thirty one ᯽⊰ Help me
Awn, olá borboletinhas preferidas da Maya !!!🌈🍦Como vocês estão, uh?
Estamos quase no fim da primeira fase, então dêem muito amor enquanto estamos nessa fase super nhonho💛🍦ps: a segunda fase vai ter muita coisa boa!!!💛🍦
Obrigado pelo feedback, pelos views, pelos votinhos e comentários tbm. Se não fosse por vocês, eu teria desistido a muito tempo.
Como sempre, venho pedir desculpas pelos errinhos de ortografia em todo o livro. Infelizmente não tenho tempo para revisar devidamente. 🍦Me perdoem!!!
Não esqueça o votinho, comente muito e me façam mais feliz ainda mais 🍦💛🍦
Boa leitura~
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ㅡ Me ajude, Kate!
Aquelas palavras ainda me atormentavam de um modo doloroso. Eu sentia que haviam sido ditas em um estado de desespero e esperança. Esperança de eu realmente fazer algo que a tirasse daquele poço de medo e incertezas.
ㅡ Você bateu nela? - encarei os olhos azuis e expressivos do meu pai.
Senti suas mãos firmes segurarem meus braços com uma força absurda. Tentei livrar-me do aperto, mas era impossível. Gritei por Alice, mas fui retirada do quarto, vendo-a por uma última vez, se encolhendo ainda mais na cama e se entregando às intensas lágrimas que a tomavam demasiadamente.
ㅡ Solte-me! - grunhi pela dor em meus braços.
Robert me empurrou pela porta, colocando-me em meu próprio quarto agora. Engoli a seco, eu não o estava reconhecendo naquele momento. Respirei um pouco mais aliviada quando minha mãe apareceu e nos encarou um tanto confusa.
ㅡ O quê está acontecendo aqui? - quase gritou. ㅡ Solte ela, Robert! - ordenou, pairando o olhar em meus braços presos brutalmente pelas mãos grandes.
ㅡ Irá mesmo passar a mão na cabeça da Kate? - meu pai me soltou, encarando minha mãe. ㅡ Sabe o quê ela estava fazendo agora pouco? Escutando conversas atrás da porta. - voltou o olhar em minha direção. ㅡ Foi essa a educação que te demos, garota?
ㅡ E-eu só me assustei pelo barulho e quando me aproximei da porta, eu-
ㅡ Ouviu toda a conversa? - a voz grave alterou-se bruscamente, fazendo-me dar um sobressalto pelo susto.
Meus olhos queimavam pelas lágrimas, minhas mãos encontravam-se trêmulas e eu sentia que estava à um passe de desabar. Encarei a mulher que me dera a luz, implorando por ajuda em um pedido mudo. Ela suspirou e veio em minha direção, me acolhendo em um abraço protetor.
ㅡ Está assustando a nossa filha, seu imbecil! - ralhou, aproximando meu rosto para mais perto de seu corpo. Abracei sua cintura com força.
ㅡ Eu só...só ouvi o final da conversa, sequer prestei atenção, pois fiquei assustada com os...os gritos! - falei, mordendo os lábios diante de minha própria mentira.
O que eu havia escutado era algo grave e revelador, mas ainda não era o suficiente para desvendar todos mistérios que rondavam minha família e Kim Taehyung. Obviamente, se contasse para meu pai sobre o que havia ouvido, ele tentaria me afastar de todos os meios que eu poderia encontrar para conhecer a realidade por trás de tudo.
ㅡ Olhe nos meus olhos! - meu pai se aproximou. Obedeci e fixei minhas íris nas suas. ㅡ Você não está mentindo para seu pai, está? - ruminou.
ㅡ Não. - fui firme em responder.
ㅡ Você têm certeza, Kate? - cerrou os olhos em desconfiança e intimidação.
ㅡ Tenho.
ㅡ Espero que o que aconteceu hoje jamais se repita. Estamos entendidos? - falou. ㅡ Nunca mais quero te ver escutando conversas alheias como se fosse uma maldita espiã.
ㅡ Veja a forma que está falando com nossa menina! - minha mãe soltou, incrédula. ㅡ Está querendo fazer com quê ela te odeie também?
ㅡ Não se meta, Shanye.
ㅡ Ela também é minha filha. Obviamente eu tenho o direito de me meter em qualquer coisa que envolva Kate e Alice. - seus pulmões se expandiam de modo desregular e alterado.
ㅡ Acredita que ela teve a audácia de perguntar se eu bati na Alice? - riu nervoso e me olhou no fundo dos olhos, desafiante. ㅡ O quê acha que eu sou? A droga de um monstro? O vilão de toda essa merda de vida que temos? - cuspiu as palavras.
ㅡ Eu...
ㅡ Você está passando dos limites, Robert. - minha mãe o repreendeu.
ㅡ RESPONDA! - o grito foi direcionado inteiramente à mim.
ㅡ Eu não te acho o vilão, papai. - eu nunca imaginei que um dia seria tão maçante dizer "papai" em voz alta.
ㅡ Acho muito bom mesmo.
