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thirty nine ᯽⊰ Broken hearts

MEU DEUS! MEU DEUS!
Não, não é MIRAGEM!
É SIMPLESMENTE TOY ressurgindo do nada, num domingo, em 21 de Abril!

Eu estou me tremendo toda, então, continuo nas notas finais...MEU DEUS!

Borboletinhas, Love Wins All é
tão TaeTae e LouLou! 💔🥺

⚠️
ATENÇÃO!

Capitulo sensível, com
violência física e mental narradas
de forma explícita.

"Mesmo se uma escuridão sem fim vier,
Quando essa noite passar, tudo ficará bem.
Já não cairão essas lágrimas, está tudo bem
até o momento. Quando tudo passar, não haverá dor..." [No problem - Dvwn]

Não.

O meu Tae não seria morto.

Não...

Sabe o momento em que você adentra um mar revolto em sua mente? É nesse mar amedrontador que você perde a capacidade de focar na sua realidade, no que há diante de você. É como ser um telespectador de um filme aterrorizante, ao mesmo tempo em que você se encontra nele como protagonista.

Juntamente com o medo dilacerante, surge a incapacidade, o desespero e, acima de tudo, a culpa.

O maldito sentimento de culpa.

No final das contas, a minha condenação por desejar salvar a minha irmã das garras de um delinquente, fôra colocar em risco o rapaz que amo, o rapaz que já havia sofrido as piores coisas e que agora sofreria outras por minha causa.

Por infortúnio, eu havia me tornado uma das pessoas que ele temia, alguém que o causava dor e sofrimento.

Ele era o anjo, o ser puro e de coração ardente.

E eu? Bom, eu era o contrário disso. A pessoa que o enchia de promessas, mesmo sabendo que, talvez, jamais seria capaz de cumprí-las. Eu era o único porto seguro dele, a primeira garota à quem ele havia entregue o coração e, mesmo diante dessa realidade, eu ainda não havia tirado o sofrimento que o rodiava, a dor que o assolava ou as lembranças que o assombravam dia após dia.

Ah, meu garoto dos cupcakes e das borboletas, como eu poderia salvá-lo desse mundo que, muitas vezes, é tão cruel? Esse mundo o merecia? Eu o merecia? Ainda não tive respostas, então perdoe minhas falhas cometidas enquanto eu o tinha ao meu lado.

ㅡ Solte-o, por favor! - tentei segurar Yunho pela jaqueta, no entanto, fui empurrada contra o chão áspero da calçada.

A rua encontrava-se vazia e eu me perguntava o porquê da polícia estar demorando tanto. Eu já havia ligado pelo celular de Hoseok, mas o tempo estava passando e isso não era nada bom. Cogitei adentrar a casa e me esconder, mas eu não iria sem Kim Taehyung.

Se eu não tivesse saído do nosso lar, nada daquilo teria acontecendo. Se eu não tivesse me compadecido da minha irmã que tanto nos odeia, não estaríamos naquela situação. As lamentações me tomavam por completo e aquela sensação de medo doía, doía de forma dilacerante.

ㅡ P-or favor, Hoseok! Ajude-o! - pedi desesperada.

ㅡ Eu não posso, me perdoe. - falou pela milésima vez. Aquele rapaz parecia compadecido diante da cena, mas eu não entendia os motivos. ㅡ Não posso ajudá-lo, porque Yunho fica ainda mais furioso quando alguém tenta pará-lo...e ele poderá apelar para algo mais perigoso...

Ergui-me do chão, tonta, sufocada, assustada com a cena que ainda acontecia bem diante de mim, sussurrando um claro deboche carregado de uma verdade mais que dolorosa: "Você está vendo o seu grande amor ser quase morto, mas não pode fazer nada, porque você é fraca. Sempre será uma fraca repleta de medos e incertezas . Você, Kate Lourence, é uma inútil..."

Uma inútil.

Nada mais que isto.

Meu coração estava despedaçado e todas as emoções dolorosas se atenuaram, no instante em que Taehyung, que estava deitado no chão, me olhou e disse com certa dificuldade na fala:

ㅡ Volte para casa e tranque a porta, Lou! VÁ AGORA!

Arregalei os olhos, notando o sangue escorrendo de sua boca e de um corte que havia sido provocado em sua bochecha direita. O outro rapaz parecia cansado, ofegante e tonto enquanto se erguia com dificuldade. Taehyung havia revidado os golpes, mas sua situação física estava mais debilitada.

