas, Taehyung! - o outro gritou, mas sem parecer realmente bravo com aquilo.
ㅡ Eu até iria, mas teria que deixá-las bem longe da Lou...
ㅡ Por que? - Jeon arqueou uma das sobrancelhas e engoli a seco.
Jungkook, mais do que ninguém, sabia que eu gostava de borboletas tanto quanto o acastanhado. Mas acabei por perceber, que o mesmo não sabia sobre o pequeno detalhe que, para Taehyung, era um problema catastrófico.
Aquele medo de dizer para o Kim, que eu havia mentido sobre ter fobia de borboletas, ainda estava vívido em meu coração. Minha cerne alertava-me que um laço de confiança seria quebrado e que lágrimas iriam ser derramadas, caso meu segredo fosse revelado.
Era algo tão simples para alguns. Poderia ser irrelevante e banal, caso não se tratasse de um garoto ingênuo que se deixava seduzir pelas estrelas e até mesmo pelo sopro sobre o mar revolto. Taehyung costumava confiar, e quando quebravam tal laço consigo, era como se um universo inteiro se desfazesse em um piscar de olhos.
Como se um Jardim florido se transformasse em um campo árido, quente e infértil em milésimos de segundos.
ㅡ Lou têm medo de borboletas, Jeongukk-ssi.
Foi quando Jungkook me encarou, a faceta contorcida em uma nítida confusão, os olhos pairando por minhas órbes, talvez tentando entender o que se passava. Um sorriso incrédulo surgiu em seus lábios e ele piscou algumas vezes, inclinando o rosto um pouco para frente, fingindo não ter entendido;
ㅡ O quê? - perguntou, perdido.
ㅡ Quando nos conhecemos, ela me disse que tem fobia de borboletas. Por isto eu a protejo.
ㅡ A Lou tem medo de borboletas?
Abaixei o rosto, torcendo mentalmente para meu amigo não me descobrir daquela forma. Eu podia sentir o rubor insistente pairando sobre minhas bochechas, e envergonhada diante da minha própria mentira, mordi o canto dos lábios em apreensão.
ㅡ Sim. - Tae suspirou longamente. ㅡ É meio confuso não é, Jungkook? Digo, eu amar borboletas e a Lou ter medo delas, e ainda assim, sermos tão feitos um para o outro.
ㅡ É porque a diferença une os corações, Caramelo.
ㅡ Que bonitas palavras, Jeongukk-ssi!
ㅡ Continue protegendo-a das borboletas, okay? - Jungkook pediu para o outro, fazendo-me franzir o cenho. ㅡ Cuide sempre da Lourence.
ㅡ Eu prometo que sempre irei cuidar dela. Eu irei cuidar da Lou até quando o para sempre acabar. Em todos os momentos, durante toda a minha vida.
Me surpreendi quando o Kim se aproximou abruptamente e me deu um selinho rápido. O vi sorrir ao desgrudar nossas bocas e piscar com cumplicidade. Nossa promessa havia sido selada do nosso jeitinho e eu esperava que a mesma jamais fosse quebrada.
Um sorriso pequeno, porém cheio de felicidade, surgiu em meus lábios. Naquele momento, eu senti que estava tudo bem, e que ficaríamos bem por um bom tempo. Não havia o que temer, não havia porquê questionar ou chorar, pois ainda estava tudo bem.
Mas como nem tudo é um mar de girassóis, eu ainda me via atormentada com os meus próprios pensamentos. Ainda não havia criado coragem o suficiente para ter uma conversa clara e séria com o Kim, onde eu diria todos os meus receios e pediria para o mesmo me contar sobre como era a sua vida antes de me conhecer, antes de ser comprado por minha irmã.
Eu iria conseguir, era apenas uma questão de tempo. Tempo. Tempo. Eu precisava apenas de tempo e nada mais.
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ㅡ Coloque isso com muito cuidado, anjo! - dei a última instrução para Taehyung, vendo-o abrir o pacotinho com cuidado.
ㅡ Parece que uma está quebrada! - anunciou, puxando um dos palitos da embalagem.