ㅡ O que houve com Alice? - a pergunta de minha mãe ressoou. ㅡ Se Kate perguntou se você bateu nela, é porque ela está machucada!? - preocupou-se.
ㅡ Eu a vi com hematomas aparentemente recentes, e como vi meu pai brigando com ela, e Alice tão indefesa, pensei que ele houvess-
ㅡ Está ouvindo a barbaridade que sua garotinha está dizendo, Shanye? Está dizendo que pensou claramente que eu havia espancado Alice. Isso é o cúmulo! - riu incrédulo e desequilibrado.
ㅡ Me desculpe. - murmurei, contragosto.
ㅡ Você quer saber o que houve com a sua irmã, Kate? - cruzou os braços sobre o peitoral. ㅡ Você quer saber sobre as merdas que ela está envolvida?
ㅡ Quero muito. - o encarei abruptamente, desvencilhando-me do abraço de minha mãe.
ㅡ Ela comprou drogas na mão de um traficante do bairro de trás, e eu dei o dinheiro para que ela pudesse quitar a dívida, eu ajudei porque ela me prometeu que seria a última vez que se envolveria com essas merdas. Sabe o que ela fez? Comprou bebidas e cigarros para ela e os amigos usarem a noite inteira em uma festa. Alice havia marcado do mesno dia para pagar o cara, mas como não apareceu, ele se vingou. - respirou fundo. ㅡ Ele colocou alguns dos capangas para darem uma surra nela.
ㅡ Está me dizendo que minha menina apanhou de brutamontes? - a mulher ao meu lado estava perplexa assim como eu. ㅡ Devemos chamar a Polícia, levá-la para o hospital! - minha mãe tentou sair do quarto, mas foi empedida por meu pai.
ㅡ Se dermos queixa na Polícia, irão investigá-la e descobrirão todo o envolvimento da mesma com o mundo das drogas. Quer ver nossa filha presa?
ㅡ Não. - respondeu, os olhos marejando.
ㅡ Ela também não quer ir ao hospital. Já tentei convencê-la, mas não existe alguém mais teimoso do que Alice. - respirou fundo, parecia mais calmo. ㅡ Iremos cuidar dela em casa mesmo, vou na farmácia comprar remédios e curativos. Tente convencê-la a tomar um banho, ela está cheirando a álcool, sangue e cigarro.
ㅡ E se tiverem machucando algum órgão dela com algum soco ou chute? - o desespero estava estampado na face da mulher.
Quieta, observando a cena atentamente, pude perceber que tudo alí era real. A preocupação com Ali, os cuidados, os medos. Eu estava enxergando um casal preocupado com a saúde e bem-estar de seu filho. Parecia ser sincero, embora à poucos minutos atrás eu tenha visto um pai transtornado.
ㅡ Vai ficar tudo bem. Iremos cuida-la. - Robert tentou amenizar o desespero da esposa.
ㅡ Irei vê-la agora! - a mesma anunciou, saindo do meu quarto.
Os olhos de meu pai encontraram os meus. Abaixei a cabeça e o senti se aproximar. Me envolvi em meus próprios braços, embora não estivesse com frio.
ㅡ Kate... Me desculpe.
Ergui o olhar, vendo a feição suavizada do meu progenitor. Fiquei algum tempo em silêncio, enquanto ele parecia aguardar pacientemente alguma palavra minha. Suspirei de modo audivél e mordi os próprios lábios com força.
ㅡ Tudo bem. - limintei-me a dizer.
ㅡ Não apenas por hoje, mas também pelo dia que bati em seu rosto. - sua voz parecia realmente estar carregada de culpa. ㅡ Eu só ando um pouco abalado pelas coisas que vêm acontecendo com sua irmã, e acabo por perder a paciência rapidamente.
ㅡ Entendo. - silabei, cautelosa.
ㅡ Eu sei que não somos os melhores pais do mundo, mas amamos vocês duas mais do que nossas próprias vidas.
Não mais que o trabalho de vocês, pensei, um tanto amarga.
ㅡ Eu realmente entendo. Esse amor é bem notável mesmo. - tentei sorrir, mas creio que tenha feito uma feição frustrada.
Meu pai coçou a nuca, parecia também frustrado diante de minhas palavras.
ㅡ Tenho uma pergunta para te fazer. - anunciou, fazendo-me engolir a seco.
ㅡ Que pergunta? - o questionei rapidamente.
ㅡ Sobre Kim Taehyung.
Percebi seu primeiro deslize; Taehyung havia se apresentado como Toy para os meus pais na casa de Jungkook, então ele não deveria saber sobre o verdadeiro nome do rapaz.
Lembro-me da vez que Tae me disse que seu nome era um segredo, descobri que na verdade, Alice sempre soube o nome do garoto, no entanto, chamava-o apenas de Toy, por motivos que eu desconheço. Em raros momentos ela usa o nome real do meu noivo; Kim Taehyung.
ㅡ Eu não conheço nenhum Kim Taehyung. - falei, forçando uma feição confusa.
Robert pareceu pensativo por um tempo. E depois, como se notasse seu próprio erro, sorriu sem jeito e quebrou o contato visual comigo rapidamente. Pigarreou alto e levou as mãos à cintura.