Me aproximei de súbito, trêmula e com a respiração falha. ajoelhei-me seu lado.

ㅡ T-Taehyung, por favor! - solucei. ㅡ Não me peça coisas a-ssim. - tentei tocá-lo, mas ele gemeu de dor.

ㅡ Fuja, antes que ele a m-machuque...

Lágrimas faziam um percurso por minhas bochechas e meus soluços quebraram o silêncio da noite. Notei que Yunho estava tentando limpar o próprio rosto com a camiseta, pois havia sangue em sua face. Era o momento oportuno para fugir.

ㅡ Eu vou te levar para casa c-comigo, tudo bem, meu amor? - sussurrei, entrelaçando minha mão à sua. Percebi os dedos feridos. ㅡ V-você consegue se levantar?

Tentei erguê-lo com cuidado, mas Taehyung gritou de dor.

ㅡ Minha barriga dói, Lou...

ㅡ A polícia virá, eu os chamei! - murmurei perto do seu rosto, na intenção de acalmá-lo. ㅡ Seremos salvos...

ㅡ Não, não seremos. - ele disse em meio um suspiro doloroso. Sua destra tocou meu rosto e pude senti-lo trêmulo. ㅡ Você sabe que, para a polícia, eu sequer existo, Lou. Eles irão nos ignorar como da última vez.

ㅡ Esse brinquedo filho da puta ferrou minha mandíbula. - escutei a voz grave atrás de mim e um arrepio percorreu minha espinha. ㅡ VOCÊ ACHA QUE VOU ACEITAR ISSO? - gritou em plenos pulmões.

ㅡ Yun, deixe-os em paz! - Hoseok se pronunciou. ㅡ Robert ficará furioso se souber que, além de bater de novo na Alice, você tocou no namorado da filha mais nova dele. Você acha que aquele imbecil vai permitir algo assim, caralho?

Eles pareciam conhecer o meu pai muito bem. Talvez soubessem todos os segredos de Robert e Alice, mas aquele não era o momento certo de questioná-los. As preocupações eram outras completamente diferentes.

ㅡ Eu quero que o Robert se foda! Ele não é páreo para alguém como eu, e você sabe disso, Hobie. - o outro gargalha alto. ㅡ Me dá aquilo que eu te pedi para guardar na mochila mais cedo. - o vejo erguer a mão em direção seu amigo.

Um silêncio incompreensível se instala.

ㅡ Ficou louco, Yun...? - um riso incrédulo escapa dos lábios de Hoseok. ㅡ Cara, você bebeu e fumou uns bagulhos hoje, então vamos embora antes que a polícia chegue. Pare com essa ideia absurda...

ㅡ A burra ligou para a polícia local? - riu alto. ㅡ Vi que ela pegou seu celular, então é claro que meu pai viu que era seu número e não virá até aqui, porque ele deve imaginar que estamos mortos de bêbados, como sempre. Esqueceu que eu pedi para ele identificar nossos números na delegacia, seu otário? Meu pai manda naquela porra.

Arregalei os olhos diante de suas palavras. Então, aquele era o motivo da demora? Eles não viriam, porque aquele delinquente era filho de um policial poderoso? Fechei os olhos com força, na falha tentativa de me acalmar diante de tal revelação.

ㅡ Vamos embora. - o outro insiste. ㅡ Eu o levarei ao hospital e amanhã você estará bem. Deixe o garoto em paz. Não percebe que você está fora de si?

ㅡ Me dê o que te pedi e cale essa boca.

ㅡ Não, eu não darei.

Notei Hoseok tenso. Ele agarrou as alsas da própria mochila e deu um passo para trás. Eu não conseguia raciocinar direito, pois minha mente estava à mil. Taehyung tremia em meus braços e aquilo me matava aos poucos.

ㅡ Como ousa me desafiar, Hoseok?

ㅡ Ficou louco? Não vou deixar você fazer isso com eles. Vamos embora, eu já disse...

ㅡ Por quê você está tão compadecido? Isso tudo é medo de sermos presos?- riu com escárnio. ㅡ Relaxa, meu amigo. Lembra do que meu pai disse? Ele disse que foi chamado para defender o garoto das garras da Alice, mas Robert ligou e pediu para que ele fosse até eles na casa do ex-namorado da Alice, mas que não levasse o caso muito a sério, pois esse brinquedinho não tem direito algum de ser defendido. Isso significa que, matá-lo, não me traria problema algum. Sem contar que eu estaria fazendo um favor para aquele imbecil do Robert. Ele não queria se livrar do moleque? Essa é a oportunidade perfeita. Podemos até ganhar uma grana extra por nossos serviços...