ㅡ Deixe-me ver! - pedi, capturando a varinha com cuidado e constatando que realmente havia quebrado. ㅡ Deve ter sido erro de fábrica. Mas não importa, coloque as outras.
ㅡ Tá bom.
Taehyung posicionou delicadamente as varinhas sobre o bolo, tomando todo o cuidado do mundo para não acabar estragando a decoração. Ao terminar, pareceu encantado com o resultado, pois ficou vários segundos encarando o doce coberto por chantilly e frutas amarelas.
ㅡ Tão bonito, não é? - comentou, hipnotizado.
ㅡ Sim, é muito bonito.
ㅡ Tem mais bolos como este, na doceria que você comprou?
ㅡ Sim. - o encarei, deixando de organizar os docinhos e salgados que compramos. ㅡ Por quê, Tae?
ㅡ Quando eu descobrir a data do meu aniversário... Vá até a doceria e compre um bolo para mim, Lou.
ㅡ E-u irei comprar... - falei com a voz entrecortada.
ㅡ Eu sonho em ter um bolo e um aniversário, meu amor. Prometa que irá realizar o meu sonho um dia.
ㅡ Claro que irei.
ㅡ Eu sou muito feliz com você, Lou. Mas serei ainda mais feliz quando apagar as velinhas e pedir a Deus para te manter sempre ao meu lado.
Engoli a seco. Estarrecida, assenti apenas com um manear de cabeça, pois o nó que se formara em minha garganta me impedira de falar qualquer palavra. Tae abaixou o olhar e sorriu de modo compreensivo.
Tão de repente quanto uma rajada crua de ventania em noites tempestuosas, a tristeza se fez presente em mim. Saber que Taehyung jamais tivera uma simples comemoração de aniversário, era estarrecedor e triste. Pisquei repetidas vezes, tentando sanar a ardência que reivindicava meus olhos.
Taehyung sequer percebeu o meu estado emocional, pois estava agora distraído enquanto colocava três copos sobre a mesinha.
ㅡ Acho que Jungkook está chegando. Devemos terminar de colocar os doces na bandeja? - falou, sem me encarar.
ㅡ Oh, sim! O tempo está passando! - tentei me animar.
Assim que tudo estava pronto, percorri a visão pela sala, buscando a certeza de que tudo estava em seu devido lugar. Os poucos balões na cor azul estavam espalhados em pontos específicos do cômodo e uma fileira de luzes pequenas enfeitavam a mesa e uma das paredes. Era uma decoração simples, mas demonstrava o carinho desinteressado que tínhamos pelo aniversariante.
ㅡ Ele chegou! - Tae disse ao ver a caminhonete de Jungkook se aproximar através da janela.
O Kim se posicionou ao meu lado e o escutei suspirar de modo nervoso. Segurei em sua mão e ele sussurrou depois de poucos segundos:
ㅡ Eu não sei cantar a música de aniversário.
ㅡ Está tudo bem, apenas bata palmas...
ㅡ Ele ficará chateado se não me escutar cantar? Irá achar que eu não me importo?
ㅡ Ele não pensará isso. Fique tranquilo, amor! - tentei acalmá-lo.
ㅡ Mas-
Parou de falar assim que a porta se abriu e Jungkook adentrou a sala. Soltei sua mão abruptamente e gritei um "surpresa", fazendo meu amigo se assustar e nos encarar confuso. Jeon demorou alguns segundos para raciocinar, então comecei a cantar e Taehyung bater palmas.
O moreno se aproximou e levou ambas as mãos à boca, piscando algumas vezes, tentando inutilmente conter as lágrimas que surgiam em seus olhos. Seria impossível ver Jungkook emocionado e não me emocionar também, então senti minhas órbes queimarem e minha voz falhar.
ㅡ Eu não acredito! - Kook encarou a mesa e sorriu. Era um sorriso repleto de gratidão e contentamento.
ㅡ Feliz aniversário, Jungkook. - desejei-lhe ao terminar a canção tradicional.
