Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

37 - Um banquete como armadilha.

☆30 mil views... OBAAAAAA claro que eu precisava vim aqui comemorar né?? E apesar de estar com uma enorme dificuldade com internet consegui chegar aqui hoje. Espero que gostem do capítulo, obrigada mesmo pelo carinho e paciência de todos vocês. VOTEM muuuuuito em PDD pra gente subir nas tags e assim que der estarei de volta.

"Quando eu olho para você
Eu vejo perdão
Eu vejo a verdade,
Você me ama por quem eu sou
Como as estrelas abraçam a lua
Bem ali onde elas devem estar
E eu sei que não estou sozinha
Quando o meu mundo está desmoronando
Quando não há nenhuma luz para quebrar a escuridão
É aí quando eu Eu... eu olho para você Quando as ondas inundam a costa
E não consigo mais encontrar o meu caminho para casa
É aí quando eu Eu... eu olho para você."

When I look at you - Miley Cyrus.

O dia amanheceu estranho. E mesmo enquanto eu preparava tudo para o jantar com meus pais, o dia permanecia estranho eu poderia dizer que toda essa estranheza provinha de mim mesma e a tensão que corria em minhas veias, mas na verdade estava acinzentado e carregado de nuvens, o inverno estava chegando ao fim de novembro e estava ficando cada dia mais frio. Logo teriamos a primeira neve e eu esperava que eu pudesse aproveita-la com o Jungkook longe dos problemas, longe das dificuldades, longe da tensão que me preenchia e ao mesmo tempo me esvaziava agora.

Definitivamente era difícil para mim pensar em confrontar meu pai. Afinal era meu pai, cresci admirando ele o tendo como exemplo de homem dentro de casa, sabendo que precisava respeitar ele acima de tudo porque além de ser meu pai, era mais velho, então todas as travas que minha criação empunham sobre mim com força e resistência emocional para dificultar pôr meu plano em prática, mas com o apoio do Jungkook, depois de eu ter-lhe explicado exatamente o que aconteceria, eu me sentia mais segura. Era como se o apoio dele me desse forças, ele estava se tornando o novo modelo de homem que eu gostava de admirar, algo que não vinha da imposição da educação familiar, mas sim do amor.

Nas ultimas horas eu tinha chegado a conclusão de que só acabei casando porque não tive o apoio de ninguém, ninguém que acreditasse em mim, acreditasse que eu poderia encarar meus problemas, ou talvez eu não tivesse fortes objetivos para não casar ou mesmo força para rebater sozinha a minha família, depois de pensar bem percebi que não usei todas as formas de evitar isso só que não consigo decidir qual foi o fator determinante para que eu não tivesse forças para batalhar, mas agora?

Agora era diferente!

Agora eu tinha que batalhar, porque querendo ou não envolvia outras vidas outras questões, coisas muito mais complicadas que apenas eu, havia um motivo, um bom motivo e havia força vinda de alguém que eu sabia que se importava com a forma com a qual eu me sentia e isso definitivamente era fator determinante nesse momento para que eu seguisse firme.

Coloquei uma saia midi preta e uma camisa jeans, com florzinha brancas fazendo meu melhor look esposa de propaganda de margarina. Era uma roupa bem feminina e delicada e que passava a falsa sensação, e estranha diga-se de passagem, de mulher decidida. Peguei duas mechas do meu cabelo na parte de cima, uma de cada lado e prendi para traz, deixando umas pontas cacheadas caírem sobre meus ombros.

A aparência era de fundamental importância nessa noite, eu não podia parecer jovem e apavorada, mesmo que no fundo eu me sentisse assim, eu tinha que parecer uma mulher decidida, afinal ao menos decidida eu estava não era mesmo?

O reflexo do Jungkook apareceu detrás de mim no espelho, ele usava uma blusa de flanela preta e por cima uma camisa social azul, era tão tão bonito, soava até mesmo injusto que eu precisasse me arrumar tanto pra ficar bem e ele com duas simples blusas e uma calça skinny ficasse tão bonito e pronto para qualquer batalha. Ele ajustou a gola da camisa me olhando atravez do espelho.

  - Por que tão bonita? - Ele perguntou passando seus braços em volta da minha cintura e me puxando para junto dele.

  - Meu pai precisa ver confiança em mim - Expliquei.

  - Você é confiante! - Ele disse colocando o queixo em minha clavícula e olhando em meus olhos através do espelho. - Você é confiante - repetiu silabicamente. - Acha que se eu não acreditasse que você tem confiança eu teria confiado em você? - O encarei de volta pensando o poder de seu questionamento. Seu apoio a cada segundo se tornava mais essencial para mim.

  - Obrigada, por confiar em mim. Eu vou mesmo tentar meu melhor - falei de forma confiante.

  - Bom, - suspirou soltando chiados pelo nariz. - vou procurar algo para beliscar enquanto você se arruma, estou com fome. - Ele me largou e saiu do quarto rapidamente. Demorei alguns minutos terminando de me aprontar e desci para ver se tudo estava nos conformes. Com o avô Jeon devidamente avisado sobre o jantar eu apenas precisava me preocupar com o pós jantar.