ㅡ Estou falando do seu amigo que está na casa do Jeon. O nome dele não é Kim Taehyung? Ah, eu devo ter visto esse nome em algum lugar e deve ter ficado na minha mente. Sabe, existem vários rapazes com esse nome por aqui.
ㅡ O quê quer perguntar? - o tirei de seu próprio embaraço.
Era óbvio que ele desconfiava que eu houvesse escutado sua conversa com Alice. Não queria que eu tivesse ciência de seu envolvimento com a compra do Kim para satisfazer os desejos sexuais de minha irmã. O nervosismo me consumia, mas tentei me manter firme para que o mesmo não desconfiasse dos meus planos em buscar as peças para montar o quebra-cabeças daquele enigma.
ㅡ De onde ele veio? Já te disse sobre sua origem em algum momento? - tentou soar desinteressado no assunto.
ㅡ Ele nunca me disse nada. - dei de ombros. ㅡ Eu não me importo muito em saber sobre o passado do Toy, até porque ele não gosta de falar sobre o mesmo.
ㅡ hm. E ele conhece a Alice? - sondou, cauteloso.
ㅡ Não que eu saiba. - menti.
ㅡ E vocês estão namorando? - questionou-me.
ㅡ Não. - crispei os lábios. ㅡ Somos bons amigos. Ele é misterioso demais e não gosta de falar sobre o passado. Toy é um amor de pessoa, mas eu não me interesso, romanticamente dizendo.
Eu estava ficando boa em mentir. No entanto, meu coração doía um pouquinho somente em falar aquelas palavras frias sobre Taehyung. Tentei me convencer de que era necessário, seria parte do plano.
ㅡ Mas... - pigarreou. ㅡ Você se entregou à ele, não foi?
Minhas bochechas queimaram violentamente. Levei as mãos até as laterais da minha face e tive vontade de morrer pela vergonha. Era um tanto constrangedor conversar sobre tal coisa com um pai que era pouco presente em minha vida. Pigarreei e criei um pouco de coragem antes de dizer:
ㅡ Foi algo casual. Aconteceu, mas não temos nada sério.
Nunca, em dezoito anos da minha vida, imaginei que um dia diria aquelas palavras. Fechei os olhos com força, ainda mais intimidada, envergonhada, constrangida. Eu só queria que aquela conversa acabasse o mais rápido possível para eu me enfiar em um buraco até o final dos tempos.
ㅡ Está me dizendo que se entregou para um amigo e que foi algo apenas casual? - o timbre soara incrédulo. ㅡ Perdeu sua virgindade como se fosse algo banal? - suspirou.
ㅡ Eu quis perdê-la. - sussurrei. ㅡ Não é o fim do mundo, pai. Eu estou bem, ele foi carinhoso e conversamos bastante antes de...de acontecer.
Minha garganta estava seca, meu rosto inteiro queimava e eu tinha certeza que a vermelhidão em minha face encontrava-se bem aparente. Não era como se eu pudesse evitar sentir vergonha. Abri os olhos, mas evitei qualquer contato visual com o homem à minha frente.
ㅡ Deveria pelo menos ter se guardado para um namorado, futuro marido, amor da sua vida. Sei lá. - refutou.
Mas Taehyung é meu namorado, futuro marido e amor da minha vida; pensei, tentando não esboçar um sorriso bobo em meio a conversa ainda contrangedora que estávamos tendo. Massageei minhas têmporas e tentei me conter.
ㅡ Foi uma escolha minha, e eu não me arrependo de tê-la feito. Sem contar que, você nunca se importou muito comigo durante todos esses anos, então não deveria fazer tanta diferença em sua vida, deveria? - cuspi as palavras impulsivamente.
ㅡ Tudo bem, eu respeito sua decisão, filha. - sorriu, talvez tentando soar compreensível. ㅡ Eu sei que não sou o melhor pai do mundo e que você e sua irmã sentem a minha ausência, mas eu prometo que irei consertar as coisas daqui para frente.
ㅡ Você quer mesmo consertar as coisas entre nós? - sondei, incerta.
ㅡ Claro que quero, Kate. - foi direto em responder.
Mordi os lábios e encarei os olhos grandes e azulados do meu pai. Sua postura sempre me amedrontava um pouco, embora o mesmo tivesse uma aparência pouco intimidadora; o rosto tinha traços ocidentais suaves, os cabelos em um tom de mel, seus lábios eram avermelhados e as bochechas sempre ruborizadas de forma natural.
Apesar de todas as reviravoltas, as claras mentiras e omições, eu nunca deixei de amá-lo. Eu simplesmente não conseguia odiá-lo, pois a única coisa que eu queria era que as coisas realmente mudassem em nossa família. Era uma espera dolorosa, mas eu aguardava com reverente esperança, pelo dia em que eu pudesse sentir o aconchego paterno, materno e de irmandade.
ㅡ Então quero que seja muito sincero e me diga a verdade por trás disso... - fui até meu armário e tirei da gavetinha a fotografia que encontrei certo dia no quarto de Alice.