ㅡ Feliz aniversário, Jungkook-ssi. - Taehyung se aproximou do moreno e o abraçou de me modo carinhoso e cuidadoso. Como se estivesse afagando algo precioso e frágil.
ㅡ Muito obrigado por tudo! - o moreno murmurou. ㅡ tudo isso significa muito para mim.
ㅡ Você merece tudo isso e muito mais. - fui sincera nas palavras.
ㅡ Vem aqui e me dá um abraço também, eu sou um cachorro cafajeste, mas não mordo, 'falô?
ㅡ Aigoo, você nunca perde uma.
Me aproximei e lhe dei um abraço caloroso, sentindo o cheiro suave de seu perfume, uma mistura agradável de chiclete de tutti fruti e capim limão.
ㅡ Agora me solta! - afastou-me com cuidado. ㅡ quero bolo.
Sorri e o guiei até a mesinha, sentamos sobre o tapete e Jeon não tirou o sorriso dos lábios um segundo sequer. Seus olhos se prenderam nas mãos de Taehyung que seguravam uma caixinha de fósforos. Franziu o nariz e capturou a caixinha das mãos alheias.
ㅡ Hey! - Tae protestou. ㅡ Eu quero acender as velinhas!
ㅡ Crianças não podem brincar com fogo. - ditou, tirando um palito da caixa.
ㅡ Eu não sou uma criança. - o acastanhado cruzou os braços sobre o peitoral e fez um bico enorme nos lábios carnudos.
ㅡ Vai se olhar no espelho, piolhento! - Jeon ralhou. ㅡ Você é a porra de um bebê fofo que deve entrar num pote e ficar protegido do mundo maldoso que vivemos.
ㅡ Concordo. - comentei.
ㅡ Aigoo! - o outro desfez o bico e sorriu, incapaz de ficar chateado com a nossa brincadeira.
ㅡ Devo fazer um pedido em voz alta ou só na mente? - Kook perguntou depois de terminar de acender todas as velas.
ㅡ Em voz alta! - Tae entreabriu os lábios, curioso e atento.
ㅡ Então tá... - o moreno suspirou. ㅡ Eu desejo que dias melhores venham e que o SeokJin me note mais tarde. Apagou as velas e o encarei, confusa.
ㅡ O quê você quis dizer com...
ㅡ Consegui as entradas para o show de hoje! - me interrompeu, tirando algo do bolso da calça. Arregalei os olhos quando vi os três ingressos em sua mão.
ㅡ Como você conseguiu? Já haviam se esgotado desde a semana passada! - os capturei de sua mão, ainda desacreditada.
ㅡ Contatinhos. - piscou, malandro.
ㅡ São verdadeiros? - semicerrei os olhos.
ㅡ Óbvio.
ㅡ Quem é SeokJin? - Taehyung se pronunciou.
ㅡ É um cantor maravilhoso, lindo, cremoso, sensual e tudo mais que você imaginar. - Jeon suspirou de um jeito exagerado.
ㅡ Jungkook e eu somos muito fãs deste cantor, Tae.
ㅡ Fã é quando admira alguém e o apoia com dedicação e carinho? - tombou a cabeça para o lado.
ㅡ Exatamente.
ㅡ Então eu sou seu fã, Lou?
ㅡ Meu deus! - Kook exclamou. ㅡ Depois a gente te explica, caramelo! Agora, vamos comer bem rapidinho porque o show é daqui a poucas horas e eu não quero perder esse evento por nada.
ㅡ Tudo bem. - o Kim deu de ombros.
Minutos mais tarde, estávamos nos organizando para sair. A água molhava meu corpo, tirando a espuma da minha pele. Encarei a porta do banheiro abruptamente, vendo Taehyung adentrá-lo, totalmente despido.
ㅡ Se importa? - arqueou uma das sobrancelhas.
ㅡ N-não! - gaguejei, sentindo minhas bochechas queimarem.
Tae conhecia cada pedacinho do meu corpo, assim como eu conhecia cada mínimo detalhe do seu. No entanto eu sempre ficava envergonhada quando o mesmo estava diante de mim, desnudo. O nervosismo sempre me atingia e eu tinha certeza de quê seria para sempre daquela forma, pois eu jamais me acostumaria.
