thirty eigth ᯽⊰ hiccups
🦋😭🌈
Oiiii! Tudo beeeem, borboletinhas?
Gente, desculpem a demora, aaaaa! Eu juro que tentei não demorar, mas aconteceu tantas coisas nas últimas semanas e eu me vi perdida, ocupada e cansada 😭🥺 me perdoem!
Por favor, não esqueçam de VOTAR 😭 votem, votem!
Obrigado pelos mais de 500k de visualizações ♡ vocês são incríveis. De verdade! 🌈🥺
Tá, mas vocês já viram a ilustração DIVINA que a evanteh fez? Mds! Até hoje eu nunca superei. Ficou tão lindaaaa! Céus, eu acho que um muito obrigado nunca será o suficiente para expressar o que eu sinto, Eve ♡ te amo mucho ♡♡♡♡
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Acima de nossa estrutura frágil, composta de milhões de células, mantida desperta por algo que bate dentro do peito, há sempre o inimaginável.
E naquele instante em que eu ergui o meu rosto enquanto segurava firmemente uma xícara morna de porcelana, eu vi que havia um céu escurecido sobre mim, um céu mapeado de estrelas e de uma beleza inimaginável, como citei pouco acima.
E para o azar da humanidade, o inimaginável causa medo, pois está além daquilo que esperamos, daquilo que ansiamos ou eternizamos em nossos sonhos mais profundos e notáveis.
E no interior de nossa estrutura frágil, existe também um universo em constante movimento, ora afoito demais, ora calmo demais ou inalcançável, e este universo leva o nome curioso de...sentimentos.
Suspirei de modo cansado, pouco me importando com o frio noturno e a solidão que me embalava naquele segundo. Taehyung dormia no quarto, não havia notado o momento em que o deixei no meio da noite, ansiosa para pôr os pensamentos no lugar, ou pelo menos tentar.
Naquela mesma tarde, havíamos recebido a ligação de Jungkook, onde ele dizia ter descoberto que a empresa onde o Tae supostamente fôra criado, na verdade era uma grande farsa.
Não era cabível ter uma conversa tão delicada como aquela, através da tela de um celular, então resolvemos que tudo seria explicado de forma calma e objetiva assim que Jeon retornasse de Tóquio. A curiosidade iria me matar, mas era o mais prudente a se fazer.
De repente, me vi completamente desesperada.
Quase enlouquecendo de incertezas e medo.
Se a sextoy nunca existiu, então como seria possível Jungkook saber tantas coisas sobre ela? Como quando descobriu que Tae era um "brinquedo" através da internet e quando o defendeu de Alice, usando todo um argumento sobre os termos de compra e venda do rapaz !?
Jeon havia acessado um site falso ou...?
Me remexi na cadeirinha portátil e tomei mais um gole de café. Tentei afastar qualquer pensamento de desconfiança, porque era completamente incoerente e inaceitável. Jungkook jamais faria parte disso. Ele nunca faria nada que pudesse nos decepcionar.
Respirei fundo mais uma vez, rindo com amargura das minhas próprias paranóias. Depositei a xícara sobre a grama e retirei algo do bolso da minha calça. Franzi o cenho, encarando a fotografia presa entre meus dedos.
Robert, meu pai, estava inexplicavelmente alí naquela imagem misteriosa. E as duas crianças? Porque pareciam incomodadas com a situação? Poderia ser sua segunda família ou realmente os filhos de um de seus amigos, como o mesmo disse certa vez? E se eu estivesse sendo equivocada e ele estivesse dizendo a verdade? Mas se caso estivesse sendo sincero, porquê ficou tão nervoso no dia em quê o enfrentei e exigi explicações à respeito?
Eu não podia simplesmente esquecer o quão ele parecia desesperado e surpreso diante das minhas interrogações. Era óbvio que havia algo por trás. Algo grave e que poderia pôr um fim em todas as dúvidas que existiam alí. Mordi meus lábios em apreensão, acariciando os papéis dobrados que estavam em minhas mãos, juntamente com a foto.
Eram os documentos que encontrei no quarto de Alice certo dia, ou melhor, as cópias que consegui adquerir deles. Por sorte, ela nunca pareceu ter notado que um dia invadi seu quarto em sua ausência. Curiosamente, eu nunca havia tido coragem o suficiente para ler o quê havia neles, mas eu estava mais que decidida à investigar tudo, então fui rápida em desdobrá-los e analisar o conteúdo.
A fotografia de Taehyung estava na primeira folha, juntamente com o símbolo "sex+toy", este que estava posicionado logo abaixo da imagem. Tae estava com o cabelo curto e os olhos expressivos encontravam-se intensos. Na segunda página, vi breves informações físicas do rapaz, incluindo altura, peso, localização das tatuagens e medidas íntimas...