Ergui a imagem para que meu pai pudesse vê-la perfeitamente. Franzi o cenho quando o vi arregalar os olhos e entreabrir os lábios, demonstrando um estado de choque e descrença. Aquele era o ponto; ele sabia que não tinha para onde fugir. Sua imagem estava cravada na fotografia, junto com duas crianças de gêneros irreconhecíveis pelas roupas de frio e tamanhos iguais, brincando em um balanço colorido enquanto a neve revestia o chão.
ㅡ Está muito claro que este homem é o senhor, papai. - falei, a voz trêmula e vacilante. ㅡ Mas e as crianças? Quem são? Pelo que posso notar, é uma fotografia meio antiga, mas... Qual a história por trás dela? - joguei as perguntas, sem censuras.
ㅡ Onde encontrou a foto? - notei o timbre afetado.
ㅡ Isso não importa. - retruquei. ㅡ Eu só quero entender. Não diga que essas duas crianças são Alice e eu, porque eu sei que não são. São dois garotos? Duas meninas? Um casal de irmãos? Primos? Diga-me papai, eu quero saber. - o pressionei.
ㅡ Alice te entregou isso, não foi? - insistiu.
ㅡ Quem são as crianças? - quase gritei.
ㅡ S-ão filhos de um amigo de trabalho. Eu o visitei à anos atrás e conheci os meninos. Essa foto foi tirada e eu sequer me lembrava. Não é nada demais, Kate.
ㅡ Então porquê o senhor ficou tão assustado assim? Se não é nada demais...
ㅡ Eu só f-iquei surpreso pela foto.
ㅡ Por quê?
O vi engolir a seco. Era nítido que estava afetado. Andei de um lado para o outro, controlando minha respiração, segurando a fotografia com força entre meus dedos. Uma risada incrédula deixou minha garganta. O encarei.
ㅡ O que custa me responder?
ㅡ Você está sendo uma completa entrometida. - acusou. ㅡ Desde quando se tornou tão insistente e curiosa?
ㅡ Desde quando eu comecei a abrir os olhos diante do que vem acontecendo na ponta do meu nariz. Alice não entrou no mundo das drogas e das bebidas por um acaso. Ela nunca demonstrou interesse em tais coisas, no entanto, ao retornar de Tóquio, se transformou em uma garota agressiva, fumante, bêbada...
ㅡ Está insinuando que eu seja a causa da Alice ter entrado nesse mundo errado que se encontra agora? - apontou o dedo em meu rosto.
ㅡ Eu só tenho certeza de uma coisa, papai; tenho a certeza que existem mentiras aqui, sei também que serei forte o suficiente para buscar as verdades por trás delas.
ㅡ Está louca como sua irmã.- riu seco.
ㅡ Parece que não há ninguém equilibrado aqui, não é, papai? - o encarei com altivez.
ㅡ Você não vai sair desse quarto nos próximos sete dias, está me entendendo? - ruminou. ㅡ Está de castigo a partir de agora.
ㅡ Você não têm o direito.
ㅡ Se me desobedecer, eu irei quebrar a cara do seu amiguinho Toy. - ameaçou. ㅡ Aproveito e digo à ele que você está ficando completamente louca e que nunca mais quer vê-lo na vida.
Tive a sensação de que meu coração estava prestes a paralisar por completo. Pisquei algumas vezes, perplexa demais para pensar em qualquer coisa. Engoli a seco, sentindo minha garganta reclamar pelo nó que se formava na mesma. Seria a pior maldade do mundo, deixar que fizessem algo com alguém tão puro e doce como Taehyung.
ㅡ Está me ameaçando? - murmurei, descrente e aturdida.
ㅡ Você não quer que outra pessoa pague por suas mal-criações, quer? - reforçou, deixando claro que aquilo era mesmo uma covarde ameaça.
Naquele dia, eu descobri o preço de amar.
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Quando você se encontra em meio uma multidão barulhenta, poucos pensamentos se fazem presente em sua mente.
Mas quando o silêncio é sua única companhia, você consegue escutar apenas suas ideias, seus anseios, consegue imaginar o mundo calmo que desejar ou um mundo escuro e repleto de incertezas.
É embaraçoso, mas você pode escolher também em qual mundo quer estar. Nós mesmos estamos no controle de nossa mente.
E era assim que eu lutava para não mergulhar em profunda tristeza; Sempre que me vinham os anseios, eu buscava imaginar a minha coragem, a minha esperança, o mundo que envolvia a vontade de ver mudanças e de sorrir sem ter motivos para o fazer.
Cinco dias já haviam se passado desde a briga com meu pai. No mesmo dia que catigo me fôra dado, o escutei ligando para a diretora do meu colégio e avisando que eu estava gripada e que ficaria alguns dias em repouso. Também foi-me tirado o celular, o computador e minhas duas caixinhas de som, entre elas, a que ganhei de Taehyung durante as férias.
Alice parecia melhor, pois no dia seguinte a vi saindo de casa com uma mochila nas costas e um cigarro entre os dentes. Seu rosto ainda estava roxo, mas ela pouco parecia se importar. Passava o dia todo fora, voltava para comer, tomava banho e passava a noite em algum lugar da cidade, vagando como se não tivesse rumo.
