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A I R

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Ar
Símbolo da liberdade
O mesmo ar que desencadeia as tempestades, que se adapta a qualquer realidade,
Nos mantem vivos ou nos destrói.
O Ar.
Nós podemos ser o ar,
Podemos amar como o ar.
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...

— Eu soube que vocês estão no Langham. — Miranda diz se referindo ao hotel em que estamos hospedados.

— Sim. —Justin assente.

— Pensei que ficaria no seu apartamento. — Ela diz e percebo sua voz vacilar.

— Eu o vendi. — Justin responde simples.

— Achei que gostasse de Chicago. — Diz ela, depois de alguns segundos em silêncio.

— Gosto. — Afirma, Justin.

— Então, agora você é um fotografo, de apartamento em uma cidade só? — Ela diz parando de andar e se virando para o encarar.

Sua expressão parecia decepcionada com o assunto, como se tivesse mais história do que só uma conversa sobre moradia. Me pergunto se eles conversavam, sobre não morar sempre no mesmo lugar, quando estavam juntos. Provavelmente nunca saberei.

— Eu sou um fotografo de um apartamento só. Em New York. — Justin à corrigi. — Não é uma cidade qualquer.

Sei que é errado mas, não consigo segurar o sorriso que toma meu rosto tão rápido quanto Miranda se vira e volta a andar.
Depois de mais alguns passos, ela abre a porta de uma sala de reuniões e nós entramos.

— Katherine já deve estar chegando. — Ela diz se sentando em uma das cadeiras da mesa.

▪▪▪

— Somente inverno ainda é muito fraco para uma matéria de duas revistas, Genevive. —Katherine Lifier, diretora da Marie Claire, diz enquanto olha os papeis que foram entregados a ela.

Já fazia algumas horas que Justin e eu estávamos naquela sala de reuniões, esperando que resolvessem uma coisa que já deveria estar resolvida. O assunto da matéria.

O ar quente que saia do aquecedor, deixava o clima abafado mas, só eu parecia estar incomodada com isso.

— Podemos fazer com algum tema extra. — Genevive, diz ajeitando seus óculos.

Por mais que eu tentasse se tornava cada vez mais difícil prestar atenção na discussão.

"Eu deveria ter dormido na noite passada" Repito essa frase em minha cabeça varias e varia vezes, como se fosse adiantar em algo.

— O inverno em NY x Chicago? — Sugere um moreno a minha frente, que havia chegado atrasado, não dando tempo para sermos apresentados.

— Isso é um clichê, fizemos uma campanha dessa a 3 anos atrás, Alf. — Miranda diz e em seguida encara Justin que estava sentado ao meu lado.

3 anos. Tudo que ela dizia, parecia ter uma longa e romântica, história por trás.

Consigo até imaginar os dois em uma fria manhã de domingo, deitados na cama do antigo apartamento dele, sem se preocuparem se já passará das 11, conversando sobre o futuro e coisas aleatórias como o trabalho do dia seguinte.

Se a minha imaginação estivesse certa, por que um casal desse terminaria? Tá ai, outra coisa que provavelmente nunca saberei.

Estou me sentindo desconfortável com essa situação, sinto que preciso de ar puro mas, não posso sair agora. Eles continuam debatendo enquanto eu começo a rabiscar um papel que Genevive havia me entregado no início da reunião.

— O que acha, Sel? — Ouço a voz de Justin e percebo que todos os olhares da mesa estão em mim. — Você tem alguma ideia?

Minha cabeça parece girar. Eu preciso de ar.

— Ar. — Digo a primeira coisa que consigo pensar. — Quero dizer... Ar, Terra, Água e Fogo. — Reformulo minhas palavras para que não fique tão patético. — Podemos fazer sobre os quatro elementos. Algo mais natural do que a maioria das campanhas mas, com o mesmo efeito que teria qualquer outra.

— Eu gostei. — O moreno a minha frente diz, alguns segundos de silencio depois, e vejo Justin sorrir ao meu lado.