Minhas bochechas coraram violentamente e virei a página com avidez.
Na terceira folha, um título em vermelho anunciava o conteúdo que viria a seguir: Regras, Gostos e desgostos do brinquedo.
Apertei o documento com força, sentindo a raiva me consumir. Meu coração se encontrava apertado e minhas órbes já ardiam. Aquilo era inacreditável, inaceitável. A monstruosidade mostrada naqueles papéis era de causar arrepios e provocar um ódio doentio.
Regras:
1 - Não submeter o brinquedo às seguintes situações: sexo sem preservativo, agressões que causem danos físicos ou mentais, indução ao crime ou uso de drogas em geral.
2 - O brinquedo deve ser mantido em sigilo. Ser exibido como um troféu ou como substituição familiar perante a sociedade é terminantemente proibido.
3 - Órgãos judiciais não devem ser acionados, pois há termos que responsabilizam somente a empresa por qualquer situação que aconteça entre o cliente e o produto, logo as medidas serão analisadas e tomadas apenas pela sex+toy.
A incredulidade estava cravada em minha face e em todo o meu ser. Tentando controlar a tempestade de sentimentos ruins que me assolavam, inspirei o ar com força e o expeli com lentidão, fechando os olhos durante o ato. Repeti por mais algumas vezes e voltei a ler.
A palavra "brinquedo" era colocada em todos os lugares, como se fosse um lembrete de que o rapaz não era mais que um produto, um artigo utilizado para satisfazer desejos e com o único objetivo de ter o corpo à mercê de quem o possuísse.
Gostos do brinquedo:
- Borboletas.
- poesias, cerejas e cores.
- música clássica.
- cupcakes.
E foi quando eu percebi que as lágrimas já faziam um percurso pouco notável em minhas bochechas, molhando a minha pele e demonstrando a dor que me atingia. Descobrir mais sobre Taehyung era sempre emocionante, e eu acreditei com todas as minhas forças que aquilo era o quê me causava medo.
Imaginar o que ele possa ter passado durante boa parte de sua vida é assustador. Quando ele passou a amar as borboletas? As poesias eram as suas maiores distrações, assim como a música clássica, os cupcakes e as cerejas !? O quê as pessoas daquele lugar diziam à ele? Onde dormia? O quê comia? Como entrou lá?
Pouco abaixo, haviam pontos que o mesmo não gostava, coisas que o assustavam e o deixavam assombrado:
- Trovões.
- gritos.
- introdução de objetos sexuais em sua intimidade anal.
- orgias sem o seu conhecimento ou consentimento.
ㅡ Neném? - uma voz grave me fez ter um sobressalto. Encarei Taehyung de súbito, vendo-o em pé ao meu lado enquanto segurava um cobertor.
ㅡ Oh, Taeh-
ㅡ O quê é isso? - apontou para os papéis e dei um sorriso meio desajeitado. Dobrei os mesmos e os apertei com força.
ㅡ São a-penas alguns documentos escolares. Nada muito importante...
Temi fazê-lo reviver os momentos que teve na empresa, então escolhi ocultar as folhas por um tempo. Eu não queria vê-lo triste outra vez. Já era desesperador ter um passado tão sombrio, então eu estava disposta a trazer felicidade para o garoto, ainda que eu não fosse a melhor pessoa do mundo para tal objetivo.
ㅡ Por que, Lou? - tombou o rosto para o lado e pisquei algumas vezes, confusa.
ㅡ Por que o quê?
ㅡ Por quê está aqui fora à esta hora? Não sente frio ou sono, meu amor? - colocou-se em minha frente e se inclinou até seu rosto estar bem próximo ao meu.
Só então percebi que Taehyung estava sem camisa, como quando foi dormir mais cedo. Engoli a seco, analisando os mamilos enrijecidos e a pele arrepiada pelo ar gélido que a atingia. Tremi, erguendo o olhar até a sua face, notando as sobrancelhas franzidas, o cabelo revolto e os olhos inchados, deixando aparente o seu estado ainda sonolento.
ㅡ E-eu não estava...é...conseguindo dormir...
ㅡ Está tudo bem em escapar um pouquinho para olhar as estrelas, tomar café e ler documentos escolares, Lou. - suspirou. ㅡ Mas quando for fazer isto, traga um cobertor e se proteja do frio, está bem?
Assenti e ele sorriu simples antes de abrir o cobertor que trouxera e colocá-lo sobre mim com cuidado.
ㅡ Eu não entendo... - provoco, arqueando uma das sobrancelhas. ㅡ ...O Sr. Kim veio aqui sem camisa e está me dizendo que eu devo me proteger do frio? Por acaso, o senhor não está sentindo este ar gélido?