O meu noivo colocou-se em minha frente e sorriu. Sem dizer uma palavra sequer, agarrou minha mão e mirou os meus dedos úmidos. Minha respiração estava calma, mas eu sentia a aceleração invadir o meu coração.
ㅡ Eu fico tão feliz quando vejo esse anel em seu dedo, Lou. - falou por fim, depositando um beijo demorado no dedo que portava o anel de noivado.
ㅡ Eu também. - sorri sem perceber.
ㅡ Você acha que estamos sendo rápidos demais? Acha que é muito cedo para escrevermos mais esse capítulo na nossa história? - sussurrou, incerto.
ㅡ Por quê está dizendo isso agora? - ri nervosa.
ㅡ Por medo.
ㅡ Medo de quê? - engoli a saliva com dificuldade.
ㅡ De você ainda estar naquele capítulo em quê dizia que o amor leva muito tempo para acontecer, e eu estiver no episódio em que digo que te amo mais que tudo no mundo. Se for assim, estamos em rumos diferentes...
ㅡ Todo esse tempo, tudo o que passamos juntos, não é o suficiente para te mostrar que eu te amo?
ㅡ Quando você começou a me amar? - a sua pergunta me deixou ainda mais surpresa.
Aquela conversa estava muito estranha e eu me sentia perdida nela, totalmente alheia a tudo. Simplesmente não conseguia entender os motivos ou a finalidade daquele assunto tão aleatório e surpreendente. Sorri incrédula, Taehyung de repente, estava duvidando do amor que eu tinha? Duvidando da voracidade dos meus sentimentos por si?
O que estava acontecendo?
ㅡ Eu-
ㅡ Quando começou a me amar, Lou? Se você hesitar em responder, irei acreditar que isso ainda não aconteceu...
ㅡ O quê está havendo com você, Taehyung?
ㅡ Não hesite! - elevou o tom de voz.
Arregalei os olhos, assustada com o timbre que o rapaz usara. Não era o meu Taehyung alí, havia algo o deixando aflito e angustiado. Algo muito ruím estava acontecendo e não saber o que era, estava me deixando louca.
ㅡ Você não é assim... O quê está te deixando angustiado? Confie em mim, meu amor!
ㅡ Eu tenho medo de você ter me aceitado apenas por eu ser um pobre coitado, sentimental e medroso. Até porque você costumava complicar o amor e dizer que não o sentia por ninguém...
ㅡ Mas tudo isso mudou.
ㅡ Você tem certeza, neném?
ㅡ Tenho toda a certeza do mundo.
ㅡ Eu acredito em você. - murmurou. ㅡ Confio muito em você, você é a pessoa que eu mais tenho confiança em todo o universo.
ㅡ Obri-
ㅡ Prometa que nunca irá me decepcionar.
Engoli a seco.
ㅡ Tae, eu-
ㅡ Prometa, Lou.
ㅡ Eu...
ㅡ Não quer prometer? Então você irá me machucar e está ciente disso? - arregalou os olhos, desesperado.
ㅡ Eu prometo. - falei abruptamente.
ㅡ Eu tenho muito medo de ser magoado, Lou. Então faça o que quiser comigo, me bata, me torture fisicamente, deixe-me preso, mas não quebre o meu coração, não me deixe sofrer novamente com essa dor insuportável aqui dentro. - apontou para o próprio peito.
Seus olhos estavam úmidos pelas lágrimas e ele jamais soube o quanto aquele olhar suplicante me quebrava por inteira. desesperada, o abracei e sussurrei contra seu ouvido.
ㅡ Eu jamais irei te magoar, meu anjo...
ㅡ São juras de amor. - constatou, controlando sua própria respiração. ㅡ Juras de amor devem ter muita importância.
ㅡ E elas têm.
ㅡ Então eu quero dizer uma jura de amor para você. Uma jura que eu já disse certa vez, mas quero repeti-la para que você jamais tenha a capacidade de esquecê-la.
ㅡ Qual é? - sorri contra sua pele seca e quente.
