Capítulo 38
Dois anos já havia se passado desde a partida de Helena, ambos se comunicavam até nos primeiros dezoito meses. Depois disso Helena não o respondeu mais.
Ana Clara perguntava sempre sobre Helena, até que um dia se cansou, pois, seu pai nunca mais tocava no assunto.
Seus amigos riam dele por esperar alguém como ela todo esse tempo, achavam que ela já estariam em outra ou acontecido coisa pior.
Max não dava muita trela para o que falavam apenas seguiu com foco em sua carreira. No momento ele conseguiu e subiu de cargo para promotor em sua cidade após muita dedicação e paixão a profissão. Ele focava tanto no trabalho que parecia até mesmo o velho Max de antes.
Já Ana Clara estava prestes a completar seus oito anos, após a partida de Helena a garotinha decidiu se esforçar muito para se tornar uma grande bailarina, sua inspiração nada mais era do que a própria Helena. Ela queria ser reconhecida o mais rápido possível para que um dia Helena pudesse ver a garotinha na televisão. Ela treinava todos os dias e Max fazia questão de leva la e buscar pessoalmente. Ambos passaram a ser mais próximos desde então.
No escritório do trabalho entra Caio para conversar com Max.
— Você está igualzinho a antes, menos a parte divertida... mulherengo... — Caio ri.
— Veio aqui apenas para fazer piadinhas? — Max questiona enquanto ajeita uma papelada em sua mesa. — Se apenas isso pode indo que hoje estou um pouco ocupado...
— Claro que sim senhor meritíssimo. Apesar de tudo você ainda é meu melhor amigo. Me preocupo com você...
— Não preciso da sua preocupação. Deveria se concentrar mais em seus casos.
— Max você precisa seguir em frente... Tem tantas lá fora que cairiam fácil em seus pés.
— Não estou à procura de ninguém. Já tenho minha filha que é a única com que devo me preocupar. — ele diz isso sem ao menos olhar para Caio enquanto deixa os papeis sobre uma pilha de pastas pretas.
— Está bom, não vou mais encher você com isso. Aliás um cliente ligou e pediu especificamente que você o busca-se no aeroporto. Disse que fecharia um negócio grandioso se você fosse quem o recebesse.
Max bufa, mas concorda em ir. Ajeita suas coisas e parte para o aeroporto. Após chegar lá vai para a aera do desembarque.
Faltava poucos segundos para as portas desembarque abrir. Max decide pega seu celular para verificar seu e-mail enquanto esperava. Em seguida ele sente a presença de alguém se aproximando, antes que pudesse levantar a cabeça para olhar quem era, o mesmo sentiu o cheiro de um perfume conhecido, um cheiro único que lhe trazia lembranças. O aroma lembrava muito baunilha e âmbar. Possuindo aroma suave e refrescante.
Ele lentamente levanta a cabeça quase que em câmera lenta, vê uma jovem em sua frente de pé com um sorriso gentil. Ela estava com um vestido azul claro com alguns detalhes com pedrinhas bem discretos.
— Quanto tempo... — ela fala novamente, após cair em si Max percebe Helena ali de pé em sua frente sorrindo. Seria uma ilusão pensou ele...
— Me perdoa por sumi depois de um tempo, tive alguns contratempos... — Enquanto ela falava Max a interrompe.
— "Contratempos" ... — ele ri com sarcasmo. — Sabe o quanto fiquei preocupado??
Ela se aproxima e acaba que abraçando-o chorando pedindo várias vezes desculpas...
Após se acalmarem Helena explica que ela era a cliente que pediu para vir buscar. Assim ambos partem dali e vão para a casa dela onde esteve fechada por tanto tempo. Ela adentra ao local observando cada detalhe deixado para trás. Logo atrás estava Max observando sua amada finalmente andando.
— Por que voltou sozinha? — perguntou ele. — Cadê sua mãe?
— Creio que você já sabe que ela tinha tem dito que estava doente... — Helena se segura para não chorar mais uma vez, logo senta no sofá. — ela faleceu tem exatos seis meses.
— Foi o tempo que você sumiu, eu achei que quem tinha morrido foi você! — ele se senta também.
— Eu estava finalizando meu tratamento de fisioterapia quando isso tudo ocorreu, acabei entrando em depressão e para evitar danos mentais pediram para me afastar de todas as redes sociais. Mas assim que me recuperei peguei o primeiro voo que tinha e vim ver vocês. Como você está? E a Aninha?
— Eu... Estou bem eu acho... Aninha mudou um pouco ela não é mais aquela garotinha que você lembra. Crianças crescem rápido. Apesar disso ela não guarda rancor... Pelo contrário ela se espelha em você e quer ser uma grande bailarina. Sexta irá ter apresentação dela no teatro seria bom o reencontro de vocês fosse lá o que acha?
— Seria maravilhoso, obrigada pelo convite. Outra coisa que queria lhe perguntar... E... — ela engole seco... — Nós? Como estamos... Dois anos já havia se passado desde a partida de Helena, ambos se comunicavam até nos primeiros dezoito meses. Depois disso Helena não o respondeu mais.
