A cidade toda estava agitada. Muitos acordando cedo correndo atrás do que queria.

A comunidade era praticamente turística. Localizada em Fortaleza em Ceará. Situado na região Nordeste do país. Muito linda por sinal.

Logo pela manhã Helena estava acabando a aula de balé. Alguns pais já estavam presentes para busca suas filhas.

Quando praticamente não havia mais ninguém, passou a juntar suas coisas pra ir embora. Quando notou a pequena Ana Clara senta em um banco sozinha.

Um pouco espantada foi ate ela e perguntou.

— Oie Ana, o que foi lindinha? Sua mãe não veio te buscar ainda? - disse isso se sentando ao seu lado e lhe fazendo carinho.

A garotinha que por sua vez não entendi a relação dos pais, balançou a cabeça negativamente e disse.

— Mamãe disse que hoje era dia do papai vir me buscar. Mais acho que ele esqueceu de novo tia Helena.

Aquelas palavras cortaram o coração da jovem. Como um pai podia agir assim com a filha que tinha apenas cinco anos. Helena sabia que os pais da garota era separados mais não sabia que essas coisas acontecia.

Helena se levantou enfurecida e quando ia dizer algo ouviu um barulho da porta de abrir. Se virou e deu de cara com Max.

— Com lincensa. Vim buscar a Ana Clara.

— Com lincensa.. - debochou Helena. - Sabe que a aula já acabou faz uns minutos né? Como deixa a garota esperando assim. Que pai é esse.

— Sei bem cuidar da minha filha. Não preciso de alguém palpitando. - segura a mão da garota e a puxa pra perto de si. - Agora preciso ir que estou atrasado pra uma coletiva.

Ele sai puxando a Ana Clara pra fora do local.
Helena ficou revoltada com a situação. Mas não disse nada pra não prolongar a conversa.

Pegou suas coisas e saiu depois de trancar tudo. Pois ela também estava atrasada para ir ao hospital.

Minutos depois após ela chegar ao Hospital Infantil Albert Sabin* havia notado toda aquela agitação no lugar. Não estava entendendo nada. Até que Helena chegou em sua amiga, que pois sua vez era secretaria no hospital perguntou.

— O que está havendo aqui hoje Mary?

— Não soube?? - ela diz com um sorriso - Aquele candidato a vereador está fazendo um programa para ajudar as crianças da sua ala. Aí que tudo amiga. Você é sortuda por ter um gatinho desse em sua cola. - ela ri, e logo volta atender.

— Que patético esses vereadores não tem o que fazer. - ela murmura e sai andando em direção a sua ala.

Chegando lá ela da de cara com Max. Ela semicerra o olhar e diz.

— Quem deixou o senhor entrar aqui??

Max estava ajustando suas vestis enquanto não começava sua coletiva. Ele se vira e vê Helena.

— Hora, seu salário de professora já não é o bastante? - ele diZ num tom de sarcástico e em seguida completa.. - Infelizmente nos veremos bastante senhorita Paytton.

Helena bufa e se vira batendo os pés. Vai até a recepção a procura da pessoa responsável.
Ela não queria fazer parte do tal projeto. Mais sabia que era para o bem das crianças.

Ela sabia que iria sentir falta das mesmas se abandonar se aquele setor.

O jeito era engolir e seguir em frente.