Enquando meus pais não chegavam percebi que o Sr. Jeon olhava para o lado de fora da casa e fui ver se estava tudo bem. Pelas portas de vidro ele assistia ao Jungkook brincando com o Aiseu, ele estava sentado de costas para nós dois nas escadas de madeira da varanda jogando uma bolinha para o Aiseu pegar, o cachorro de pêlos alvos corria para pegar a bola vermelha e a entregava aos pés do pai, para que ele recomeçasse a brincadeira novamente e assim nunca perdessem o ritmo frenético do pequeno poodle.

O Sr. Jeon percebeu minha presença, ele se virou e sorriu para mim de forma paterna e serena.

  - Ô filha, estava vendo aqui como o Kookie-ah mudou. - Ele riu novamente se voltando para o neto que ainda não tinha nos notado ali.

  - É, ele realmente parece ter mudado - falei.

  - Sabe... Para você eu posso falar, eu sou um velho que temia a morte - ele riu - porque eu ia deixar meu único neto sozinho no mundo, totalmente perdido, ele iria sofrer muito - o velho se voltou para mim suspirando - Mas agora... Ele tem você e eu não tenho mais medo da morte. Yah! Esse casamento foi meu maior acerto sobre as decisões que tomei para o Jungkook, disso eu não me arrependo... - Ele riu mais uma vez perdido em seus próprios pensamentos.

  - Não foi só ele quem mudou - afirmei.

  - Eu sei, eu sei... Vocês dois, eu tenho certeza, são como uma árvore, estão crescendo lindamente e no futuro darão frutos. O Jungkook, esse garoto não sorria muito, mas veja só... - ele apontou para o Jungkook que ainda de costas fazia carinho no Aiseu em seus braços. - Ele é inocente e puro, e graças à você ele também é feliz agora. - Era engraçado sentir o peso das palavras do velho Jeon, porque faziam com que me sentisse de alguma forma completa, mas era um completo estranho. Definitivamente nós dois tínhamos crescido muito e eu não conseguia calcular o quanto ele era responsável por essas mudanças dentro de mim, mas pensando no retorno, o Jungkook tinha mesmo saído do casulo, sequer lembrava o mister picolé de tempos atrás.

  - Pode-se dizer que estamos felizes - Assegurei.

  - Cuide bem dele. - Novamente o velho me olhou nos olhos. - Mesmo quando eu não estiver mais aqui. Cuide bem dele. - aquilo soava como um último pedido estranho e carregado de significados, deixando o clima pesado instantaneamente. Soava como um aviso e eu me arrepiei com a possibilidade. Esse velho não faria a graça com a minha cara de morrer agora não né?

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa que fizesse o pedido do velho carregado de peso se dissipar, a companhia tocou, me tirando de meus devaneios e me assustar. Concordei com a cabeça rapidamente, indo abrir a porta. Prendi o ar ao encarar minha mãe, um segundo depois senti a mão do Jungkook em minha cintura, rapidamente ele chegou junto a mim na recepção de meus pais.

  - Bem vindos - o Jungkook falou por mim.

  - Jungkook-ssi como tem estado? - Minha mãe falou passando por nós dois. - Filha você está linda - ela disse.

  - Jungkook eu trouxe vinho - Meu pai pigarreou. - Obrigado, pelo convite. - disse de forma rápida. Eu não conseguia olhar para ele. Algo me bloquiava e eu sabia que ao mesmo tempo em que era raiva, também era remorso.

  - Não foi minha iniciativa - o Jungkook riu, de um jeito tão empresário de negócios que me espantou, acho que nunca tinha visto ele sendo tão cortês mas sério. - Entre.

  - Filha, - meu pai se direcionou a mim. Obriguei meus olhos que encaravam o chão a erguer-se e olhar para ele. - Obrigado.

  - Não por isso. - Me ouvir falar. Meu coração martelada em meu peito, todas as más situações em que eu tinha me metido eram graças ao meu pai e hoje eu cobraria cada uma delas. Senti o aperto do Jungkook em minha cintura como uma forma de falar "seja forte" enquanto caminhávamos para a sala, para sentarmos no sofá enquanto esperávamos o jantar ficar pronto.

  - Esse é aquele cachorro da bolsa? - minha mãe perguntou.

  - Sim mãe, é ele sim - confirmei.

  - Ah olha só, ele está descente agora - ela riu.

  -Finalmente nossas família puderam se reunir. - Meu pai falou, após cumprimentar o Sr. Jeon. - Fiquei feliz com o convite. Desde o casamento não pudemos ter um momento assim.

  - O tempo é corrido nos dias de hoje - o velho Jeon riu, e eu me perguntei porque ele ria tanto depois de suas frases. - É difícil separamos tempo para momentos assim.

  - A Bin-ah tem se comportado bem Jungkook-ssi? Ela tem sido uma boa esposa? - Minha mãe perguntou de forma sorrateira, encarei o Jungkook, esperando sua resposta.