Na noite anterior, pude ouvir mais uma briga dos meus pais, com direito à copos sendo arremessados contra a parede, xingamentos horríveis e lágrimas da minha mãe durante horas. Eu também chorei muito, junto com ela. Descobri que os motivos da briga haviam sido por Alice desistir da faculdade e do trabalho. Os dias estavam ficando cada vez mais tristes e caóticos.
Respirei fundo diante das lembranças, me senti uma inútil.
Rolei na cama mais uma vez, com preguiça de tomar mais um banho. A tarde estava quente eu eu sentia que iria derreter aos pouquinhos. Levantei-me da cama abruptamente quando um barulho surgiu na vidraçaria da minha janela. Calcei minhas chinelas e me aproximei, levando um susto quando uma segunda pedra bateu no vidro.
Seria Taehyung pronto para me fazer uma declaração de amor em plena tarde ensolarada? Sorri ao imaginar. Me inclinei um pouco e semicerrei os olhos quando vi a cabeleira preta de Jungkook. Engoli a seco quando notei a pedra monumental em sua destra.
ㅡ Ele não teria coragem de jogar essa pedra monstra aqui. - ri nervosa e engoli a seco quando ele se aplumou para pegar impulso com o braço.
ㅡ Hey, Hey, Hey! - acenei deseperada e abri a janela, colocando os braços para fora, mostrando que eu já havia o notado ali. ㅡ Mas que porra é essa? - coloquei a cabeça para fora, vendo-o jogar a pedra no chão e acenar animadamente.
ㅡ Lourence! - gritou. ㅡ Pensei que nunca iria aparecer. Se não tivesse aparecido logo, eu tinha quebrado um pouquinho desse vidro aí.
ㅡ Um pouquinho? - gritei de volta, de olhos arregalados. ㅡ Você estava prestes a demolir minha casa com essa pedra.
ㅡ Sem drama, Lourence! - se aproximou mais da casa e levou as mãos à cintura de modo impaciente. ㅡ Desce logo e abre a porta. - ordenou.
ㅡ Você não manda em mim. - ralhei, ainda emburrada.
ㅡ E se eu pedir com jeitinho? - passou o dorso da mão pelas narinas e me encarou com cara de paisagem.
ㅡ Talvez eu releve.
ㅡ'Tá bom. - pigarreou e abriu os braços, dobrando um dos joelhos sobre a calçada. ㅡ Óh, minha doce Julieta, abra a porta para seu Romeu, caso me deixe entrar, eu prometo ser só seu.
Explodi em uma gargalhada impiedosa. Algumas pessoas passavam pela calçada e o encaravam como se o mesmo fosse um louco. Minha barriga estava doendo e meus olhos já lacrimejavam pelas risadas incessantes.
ㅡ Tenho outra. - Jeon avisou, também rindo. ㅡ Abra a porta para teu Romeu, minha amada Julieta, porque se não irei contar para seus pais, que o Tae comeu sua buc-
ㅡ AH! - o interrompi em um grito alto. ㅡ Seu sujo! - reclamei enquanto deixava o quarto e descia as escadas.
Assim que abri a porta, fui empurrada sem delicadeza alguma pelo meu amigo. Revirei os olhos, com um sorriso nos lábios.
ㅡ tem refrigerante? - perguntou, indo em direção a cozinha. ㅡ O Taehyung tá putasso com você, sabia? Porque diabos você não liga para o teu noivo, ein?
ㅡ Boa tarde, Jungkook. Tem refrigerante sim, você aceita? - debochei, vendo-o voltar com um copo enorme e cheio de refrigerante. ㅡ Eu estou de castigo à cinco dias. Sem poder sair de casa, sem celular, computador ou caixas de som.
ㅡ E daí? - deu de ombros. ㅡ Está sozinha? - arqueou uma das sobrancelhas.
ㅡ Estou.
ㅡ Desculpa eu dizer isso, mas quem te colocou de castigo ou é muito burro ou confia cegamente em você, porque nunca vi ninguém ficar de castigo sozinho, com a chave da porta e tudo mais à dispor. - suspirou, pensativo. ㅡ Meus pais quando me colocavam de castigo, fechavam até o registro do chuveiro, porque eu era capaz de passar por ele só para ir farrear com os brothers.
ㅡ Meus pais sabem que eu sempre cumpro os castigos. - sorri fraco.
ㅡ Está na hora de fazer alguma coisa útil nessa vida, não acha? - sorriu, travesso. ㅡ Coloca gel no cabelo, gloss nos lábios, sombra azul nos olhos e um salto quarenta e três centímetros, que nós vamos dar uma voltinha pela cidade.
ㅡ Voltinha pela cidade? - gritei, confusa.
ㅡ Na verdade, vamos num lugar só, mas você vai gostar. - falou, tentando parecer todo misterioso.
ㅡ Que lugar, Jungkook? - tentei.
ㅡ Vai se arrumar, Lourence. - riu soprado. ㅡ Vou te esperar aqui. Observação; se demorar mais de quinze minutos, eu te deixo aqui e vou sozinho.
ㅡ Claro, afinal você é o amigo mais paciente que existe. - falei sarcástica.
