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Prólogo


Me sigam no Instagram: @niaescarlate, lá eu posto sempre que tem atualização desse livro e algumas outras coisas referentes a meu outro livro. 

Eu já havia mentido e ferido, já havia caído e levantado, e vivia na eterna dormência. Porque sabia que o dia que eu abrisse os olhos todo o peso cairia por meus ombros.

O mundo não aceitava a minha alma, a expulsava todas as vezes que se quer tentava me abrir. Tenho que admitir, não sou nada para ninguém, ou ao menos eu não era. Não antes deles.

Vinícius, Bernardo e Antonella.

Eu não era nada antes deles. O que eu poderia ser afinal? A filha dos milionários da cidade? A menina fútil e viajada? A que tinha cursos de tudo que pudesse imaginar só porque precisava ser inteligente diante das câmeras em qualquer festa? Isso um dia ia parar? Ia algum dia mudar?

Eu invejava pessoas que nunca tiveram que apreciar a ganância, o luxo, o dinheiro... Porque isso te muda, te influencia, te molda para algo escuro e solitário. E sim, bem no fundo eu era exatamente isso. Solitária no meu mar de mentira.

Por mais que eu quisesse mudar, e que tivesse chances para isso, parecia que eu nunca conseguiria. Que era inalcançável. Doloroso demais sair do lugar que eu estava e por isso eu aceitei as correntes. Eu achei melhor ser flagelada por minhas próprias mentiras. Eu apenas aceitei tudo.

Não havia mais lugar para arrependimento, para mudanças ou um simples pedido de desculpas. Quaisquer que fossem as palavras que saíssem da minha boca eram mentiras. Algo incontrolável, insaciável e inquebrável. Estava além das minhas forças e então eu apenas a abracei e aceitei da maneira que seria dali por diante.

Mentir, omitir, fingir, concordar e sobreviver. Esse era o meu ciclo infinito, do qual era impossível sair. Era até que eles, os meus filhos, me ensinaram aos poucos que pedir perdão a si mesma era o necessário para continuar respirando. E eu só respirei quando olhei nos olhos dela.

Antonella estava com o meu perdão. Estava em suas mãos. E diferente dos outros, ela não o esmagou. Ela o guardou com ela, ela o abraçou a noite e sorriu para ele durante o dia. Era ela. Ela era a chave do meu perdão e eu só precisava gira-la. Mesmo não sabendo quando, onde e como, eu a giraria.

Precisava girar para voltar a respirar.

Por segundos eu sentir o perdão em minhas mãos, mas da mesma forma que ele veio ele desapareceu entre a escuridão. Eu abracei o meu destino bem ali, junto com o meu perdão.

Quando vi Felipe com seus olhos vermelhos de ira eu senti que ali era a minha chance de fazer a dor parar. Eu não aguentava mais, e tudo que eu precisava era fazer parar.

Fechei os olhos quando senti algo flamejante furar o meu corpo.

As vezes só precisamos de um momento em nossas vidas para abandonar a dormência e aquela era a hora. A minha hora de finalmente respirar.

Eu conseguia ver o seu rosto enquanto sentia que era nossa despedida, eu o alisei dizendo que queria que nossa relação fosse diferente. Para não dizer que eu não tenho arrependimentos, eu tinha um, o mais doloroso de todos.

Ella. Era o meu maior e mais profundo arrependimento.

— Eu te amei desde o momento que te vi... — eu sentia suas lágrimas caírem em meu rosto.

Ela sacudia firmemente a cabeça, ela estava em negação, mas já era tarde demais. Para mim já era tarde demais, mas para ela não, havia inúmeras chances.

Os meus filhos eram de alguma forma a parte boa que não existia mais em mim. Eles não conseguiram aquilo de forma imoral, eles não haviam me tomado ou forçado. Conquistaram isso devagar e de forma bonita. Eles eram a minha luz, minha esperança de que o mundo ainda poderia ser feliz. Porque eles eram enfim a minha felicidade.