ㅡ Eu esqueci de colocar minha camisa. - confessou, sério. ㅡ Mas não importa tanto. Vai ficar tudo bem...
O observei com atenção, notando o olhar repleto de algo que eu não conseguia indentificar. Coloquei-me de pé e me aproximei de si, envolvendo-o em um abraço. Meus braços estavam envoltos de sua cintura e repousei minha bochecha em seu peitoral.
ㅡ Está preocupado? - sussurrei, sentindo-o me apertar e roçar o nariz no topo da minha cabeça. Seu coração batia afoito dentro do peito e o cheiro doce do seu perfume emanava de sua pele.
ㅡ E se eu tiver sido enganado por toda a minha vida, Kate? - ciciou, trêmulo. ㅡ Muitas coisas me foram negadas. Fui mantido por anos em um lugar onde as pessoas me diziam que eu nunca teria outra utilidade que não fosse fazer sexo e ser uma companhia para quem me comprasse.
ㅡ Eles estavam errados, Taehyung. - o apertei ainda mais, tentando acalentá-lo através daquele gesto carinhoso. ㅡ Você pode fazer muitas coisas, pode escolher o lugar em que deseja estar, quem deseja ter ao seu lado e fazer somente aquilo que o deixa confortável, sem precisar agradar alguém para isso.
ㅡ Eu poderia ter aprendido tantas coisas. - murmurou com um timbre pesaroso. ㅡ Poderia ter ido em uma escola, ter tido muitos amigos, ter conhecido o chocolate e ter me preparado um pouco para o mundo...
ㅡ Mas você ainda pode...
ㅡ Como? - soluçou. ㅡ Como poderei se estou me escondendo da Alice? Eu sinto que ainda há uma parte de mim que está presa em uma gaiola bem estruturada, Lou.
ㅡ Quando tudo isso acabar, eu prometo que você irá em uma escola, Taehyung. Prometo que terá quantos amigos quiser e que será muito feliz. - segurei em seu rosto e encarei os olhos marejados do meu noivo. ㅡ Prometo que, quando sermos marido e mulher, eu cuidarei de você, te amarei por todo o sempre e te apoiarei em tudo.
ㅡ Eu serei um burro ingênuo na escola e as pessoas irão rir de mim...
ㅡ Não diga isso, meu amor!
ㅡ Eu sinto que é essa a realidade. - fungou alto e me desesperei. ㅡ E quem será amigo de um garoto que chora por tudo e que até uns meses atrás não conhecia sequer uma praia ou uma bolinha de chocolate? Jungkook me aceitou porque ele é bondoso demais e você porquê me ama, e o amor a faz me entender em todos os meus defeitos e qualidades.
ㅡ Eu odeio quando você diz coisas assim... - engoli a saliva com dificuldade, pois havia um nó em minha garganta. ㅡ Odeio os momentos em que você se menospreza. Tae, eu sei que é difícil para você e que ainda há muitas coisas que lhe causam medo, mas você deve confiar mais em si mesmo. Não se lembra quando trabalhava na lojinha de pelúcias? Você me disse que as pessoas diziam gostar da sua aparência e do seu jeito doce e simpático de tratá-las, não foi? Então, você consegue conquistar sem muitos esforços e logo as pessoas irão querer sua amizade.
ㅡ É? - piscou repetidas vezes.
ㅡ Claro que é. - reforcei.
ㅡ Sem contar que você é muito fofo, então não há quem resista à essa doçura toda do senhor Kim! - apertei suas bochechas, arrancando uma risada adorável do rapaz.
ㅡ Isso dói um pouquinho, Ah!
ㅡ Desculpa, eu não resisti. - sorri sem me conter, agora acariciando a pele que apertei a pouco. ㅡ Essas bochechas são tão fartas e bonitas...
ㅡ Aigoo, obrigado! - falou timidamente.
Afundei o rosto na curva do seu pescoço, mas não sem antes me erguer e ficar na ponta dos pés, já que Taehyung é bem maior que eu. Somente ele é capaz de me deixar calma e me tirar de todos os meus embaraçosos pensamentos.
ㅡ Faz menos de uma hora que deitamos e poucos minutos que o deixei na cama, você pode ir descansar. Eu ficarei um pouco mais, até o sono vir. - depositei um beijo casto em seu ombro e fiz menção de me afastar, mas ele segurou-me com firmeza.
ㅡ Não tenho mais sono, posso ficar?
ㅡ Se realmente quiser isso...
ㅡ Irei vestir alguma camisa. - me deu um selinho e se afastou. ㅡ Me espere, tá ?
ㅡ Okay...