ㅡ Eu só te deixarei ir, quando eu começar a odiar as borboletas.
༺♡🍒♡༻
O barulho era enorme, a aglomeração de pessoas se tornava cada vez maior e a voz mélea de Kim SeokJin ressoava por todo o lugar fechado. Estavamos muito perto do palco, tão perto que eu podia notar cada detalhe do cantor, constatando o quão a sua beleza era extraordinária.
Jungkook gritava tanto, que temi o mesmo rasgar as cordas vocais. Vi quando alguém esbarrou em si, fazendo-o derrubar a cerveja que segurava. Seus xingamentos chamaram a atenção de curiosos, e eu tive que rir quando ele ficou ainda mais bravo, afinal, ele simplesmente odiava curiosos.
Taehyung estava ao meu lado, encantado com tudo. Os olhinhos atentos percorriam todo o ambiente, o rosto bonito era atingido pelas luzes coloridas que eram projetadas pelo refletores. Era mais que gratificante testemunhar a sua felicidade.
A música agitada acabou, dando lugar a uma mais calma. Jeon se aproximou de nós e sorriu enquanto mirava o cantor que havia se sentado em um banco e agora tocava o seu violão.
ㅡ É a música nova dele, se chama Tonight.
Neste exato momento, a voz doce começou a citar, melodicamente, as letras da canção romântica.
ㅡ linda! - Tae comentou ao meu lado. ㅡ Doce canção.
ㅡ Inferno! - Jungkook falou, chamando minha atenção. O encarei e vi seus olhos presos em um rapaz que ficara bem em sua frente, de costas para si, gritando horrores para o artista sobre o palco. ㅡ Você está na minha frente, imbecil!
O garoto então o encarou por cima dos ombros, o desdém estava estampado em sua faceta. Eu o conhecia de algum lugar, então esforcei-me para me recordar.
ㅡ Está incomodando? Retire-se e evite o incômodo, bebê. - o de lábios fartos sorriu de modo falso para o meu amigo.
Então o reconheci. Era o entregador e garçom da pizzaria que visitamos certa vez.
ㅡ Não iria adiantar, afinal, a sua presença é tão desagradável que até em marte eu a sentiria. - Jungkook provocou.
Foi quando o garoto se virou e bateu de frente com o moreno.
ㅡ Repete.
ㅡ Você ouviu muito bem o quê eu disse, não se faça de idiota.
ㅡ Eu não irei perder meu tempo com um cara....- olhou o outro de cima a baixo, demonstrando nojo na face. ㅡ como você.
Eu não entendia a implicância entre os dois. Parecia uma guerra onde ambos disputavam território. Os dois tinham personalidades fortes e ,por isso, não queriam ter que aturar um ao outro.
Era curioso, afinal só se encontraram duas vezes antes daquela.
ㅡ Deveria ir entregar pizza, assim não perderia tempo com um cara como eu.
ㅡ E você deveria entrar naquela sua carranca que chama de carro e ir ver se eu tô lá na esquina pegando a sua mãe.
Encarei o meu amigo, vendo-o travar o maxilar. Segurei na mão de Taehyung, aquilo não era um bom sinal.
ㅡ Você falou da minha mãe e da minha caminhonete? - seu rosto estava centrado e eu o sentia tenso.
ㅡ Falei, e daí? - o entregador riu, sem se importar.
Respirei fundo. Aquela noite não iria prestar.
♡
Oieeee!
Tudo bem?
Saudades ♡ muitas saudades mesmo!
Me perdoem pela demora, eu sequer sei como me desculpar nesse momento, afinal, estou envergonhada diante de vocês. Bom, eu tive problemas pessoais que me tiraram a inspiração, então isso foi e está sendo um grande obstáculo. Mas eu jamais irei desistir de vocês, assim como espero que vocês jamais desistam de mim 😔💗
Estamos próximos do fim da primeira fase, então vai acontecer muita coisa daqui para frente. ♡
O que acharam do capítulo de hoje? Deixem um votinho, por favor ♡
Estou indo, bye ~ Até breve ♡
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