57 - Apenas quando - Part I
☆Oie meus amores, olha quem apareceu??? Hahahaha eu sei, demorei um pouco mais que o normal, mas vejam bem eu só sei dormir, todo o tempo que tenho é pra dormir... Não tenho outra justificativa. É isso, espero que gostem, aproveitem que são muitas emoções.
"A maneira de me amar não é difícil.
Apenas me abrace como faz agora.
Nós não sabemos o que nos acontecerá mais tarde.
Mas eu gosto que não esteja decidido nada.
Quem se importa com o que os outros dizem?
Não podemos viver um sem o outro,
Então qual é o problema?
Podemos estar mais apaixonados juntos."
Only Then - Jungkook cover
- Você está nervoso? - Perguntei tirando um gole grande do meu Caramel Machiatto enquanto olhava para o Jungkook, que olhava para a pessoas andando na rua, já fazia algum tempo. Ele voltou seu olhar para mim enquanto mordia a lateral da bochecha por dentro da boca fazendo assim com que suas covinhas fofas aparecessem. Mesmo naquele terno ele parecia tão inocente.
- Não gosto de falar em público, nunca gostei - disse por fim. - Eu fico muito nervoso, estou com medo de esquecer algo importante. - Suspirou. Sorri para ele, meu coração acelerado apenas por olhar para o seu lindo rosto como a boba apaixonada que sou.
- Você não vai, eu estarei lá também, não esqueça, quando se sentir muito nervoso olha pra mim, que eu vou estar olhando para você - falei, eu estava muito orgulhosa das escolhas dele e o apoiava totalmente.
Hoje era o grande dia, o dia da grande reunião dos acionistas, demorou uma semana para encaixar a agenda de todos os acionistas, que eu descobri serem muitos no final das contas. O Jungkook fez um levantamento de provas assombroso e que me deixou bem chocada. Ele tinha excluído ate mesmo o Jin, para que não houvesse interferência quando tudo fosse revelado. Apenas eu e ele sabíamos do resultado final das investigações.
Nesse meio tempo, tínhamos finalmente descoberto quem estava por trás de tudo o que nos vinha acontecendo e bem, não pude não me espantar com o fato de que até mesmo as agressões que eu sofri na escola na verdade foram planejadas, até certo ponto. Meu caso de agressão tinha virado caso de polícia e estava sendo investigado sobre sigilo, a coisa estava realmente tomando rumos diferentes do que eu mesma havia imaginado.
- Obrigado - falou tirando um gole do seu café. Estávamos em um café depois de almoçarmos juntos, daqui iríamos para a empresa aonde seria a reunião, confesso, eu estava aparecendo mais na empresa do que eu mesma gostaria.
- Você vai ter o total apoio de todo mundo, não tenho dúvidas - tentei tranquiliza- lo.
- Estou preocupado com o Jin-Hyung, ele vai ficar com raiva porque exclui ele de tudo isso, mesmo ele já sabendo parte de tudo. - Disse inseguro.
- O Jin sabe separar as coisas, tenho certeza que depois que tudo for revelado ele vai entender o seu lado. Não tem porque ter medo. - Era difícil tranquiliza-lo quando eu mesma estava rodeada de incertezas.
- Não sei... - Ele deixou o assunto morrer e o silêncio pairou por alguns segundos.
- Eu gostei porque nos mudamos de volta para a nossa casa - falei, mudando o assunto, quebrando o silêncio. - Eu realmente gosto da vista de lá. - Depois de um mês da morte do Sr. Jeon o Jungkook me perguntou se podíamos voltar para o nosso apartamento, já que estávamos naquela casa pelo Sr. Jeon. Achei que fazia sentido, pois a casa era muito grande para nós dois, o apartamento era menor, e era muito mais privativo. Confesso me sentia melhor lá. Era mais perto da escola e bom... Era a minha casa, eu gostava mais lá e quando o sol ia se pondo a vista era incrível, no verão claro, porque agora que estávamos no inverno, não dava pra ver nada pela qual valesse muito a pena lembrar. A não ser a neve caindo, mas eu ainda não tinha tido a oportunidade de ver essa imagem.