Abaixei o olhar e me vi fraca assim que capturei a cicatriz no lado direito da sua barriga. Era uma marca quase imperceptível, mas ainda estava alí, como a maior prova de que Alice estava indo longe demais em sua obsessão. As lembranças daquela manhã em que Taehyung havia sido ferido por minha irmã surgiram e eu me vi atordoada mais uma vez.
Tae agora adentrava a casa e eu fixei meus olhos na foto esquecida sobre grama.
Minutos mais tarde, eu tentei esconder minhas preocupações e foquei apenas no homem que eu amava.
...♡🦋♡...
Três dias haviam ficado para trás.
Jungkook? Bom, ainda estava resolvendo assuntos no Japão e não haviam previsões para o seu retorno.
ㅡ O Jungkook ligou e disse que virá apenas amanhã, porque irá comprar algumas coisas em Tóquio. - Taehyung disse enquanto terminava de varrer a cozinha.
ㅡ Mas que diabos! - reclamei, levando as mãos à cintura. ㅡ Quando ele ligar de novo, pergunte à ele se não têm mais casa. Ele acha o quê? Que está em férias de verão?
ㅡ Fique tranquila, Lou. Logo o Jungkook irá voltar para casa.
ㅡ Sim, Você tem razão. - peguei o balde ao lado e suspirei, vencida.
Estávamos fazendo uma faxina na cozinha desde cedo. Taehyung usava um short de tecido fino e uma camisa roxa. O cabelo alheio estava preso por uma faixa de pelúcia que continha duas orelhinhas de urso e sua pele estava revestida por uma camada fina de suor.
Por vez, eu usava um short curto e uma blusa regata na cor amarela. Meu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo e eu tinha certeza que não estavam em um dos meus melhores momentos, visualmente dizendo. Tae veio em minha direção e corei quando seus olhos analisaram o meu cabelo.
ㅡ Tem teias de aranha em seu cabelo, amor. - retirou a sujeira com cuidado e eu me perguntei pela milésima vez; como ele consegue ser tão lindo mesmo sujo, suado e com roupas velhas?
Não parecia justo.
E como já era de praxe, me vi hipnotizada pelo meu futuro marido.
ㅡ Prontinho! - anunciou, sorrindo e afastando a mão. ㅡ Não há mais teias nos fios.
ㅡ O-brigado...
ㅡ Lou!? - me olhou copiosamente e pisquei.
ㅡ Sim?
ㅡ Você...pode me dar? - falou baixinho e quase engasguei com minha própria saliva.
ㅡ Dar? Dar o quê? - disse em desespero e ele franziu o cenho.
ㅡ O balde.
ㅡ Ah! - ri sem jeito. ㅡ O ba-balde! Claro que sim, pegue! - entreguei o objeto para o rapaz e ele o levou até a pia para enchê-lo de água.
Me repreendi internamente. Droga! Por quê eu não conseguia me controlar quando ele estava perto de mim? Parecia que eu jamais me acostumaria com a intensidade que havia em seus olhos e que fluia de sua personalidade que variava de inocente à sensual em questão de segundos.
Quando a tarde chegou, o cômodo se encontrava limpo, brilhando. Fizemos sanduíches e suco de pêssego e devoramos tudo, pois estávamos famintos. Não sei se era efeito da fome, mas o lanche estava exepcional e eu pouco me importei com o fato de comer vários sanduíches e tomar dois copos grandes de suco.
ㅡ Devíamos ter tomado banho primeiro. - Tae disse depois de um tempo, encarando a bandeja e a jarra, ambas vazias. ㅡ Agora temos que esperar um tempo até podermos banhar.
ㅡ Isto não importa! - dei de ombros, ajeitando-me na cadeira.
ㅡ Eu não gosto de ficar sujo por muito tempo...
ㅡ Aguente mais um pouco, anjo. - capturei uma banana na fruteira e retirei a casca da fruta. Cantarolando alguma música aleatória, fixei meus olhos na janela ao lado da pia e encaminhei a banana até minha boca. ㅡ Até a janela está brilhando! Fizemos um bom trabalho. - falei de boca cheia.
ㅡ A-cho que sim...
ㅡ O que acha de assistirmos um filme mais tarde? - mordi mais uma pedaço com lentidão.
ㅡ É...
ㅡ Qual filme sugere?
ㅡ Eu n-não sei...qual v-você quer ver?
ㅡ Vamos assistir um filme romântico, certo? - propus, encarando a fruta que já estava pela metade.
Estranhei o silêncio do acastanhado, então virei o rosto e flagrei os olhos fixos na minha boca e as bochechas extremamente coradas, como cerejas frescas. Arregalei os olhos no momento em que ele abaixou uma mão por baixo da mesa e arfou sôfrego.