Um nó se formou em minha garganta e paralisei. Um calafrio percorreu meu corpo e precisei apoiar minha mão livre no chão gélido, para não desabar ali mesmo. Então, meu pai estava por trás da ida daqueles policiais na casa de Jungkook? Ele havia feito de tudo para que fôssemos ignorados e abandonados pela justiça?

Ele era mais cruel do que eu pensava.

Sem me conter, permiti que o choro me tomasse. Ainda que eu desconfiasse da índole do meu pai, saber tudo aquilo era doloroso. Como, alguém que dizia me amar e amar a própria família mais que sua própria vida, poderia ter a capacidade de cometer tamanhas atrocidades?

Yunho continuou, em um tom de desprezo e deboche:

ㅡ Nós dois sabemos o que aquele homem planeja fazer com o rapaz em breve, então vamos acabar logo com isso. Faremos uma boa ação, tirando-o dessa vida antes do que está por vir. Me dê o que te pedi agora, VAMOS!

ㅡ Você me dá medo, Yunho...

Seu amigo segurou a mochila com ainda mais afinco.

ㅡ Ele ousou tocar em mim. - cuspiu no chão e vi o sangue manchar o chão acinzentado. ㅡ Preciso dar uma lição à ele.

ㅡ Você está maluco, caralho!

ㅡ Não me desafie...

ㅡ Não vou te entregar a arma.

Meu coração quase parou.

Arregalei os olhos e uma engolida a seco pareceu querer rasgar minha garganta.

Taehyung, que ainda segurava minha mão, apertou sua palma contra a minha com mais força e eu o encarei assustada.

ㅡ Precisamos sair daqui, Tae. Segure-se em mim, por favor! - minha voz saira embargada. ㅡ Vamos, meu amor, venha comigo...

Àquela altura, Yunho já tentava arrancar a mochila das costas de Hoseok. Meus gritos por socorro pareciam em vão, ninguém iria nos resgatar. Encarei a casa, pensando na possibilidade de adentrar e usar o telefone, mas como eu poderia deixar Taehyung nessa calçada, sozinho? E se ele o matasse?

Embora o que tentara nos defender, houvesse lutado contra o maldoso que ansiava por sangue, não havia nada mais a ser feito. Num instante, na rua fria e solitária, enquanto eu segurava o meu Taehyung nos braços, ensanguentado e imóvel, uma arma era direcionada à nós.

Mirei os olhos do que empunha o objeto que reluzia sob a luz do poste mais próximo, parecia transtornado e com um olhar vazio, tal qual o de um psicopata.

Acima de nós, havia um céu estrelado, o mesmo céu que testemunhara nosso amor, que era nosso e de mais ninguém.

"As estrelas farão parte da nossa história de amor, Lou."

"Lembre-se de nós ao vê-las..."

E eu me lembrei.

"Vamos comer no três. Um, dois, três..."

"Eu quero amar você, Kate..."

Meus pensamentos foram interrompidos pela voz grave e sussurrada do meu noivo, dizendo:

ㅡ Saiba que eu nunca odiarei as borboletas, Lou.

"Eu só te deixarei ir, no dia em que eu começar a odiar as borboletas."

E continuou:

ㅡ E eu sempre entendi o fato de você ter medo e odiá-las, então está tudo bem em me deixar ir. - suspirou e sorriu docemente. ㅡ Corra o máximo que puder. Jungkook irá protegê-la. Você é tudo para mim, você me salvou e me amou, mesmo eu sendo um brinque-

ㅡ P-are com isso, Taehyung! - o interrompi, com medo do que eu ouviria em seguida. As lágrimas  incessantes percorriam minha face, algumas respingando em sua camiseta. ㅡ Você é humano, amor, um humano! O meu Taehyung, o amor da minha vida.

Diante de suas palavras, percebi tudo o que eu havia perdido, tudo o que passara despercebido por todos esses meses. Kim Taehyung amaria as borboletas por toda a vida, então ele ficaria ao meu lado por todo o sempre. Aquela era a sua promessa. E, achando que eu as odiava, acreditando que eu realmente as temia, ele sempre esteve preparado para que eu o deixasse.

