Capítulo 14
Para aproveitar que Elaa, Tacela e Laiella estão no palácio mamãe e eu organizamos uma pequena reunião para as mulheres junto com Ariella, Marjorie, Armena e Eliott. Algo bem simples apenas para podermos bater um bom papo enquanto as grandes líderes ainda estão em Gardênia. Como se eu não tivesse mais o que fazer mas enfim confesso ter sido uma ideia excelente para poder descobrir o que está acontecendo nos outros reinos.
Estamos reunidas na ala das mulheres com várias damas de honra para nos servir chás, sucos, bolos, frutas e guloseimas diversas, jogando assim o meu precioso tempo fora.
— Nos diga Aalis como está sendo o treinamento com Kieran? Quero saber tudo pois não vamos mais estar aqui dentro de alguns dias. — Elaa pergunta entusiasmada.
— Bom descobri que Adam pode absorver poderes alheios. — Todos se surpreendem.
Apesar de ter descoberto há algum tempo, ainda não tinha comentado com exatamente todos e percebo que havia me esquecido de nossos aliados, e grande maioria deles ainda não sabem pois queremos descobrir o máximo de informações possíveis antes de divulgar para todos saberem.
— Ele possui mais de um poder? — Diz um pouco nervosa — Mas como descobriu isso? — Elaa pergunta novamente.
— Reparei que no primeiro treino que o desafiei ele se livrou com muita facilidade de vocês e dos homens do conselho então isso atiçou minha curiosidade e pedi para testá-lo em mim...
— Em você? — Mamãe me interrompe.
— Sim, em mim. — Prossigo. — Ele provavelmente consegue manipular mentes só não funcionou em mim porque todos já sabemos que uma resistência mental não pode interferir em outra. Então ele usou minha força e deu super certo.
— E o seu terceiro poder? — Marjorie pergunta dessa vez.
— É algo meu ninguém pode pegar ou roubar de mim. Adam consegue tudo menos meu poder indestrutível.
— E o que mais? — Elaa se mostra muito mais curiosa.
— Bom estamos nos preparando para a possível chegada de Ahzac então há muitas informações que talvez eu não consiga me lembrar de todas. — Dou de ombros.
— Ahzac pode aparecer a qualquer momento como pode não aparecer nunca, então estamos praticamente atirando no escuro. — Eliott se manifesta.
— Não estamos atirando no escuro caro Eliott estamos nos precavendo apenas, caso qualquer coisa aconteça. E acho que estamos bem pelo menos por enquanto, Ahzac não sabe que Aalis possui três poderes. — Laiella corrige Eliott.
— Bom mas é apenas isso? Quero dizer treinar um desconhecido que se diz soldado de Darkroon e só? — Elaa pergunta com ar de deboche.
— Bom Elaa temos tropas, soldados, poderes e a união das nove casas, o que mais restaria? Darkroon é apenas um, tem suas armas mas não é o mais forte de nós e temos coisas que ele não tem. Não vamos nos deixar abater ou parar de viver nossas vidas para ficar em prol de uma causa que nem sabemos se vai acontecer ou não. — Digo ríspida.
— Sim mas não deveríamos subestimar tanto Darkroon. Adam por exemplo pode ser um mandado...
— Ele não é! — Respondo rápido demais.
— Se Adam fosse um mandado de Ahzac não acha que já saberíamos? Talvez Ahzac já estivesse aqui...
— Vamos lá garotas. — Elaa interrompe Armena. — Ninguém trabalha com rapidez tudo que é perfeito leva tempo, talvez eles estejam te enrolando Aalis e você não sabe.
— Eu não acho que há como Ahzac saber de qualquer coisa que aconteça aqui no palácio de Gardênia ou em qualquer outro reino. Se houvesse algum traidor entre nós eu saberia. — Me levanto irritada. — Se me dão licença eu irei voltar aos meus afazeres e senhoras e senhoritas me despeço desde já caso não nos vejamos novamente.
Me levanto e me dirijo belamente para as portas da sala rumo ao meu escritório.