ㅡ Kate Louren-
ㅡ Taehyung, você está excitado? - perguntei o óbvio e levantei-me da cadeira. Já ao seu lado, o vi se encolher e abaixar o rosto.
Taehyung envergonhado era a coisa mais adorável do universo. A coloração avermelhada em sua face e o lábio inferior preso pelos próprios dentes me afetaram como nunca antes. E saber que eu era, possivelmente, a causa daquilo, me deixou mais que satisfeita.
Suas mãos apertavam seu íntimo com força e suspirei, ciente que Tae havia se deixado enxergar o meu ato de comer uma banana como algo erótico. Era mais que claro que ele ansiava pelo dia em que o colocaria na boca mais uma vez.
Não havíamos mais tentado desde a última vez, no entanto, eu sentia que ele queria aquilo, ainda que o mesmo nunca dissesse em palavras. A ideia de fazê-lo sentir prazer daquela forma me instigava, me desarmava. Retirei a faixa de pelúcia do seu cabelo e o senti estremecer.
ㅡ O quê acha de irmos para o banho agora, hm? - falei baixo e ele assentiu com um manear de cabeça, mas continuou imóvel. ㅡ Levante-se, meu anjo...
ㅡ V-ocê pode ir primeiro, Kate.
ㅡ Vamos juntos.
Tae murmurou algo incompreensível e se pôs de pé. Meus olhos repusaram na área que antes suas mãos ocultavam e vi o volume em seu shorts. Senti meu próprio corpo reagir e me vi curiosa quando minha boca passou a salivar mais que o normal.
Subimos os lances de escadas e logo estávamos no banheiro principal da casa. Depois de tentar controlar minha natural timidez, livrei-me das minhas roupas e do elástico que prendia meu cabelo. Taehyung também livrou-se de suas peças de roupas e meu coração acelerou, porque ele estava tão duro que uma quantidade de algo viçoso revestia sua glande.
Coloquei-me embaixo do chuveiro e cuidei do meu banho, Tae fez o mesmo. Minutos mais tarde saímos do box e ele pareceu ter terminado, mas antes de pegar a toalha, segurei em seu braço, impedindo-o de fazê-lo.
ㅡ Você ainda está...
Abaixei o olhar até seu íntimo.
ㅡ Oh, i-sso é...
ㅡ Deixe-me ajudá-lo. - falei por fim, beijando os lábios úmidos do Kim.
ㅡ Kate Lourence, meu amor! - sussurrou à medida que eu trilhava beijos por seu pescoço, ombros e clavícula. ㅡ O que irá fazer?
Fiquei em silêncio, mas não cessei os beijos um segundo sequer. Tomada por um despudor inexplicável, suguei a pele do seu peitoral e arranhei suas costas com suavidade, fazendo-o gemer em aprovação e desejo.
ㅡ Oh Céus, eu sou muito sensível aí! - encolheu-se quando beijei um de seus mamilos. Tragada por seus gemidos, mordisquei a área e percorri minha língua com lentidão.
Os dedos de Taehyung agora seguravam os fios molhados do meu cabelo e eu podia sentir a sua respiração descompassada. O rapaz estava encostado no balcão da pia e eu agradeci aos céus por haver um tapete naquela parte do cômodo. Abaixei-me lentamente, mas não sem antes fixar meus olhos nos do acastanhado.
Ele mesmo havia dito que era excitante ver o meu olhar naquela posição, então me esforcei para não vacilar. Eu não podia deixar a vergonha me consumir naquele momento. Era um episódio especial para ambos, somente nosso e de mais ninguém, então eu estava disposta a tornar inesquecível.
Não haviam motivos para querer fugir ou sentir incertezas, afinal éramos mais que namorados, mais que apenas dois apaixonados querendo estar juntos, éramos dois corações congelados no tempo, revestidos por um amor que eu acreditava jamais poder ser atingido...
ㅡ Quais são os seus desejos, Kate? - levou a outra mão até o meu rosto e pressionou meu lábio inferior com o polegar. ㅡ Diga até onde posso ir.
ㅡ Quero que faça aquilo...é...você sabe, Tae...
ㅡ Quer que eu me desmanche em sua boca, Lou? É isso o quê quer dizer?
ㅡ S-sim.
ㅡ Mas o gosto não é tão agradável. - seu polegar passeava por minha boca e seus olhos estavam fixos nos meus.
ㅡ Mas eu quero que faça. - falei, decidida.
ㅡ Você se lembra das dicas? - suspirou, a voz rouca e intensa.
ㅡ Sim, eu me lembro.
ㅡ Okay... - ciciou. ㅡ faça tudo no seu tempo, Neném, tá bem?