Max não responde de imediato, ele sabia que o sumiço tinha sim seus motivos e se sentiu aliviado por isso. Estava morrendo de saudades dela e não podia negar que não houve um dia se quer sem pensar nela. Ele se aproximou e abraçou ela fortemente e sussurrou as seguintes palavras.
— Você nunca mais vai viajar sem mim e a Aninha!
Ela sorri e retribui o abraço dele, depois o abraço se torna um beijo quente e carinhoso.
Após Max pedir para a babá que ia as vezes em sua casa ficar cuidado da Ana Clara ele acaba passando a noite na casa da Helena mesmo, e ambos dormiram a noite toda abraçados.
No dia seguinte quando Helena acorda, pega Max a encarando e acariciando seu rosto.
— Bom dia... — diz ele com um sorriso sereno em seu rosto. —Estava esperando você acordar para poder ir trabalhar...
— Mais já? — pergunta ela se aproximando mais e se deitando sobre eu peito e se aconchegando.
— Hoje ainda é quinta-feira, tenho alguns compromissos. — ele a olha.
— Então está bom, eu vou ver o que faço hoje... — diz enquanto se sentava na cama. — Preciso ver como está o meu estúdio e começar a desfazer das coisas da minha mãe.
— Não acha meio cedo para fazer tudo isso? — ele a encara quando se senta também.
— Max, eu já perdi muito tempo da minha vida nestes últimos quatros anos. E também não tenho mais minha mãe em que eu podia contar com ela como base.
— Não tem ela, mas eu estou aqui agora... — ele a olha direto nos olhos. — E eu também prometi a ela que sempre estaria...
Helena enfim sorri gentil e sela os olhares com um selinho.
— Obrigada...
Ele se levantou da cama e logo saiu para trabalhar com um sorriso de orelha a orelha, onde muitos do seu convívio notaram uma singela mudança.
Durante o dia Helena organizou sua casa, separou algumas coisas para doação e outras foram para o lixo. Logo as horas foram se passando rápido e já era hora do almoço. Helena então decidiu ir comer em uma lanchonete próximo ao seu estúdio, pois, de lá já iria direto para ele.
Após comer e chegar no estúdio Helena encontra se com a mulher contratada por sua mãe estava organizando o local antes de fechar.
— Olá, em que posso ajuda-la? — pergunta a moça ao parar de varrer o local.
— Olá, você é a professora aqui? — Helena pergunta, pois ela nunca conheceu a moça que sua mãe havia contratado.
— Sou sim, e você seria?
— Prazer sou a Helena, minha mãe lhe contratou pois eu estava indisposta... — antes de terminar sua frase a moça se abala um pouco ao saber quem ela realmente era, já que a mesma sabia das antigas condições da Helena.
— Senhorita Dias, voc.. Você voltou... — ainda pasma com tanta informação adquirida.
— Pode me chamar de Helena... — ela sorri.
Ambas passaram a tarde conversando e acertando cada detalhe, Helena então soube que a apresentação que Ana Clara iria participar era organizada pela senhoria Sarah. Helena pede sigilo pois queria fazer uma surpresa para as meninas. Depois de tudo certo ela vai embora.
No dia seguinte Helena Levanta bem cedo organiza tudo para ir finalmente ao encontro da Ana, decidiu ir ao centro comprar uma roupa adequada para ir ao evento. Logo Max liga para ela.
Max ligação: Bom dia, como você está?
Helena ligação: Bom dia, estou bem sim e você? Ligou bem cedo hoje.
Entre uma fala e outra rolava alguns sorrisos de canto de ambas as partes, estavam completamente apaixonados um pelo o outro enfim.
Max ligação: Que bom, também estou bem. Liguei para combinarmos de ir juntos hoje à noite... Onde você está?
Helena ligação: Ah sim, bom estou no centro se quiser me buscar umas dezoito, estarei pronta.
Max ligação: Está bom então te vejo mais tarde, beijos.
Eles se despendem e desligam.
Mais tarde Helena estava passando perfume quando soa a campainha, provavelmente sendo Max ter chegado. Logo ela sorri pega suas coisas e vai ao encontro dele.
Ao abrir a porta Max consegue sentir aquele leve aroma adocicado que sentira outra vez lembrando que ela estava aqui finalmente. Helena estava vestida com um vestido longo azul devido ao nível da apresentação pedia roupa formal.
Logo seus olhares se cruzam, Max estava sem falas... Já Helena um sorriso fofo e espontâneo no canto de seus lábios. A sensação em que Max sentiu foi como se fosse a primeira vez em que ele veio buscá-la e ficou sem palavras momentaneamente.
Logo ele se recompõe se e se aproxima dela, a cumprimenta e lhe ajuda a entrar no carro. Poucos minutos depois ambos chegam ao local da apresentação e Helena parte para seu plano que havia bolado com a senhorita Sarah.
Estava tudo muito lindo, aquelas belas bailarinas fofas dançando e fazendo sua peça tudo um verdadeiro encanto. Ao final da apresentação a senhorita Sara chama todas as bailarinas no palco e diz que terá algo especial naquele momento.