ㅡ E você é a mais lerda. Vai logo! - franziu o nariz.
ㅡ Idiota! - ralhei, já indo até as escadas.
ㅡ Eu sou a luz da relação entre você e o caramelo, então me respeite! - impôs. ㅡ Aliás, eu não pretendo passar minha vida inteira sendo uma vela, tenho certeza que irei encontrar meu candelabro. - suspirou e fez careta quando me viu rindo de seu drama. ㅡ Vai, ria mesmo, Lourence! Depois não vem com "ain, jungkook, me ajuda a ficar com o Tae sozinha, para nos pegarmos"
ㅡ Daqui à dez minutos eu deço. - informei, ainda rindo de suas palavras. ㅡ Sabe que eu te adoro, seu bobo!
ㅡ Óbvio que eu sei. Sou o badboy mais irresistível da face da terra. - encarou as próprias unhas de modo desinteressado.
Dei de ombros e terminei de subir os lances de escadas. Tomei um banho bem rápido, vesti uma calça jeans, camiseta branca simples e uma jaqueta vermelha. Calcei meus tênis pretos e fiz uma maquiagem sem muitos rodeios; apenas pó compacto, batom levemente acerejado e máscara de cílios. Obviamente não esqueci de colocar um perfume e de passar óleo reparador de pontas nos cabelos.
ㅡ O Taehyung tem muita sorte. - Jeon disse assim que me viu descendo as escadas.
Senti minhas bochechas corarem instantaneamente. Brinquei com meus próprios dedos e pigarreei, meio constrangida.
ㅡ Por quê? - perguntei, deixando um risinho escapar.
ㅡ Porque ele mora longe de você e não precisa olhar 'pra essa tua cara de preguiçosa todo dia. - Jungkook falou implicante e revirei os olhos. ㅡ Vamos logo antes que eu desista. - pegou a chave do bolso e caminhou até a saída.
ㅡ Você deveria ser menos bruto, sabia? - reclamei, sem realmente estar chateada.
ㅡ A vida me deixou assim, Lourence. Meu coração se tornou frio como um iceberg depois que descobri que a vida é injusta.
ㅡ E que injustiça ela fez para você? - questionei, enquanto terminava de fechar a porta pelo lado de fora.
ㅡ Nenhuma. Eu estou brincando. - deu de ombros. ㅡ Eu não sou bruto contigo, sou apenas implicante. É diferente.
ㅡ Sem problemas. - sorri, vendo-o entrar no carro. ㅡ Eu te amo do jeitinho que você é; sem censuras, sem papas na língua, sem máscaras, sem vergonha na cara. - fui sincera nas palavras.
ㅡ Valeu. - esboçou um largo sorriso. Entrei na jeonhinha. ㅡ Eu também te amo do jeitinho que você é; lenta, péssima em matemática, louca pelo Tae, chorona, tímida, doce, careta, bondosa, fresca-
ㅡ Eu já entendi. - o interrompi. ㅡ Já sabemos do amor que sentimos um pelo outro.
ㅡ Você é a irmã que eu nunca tive, Lourence! - apertou o volante e encarou a rua à nossa frente. ㅡ Eu prometo te proteger de tudo. Prometo que sempre serei como um irmão mais velho para você. - sussurrou.
Suas palavras me pegaram de surpresa. Senti a sinceridade em cada pedacinho de sua promessa. Levei minha mão até a sua e o vi sorrir depois de suspirar longamente.
ㅡ E eu prometo ser para sempre a sua irmãzinha.
ㅡ Promete de beijinho de biquinho? - provocou e dei um tapinha inofensivo em seu ombro. ㅡ Vocês dois tem cada ideia melosa, que eu fico tipo: "em quê fanfic clichê eu vim parar?"
ㅡ Para!
ㅡ Foi ideia do caramelo, não foi? Ah, aquele garoto é impossível. Você ainda aceita essas coisinhas fofinhas e fica toda boiolinha por ele. - riu.
ㅡ Eu não quero mais te ouvir. - tapei meus ouvidos com as mãos. ㅡ Você é muito chato!
Jungkook continuou com suas provocações durante todo o percurso. Depois de longos minutos, paramos frente à uma loja na cor azul bebê, repleta de vitrines. A placa branca com arabescos dourados, estava acima da porta de entrada com o nome da loja escrita em letras bonitas; Winter Bear.
Meu coração bateu rápido quando percebi que estávamos no local de trabalho de Taehyung. Adentramos e percorri a visão pelas prateleiras; haviam bichinhos de pelúcia de vários tamanhos e cores diferentes, caixas de veludo para presente, caixas de som em todos os formatos, brinquedos, pantufas, tocas felpudas e várias outras coisas.
O lugar era grande, as paredes em tons claros, piso em porcelanato branco e várias luzes aclopadas no teto davam uma ideia de céu estrelado. Jungkook se aproximou de uma das prateleiras e pegou um urso enorme na cor marrom.
ㅡ Que coisinha linda! - falou e deu uma tossida exagerada quando viu o preço na etiqueta. ㅡ Que coisinha cara! - jogou o urso de volta em seu devido lugar. ㅡ O Tae não me falou que trabalhava em uma lojinha para burgueses.
