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Prólogo

646 palavras

A garota era intrometida. Mas eu não precisava ser tão grosseiro.

Em minha defesa, eu não estava num dia bom. Não que isso justificasse alguma coisa, mas quando ela começou a falar comigo como se fôssemos amigos de infância, uma impaciência absurda tomou conta de mim. Quando percebi, já tinha explodido, cuspindo palavras que nem me esforcei pra filtrar.

Minha maneira de contornar a situação? Presentear ela com aqueles livros. Pensei que seria um gesto simples, algo que qualquer um aceitaria sem questionar. Mas ela... ela reagiu de um jeito que eu não esperava. Não era sobre o presente em si. Algo no olhar dela me deixou inquieto.

Por um tempo, esqueci da garota da livraria. Era só um encontro aleatório, nada que fosse mudar minha vida. Mas aí, sem aviso, ela apareceu de novo.

Dessa vez, estava parada em frente à vitrine de uma casa de doces, encarando os bolinhos lá dentro como se fossem uma obra de arte renascentista. Parecia hipnotizada, sem piscar, só admirando aqueles doces como se estivessem a um universo de distância.

E eu? Sinceramente, não entendi. Se queria tanto, por que simplesmente não entrava e comprava? Qual era a dificuldade? Meu cérebro travou nessa indignação por uns segundos, até que, antes que pudesse pensar duas vezes, já estava dentro da loja, pegando os benditos bolinhos.

Quando saí, ela continuava lá. Um pouco mais perto da vitrine, mas ainda na mesma cena de encantamento ridículo.

Eu esperei. Esperei que ela olhasse pra mim, que me reconhecesse, que fosse tão intrometida quanto da primeira vez. Mas nada. Nem uma olhadinha de canto de olho.

Aquilo me deixou furioso.

Então fiz a única coisa que podia pra chamar sua atenção: abri o saco de bolinhos, devagar, deixando o cheiro doce escapar.

E funcionou.

Ela me olhou enquanto eu mordia o primeiro, mas... só isso. Nenhuma palavra. Nenhum "ei, te conheço". Nenhuma reação.

Minha frustração cresceu na mesma medida em que eu mastigava aquele doce. Peguei o segundo bolinho, e foi nesse instante que percebi o olhar breve que ela me deu. Agora vai, pensei. Agora ela vai falar comigo. Vai me reconhecer.

Mas não.

Ela franziu o cenho, bufou baixinho, bateu o pé no chão e simplesmente deu as costas, pronta pra ir embora.

E foi ali que eu me irritei de verdade.

Revirei os olhos, segurei seu braço antes que ela se afastasse e empurrei os bolinhos na direção dela. Ela me encarou, confusa, hesitou por um segundo e depois pegou o pacote, sem dizer nada.

E eu fui embora.

Naquele momento, estava convencido de que ela não se lembrava de mim. E, por algum motivo idiota, isso me chateou.

Depois daquele encontro, a garota da livraria não saiu mais da minha cabeça.

Sempre que fechava os olhos, a imagem dela vinha. O cabelo castanho, os olhos da mesma cor - intensos e meio confusos -, as sardas espalhadas pelo nariz, que me faziam sorrir sem motivo. Era ridículo. Eu estava ridículo.

Porque, sem nem perceber, me vi indo à livraria de novo. Depois, na casa de doces. Eu a procurei por semanas, talvez meses, sem nem saber direito o porquê. Eu só queria uma oportunidade de falar com ela de novo. Ou talvez, só talvez, eu quisesse ouvi-la me chamar pelo nome. Porque a verdade? Eu já nem me lembrava mais do som da sua voz.

E quando finalmente a reencontrei...

Um frio estranho percorreu meu corpo.

Foi nesse instante que eu percebi que já estava enredado pelo olhar dela.

Mas eu não podia me deixar levar pelo que sentia. Ela era uma colegial.

E eu? Eu já estava no segundo ano da faculdade.

Eu estava em outra fase da vida. Num caminho completamente diferente do dela. Nunca ia dar certo.

Então eu desisti.

Ou pelo menos, tentei.

Só que o universo parecia ter outros planos.

Porque, por mais que eu tentasse me afastar, ele continuava jogando Sara no meu caminho.

Até que já não houvesse mais escapatória pra mim.

Até que eu finalmente aceitasse a verdade inegável:

Eu estava apaixonado.

E completamente rendido por ela.

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