O gosto amargo do arrependimento perpetuou-se em minha garganta.


Agarrei-me ao seu corpo, desesperada, tragada pelos sentimentos mais dolorosos que senti em toda a minha vida. O abracei, segura do que faria em seguida.

ㅡ Eu nunca tive medo das borboletas, Tae. - murmurei com a voz falha. ㅡ Eu sempre as amei. Eu menti, para que você soubesse que todos temos medos nessa vida. Eu nunca odiarei as borboletas e nunca te deixarei ir.

ㅡ Solte o brinquedo. - A voz de Yunho surge. ㅡ Solte ou precisarei atirar nos dois. SOLTE ELE, SUA INÚTIL!

Neguei com um manear de cabeça. Descansei meu rosto na curva do pescoço alheio, sentindo o cheiro suave de camomila e morango, era ali que eu queria me aconchegar até o meu último suspiro.

ㅡ M-e perdoe por ter mentido...

ㅡ Lou...

O escutei soluçar. Ele estava chorando.

ㅡ Agarre-se em mim. - murmurei em seu ouvido. ㅡ Olhe para as estrelas e pense em nós dois, como você havia me pedido, lembra?

ㅡ Vá embora daqui, Lou.

ㅡ Por favor, faça o que pedi...

Ele suspirou com pesar.

Senti seus braços me envolverem com relutância, ao que seu coração batia afoito e sua respiração se tornara entre-cortada.

ㅡ Que fofinhos! - o tom zombeteiro ressoou. ㅡ Querem mesmo morrer juntinhos? Parece até cena de filme. Já dei tempo suficiente para vocês se despedirem, agora, está na hora de acabar com isso. Alice ficará feliz, seu maldito pai também e vocês dois terão um pouco de descanso.

Fecho os olhos com força e o aperto ainda mais em meus braços, na espera tortuosa pela morte. Taehyung também me abraça com mais força, mesmo com todas as suas dores e ferimentos.

ㅡ Vou contar até três. Um...

Escuto passos apressados ao longe.

ㅡ Dois...

Alguém estala a língua de modo alto e claro.

ㅡ Solte a arma ou eu acabo com a sua raça aqui mesmo, seu pivete, filho de uma prostituta do caralho.

ㅡ MEU DEUS, CHEFE! - Yunho grita e me ergo de súbito.

Meus olhos se erguem à medida que analiso o que acabara de chegar. A calça preta com rasgos, a jaqueta de couro e uma caixa redonda apoiada em sua palma esquerda, uma caixa de pizza.

Reconheço de imediato o rosto alheio.

ㅡ Chefe o caralho! - ele ralhou, parecia furioso. ㅡ Guarda a desgraça dessa arma, pivete.

ㅡ Claro, claro! - O outro diz, guardando a arma na mochila novamente e a entregando para Hoseok.

Eu mal conseguia acreditar no que meus olhos estavam vendo. Como ele havia cedido tão rapidamente às ordens?

ㅡ Hobie, segure minha caixa. - ordenou e logo Hoseok segurava a pizza.

ㅡ Chefe, Park, me perdoe! - O que antes nos ameaçava, agora clamava pela compreensão do recém chegado. ㅡ Eu não ia atirar, eu juro!

Park Jimin sorriu, um sorriso carregado de fúria. Retirou uma fatia de pizza da caixa e se aproximou do rapaz à passadas lentas, mas precisas. Ele exalava um ar sombrio, seu olhar era de dar medo em qualquer um naquele momento.

Mordeu um pedaço da sua comida, antes de ditar:

ㅡ Fique de joelhos.

Sua ordem foi acatada.

ㅡ Agora erga o rosto.

Assim que Yunho ergueu a face, um tapa estalado fôra depositado em seu rosto. O mesmo caiu de cara no chão, desacordado. Outrora, Jimin apenas limpou as próprias mãos na calça e ajeitou os fios do seu cabelo com a mão livre.

ㅡ Fedelho de uma figa. - encarou o desmaiado com repulsa. ㅡ Hobie, leve-o para casa. Depois eu decido qual será o castigo dos dois. Provavelmente você insistiu para que ele não os machucasse, então terei misericórdia de você.

ㅡ Obrigada, Chefe Park. Levarei Alice também, tudo bem?