...
A tarde passa e a vontade de sair da minha pequena sala tumultuada de papéis, relatórios e documentos é bem pequena então cancelo meus compromissos e passo o resto do dia trabalhando e assinando papéis.
Quando termino o sol já está se pondo pela minha janela, Lilibeth tinha deixado um lanche para mim mas deixei pela metade por minha falta de fome e por mais que tenha ficado um bom tempo sem me alimentar ainda não sinto fome nenhuma. Para esticar meu corpo fico de pé e vou até a sacada do escritório para encarar o céu, ele está nublado e pingos de chuva começam a cair, trovões reverberam nos céus dançando com raios e uma sensação estranha passeia em meu corpo, para espantar tal sensação volto para minha mesa e meus trabalhos nunca acabados. Todos já devem estar na sala de jantar jantando e prefiro não descer. Não quero ser incomodada por ninguém, me mantenho trancada e quando penso que tenho minha atenção totalmente voltada para o que tenho que fazer as palavras de Elaa aparecem em minha mente. Elaa parecia fora de si com tantas perguntas e tantas insinuações que me tirou do sério e ao mesmo tempo me deixou surpresa.
— Aalis? — A porta bate e eu pulo de susto.
Fico quieta para ver se a pessoa se cansa e vai embora mas isso não acontece até porque a pessoa petulante que está na minha porta é Adam Kieran.
— Vá embora! — Grito.
— Não seja rude quero entrar abra a porta. — Adam grita de volta.
Vou até a porta abro, saio e fecho a porta atrás de mim. Encaro Adam com uma cara não muito feliz o empurro para poder passar livremente e sigo meu caminho.
— Não desceu para jantar. — Começa a dizer atrás de mim.
— Você faz perguntas demais, para de fingir que quer saber tudo o que eu faço ou deixo de fazer. — Dou uma girada rápida para ele e termino. — Está ficando chato.
Acelero meus passos para ficar mais distante de Adam mas é impossível.
— Você tem que parar de ser tão grossa assim senhorita. Saiba que quando nos casarmos muita coisa vai mudar.
Meu humor oscila e minha paciência com esse falso Adam apaixonado por mim se vai.
— Pare já com isso! Isso é ridículo. Olhe para você e olhe para mim não faz sentindo nenhum. Não combinamos! Não temos química! E você é um pobre morto de fome que caiu de paraquedas aqui em Gardênia. Oras pare, apenas pare! — Deixo escapar.
Sinto as mãos fortes de Adam grudar no corpete de meu vestido prendendo meu ar e me puxando para trás contra a parede. Adam está usando meu poder e por algum motivo sinto que sua força tirada de mim é mais forte que a mim mesma.
— Eu cansei de seu bla bla bla sabia? Você fala demais. Manda demais. E se irrita demais. Isso é... frustrante. — Adam diz me prendendo com mais força. — Vou te ajudar a relaxar um pouco e é bom que eu aproveito e faço você se apaixonar por mim.
— Isso nunca vai acontecer meu caro. — Solto uma risada alta.
— Entra no quarto. — Disse sério.
— O quê? Não! Esse quarto não é meu muito menos seu, não vou entrar. — Protesto.
Adam me empurra na parede e eu me calo na hora sentindo sua força me deixar um pouco tonta.
— Delicinha eu não estou pedindo eu estou mandando. Entra na porcaria do quarto! — Ordena aos gritos.
Sem dizer mais nada e muito menos protestar faço o que Adam diz e entro no quarto desconhecido.
— Eu posso considerar isso um sequestro já que estou aqui contra a minha vontade e você pode se dar muito ma...
Não consigo terminar de falar a boca de Adam já está grudada na minha. Esse negócio de fazer com que eu me apaixone por ele não dará certo mas Adam é cabeça dura demais e não consegue aceitar que essa é uma ideia ridícula. Eu deveria me soltar, deveria me afastar, empurrá-lo para longe e gritar e inventar uma história para puni-lo por tanta audácia mas não consigo ele beija bem demais para isso.