Assenti com um manear de cabeça e ajeitei a minha posição. Tomada por coragem, acariciei suas coxas e me ergui, depositando beijos molhados em sua pélvis. Taehyung arfou sôfrego e senti sua pele arrepiar. Instigada por suas reações, levei a destra até sua ereção e iniciei uma masturbação lenta à medida que meus lábios deixavam marcas avermelhadas em sua pele macia.
Os gemidos se tornaram cada vez mais frequentes, então delizei minha palma com mais detreza, fazendo o rapaz fechar os olhos com força e estremecer. Parei o qua fazia e Tae abriu os olhos e me encarou suplicante, como se implorasse por mais.
Aproximei o rosto e o segurei firmemente, segundos antes de deixar minha língua deslizar pela glande inchada e umidecida pelo pré-gozo.
ㅡ Porra... - levou o punho até a própria boca e tentou sufocar os gemidos que insistiam em fugir de sua garganta. ㅡ Argh...isso me deixa tonto de prazer, Kate Lourence.
Sua respiração estava uma bagunça e seu rosto suava, atenuando o rubor que reivindicava suas bochechas e têmporas. A feição era de imenso prazer e desejo queimante, então abri mais os lábios e chupei a área que minha língua experimentara mais cedo.
Taehyung puxou os fios do meu cabelo e me instigou a me mover em si. O deixei invadir minha boca lentamente. Meus olhos lacrimejavam a minha boca ainda não estava acostumada com aquele esforço, todavia não me deixei abalar.
Meus dedos envolveram a área que não se encontrava dentre meus lábios e movimentos ávidos arrancaram-lhe mais suspiros e rubor. Fechei os olhos e forcei um pouco mais a musculatura e me surpreendi por ter conseguido inserir metade. A ânsia surgiu e precisei retirá-lo abruptamente.
Tae me olhou preocupado, mas o masturbei com afinco, mostrando que eu não iria desistir. Percorri a língua por toda sua extensão até alcançar o topo mais uma vez e sugá-lo com dedicação, fazendo um vai e vem moderado.
ㅡ Eu acho que irei gozar, uffh! - sua voz soou desesperada e trêmula. ㅡ Eu não...hm...ficarei chateado se você cuspir, meu amor....
Apertei as laterais do seu corpo e ergui o olhar até os seus, fazendo-o ter um espasmo seguido de um som erótico que escapara de seus lábios. Eu sentia que não conseguiria ultrapassar aquele limite, mas eu queria que ele soubesse que eu estava lutando para dar certo. Parei e o incentivei a se mover.
Com cuidado, ele começou a estocar minha boca, atentando-se aos meus limites e reações. Ele parecia concentrado enquanto movia o quadril e me invadia. A preocupação em me ver bem estava cravada em sua face, mas ele não permitiu que seu prazer se esvaisse. Um sorriso carinhoso surgiu em seus lábios e eu o senti nas nuvens.
ㅡ Você está indo tão bem, Lou. - parou e eu continuei chupando-o, ansiando pelo que ele me traria.
Minha mão que o envolvia apertou sua extensão enquanto o estimulava e, embora eu estivesse um pouco incomodada com o toque rápido de sua ereção no céu da minha boca, não cogitei parar. Os segundos que se passaram foram os mais intensos e meu corpo arrepiou quando o senti pulsar em minha língua.
Olhei para o meu amado, vendo-o de olhos fechados e lábios entreabertos. Espasmos o tomavam e um gemido longo anunciou o seu êxtase, mas só tive a prova real, no momento em que um líquido quente velejou em meu paladar, fazendo-me tremer e ter uma breve ânsia.
A textura era como a de um creme capilar, mas o gosto não me lembrava nada. Era apenas um misto de amargor, duçor e algo mais que eu não conseguia indentificar. Meu coração estava acelerado, minhas mãos suavam e eu estava aflita, porque eu não sabia se havia ido bem.
Ergui o olhar e meus medos evaporaram assim que vi Taehyung com um sorriso grande nos lábios, a respiração afoita e os músculos de sua pélvis ainda tendo choques pós-orgasmo. Filetes de seu desejo desmanchado fizeram um percurso em meu queixo e eu percebi que meu corpo inteiro queimava em desejo e satisfação por tê-lo feito ter um ápice daquela forma.
ㅡ Estrelas. - falou aleatório, absorto em sua própria felicidade.
ㅡ O quê? - o questionei, curiosa.
ㅡ Você me fez ver centenas de estrelas, Lou! milhões, para ser mais exato.
Sorri, mais que realizada. Eu sentia meu corpo quente e desejoso, mas não importava. Eu havia conseguido.
...♡🦋♡...
ㅡ Até quando terei que usar? - Tae choramingou e sorri, colocando o óculos sobre o criado-mudo.