ㅡ Até essa mulher está aqui? - Jimin estalou a língua no céu da boca e olhou minha irmã caída no chão, também desacordada. ㅡ Coitada. Alice continua fissurada no garoto, não é, Hobie?

ㅡ Sim, Jimin...

ㅡ Se ela não esquecer o passado ou, ao menos, tentar se curar de toda a dor que Robert a causou, será impossível se livrar dessa maldição. É uma pena mesmo...

Um suspiro escapou de seus pulmões.

Do que ele estava falando?

Antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa, senti Taehyung amolecer em meus braços. O olhei de imediato, à tempo de vê-lo fechar os olhos vagarosamente e pender a cabeça.

ㅡ Taehyung? - o chamei, aturdida. ㅡ TAEHYUNG? - Gritei, quando não obtive respostas. ㅡ TAEHYUNG! POR FAVOR, FALA COMIGO!

ㅡ Ele parece estar muito ferido. Deve ter desmaiado. - Jimin se aproximou. Sua feição agora era de preocupação. ㅡ Vou levá-los à minha casa, tudo bem? Não podem ficar aqui. Apesar de Yunho obedecer minhas ordens, ele pode mudar de ideia depois e decidir fazer algo ruim de novo, quando eu não estiver por perto. Peço que confiem em mim. - tocou meu ombro com ternura.

Estávamos desamparados, então eu jamais negaria tal ajuda. Jimin havia nos livrado da morte certa, estava alí, demonstrando toda a sua compaixão e vontade de nos amparar.

ㅡ Pode nos levar ao hospital? - pedi, desesperada.

ㅡ Chamarei um médico para cuidar do rapaz em casa. Será mais aconchegante para ele, entende?

Hesitei um pouco e o Park pareceu perceber.

ㅡ Sei que você pode estar meio desconfiada, afinal, há poucos minutos atrás, eu parecia tão delinquente quanto aquele fedelho. Mas acredite em mim, eu não os machucarei. Foi o seu amigo que me mandou até aqui, Jeon Jungkook.

ㅡ Jungkook o mandou aqui?

ㅡ Sim, ele me disse que ligou inúmeras vezes e as ligações não foram atendidas, então ele se preocupou e me ligou, parecia desesperado. Pediu para que eu viesse ver se estava tudo bem com vocês. Yunho tem uma má fama por aqui, é um infeliz que tem um pai corrupto, mas eu nunca imaginei que veria a cena de mais cedo. Eu sinto muito pelo que aconteceu...vocês devem estar assustados.

ㅡ Jungkook virá?

ㅡ Ele deve chegará em breve. Houve um atraso nos voos vindos do Japão.

Preocupada com a situação de Taehyung, cedi e aceitei que Jimin nos levasse para sua casa. Alguns homens foram chamados para ajudar a colocar Tae no carro e, embora eu sentisse sua respiração quente e seu coração bater, o medo de perdê-lo me consumia demasiadamente.

A casa do Park era enorme e pude perceber o quão segura ela era também, pois avistei alguns seguranças, portas com senhas e câmeras em cada canto. Recordei-me que seu irmão é Seokjin, uma estrela mundial, então tudo aquilo fazia sentido.

Meu noivo já encontrava-se em uma cama confortável e, como prometido, um médico fôra chamado e já limpava seus ferimentos. O vi lúcido por alguns segundos, antes dos remédios fazerem efeito e ele dormir profundamente. Meu coração, dantes inquieto, encontrara um pouco de alívio.

ㅡ Daqui a pouco o levaremos para a minha clinica particular, onde ele fará alguns exames, que incluem raio-x, tomografias e outros. Mas, por enquanto, de acordo com o que vejo, ele não corre perigo algum. São alguns hematomas que serão cuidados e logo ele estará bem. - o médico diz e deixo escapar um pequeno sorriso.

ㅡ Kate, Jungkook quer falar com você. - Park surge no quarto chama minha atenção e estende o celular. O pego de imediato.

ㅡ Oi, Kookie?

LOURENCE! - Ele grita exasperado. ㅡ EU TIVE TANTO MEDO!

Ele desaba em um choro incessante, o que me despedaça por inteira. Meus olhos também voltam a lacrimejar, mas preciso acalmá-lo primeiro.

ㅡ Estamos bem agora. Jimin nos salvou!

ㅡ NÃO SOU DIGNO DA SUA AMIZADE, MUITO MENOS DA AMIZADE DO CARAMELO! Eu estava longe no momento em que vocês mais precisaram de mim!