Minha atenção fôra inteiramente para o garoto de cabelos castanhos atrás de um dos balcões da loja; O mesmo estava distraído enquanto arrumava alguns ursinhos pequenos na prateleira de exposição atrás de si. Me aproximei cautelosamente e limitei-me a observá-lo trabalhar.
Meus cotovelos estavam agora sobre seu balcão e meus olhos pairavam pelas costas e cabelos acetinados do rapaz, enquanto ele terminava de colocar cuidadosamente o último urso.
ㅡ Quanto custa um ursinho desses? - perguntei, fazendo-o se virar abruptamente.
Taehyung arregalou os olhos e se aproximou com um sorriso lindo estampado na face. Suas mãos seguraram as minhas e eu senti uma euforia tomar conta de cada célula do meu corpo.
ㅡ Lou, meu amor! - sua voz estava trêmula. ㅡ Eu pensei que houvesse esquecido de mim. - tocou minha bochecha e grudou nossas testas de modo desesperado.
ㅡ Me perdoa, anjo! - pedi, sentindo uma quentura em meu coração. ㅡ Eu estive de castigo todos esses dias...
ㅡ De castigo? Por quê? - sussurrou, pairando o olhar por todo meu rosto. ㅡ você está bem, neném? - preocupou-se.
ㅡ Meu pai me deixou de castigo por algumas coisas bobas. - menti. ㅡ Eu estou bem, Tae. Senti tanto a sua falta.
ㅡ Eu também senti, minha borboletinha preferida! - aproximou mais o rosto e fechei os olhos lentamente.
De repente, ele pigarreou e abri os olhos, notando-o um pouco tenso. Notei que ele estava tentando disfarçar enquanto colocava algumas tabelinhas de preço sobre o balcão. Franzi o cenho, curiosa.
ㅡ Meu patrão está logo alí. - explicou-se, apontando discretamente para o canto da loja onde havia um homem de terno. ㅡ Também não posso demonstrar afeto desta forma. - fez um biquinho insatisfeito nos lábios.
ㅡ Tudo bem. - tentei esconder minha frustração com um sorriso simples.
ㅡ Fique por perto. - pediu. ㅡ Irei arrumar um jeitinho de te abraçar, te beijar e dizer que te amo bem pertinho do seu ouvido. - riu de lado, deixando o balcão e indo até a sessão de pantufas.
Mordi meus lábios, sentindo um frio se instalar em meu estômago. Tentei disfarçar andando por entre as lacunas dos produtos de venda. Sorri quando vi Jungkook conversando com um garoto no final de um dos corredores. Não consegui indentificar se o garoto era alguém conhecido, mas dei de ombros, afinal, os dois pareciam bem animados.
Depois de alguns minutos, Tae passou por mim e acenou para que eu o seguisse, assim o fiz. Fiquei um tanto apreensiva assim que segurou em minha mão e me levou para o lado de dentro do seu balcão de trabalho. Dando uma última checada ao redor, nos abaixamos e ficamos no lugar vago aclopado no móvel , como se estivessemos em uma caixa de sapatos, com uma abertura apenas em um dos lados.
Era apertado e quente, mas tudo pareceu não ter tanta importância quando senti os lábios macios procurarem os meus e os encontrarem em um beijo ardente e saudoso. Agarrei os fios macios com força, ansiando por mais, querendo fazer parte de sua pele, desejando me fundir aos lábios doces e inebriantes por todo o sempre.
ㅡ Eu acho que nunca irei me acostumar com as sensações que você me causa, Taehyung. - murmurei contra sua boca, sentindo nossas respirações ofegantes se misturando.
ㅡ O que eu causo em você, Lou? - suspirou, roçando os lábios nos meus delicadamente.
ㅡ são tantas coisas que mesmo se eu tivesse mil anos para dizê-las, ainda seria insuficiente. - deslizei os dedos por sua nuca, sentindo a camada fina de suor revestindo sua pele. Eu também suava, não apenas pelo espaço limitado que nos encontrávamos, mas também pela intensidade da nossa aproximação.
ㅡ Aigoo, meu coração não aguenta tantas palavras doces. - sussurrou, tomando minha boca em mais um beijo abrasador.
ㅡ Acho bom voltarmos. - falei ao me separar com dificuldade de seus beijos. ㅡ Não quero te causar problemas, meu bem.
ㅡ Deixe sua janela aberta hoje à noite. - disse perto do meu ouvido e arrepiei por inteira, engolindo a seco.
ㅡ Por quê? - minha voz saíra ainda mais fraca e afetada.
ㅡ Surpresa. - riu contra minha pele.
ㅡ Você sabe que eu não gosto de surpresas, mas continua insistindo. - reclamei, sem estar realmente chateada.
ㅡ Mas você gostou de todas as surpresas que te fiz até agora, não gostou? - desceu a destra até minha cintura e apertou a área com certa força. ㅡ Eu gosto de preparar surpresas para você, meu neném!
ㅡ Hm. Talvez eu tenha uma paixãozinha por suas surpresas. - brinquei, sorrindo junto consigo.