ㅡ Até a sua visão estar saudável novamente. - suspirei. ㅡ Taehyung, já fazem dois dias que não o vejo usar o óculos, você precisa fazer isso. É para o seu bem.
ㅡ Mas eu enxergo muito bem sem ele! - fez um bico e cruzou os braços.
ㅡ Você não percebe, mas há uma alteração da sua visão e isso precisa ser tratado, senão pode se agravar e o quê era imperceptível passa a ser notável e incômodo.
ㅡ Entendo... - falou e bocejou.
ㅡ Durma! - o beijei com ternura. ㅡ Hoje tivemos um dia cansativo.
ㅡ Você não vai deitar também? - sentou-se no colchão e o empurrei de forma delicada até ele se deitar novamente. ㅡ Sem sono de novo?
ㅡ Eu vou ficar bem. Irei dormir assim que o sono vir, não se preocupe.
ㅡ Eu posso esperar junto com você, se quiser.
ㅡ Mas os seus olhinhos já estão quase fechados, anjo. Tenha uma boa noite.
ㅡ Mas...
Ele interrompeu suas próprias palavras e pareceu se deixar ser vencido por minhas insistências. O observei com calma. Já faziam dias que eu não conseguia dormir com facilidade, mesmo que eu estivesse exausta.
ㅡ Boa noite, Lou...
O seu murmúrio me fez sorrir. Minutos mais tarde ele estava encolhido sob os lençóis, os olhos cerrados e a respiração suave. Remexeu-se apenas para ficar de bruços e se esparramar ainda mais no acolchoado. Tae tinha um sono pesado, então sequer me preocupei quando saí e a porta ralhou brevemente quando a fechei.
Já na cozinha, tomei um pouco de água e organizei alguns copos que havíamos lavado mais cedo. Caminhei de modo preguiçoso até a sala e liguei a televisão.
ㅡ Ele é meu, sua imprestável!
Levei um susto ao ouvir o grito vindo do lado de fora da casa. Desliguei a tv e caminhei até a janela. Arregalei os olhos, perplexa.
ㅡ Alice? - engoli a seco.
Ela estava parada na calçada, mas parecia estar fora de si. Haviam mais três rapazes acompanhando-a e um deles tentava impedir que a mesma caísse no chão. Meus dedos trêmulos seguravam as cortinas e cerrei os olhos com força assim que ela gritou mais uma vez:
ㅡ ACHA MESMO QUE TERÁ FELICIDADE AO LADO DESSE BRINQUEDO ESTÚPIDO? - falou e gargalhou em seguida, pouco se importando com o aperto do rapaz em seu pulso.
Era claro que ela não estava me vendo, mas ainda assim desejava desabafar e demonstrar que tudo aquilo a irritava da forma mais absurda existente. Minhas órbes passaram a arder e um nó se formava no fundo da minha garganta.
ㅡ FIQUE LONGE DELE, KATE LOURENCE! AFASTE-SE DO QUE ME PERTENCE! EU TE ODEIO... EU ODEIO A SUA ESCOLHA DE AMÁ-LO...
Ela então parou e eu pude notar seu desespero. Um daqueles homens carregava garrafas de bebida e tinha um cigarro preso entre os dentes. Assustei-me quando soluços altos ressoaram, eram de Alice. Ela estava chorando.
ㅡ Alice, porra! Está louca? Vamos embora. - escutei um deles dizer. ㅡ Hobie, pegue-a no colo e vamos levá-la de volta para a casa. Robert ligou e está nos esperando.
Eu não os conhecia. Bom, na verdade eu não conhecia nenhum dos amigos de Alice. O homem nomeado Hobie, o mesmo que a segurava, a ergueu no colo e a mesma se debateu.
A solidão da rua atenuava as falas, então eu os escutava corretamente.
ㅡ Eu não irei embora! - minha irmã inquiriu. ㅡ A minha irmã mora aqui e eu preciso falar com ela o mais rápido possível!
ㅡ Está bêbada. - o que segura as garrafas suspira, impaciente. ㅡ Vamos antes que eu perca a paciência.
ㅡ Me solte, Hoseok! - pediu, estapeando o rapaz que a mantinha nos braços. ㅡ Eu vou começar a gritar!
ㅡ Grita, vadia! - o outro se aproximou, segurando o rosto da minha irmã de um jeito bruto. ㅡ Grita e eu te faço engolir todos esses seus dentes. O bosta do seu pai irá adorar saber que você está gritando em frente a casa da sua irmãzinha.
ㅡ Você irá machucá-la, Yun-Ho! - Hoseok ruminou, mas o outro não se intimidou nem um pouco.
ㅡ Como se já não tivéssemos feito isso antes! - riu, puxando o cabelo de Alice, esta que gritou e se contorceu.