— Case-se com ele — eu encaro os seus olhos tristes e apagados. — Seja a mãe incrível que Antônia foi para você, e eu sinto muito filha, por não ter te escolhido te amar quando era para ser. Você vai ser uma mãe maravilhosa, eu tenho certeza que sim, por que... você é uma das minhas melhores partes e eu fico feliz... que tenha sido a minha filha.

— NÃO! POR FAVOR! NÃO! ISSO DE NOVO NÃO! — Antonella berrava me segurando.

Ela estava em choque. Eu lamentava, porque eu tinha tantas coisas para falar, mas palavras não eram mais suficientes. Nunca foram. Eu tinha perdido a chance e eu estava ciente disso.

— Está tudo bem, filha... está tudo bem — eu acaricio o seu rosto tentando abrir um sorriso. — Me perdo...

Eu sentia um puxão forte, em um segundo eu estava ali, aos seus braços e no outro eu estava caindo. Num abismo escuro e frio, sem fim. Essa era a minha penitência e eu a aceitava. Eu finalmente aceitava pagar por tudo de ruim que eu tinha feito, porque eu tinha deixado três lindas luzes para trás. E elas brilhavam mais do que qualquer outras. E só esse pensamento fazia com que a escuridão que me abraçava não fosse tão assustadora. Por eles vale a pena. Sempre valeu.

Parecia que não tinha fim, mas eu caio numa superfície fofa e abro os meus olhos. Eu estava amarrada, os pés e as mãos, ambos envolto de algemas e eu as reconhecia. Eu as puxei e me sacudi com força, parecia que eu estava no hospício novamente.

— Finalmente vamos conseguir conversar — eu reconhecia aquela voz.

— Onde eu estou? Por que estou presa aqui?

— Esse lugar tem muitos nomes — aquela voz continuava a sussurrar pelo quarto escuro. — Alguns dizem que é o purgatório, outros dizem que é o inferno... chame do que quiser, mas se vale de alguma coisa, Val, eu prefiro que chame de sua mente.

Os saltos batiam contra o piso, eu me balançava ainda mais. Suas unhas afiadas fazem o meu rosto parar de se mover e observar o azul de sua íris. Ela abre um sorriso malicioso em minha direção.

— Eu estava empolgada para esse momento — ele continua falando enquanto permanece segurando o meu rosto. — Bem vinda a sua penitência Valentina Martínez, e na sua mente, por alguma razão, vamos começar comigo. Espero que as lembranças não façam você gritar, eu não gosto muito de lamentos desnecessários. Afinal, você não se arrepende de nada, certo? — meus olhos praticamente se congelaram diante da loira a minha frente.

Era eu. Era o meu rosto numa versão mais nova.

— Vai ser divertido brincar com você, Val — ela abre um sorriso para mim e eu respiro fundo.

— Vá pro inferno! Eu estou morta! Eu não estou louca!

— Bem, ainda não — ela larga o meu rosto depois que eu me agito novamente. — Você ainda não está nem no inferno, nem morta e nem louca. Mas eu não garanto que vai conseguir se livrar de uma dessas... brincadeiras.

Meus olhos vão se fechando por alguma razão, a última coisa que eu vejo são seus saltos rosa, seu vestido rosa de látex, uma blusa branca de mangas longas por debaixo do vestido. Sua maquiagem exagerada e brilhante me aterrorizava de lembranças. Joias em seu pescoço e pulso. Seus cabelos longos e pregos num rabo de cavalo bem apertado com alguns pompons me recordavam de onde tudo começou.

E eu fui puxada para lá, pro início de tudo.

Quando a Valentina virou, a Val que estava bem ali na minha frente.

Fria, calculista, cauteloso e impetuosa.

Essa era a primeira. A minha primeira face da mentira. 

Não revisado. 

Sejam muito bem vindos! Demorou, mas chegou.  Eu os apresento Valentina Martínez depois da pequena Val tomar conta de tudo. Essa sim é uma menina perigosa. 

Me digam o que acharam desse início? Comentem que eu vou amar saber. 

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