  - Deveria saber que a personalidade da sua filha não é fácil, - ele me encarou devolvendo meu olhar com intensidade. - Mas não posso reclamar de nada. - Ele deu um leve sorriso para mim tocando meu queixo com a ponta dos dedos em um afago discreto, que merda! Eu podia amar mais ele? Estava descobrindo que sim. Minha mãe riu.

  - É a Bin-ah não é fácil mesmo, mas aguente firme por favor! - Encarei minha mãe, ela não devia estar falando bem de mim para incentivar o meu marido?

  - E o Jungkook-ssi... Filha? Tem sido um bom marido? - Meu pai soou curioso. Passei alguns segundos pensando no que dizer exatamente, tantas coisas tinham acontecidos, mas se tinha algo que definitivamente eu não podia falar era que ele era uma má pessoa, ou um marido ruim. Ele não sabia como ser um, nem eu sabia como um deveria ser, então eu não conseguia cobrar ele por nada.

  - Me sinto bem com ele, não posso reclamar de nada. - Finalizei da mesma forma que ele. Ainda não era o momento de todos ali saberem que eu o amava de uma forma arrebatadora.

  - O jantar será servido. - A ahjumma que cuidava do jantar apareceu na sala anunciando que podíamos ir para a mesa.

E foi o que fizemos.

A mesa estava farta e bonita, de encher os olhos, cheia de coisas atrativas. Me senti como alguém que prepara um banquete como armadilha, mas no fundo era bem isso mesmo mandei preparar todas as melhores coisas para que todos se sentissem felizes ao ponto de eu poder dar o bote certeiro em quem não esperava por isso. Sentei ao lado do Jungkook e meus pais sentaram à nossa frente. Eu precisava tentar criar um clima melhor, tudo precisava parecer muito bom, muito perfeito. Eu tinha que tentar tocar o meu pai de alguma forma.

  - Senti a falta de vocês, de casa - falei quebrando o silêncio do jantar.

  - Você podia ir em casa mais vezes não é? - Meu pai falou. Engoli em seco.

  - Sim, provavelmente eu deveria - eu sorri amarelo colocando comida em minha boca.
 
Tentei manter um nível de conversa ameno durante todo o jantar, apesar de ser difícil de fazer isso. Fosse pela ansiedade que eu sentia, fosse pela minha cabeça cheia de pensamentos sobre o que estava planejando ou fosse pelo desconforto de ter que fingir que nada me magoava ali, eu tinha que ser mais atriz do que quando fingia estar super bem casada como o Jungkook nos primórdios de tudo.

  - Estava tudo tão delicioso. - Minha mãe falou com um enorme sorriso no rosto.

  - A Eun escolheu o cardápio - o Jungkook falou cheio de orgulho.

  - Que fofo, você chama ela pelo nome do meio - minha mãe riu.

  - Eu gosto do nome Eun. - Ele disse. Eu sorri ladino envergonhada com o teor da conversa.

  - Eu também gosto, significa "O desabrochar" - ela conclui. O Jungkook me olhou.

  - O nome combina com ela então, mais do que eu imaginei - ele conseguia ser tão cordial com as pessoas, era chocante.

  - Eu sei mesmo escolher um bom nome...

  - Pai, podemos conversar? - Perguntei interrompendo a frase da minha mãe, mas meus olhos estavam focados no Jungkook como uma forma de reunir toda a minha coragem, me voltando para meu pai na sequência. Ele piscou surpreso.

  - Claro - ele falou. Todos ficamos de pé, o Sr. Jeon com uma taça de vinho na mão começou a falar coisas aleatórias para minha mãe que riu alto totalmente distraída. Antes de me afastar do Jungkook ele pousou sua mão sobre a minha e a apertou suavemente. Olhei rapidamente para ele, tentando repassar mentalmente tudo o que eu precisava falar para resolver esse impasse e me ver livre de uma vez por todas desse peso.

Eu não queria mais ser um objeto de troca. Eu não queria não ter o controle da minha própria vida. Eu estava cansada de ter que seguir o fluxo. E agora apenas eu podia mudar isso.

Caminhamos até o escritório do Sr. Jeon, que por sinal era um lugar em que eu nunca havia estado naquela casa. A mesa de linoleo escuro parecia com a mesa que o Jungkook mantinha em nosso apartamento, haviam muitos livros distribuídos em uma enorme estante e duas poltronas uma do lado da outra, de couro marrom escuro, a mesma cor que predominava no escritório todo, algo bem monocromático.

Gesticulei para que meu pai sentasse na poltrona e ele riu.

  - Por que eu me sinto tão nervoso? - Ele esfregou as mãos sentando na poltrona escura.

  - Faz muito tem não é papai? - falei permanecendo em pé mesmo.

  - Sim, faz bastante tempo desde de que conversamos, acho que desde o seu casamento. - Meu pai não parecia fazer nenhuma idéia do que o aguardava.

  - Sim, muito tempo se passou e acho que chegou a hora de acertamos as coisas não é mesmo? - ele me olhou curioso, certamente notou meu tom áspero. - Chegou a hora de colocarmos os pingos nos is.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro