Cap.21 - Falta de energia
POV Talia.
Estávamos no decido andar, todos estávamos cansados, querendo chegar ao topo. Eu pensei na possibilidade de Drago nos levar voando, no entanto, a estrutura da torre é frágil demais para isso. A medida que a gente subia eu podia ouvir toda a torre estalando pela força do vento, as vezes até balançava alguns milímetro, mas isso já é o suficiente para me preocupar. Esse troço de centenas de anos vai desabar com a gente dentro, estou até vendo.
Matt já está praticamente morto, eu morri faz tempo e o Drago está quase morrendo. Tô dizendo, essa escada mata um. Eu só queria estar em casa com meu filho, brincando com o Wolfy e seus quatorze filhotes! Sim, quatorze filhotes, porque? A resposta é simples! Ele teve três ninhadas: uma de cinco, uma de três e a outra de seis. Vocês precisavam ter visto, os filhotes eram uma gracinha, eram marrom e cinza, cinza, marrom e uma cor que é resultado da mistura do marrom com o cinza. Eram tão fofos! E eu e o Matt cuidamos de todos!
Eu estava tao avoada pensando nos filhotes do Wolfy que nem percebi que Drago parou no meio do caminho, como resultado, eu me bati nele.
Eu: ei, o que foi?
Drago: eu gastei bastante energia... E faz um tempo desde a última vez que comi direito...
Vocês tem noção do que é ter um homem (que você SABE que é um dragão) te olhando como se fosse a gazela mais suculenta que ele já viu? Não têm ideia? Então, deixo uma dica: CORRAM! E foi exatamente isso que eu fiz.
Desci as escadas correndo e pulando degraus, movida pelo meu desespero. Drago saltou do andar de cima, se segurando na madeira do corrimão e pegou impulso, quebrando o corrimão do andar em que eu estava e parando na minha frente. Ele estava maior, seus olhos estavam roxos com as pupilas verticais, seus dentes se tornaram pontiagudos e suas unhas eram garras. Sua pele estava dura, começando a escurecer para se tornar escamas. Uma ova que vou lutar contra ele assim, não tenho chance alguma de o vencer na força e desarmada.
Sem escolhas, comecei a correr escadaria acima, passando diretamente pelo Matt, que agarrou o Drago pelas costas, o prendendo por seus braços. Ele se debatia tentando se soltar, Matt o segurava com persistência e não largava.
Eu: Drago, sou eu, Talia. — digo me aproximando dele. O mesmo para de se debater, dando sinais de me reconhecer. — Sua humana.
Matt o soltou. Drago me encarava com suas pupilas verticais. Ele me agarrou pela cintura, colando meu corpo ao seu, então, escondeu seu rosto em meu pescoço e começou a me cheirar enquanto permanecia precionando a ponta das suas garras na base da minha coluna, ameaçando arranca-la caso eu me mexa sem seu consentimento. Então, ficar paradinha se fingindo de morta cai muito bem nessa situação.
Logo, graças a Thiamatt, ele me soltou e me olhou nos olhos, pude ver suas órbitas retornando ao negro habitual de sua forma humana e suspirei de alívio.
Eu: pensei que morreria hoje...
Drago: desculpa, eu... — antes dele terminar eu o abracei, ele sorriu docilmente e retribuiu apertado. Por um instante senti minhas costas estralar e lembrei do dia em que ele quase me matou assim. — eu realmente estou morrendo de fome.
Eu: tudo bem. Vamos descer, vocês dois vão comer, e então voltamos a subir.
Matt: não. Perderíamos muito tempo! — ele diz subindo as escadas. — Nós temos de saber o que está acontecendo. Temos de encontrar a Thiamatt!
Ele parou de falar repentinamente, o vi cambalear e, então, caiu apagado, atravessando o corrimão.
Eu: MATT!
Pulo o agarrando pelo braço e caio com ele. Drago se pendurou na escada e a minha cicatriz na barriga brilhou como a Draconia do Drago, a do Matt ressoou com a nossa e, logo quando chegamos no chão, atravessamos nossa própria sombra, saindo pela do teto e caindo tudo de novo. Drago estendeu sua mão e nos agarrou quando passamos, com sua força ele nos puxou para a escada e nos deitou no chão.
Eu: o que está acontecendo com ele? O que houve com meu bebê?!
Ele me ignorou e tirou a faixa da cabeça do Matt, revelando sua Draconia. Ela estava escura e rachada, quase parecia sem magia. Então, uma voz ecoa de algum lugar:
"Aconteceu alguma coisa com Thiamatt. "
Continua...
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