Ele chora ainda mais, até quase perder o ar.

AAAAAA, ME P-PERDOA!

Grita em meio o choro alto e cortante.

ㅡ Jungkook, se acalm-

Eu vou matar aquele que ousou apontar uma arma na direção de vocês dois.

De repente, sua voz se tornara fria e séria. Engoli a seco, pois eu sabia que Jungkook, depois de chorar de modo copioso e se assustar com uma situação como a que estivemos hoje, era tomado por um ódio mortal e tenebroso.

ㅡ Jungko-

Chegarei em algumas horas, Lourence. Eu prometo que isso não vai ficar assim. Você e o Caramelo são a minha família e eu, Jeon Jungkook, dou a minha vida por vocês, caso seja necessário. Vou acabar com tudo isso. Chegou a hora de ver o circo pegar fogo.

Eu juro, juro por tudo o que há de mais belo dentre o céu que observamos e a terra que pisamos, que nunca havia testemunhado esse tom em sua fala.

O inferno estava próximo para todos aqueles que nos machucaram.

E esse inferno se chamava Jeon Jungkook.

┈⊰᯽⊱🦋⊰᯽⊱┈

As horas se passaram e Taehyung fez os exames necessários. Assim como o médico havia dito, ele estava fora de perigo. É claro que precisaria de muitos cuidados e eu faria o possível para que ele tivesse uma ótima recuperação.

Lou...

Seu murmúrio me despertou do leve sono que me tomava aos poucos. Segurei sua mão, tomando cuidado para não tocar no acesso no dorso.

ㅡ Estou aqui, Tae.

As borboletas...

Foi a última coisa que ele disse, antes da sonolência o dominar mais uma vez, resultado dos inúmeros medicamentos.

Um suave bater na porta me fez levantar. Jimin adentrou o cômodo e sorriu de modo afetuoso.

ㅡ Desculpe eu aparecer assim, mas eu precisava avisar que Jungkook cheg-

ㅡ KATE LOURENCE! - o moreno praticamente corre em minha direção e me abraça com força. ㅡ ME PERDOE!

ㅡ Kook, o Tae está dormindo, então evite falar alto, por favor...

ㅡ Como ele está? - seus olhos estavam vermelhos. Jeon estava chorando novamente. ㅡ Ah, o rosto dele está ferido! - levou as mãos à própria face e estremeceu. ㅡ Como foram capazes de machucar vocês assim? Que monstro seria capaz de ferir minha Lourence e meu Taehyung assim?

ㅡ Está tudo bem agora...

ㅡ Lourence, antes de ligar para o seu celular e o do Tae, e perceber que algo estava errado, eu estava comendo sushi e tomando iogurte de morango. Que tipo de amigo come sushi enquanto os amigos estão sendo maltratados, ein!? Eu nunca vou me perdoar!

ㅡ Jungkook, pare com isso! Você mesmo disse que ainda nem sabia que algo estava errado, então por que está se culpando? Se acalme, por favor!

ㅡ Ainda assim, nunca vou me perdoar. Eu deveria ter voltado há dois dias, mas...

Jein hesitou.

ㅡ Mas o quê? - o instiguei a continuar.

ㅡ Descobri coisas horríveis...

ㅡ Eu preciso saber de tudo.

ㅡ Eu contarei absolutamente tudo e responderei qualquer pergunta que você me fizer, Lourence, mas você precisa se preparar para isso. Vejo que você também teve ferimentos, então foque na sua recuperação e na recuperação do Taehyung.

Eu não poderia me desestabilizar naquele momento, pois precisava ser forte para que meu noivo pudesse se recuperar tranquilamente, então, mesmo hesitante, mas ciente de que podia confiar no meu amigo, assenti com um manear de cabeça.

ㅡ Também não estou preparado para contar tudo o que sei. - Kook suspirou pesado. ㅡ Preciso encontrar uma forma de dizer tudo, mas estou muito assustado no momento. Vou respirar, tranquilizar meu coração e só depois disso, colocar tudo nos eixos.

Respirei fundo, cansada e perdida.

Eu sentia que coisas ruins estavam por vir e aquela sensação era angustiante e sufocante. O sonho de felicidade ainda estava fora do nosso alcance e aquilo me entristecia de uma forma inexplicável.