ㅡ SEU FILHO DA PUTA, SOLTE O MEU CABELO!
ㅡ Pare de gritar, eu disse para não fazer. Você sempre me irrita, Alice! - ergueu a mão e depositou um tapa em sua face.
Sem pensar duas vezes, corri até a porta e saí da casa em passadas largas. Lágrimas escorriam por minha face e eu só queria proteger a minha irmã de tudo.
Porque ela podia me ferir o quanto quisesse. Poderia me odiar com todas as suas forças e escolher nunca me aceitar como um membro de sua família, mas eu nunca, nunca mesmo, deixaria que a machucassem em minha frente.
Eu amava Alice apesar de tudo.
Eu tinha esperanças de que um dia ela pudesse se curar.
Eu, Kate Lourence, jamais devolveria com a mesma moeda, toda a angustia e solidão que me fôra causada por todo este tempo.
ㅡ Deixe-a em paz! - segurei nos ombros do homem que a espancava e o puxei com toda a força que eu tinha. ㅡ Deixem a minha irmã em paz...
ㅡ Então você é a mimadinha que abandonou o próprio lar para dar todas as noites para o tal brinquedo da noiada? - o que segurava as bebidas me olhou de cima a baixo e o que eu empurrara me olhou com fúria.
ㅡ Como ousa me empurrar desta forma, miserável? - se aproximou e dei um passo para trás.
ㅡ Eu...
ㅡ Lou? LOU! - era Taehyung. Ele caminhava em nossa direção com rapidez. ㅡ O quê está acontecendo?
ㅡ Meu brinquedo...
Alice murmurou, estava em um estado deplorável, quase perdendo a consciência por completo. Desesperei-me e tentei me aproximar, mas fui impedida pelo nomeado Yun-ho.
ㅡ Mais um para entrar na brincadeira? Ótimo, eu irei amar quebrar a cara do rapazinho aí também. - o mesmo cerrou os punhos e Tae segurou em minha mão antes de me puxar para perto de si.
ㅡ Você pode me bater se quiser, mas não toque na minha noiva! - o Kim usou um timbre firme e eu estremeci, pois nunca o vi daquela forma.
ㅡ Noiva, é? Oh, já que você insiste, eu farei isso. - riu seco. ㅡ Quebrarei a sua cara. Mas... já que são noivos, acho justo passarem por isso juntos, não concorda?
Mal tive tempo para raciocinar. O punho alheio veio de encontro com o rosto de Taehyung. Minha visão se tornou turva e senti como se o meu mundo estivesse desabando.
Tae também o atingiu com o soco e gritos gasgavam a minha garganta.
ㅡ NÃO! - gritei em plenos pulmões. ㅡ NÃO!
Soluços.
Dor.
Ajoelhei-me no chão, tendo a visão do sangue no rosto dos dois e o homem derrubando o meu noivo no meio da rua. Me pus de pé e caminhei até eles, tentei afastá-los, mas nenhum estava disposto a desistir da luta. Tomada pelo desespero, virei-me e corri até Alice.
ㅡ Alice! O seu celular, pelo amor de Deus! - solucei, percorrendo a mão por sua calça. O rapaz que a segurava abaixou o olhar. ㅡ Onde está?
Ela já se encontrava desacordada.
ㅡ Pegue o meu! - Hoseok disse e o olhei. ㅡ Está no meu bolso esquerdo. Chame a polícia ou o seu noivo será morto.
Não.
O meu Tae não seria morto.
Não...
🦋🌈
______________________
É uma linda tarde, né? O céu tá azul e as nuvens brancas...
Então....
Pois é, é isso. Meio embaraçoso, mas é o roteiro. Kkkkk
Gente, o próximo capítulo será o último da 1° fase. Sim, Toy terá uma segunda fase, como eu disse lá no início do livro. O próximo episódio será marcado por um acontecimento inimaginável e eu já estou nervosa, porque eu sinto que surgirão muitas teorias dos leitores.
🦋TOY TERÁ QUANTOS CAPÍTULOS?
No máximo 55, contando com 2 episódios especiais 😭😭😭 já estou chorando desde agora.
🦋QUANDO TUDO FICARÁ CLARO, SRT. MAYA?
Na verdade, desde o início do livro já há muitas coisas reveladoras, no entanto, só começaremos a encaixar tudo a partir do próximo capítulo.
🦋QUANDO TEREMOS JIKOOK, NAMJOON, MAIS DO JIN, HOSEOK E YOONGI?
paciência. Tudo no seu tempo *sorriso malicioso*
É isso! Por favor não esqueçam de votar 😭
Obrigado por ler! Até maaais!
Ah, eu quero perguntar algo à você aí:
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