— É uma boa ideia. — Miranda diz e em seguida encara Katherine, que não esboça nenhuma misera reação, como se nem houvesse escutado minha ideia.

"Algo mais natural" Com o que eu tava na cabeça? Acabei de chamar a diretora da Marie Claire de exagerada.
Parabéns, Selena.

— Está decidido. — Diz Katherine, por fim, se levantando e encarando Justin. — Genevive, forneça ao Justin tudo que ele precisar.

— Sim, senhora. — Diz Genevive.

Todos começam a se levantar e sair da sala enquanto eu agradeço a Deus por ter acabado. O arrependimento por não ter dormido na noite passada continua atormentando minha mente, conforme cada passo que dou para fora da sala.

Por que diabos eu sai em uma sexta à noite sabendo que teria que trabalhar no sábado de manhã?

— Ei! Selena? — Ouço uma voz grossa e percebo um homem ao meu lado.

Fico boquiaberta. Ele era alto, os olhos castanhos davam contraste entre o cabelo preto e a barba, por fazer, dificultando o meu reconhecimento imediato.

— Gavin? — Digo com receio mas, quando ele sorri tenho certeza. — Gavin! — Praticamente pulo em seu pescoço o abraçando com certa força.

— Calma. — Ele diz rindo contra o meu pescoço. — O que faz aqui?

—Estou à trabalho. —Sorrio, quebrando o abraço e tirando o cabelo do meu rosto. — E você?

— Eu trabalho aqui, sou um dos editores. — Diz ele. — Me mudei pra Chicago à dois anos.

— Pensei que tivesse ido pra Oxford. — Digo me recordando da última vez que o vi.

— Mudança de planos. —Ele ri fraco. —E o tio Patrick, como está?

Gavin Coleman é um, dos muitos, sobrinho do tio Patrick.
A minha família sempre foi pequena e mamãe, papai e eu costumávamos passar os feriados - como ação de graças e natal - com a família do tio Patrick, o que tornou Gavin e eu muito próximos quando mais jovens. Ele era como aquele seu primo favorito das festas de família, nunca séria a mesma coisa sem ele.

— Está bem. — Digo sorrindo sem mostrar os dentes. — Não temos tanto contato desde que minha mãe se foi mas, jantamos essa semana. Você precisa ver como que a Michelle está grande.

— Eu sinto muito pelos seus pais, Sel, não tive oportunidade de dizer antes... — Ele diz com pesar, se justificando. — Queria ter te telefonado mas, não tinha o seu número.

— Obrigada, mesmo assim. — Digo sentindo um no na garganta e ele me puxa para outro abraço, dessa vez com mais pesar do que entusiasmo.

— Eu não sei exatamente o que dizer, pra mim ainda não caiu a fixa direito e quando vocês não foram para o natal do ano passado, a festa não parecia festa. Seus pais eram como tios pra mim. — Ele diz e sinto meus olhos marejarem. — Sinto muito, mesmo.

Eu não quero chorar. Não posso chorar.

Tarde demais.

— As vezes eu sinto como se fosse acordar a qualquer momento e ver os dois sentados na mesa para o café da manhã. — Murmuro quebrando o abraço e passando a mão nos olhos, impedindo que mais lágrimas se formem.

— Está tudo bem? — Ouço a voz de Justin e me viro, o vendo acompanhado de Miranda e o homem moreno, que a pouco estava sentado a minha frente.

— Sim. — Sorrio sem mostrar os dentes, tentando disfarçar o choro.

— Como vai, Gavin? — Justin diz com um breve movimento de cabeça.

Eles se conheciam?

— Bem e você? — Diz Gavin, repetindo o mesmo movimento que Justin havia feito.

Mas, é claro que se conheciam.

— Ótimo. — Diz Justin com um sorriso sem mostrar os dentes enquanto se aproximava de mim.

Justin trabalhou aqui por 3 anos e Gavin por 2.
Por que ainda fico surpresa?