Éramos borboletas presas em algum recipiente, tal qual o que usei certa vez para colocar o presente de Taehyung, sem furos ou espaço suficiente para respirarmos.

Eu tinha medo de sufocarmos.

┈⊰᯽⊱🦋⊰᯽⊱┈

Duas semanas se passaram.

Kim Taehyung já conseguia se locomover sem minha ajuda, mas eu me encontrava tão pensativa.

ㅡ Jiminnie, obrigada por ter contratado um médico para cuidar de mim! Você é um algodão-doce tão colorido! - Taehyung comentou num tom animado, chamando a atenção de todos na mesa.

ㅡ Aish, precisa falar assim com esse cara? - Jungkook reclamou, como sempre fazia quando Tae agia de modo fofo. ㅡ Esqueceu que o único fofo aqui sou eu, ein?

ㅡ Você não é nada fofo, Jeon. - Jimin riu com escárnio.

ㅡ A conversa é entre Taehyung e eu. - o outro ditou. ㅡ Quando chegar na padaria, eu te aviso.

ㅡ Padaria, é? - Park o encarou de olhos semicerrados. ㅡ Então eu sou um sonho, baby?

ㅡ Na verdade, você é um pão de canela, e sabe de um coisa? Eu detesto pão de canela!

ㅡ Seu pivete, respeite minha casa!

ㅡ Pivete é você!

ㅡ Saia da minha casa!

ㅡ Saia você da sua casa!

ㅡ Não vou não, a casa é minha!

ㅡ Também não vou sair! - Kook apontou um garfo em sua direção. ㅡ Você é muito irritante, Park Jimin!

ㅡ Você é mais.

ㅡ Não, você que é...

ㅡ Por que vocês dois não calam a boca? - era Taehyung.

Jungkook paralisou, deixando o garfo cair de sua mão. O barulho do tilintar ecoou por todo a sala de jantar. Meus olhos também estavam arregalados e Jimin encontrava-se de boca aberta, sem reação alguma.

O Tae gentil estava com raiva.

ㅡ Todo dia isso. - completou, enquanto todos estavam boquiabertos. ㅡ É sempre a mesma coisa. LouLou e eu descemos para tomar cafezinho, Jungkook-shi se senta alí, exatamente ao lado do Jimin-shi, em seguida, no momento em que poderíamos comer em paz, vocês dois começam a brigar, brigar e brigar por coisas simples.

Respirou fundo e continuo, incorruptível:

ㅡ Eu mastigo e mastigo as panquecas, tomo meu suco e como as cerejas frescas. Lou come um pãozinho com queijo e toma café com especiarias que é tão delicioso quanto bolinhas de chocolate, e vocês dois ficam agindo como se não se gostassem. Como se não quisessem se beijar ou tocar na mão um do outro. Cansei disso!

Alguns segundos de silêncio.

ㅡ Você está defendendo o Jimin? - a risada incrédula de Jungkook quebra o silêncio do ambiente. ㅡ E quem disse que gosto dele, ein? Você não acha que está muito atrevidinho, Taehyung? Eu sou o seu hyung, então me respeite!

ㅡ Já disse que você não sabe se é mesmo meu hyung ou não.

Jimin gargalha alto.

ㅡ Ei, Taehyung, acha mesmo que estou caidinho pelo Jungkook?

ㅡ Não acho não. - Tae sorriu de modo doce. ㅡ Tenho certeza.

ㅡ Aish, fique quieto! - Kook fez um bico grande nos lábios.

ㅡ Mudando de assunto. - Park uniu as próprias mãos sobre a mesa e sua feição tornou-se mais séria. ㅡ Eu não sabia como dizer isso, mas acho que é o momento oportuno. Jungkook e eu contratamos alguém muito importante para defender Taehyung perante a justiça, mas esse não é o único ponto. Eu pensei bastante e acho que seria mais seguro vocês morarem comigo definitivamente ou, pelo menos até tudo isso acabar.

ㅡ Como assim? - perguntei. ㅡ Não poderemos voltar para nossa casa?

ㅡ Assim que Namjoon começar o trabalho de advogar o caso, estaremos mais expostos aos perigos. Kate, como você já deve saber, seu pai não está feliz com o fato de você estar com o garoto. Minha casa tem toda a segurança necessária, então eu ofereço meu total apoio à vocês.

De repente, a curiosidade me atingiu.