— Boa noite a todos os familiares aqui presente. Agora uma pessoa muito importante que tornou tudo isso possível veio de muito longe presentear essas lindas menininhas no dia de hoje. —Sarah fala ao microfone.
As meninas estavam ansiosas para saber quem era a figura misteriosa. Já Ana Clara sentia algo forte em teu peito, mas não queria ter esperanças demais.
Logo em seguida a cortina atras das bailarinas se abrem e todos na plateia aplaudem ao ver Helena atras das cortinas. Neste mesmo momento aquele aperto que incomodava Ana Clara já estava transbordando em lagrimas involuntárias.
Todas as menininhas correram em direção da Helena e abraçaram ela formando um círculo. Porém, a única que não havia saído do lugar era a Ana Clara. Suas pernas não estavam lhe obedecendo para que pudesse correr. Na verdade, ainda estava processando toda aquela informação. Tentando entender se realmente era real.
Quando finalmente as menininhas saíram de perto da Helena ela caminha em direção da Ana Clara com um sorriso meigo e acolhedor em seu rosto. Ao aproximar-se da menina Helena se abaixa a altura dela e diz.
— Olá, minha querida Ana Clara, está tudo bem com você?
A garota fica bem surpresa com a situação, mas logo é caído a ficha e ela abraça Helena e chora muito. Ambas ficam abraçadas por um tempo até que Sarah diz ao microfone.
— Que momento incrível desses lindos encontros. Senhorita Helena, tenho um presente para você e seu puder ter um minuto da sua atenção.
Helena encerra o abraço limpando o rostinho da garota e se levanta. Segura para não chorar logo Sara lhe entrega um buquê de rosas brancas.
— Helena essas rosas representam a sua bondade e seu espírito forte pelo seu esforço em ter um novo recomeço. Estamos todos aqui muito felizes com sua volta!!
Sarah entrega o buque e dá um abraço rápido. Quase que no mesmo momento toda a plateia se levanta para aplaudir todos os acontecimentos, desde a apresentação até mesmo as homenagens.
Depois do encerramento de tudo Max leva Ana Clara para casa pois a mesma estava exausta. Chamou a babá de confiança dele dos últimos tempos quando precisava e saiu para jantar com Helena.
Depois de percorrer um longo caminho chegaram a um restaurante chamado Illa Maré. É um lugar lindo e extraordinário. Tinha uma vista encantadora do mar. Max alugou todo o espaço apenas para os dois pudessem ficar mais à vontade.
Havia apenas funcionários e o jovem casal. Ao chegar em uma única mesa posta, Max ajeita uma cadeira para que Helena pudesse jantar. Estava tudo tão lindo que Helena mal acreditava em tudo o que estava acontecendo. Seria enfim um final feliz? Já que praticamente seu último encontro romântico tinha sido um desastre no final. Logo a jovem espanta esses pensamentos ruins de sua mente e foca no momento atual.
Apesar de tantas lutas de ambos finalmente estavam juntos, podendo desfrutar de algo que foi plantado e gerado durante muito tempo.
Logo vem um garçom para servir as entradas e anotar o jantar principal. Em seguida o garçom sai com os pedidos e Max fica apreciando olhando cada detalhe do rosto da amada.
— Você organizou tudo isso em tão pouco tempo... Como conseguiu? — perguntou Helena olhando para Max e em seguida ao redor.
— O que na verdade nem foi tão corrido assim, já que eu sonhava a tanto tempo com esse reencontro. Esse na verdade era meu plano para ser o nosso primeiro encontro e você acabou viajando tão de repente que nem deu.
Helena acabava ficando levemente corada diante das falas de Max, era tudo tão bom que não parecia ser real. Em seguida chega os pratos principais e o garçom após servi-los abre uma garrafa de vinho escolhida por Max e os serve.
A noite toda foi bem agradável a comida estava uma delícia, o ambiente em si deixava tudo melhor.
Logo mais chegou o momento da sobremesa. O garçom traz uma bandeja tampada em cima de um carrinho prateado e ao chegar próximo o mesmo põe na mesa bem do meio. Logo abre a tampa e sai do local.
Agora na mesa tinha apenas um prato com uma caixinha de alianças aberta mostrando duas belas jóias bem no centro dela e um escrito no material que provavelmente seja chocolate a sonhada frase.
"Helena, quer casar comigo?
A jovem assim que observou a situação seu estômago se encheu de uma sensação de alegria e emoção que não podia se conter, um sorriso bbo em seguida de uma lágrima de alegria era nítido em seu rosto. Com toda essa emoção sentida, enfim ela consegue balançar a cabeça afirmando que aceitava o pedido.
Max sorri bobamente e logo se levanta para selar a relação com um singelo e romântico beijo.
FIM!
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É meus amores enfim meu livro chegou ao fim. Foi difícil de aceitar que prolongar demais também não é bom.
Eu tinha ideias para ter uma continuação... Que sabe surge.
Espero que tenham gostado, se emocionado ao longo desta jornada. Foi muito gratificante escreve lo
Desculpem me os erros ortográficos ao longo dos capítulos estão sempre em constantes correções.
Beijinhos Juliana Roza
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