— Eu não tive tempo de te apresentar... — Justin diz apoiando uma de suas mãos na curva das minhas costas e indicando o homem ao lado de Miranda. — Esse é Alfredo Flores, um grande fotografo e amigo meu. Fredo, essa é minha namorada, Selena.

— Prazer.— Digo esticando minha mão para cumprimentar o moreno.

— O prazer é meu. — Ele diz abrindo um sorriso. De alguma forma, sinto que o reconheço de algum lugar. Como se já tivesse o visto antes ou até falado com ele.

Ainda assim, resolvo ignorar minha memória ruim.

— Vamos? — Justin diz e eu assinto me virando para Gavin o abraçando rapidamente.

— Esse é o nosso terceiro abraço em menos de 20 minutos? — Ele indaga me fazendo rir.

— Quem está contando? — Digo o soltando e limpando o rosto, mais uma vez. — Até mais, vá me visitar a próxima vez que for pra casa.

—Se você ainda souber fazer biscoitos natalinos. — Ele diz me fazendo sorrir.

— São a minha especialidade. — Respondo e sinto Justin pegar na minha mão, entrelaçando nossos dedos.

Por um momento esqueço da nossa pequena mentira, me perguntando o que ele estava fazendo mas, tudo se encaixa quando vejo Miranda e Alfredo começarem a andar em direção ao elevador.

— Se cuida. — Gavin diz sorrindo enquanto se despede com um breve aceno, entrando em uma sala próxima a nós. 

— É o seu amante? — Ouço Justin dizer com tom de piada e rio fraco.

— Um amigo da família. — Digo e ele me olha duvidoso.

— E por que você está com cara de choro? — Ele questiona e vejo Alfredo segurando o elevador a nossa espera.

— Besteira. — Digo limpando os olhos novamente enquanto começamos a andar em direção ao elevador.

— Não é besteira, se te faz chorar. — Diz ele e eu o encaro.

Justin ainda usava seus óculos escuros, desde que desembarcará do avião à algumas horas, impossibilitando minha visão de seus olhos. Ele tinha sua postura perfeitamente ereta - como de costume - e parecia estar concentrado em algo, não decifrado por mim.

— Eu esqueci de comentar... — Justin diz próximo a minha orelha me fazendo estremecer. — Alfredo nos convidou para jantar hoje. Vamos?

O encaro e em seguida encaro o moreno no elevador. Eu não estava com nenhuma misera vontade sair essa noite, muito menos para manter uma mentira mas, Miranda provavelmente iria nesse jantar o que tornaria estranho se eu não fosse.

— As oito, lá em casa? — Alfredo questiona assim que entramos no elevador e Justin me encara.

— Claro. — Murmuro forçando um sorriso enquanto as portas se fecham e começamos a descer.

Ainda haviam mais duas reuniões que precisávamos participar, antes do horário de almoço e o início dos photoshoots.
Será um longo dia e a unica coisa que eu realmente quero é dormir.

— Você vai, Miranda? — Indaga Alfredo.

— Se não houver problema. — Ela diz olhando para mim e Justin, como se esperasse uma resposta.

— Sem problemas. — Respondo simples.

Por mais que Taylor me jurasse que Miranda não é confiável, eu não consigo esquecer a forma como ela saiu do hotel.

E a culpa foi minha, minha consciência me martiriza por estar mentindo dessa forma.

— Tem certeza que ta tudo bem? Se não quiser ir, não precisa. — Justin murmura para mim.

—Tudo bem. — Afirmo.

▪▪▪

Depois de mais alguns reuniões insignificantes - para mim -, Justin e eu voltamos para o hotel no nosso horário de almoço. Pensei que falaríamos sobre a nossa pequena mentira mas, ele não tocou no assunto e eu também não me atrevi.

Quando voltamos para a Marie Claire o estúdio já estava todo decorado com base no tema ar e posso dizer que para um tema improvisado estava espetacularmente lindo, todos os detalhes remetiam a algo simples e natural, como o ar realmente.