- Eu me sinto bem lá - ele disse sorrindo minimamente. Eu sabia que tentar mudar o assunto não ajudaria muito no fim, porque ele estava mesmo nervoso.
Depois de mais uns minutos terminamos nosso café e caminhamos silenciosamente de mãos dadas pelas ruas frias de Gangnam até chegarmos na empresa, nos trancamos na sala dele para uma última reunião particular com o Sr. Kang. Logo depois que todos já estavam reunidos na sala de reuniões, foi a nossa vez de nos dirigirmos para lá, o Sr. Kang seguido pelo Jungkook e depois por mim.
Meu coração martelava impaciente pelo que estava preste a acontecer, o Jungkook se dirigiu á cabeceira da mesa e eu peguei uma das cadeiras vazia do lado esquerdo dele, distante porém á vista dele, tinha muita gente, em sua maioria homem, uns 20 ou 30? Eram todos acionistas? Todo ficaram olhando para o Jungkook e praticamente me ignoraram, mas alguns rostos eu podia conhecer de vezes em que estávamos em eventos e eles vinham falar com o Jungkook. Apenas duas pessoas ali presentes não me ignoraram uma estava feliz em me ver a outra bom, era nítido o incômodo. O Jin-ssi sorri para mim feliz e eu dei-lhe meu melhor sorriso de volta, ele estava ao lado da Min Hye que ao me ver virou o rosto. Pelo que eu tinha entendido, os dois estavam em uma espécie de relacionamento, por isso o Jungkook tinha deixado ele de fora, era perigoso se vazasse qualquer informação importante antes da hora.
O Sr. Kang começou a reunião com a autorização do Jungkook anunciando os herdeiros do Sr. Jeon e suas últimas vontades para a empresa. Inclusive o fato de que o presidente deveria ser escolhido pela maioria e não apenas passado hereditariamente como era o costume. O secretário levantou os nomes que gostariam de se candidatar à vaga de presidente, porém apenas duas pessoas se manifestaram. O vice presidente Min, pai da Min Hye e outro homem que assim que falaram o nome eu esqueci.
- Mais alguém para se candidatar? - O Sr. Kang falou. - Jeon? - Estava tudo programado para que ele passasse a palavra para o Jungkook agora e eu sentia o mesmo nervosismo que o Jungkook. - Alguma coisa que queria falar? - Ele perguntou seguindo o script. O Jungkook ficou de pé fechando os botões do seu blaser em respeito.
- Antes de falarmos sobre minha candidatura... - Ele começou, quando estava nervoso tropeçava um pouco nas palavras e isso me deixava muito ansiosa, eu queria ter podido acalma-lo de alguma forma, mas eu sabia que nem sexo resolveria a tensão que esse momento traria, afinal, ele estava indo derrubar um gigante. - Eu preciso explicar algumas coisas. Bom não é do conhecimento de ninguém aqui, mas ainda sim eu vou falar. Eu estive sofrendo ameaças das mais váriadas durante um tempo antes da morte do meu avô. - As pessoas se entreolharam antes de ele continuar:
- Como é do conhecimento de todos minha sala foi violada e roubaram várias coisas do meu cofre, para a infelicidade de quem roubou eu sabia exatamente das coisas que haviam lá dentro e pude me antecipar sobre muitas coisas, vários contratos em revisão foram roubados, contratos milionários e que se eu não tivesse dado falta deles nos causariam multas agressivas, mas como eu disse, eu sabia exatamente o que eu tinha guardado e tomei as providências necessárias, haviam também dentro do cofre fotos particulares e as mesmas viraram motivo de chantagem por telefone por parte de quem roubou. - O silêncio na sala enquanto ele falava era impressionante. Eu podia até mesmo ouvir o som do celular de alguem vibrando em algum lugar na sala de tão silencioso que estava.
-Agora eu os pergunto por que? Por que alguém entraria na minha sala e roubaram contratos que só serviriam para nos prejudicar como empresa? Por que alguém usaria fotos pessoais com a ameaça de expor as fotos, sabendo que isso prejudicaria a empresa? Bem, as ameaças que recebi eram claras, se eu aceitasse a presidência da empresa sofreria as consequência, pois bem, eu e meu avô não paramos o processo e como consequência as fotos da minha esposa misteriosamente vazaram na internet - senti alguns olhos em mim, mas não tirei os olhos do Jungkook.
- Eu já tinha cuidado desse assunto, porém alguém interessado em me prejudicar, expôs as fotos sem pensar nas consequências. Ah! Não! Essa pessoa pensou exatamente nas consequências. Primeiro, me desmoralizar com um escândalo, segundo afetar a empresa, terceiro me afetar pessoalmente...
- Aonde você quer chegar com tudo isso Jungkook? - Um homem interrompeu o silêncio e o Jungkook.
- Boa pergunta - o Jungkook começou a andar na sala e todos começaram a segui-lo com o olhar. - Alguém me roubou, me ameaçou, me difamou e esse alguém estava interessado em me ver fora da "corrida presidencial", mas vejam bem, essa pessoa não trabalhou bem escondendo as pistas, porque não foi difícil chegar até ela. E eu garanto, foi um choque. - Ele abriu a porta da sala e pediu para que sua secretária, que estava esperando por isso, entrasse. Ela entrou com pastas aonde continham provas e rapidamente saiu distribuindo para cada um na sala. Eu me sentia em uma espécie de filme aonde o mocinho estava prestesa desmascarar o vilão e não posso negar, era boa demais a sensação.
- Consequência um - o Jungkook irrompeu falando. - Ações em baixa. Consequência dois, minha esposa começou a ser agredida na escola aonde estuda inclusive fisicamente, consequência três isso virou caso de polícia, envolvendo até mesmo nossa empresa. A pessoa que estava tentando me prejudicar bom, prejudicou a minha esposa também cumprindo uma de suas muitas ameaças. Graças as fotos expostas, como vocês podem ver na página um, nossas ações despencaram em um período de 48 horas e foi difícil se reerguer, graças as fotos expostas como vocês podem ver na página dois, minha esposa sofreu agressão física na escola e que posteriormente descobrimos que foi encomendado. - Um burburinho se iniciou, mas a voz do Jungkook, que continuava caminhando ao redor da sala, se sobressaiu de alguma forma.
- Você está querendo dizer que alguém encomendou para que a Eun Bin-ssi fosse agredida? - O Jin falou consternado.
- Isso mesmo hyung, alguém interessado na presidência da empresa encomendou uma agressão a minha esposa para me afetar. - O Jungkook concluiu.
- Isso é um ultraje - o Jin disse. - Quem fez isso? - O Jungkook levantou um dedo pedindo para seu Hyung esperar.
- O fotógrafo que tirou as fotos, foi pago para apenas para confirmar se as fotos eram verídicas, e quando pressionando falou facilmente quem o alíciou. As garotas que agrediram minha esposa quando interrogadas pela Polícia falaram muito facilmente quem as pagou para tal ato, mas eu não quis acreditar no que meus ouvidos ouviram, mesmo que eu soubesse que essa pessoa em questão sabia até mesmo a senha do meu cofre, então pedi por uma investigação de movimentos bancários e vejam só, na terceira folha, alguém estava depositando na conta dessa pessoa valores para que essa pessoa apenas repassasse adiante, ou seja uma laranja. E bom... chegamos ao cabeça de toda essa confusão. - Olhei de relance para a Min Hye, ela estava amarela de cabeça baixa e amassava os papéis em suas mãos. E eu quis rir. Tudo estava preste a ser desvendado.
- Quando você vai parar de lorotas e falar de uma vez? - A pessoa que esperávamos se manifestar, se manifestou o Sr. Min.
- Pois bem - o Jungkook falou parando bem atrás dele. - É interessante logo o senhor me pedir isso - meu companheiro olhou de relance para mim e deu uma piscadela, bem de leve. - Porque era o seu nome nos extratos bancários, era no nome da sua filha que as garotas agiam, e foi o mesmo nome que o fotografo falou para mim, pessoalmente.
- Mas que tipo de idiotice é essa? - Ele ficou pé se virando para encarar o Jungkook.
- Folha 4 - o barulho dos papéis sendo passado preencheram a sala e em seguida um burburinho se formou novamente. - Por algum motivo o Sr. Min, nosso vice presidente, foi o causador de todo esse furacão. Foi ele quem roubou minha sala, foi ele quem me ameaçou, foi ele quem divulgou a fotos e foi ele quem aliciou as garotas. Bom... os dois últimos foi a filha dele, mas, acredito que ela estava sendo usada - nessa parte eu e o Jungkook discordavamos, mas eu quis brigar com ele, a inocência dele sobre a Min Hye me espantava.
A Min Hye agora tinha todas as cores desbotadas possíveis. Ela olhava assustada como se nunca tivesse passado por sua cabeça que o Jungkook descobriria que foi ela quem pagou as garotas da minha escola para praticarem bullying contra mim. O Jin olhava para ela com os olhos arregalados e depois para o Jungkook, ele parecia perdido na história toda.
- Essa acusação é muito grave Jungkook - um homem falou, o mesmo que estava se candidatando a presidência também. - Se tudo o que está dizendo for verdade, Então o vice Min não pode permanecer em seu cargo, nem tão pouco ser presidente.
- Você está falando coisas sem provar garoto! - O Sr. Min esbravejou interrompendo o homem.
- Não mesmo, porque juro, eu gostaria que não fossem essas as notícias - o Jungkook falou baixinho.
- O casamento dele foi comprado - o homem nos acusou na frente de todos na sala se virando para a pequena plateia que emudecida assistia a toda essa situação. - Ele casou em troca de saudar uma dívida.
- Foi mesmo - o Jungkook confirmou imediatamente. Por essa eu não esperava, Não era o dia de contarmos para todos sobre o nosso casamento. O que o Jungkook estava fazendo? Aquilo estava fora dos planos!
- Você não tem mais direito do que eu de estar na presidência moleque. Eu estou nesse empresa há 30 anos, meu avô também fundou essa empresa - ele continuou acusando. - Eu tenho os mesmo direitos.
- Eu não tenho culpa se seu pai perto de falir, vendeu as ações dele para o meu avô deixando sua família com uma porcentagem menor, meu avô fez dessa corporação o que ela é hoje - O Jungkook disse parecendo bravo e ninguém se metia na discussão, estava todo mundo meio que em choque também ou absorvendo as informações. Era um embate apenas entre os dois agora.
- Você é muito jovem, não serve para ser um presidente, eu apenas quis mostrar isso - pronto. Ele tinha acabado de assinar a própria sentença, confessando para todos ouvirem.
- E eu não preciso mais dizer nada, preciso? - O Jungkook disse e foi quando o homem se tocou do que tinha feito.
- Não mesmo, a candidatura do vice presidente está retirada, quem é a favor de caçar o cargo de vice presidente também? - Um homem falou sem hesitar. Todo mundo levantou a mão, menos a Min Hye e o pai dela, eu fiz o mesmo que todos os outros. - Está decidido então. O vice presidente Min, está impossibilitado de concorrer a presidencia e será destituído de seu cargo.
- Vocês vão ignorar o fato de que ele mentiu pra todo mundo sobre o casamento dele? - O homem inconformado gritou na sala.
- Sobre isso eu os asseguro, eu casei pelo motivo errado sim, não vou mais esconder, porém meu casamento agora é de verdade, nós nos apaixonamos e vivemos o casamento em comum acordo. Mas como forma de provar que não estou mentindo eu darei o divórcio a minha esposa e ela fica livre para casar novamente comigo apenas se quiser ou apenas quando ela quiser. - As as últimas palavras ele falou olhando para mim, a palavra divórcio causou uma reviravolta no meu estômago. Ele estava falando sério sobre aquilo?
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