ㅡ Jimin, por que você decidiu se envolver em nosso caso? Eu não quero soar ingrata ou algo assim, mas ainda não consigo entender...

ㅡ Digamos que seu pai tem muito inimigos.

ㅡ Inimigos?

ㅡ Sim. E um deles virá atrás dele em breve...

ㅡ Quem?

ㅡ Não tenho mais informações. Namjoon sabe muito mais que eu, então vamos aguardar a primeira reunião que acontecerá amanhã à noite. Muitas dúvidas poderão ser esclarecidas.

Estremeci.

ㅡ Me desculpem, mas eu preciso ir para a pizzaria! - Jimin se levanta e olha o relógio no pulso. ㅡ Já estou bem atrasado. Vejo vocês no almoço!

ㅡ Tchau, Jiminnie, tenha um ótimo dia! - Tae acenou.

Também aceno, mas meus pensamentos estão dispersos.

ㅡ Também preciso ir para as aulas de aviação! - Jungkook se põe de pé. ㅡ Vejo vocês mais tarde, amo vocês!

ㅡ Também te amamos, Kookie! - digo, vendo-o sair em seguida.

ㅡ No que está pensando, Neném? - a voz doce está próxima do meu ouvido.

ㅡ Em nada, querido.

ㅡ É?

ㅡ É. - sorri, rendendo-me à sua fofura.

ㅡ Você acha mesmo que o Jimin e Jungkook não se gostam, Lou?

ㅡ Eu acho que eles se gostam. - sussurrei, vendo-o sorrir largo.

ㅡ Eu também acho, Aigoo! - sussurrou de volta, como se tivesse me contando um segredo. ㅡ Fofos demais!

ㅡ Sim!

ㅡ Mas de uma coisinha eu tenho certeza...

ㅡ Do quê, Tae?

ㅡ Que amor nenhum, que possa existir entre os casais desse mundo, será tão forte como o que sinto por você, minha borboletinha...

Entreabri meus lábios, afetada por suas palavras.

Os lábios alheios selaram os meus com ternura e me vi nas nuvens por milésimos de segundos. Como ele era capaz de me fazer fugir da realidade de modo tão abrupto?

Seu beijo era tão intenso, tão único, sensual e doce. Os dedos mornos pecorreram minha face, fazendo-me arrepiar. Ele me tinha de todas as formas.

ㅡ Eu te amo, Lou...

Disse ofegante, ao que suas bochechas tomavam uma coloração rubra.

ㅡ Eu te amo, Tae...

O beijei com mais fervor e ele arfou em surpresa. Ao perceber que meu corpo começara a reagir, o afastei vagarosamente e observei o rosto alheio.

Os lábios trêmulos.

Os olhos presos aos meus.

O cabelo bagunçado e o rosto vermelho.

Kate Lourence...

É, como eu pensei que diria.





Notas finais:

Clovis e Jungikukie mandaram recados:

Minha cara depois de chorar
relendo esse capítulo antes de postar:

CÉUS DE CUPCAKES, ME AJUDEM!

Bom...
Durante esse tempo, eu me vi completamente fora de eixo. Tive um bloqueio criativo imenso e eu escolhi esperar ele passar, para que eu não corresse o risco de disponibilizar qualquer coisa para vocês, até porquê TOY é especial para mim e eu nunca me perdoaria por trazer capítulos mal feitos.

Enquanto eu esperava, ao invés do bloqueio se dissipar, ele estava se intensificando, porque eu passei por situações complicadas. Um namoro tóxico, dois diagnósticos de doenças incuráveis, o meu trabalho e faculdade indo por água à baixo, porque, sem saúde, eu não posso fazer nada disso.

Agora, depois de um tempo, não posso dizer que me curei ou que estou cem por cento bem, mas estou aprendendo a lidar com tudo isso, aprendendo a conviver com certas coisas.

Sempre tive em mente que eu nunca desistiria do meu amor pela escrita e cá estou eu, voltando, sentindo aquele friozinho na barriga de novo.

Postar esse capítulo foi difícil, porque eu sempre fico com borboletinhas no estômago, ansiosa pela opinião e comentários de vocês. ♡

Espero poder proporcionar um livro bonito para vocês. Um livro que demonstre todo o amor e gratidão que sinto por vocês.

Tia Maya sentiu saudades!

Postarei um vídeo no twiter, falando um pouco mais sobre como me sinto em voltar a escrever. ♡

Beijos e até breve! ❤

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