— Está como você havia imaginado? — Justin questiona.

— Muito melhor. — Digo rindo fraco, admirando o senário, já que eu não havia nem sequer tentado imaginar.

Estávamos sentados, lado a lado, em uma mesa que havia próxima a algumas softbox, enquanto esperávamos que a equipe de montagem, terminassem os últimos ajustes.

— Você acha que isso vai dar certo? — Pergunto duvidosa.

— Qualquer coisa a gente coloca a culpa no Alfredo e volta pra casa como se nada tivesse acontecido. — Ele diz me fazendo rir. —  Ninguém precisa saber que fizemos uma capa fracassada.

— Tão simples. — Murmuro, tomando um gole da minha água.

— Algumas coisas são assim. — Diz, ele.

Por um momento sinto que posso lhe falar qualquer coisa, assim como naquela noite em que ficamos até mais tarde no estúdio, e mesmo tendo a certeza disso, sei que o que pretendo perguntar agora é invasivo, até para mim.

— Posso te fazer uma pergunta? — Digo o encarando.

Ele me olha por alguns segundos, tão fixo que sinto a necessidade de desviar o olhar.

— Você sabe que pode. — Ele diz engolindo em seco.

— Por que acabou? — Digo e ele me olha sem entender. — Com a Miranda... — Esclareço. — Quero dizer, ela não parece do tipo ex-psicopata. Não consigo imaginar um fim pra isso.

Justin desvia o olhar encarando o senário, com o maxilar marcado em seu rosto.

Invasiva demais, Selena. Invasiva demais.

— Se não quiser falar, não tem problema. — Digo arrependida pela pergunta.

— Não. — Ele diz voltando a me encarar brevemente. — Tudo bem. — Justin respira fundo soltando o ar pela boca, como um suspiro. — Ham... Chega em uma parte do relacionamento, que vocês começam a querer coisas diferentes... — Ele diz como se fosse uma etapa fixa em qualquer relação. — E... Foi isso que aconteceu, queríamos coisas diferentes demais... — Justin faz uma pausa, como se tentasse escolher as palavras certas. —  Então, ela foi embora.

Ela foi embora? Ela não parecia do tipo que vai embora.

— Vocês estavam noivos? — Digo e ele sorri, assentindo. — Então, por que ela foi embora?

— A ideia de casamento, pode sufocar algumas pessoas. — Ele diz nitidamente desconfortável com o assunto, tomando a garrafa de água que eu tinha em mãos. — Mas, e você?

— O que tem eu? — Questiono confusa, enquanto ele bebe minha água.

— Já ficou noiva? —  Ele pergunta - entre a garrafa - e não consigo evitar o riso.

— Não. —  Digo e ele arqueia as sobrancelhas, duvidoso. — Mas, se isso for um pedido, saiba que nosso namoro não tem nem 24 horas. As coisas não são tão rápidas assim, Sr. Bieber.

— Eu só preciso de um anel e um pedido. — Ele diz com um sorriso travesso nos lábios colocando a garrafa ao seu lado, na mesa.

— Vai precisar de muito mais do que isso, pra casar comigo. — Digo e ele ri dando um pulo da mesa e esticando a mão para para mim.

— Por enquanto, vamos só trabalhar. — Ele diz e eu encaro sua mão esticada.

— Não faça isso comigo. — Digo manhosa erguendo a cabeça em direção ao teto enquanto pego a mão dele e desço da mesa.

— Prontos, casal? — Alfredo diz se aproximando de nós com uma câmera nas mãos.

Trabalhar...




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Olá bbs ♡
Esse é o meu primeiro especial (to nervousa) e serão QUATRO dias com QUATRO capítulos "temáticos" com direito a surpresinha quinta-feira. Serão quase 10.000 palavras (AAAAA) e eu espero muito que vocês gostem.
Até amanhã ♡

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