ㅡ Preciso ir, me dá mais um beijo! - inclinou o rosto e iniciamos um novo ósculo.
Nos separamos contra a vontade de ambos e agradeci aos céus por ninguém ter notado nossa ausência, exceto uma garota de cabelos azuis e pele tão alva quanto a neve. Ao se aproximar, nos encarou com ambas as sobrancelhas arqueadas.
ㅡ Eu não vi nada. - deu uma piscadinha cumplice para Taehyung enquanto o mesmo ajeitava uma bandeijinha com chaveiros. ㅡ Ela é sua namorada? - me encarou de cima a baixo e esboçou um sorriso que me pareceu bem forçado.
ㅡ Ôh, sim! - Tae sorriu largo para a garota e me encarou. ㅡ Kate, essa é a Suran, a garota fofinha que eu disse. Está lembrada?
ㅡ Ah sim! - dei um sorriso simples e a cumprimentei com uma reverência. ㅡ É um prazer conhecê-la. Sou Kate Lourence.
ㅡ Prazer, lindinha! - falou sem demonstrar muito interesse. ㅡ TaeTae, o chefe pediu para que fossemos no depósito buscar algumas caixas de bonecas de pano que chegaram do Brasil ontem à noite. Vamos? - ignorou-me completamente.
Então Taehyung havia revelado seu nome para Suran, e ela o chamava de TaeTae, assim como eu o chamava às vezes.
ㅡ Mas eu preciso organizar algumas coisas no corredor três. - o acastanhado refutou. ㅡ Preciso fazer antes do meu horário.
ㅡ Vai ser bem rápido. - insistiu a de cabelos azulados. ㅡ São só algumas caixas.
ㅡ Eu...
ㅡ É por causa da namorada? - comentou, me olhando de soslaio. ㅡ Ela é ciumenta, é isso? - riu contida. ㅡ Diga a ela que somos apenas amigos.
Me senti imcomodada pelo fato da garota escolher me ignorar completamente e dialogar com Taehyung como se eu não estivesse ali, ao lado dos dois. Pareceu-me um tanto desnecessário.
ㅡ Eu não sou ciumenta. - falei, fazendo-a me encarar.
Obviamente eu sou um pouquinho ciumenta, mas ninguém precisa saber. Eu que devo aprender a lidar com os meus sentimentos de modo saudável, não o mostrando à todo momento.
ㅡ Não é pela minha neném! Kate é muito compreensiva. - Taehyung explicou para a garota. ㅡ É porque eu realmente tenho vários trabalhinhos para fazer hoje.
ㅡ Tudo bem. - deu de ombros. ㅡ Eu chamo o Baek para me ajudar. - jogou o cabelo longo e azul em minha direção. ㅡ Até logo, Kate. - sorriu. ㅡ Até logo, TaeTae.
ㅡ Até mais, SuSu! - Tae sorriu e acenou.
ㅡ Vou deixar você trabalhar, amor! - anunciei. ㅡ espero te ver logo.
ㅡ Iremos nos ver rapidinho. - piscou. ㅡ Você vai ver...
┈⊰[···᯽···]⊱┈
Naquela noite, Taehyung apareceu em minha casa por volta da meia noite. Parecia que tudo estava à nosso favor; meus pais haviam feito uma viajem de última hora para uma cidade não muito longe e avisaram que só retornariam no dia seguinte. Alice provavelmente estava em alguma festa que duraria a madrugada inteira.
Jungkook sequer precisou colocar a escada que havia trago na carroceria para Tae subir até minha janela; abri a porta e recebi meu noivo com um abraço apertado e repleto de carinho. Jeon, ainda da jeonhinha, acenou e partiu em seguida.
Embora, estivesse só nos dois na casa, subimos as escadas em silêncio e ao nos trancarmos no quarto, nos entregamos um ao outro como se fosse a primeira vez; os gemidos quebraram o silêncio do quarto, juras de amor foram feitas e adormecemos, perdidos em nosso mundo intenso, sequer se preocupando com o sol que nascia no horizonte através da janela de vidro.
Mas depois de dormir tranquilamente, presa aos braços de Taehyung, acordei e percebi que ele não estava mais ao meu lado. Era dia, mas uma fina chuva caía lá fora.
Sentei-me, ainda envolvida pelos lençois. Sorri, lembrando-me da noite passada. Como se acordasse de um sonho e entrasse em um pesadelo, meu sorriso se apagou abruptamente quando encarei o piso do meu quarto, vendo um rastro de um líquido rubro extendendo-se até o meu banheiro.
sangue.
Engoli a seco, saindo da cama quase em um salto.
ㅡ Taehyung? - apressei os passos e abri a porta do banheiro com brutalidade. ㅡ Taeh-
As palavras morreram em minha garganta, meus pés enfraqueceram e meus olhos se arregalaram à medida que percorriam o corpo desacordado e ensanguentado do meu Taehyung.
Senti meu corpo inteiro ser tomado por um calafrio, quando vi uma segunda pessoa alí, no canto do banheiro. Alice segurava um canivete na mão esquerda enquanto esboçava um sorriso indescritível nos lábios.
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Er....
Eu amo vocês!!!
Fui!!!
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