Passo meu braço pelo seu pescoço e o puxo para mais perto. Pode ser que não esteja apaixonada por Adam mas se ele quer brincar por quê não me divertir um pouquinho?
Suas mãos vão para as minhas pernas, passando por debaixo de meu vestido subindo lentamente fazendo a saia de meu vestido subir também.
— Espere!
— O que foi? — Adam pergunta assustado me olhando nos olhos totalmente confuso.
— Só quero deixar claro que não estou apaixonada por você e que o que acontecer aqui, morre aqui. Até porque não acontecerá novamente. — Explico.
Adam ri alto.
— Me diga se ainda vai pensar assim depois de me experimentar delicinha. Sei que vai pedir mais e querer mais e mais e mais...
— Cale a boca imbecil e me mostre o que sabe fazer.
Adam me pega com mais força, mais fogo e mais tesão. Nossa forma de se entregar é totalmente confusa e bagunçada. Sem desgrudar sua boca da minha Adam e eu nos empurramos pelas paredes, esbarramos nos móveis, tentamos apalpar todo o lugar sem ter que nos separarmos até conseguirmos chegar na tão procurada cama. Assim que encontramos onde ela está Adam se apressa em desabotoar o corpete de meu vestido. Sinto que ele está tremendo e por conta disso não consegue se concentrar então tomo as rédeas da situação o empurro para trás e tiro eu mesma. Adam me olha de cima a baixo como se nunca tivesse me visto ou como se nunca tivesse visto uma mulher nua em sua frente antes.
Minhas saias são arrancadas como se não fossem nada além de um papel fino e frágil, sem esperar mais Adam tira sua camisa e me joga na cama, por um momento bem breve perdi o ar de meus pulmões com seu peso em mim mas logo estou perdendo o fôlego por outros motivos.
Adam sabe fazer bem, ele começa devagar como se não tivesse pressa e na minha cabeça estou gritando "Mais rápido Adam! Mais rápido!" e como se ele conseguisse me ler apenas por ver meu olhar faminto Adam acelera, com mais força e mais força e mais força, com tanta força que o que me resta fazer é grudar os dedos no lençol da cama desconhecida.
Depois de um tempo grudo em suas costas arranhando e o puxando para mais perto de mim, passo a grudar meus dedos em seus cabelos, a sensação é tão intensa que enrolo minhas pernas em volta de sua cintura e ele não para, não para nunca.
Seus beijos percorrem minha boca, meus olhos, meu queixo, minhas orelhas, meu pescoço e a partir deste momento só vai descendo até ele achar o meu ponto fraco, tento não gritar mas é em vão. Adam só me atiça e não consigo segurar minha necessidade por controle. Talvez isso seja um mal que todas as rainhas possuem. Me jogo para cima dele trocando nossas posições e mostro para ele do que sou capaz de fazer. Um gostinho de poder sobre Adam me vem a cabeça e eu gosto da sensação, gosto do que esse sentimento me trás, eu estou no comando, neste momento sou a dona de Adam, literalmente sua rainha.
E não podia deixar de ser rápido, o clímax estava chegando, a excitação estava no seu auge, o suor de meu corpo com o suor do corpo dele tudo junto e misturado como se fôssemos apenas um, um encaixe perfeito. Ele estava prestes a chegar no seu limite mas o prendi por mais alguns minutos para poder chegar no meu. A velocidade só nos mostra o quanto queremos nos entregar, o quanto ainda queremos mais um do outro e acontece da melhor forma possível.
Cansada e com a respiração falhada me deixo cair em seu peito, fecho os meus olhos e tento me lembrar de todos os sentimentos deste momento. Mesmo com os olhos fechados sentindo apenas a respiração forte de Adam e o subir e descer de seu peito percebo que ele sorri, sem esperar recebo um beijo longo de demorado na cabeça. Adam ainda está dentro de mim e eu não me importo quero esquecer o mundo por mais algumas horas.
— Seria precipitado se eu dissesse que foi a melhor transa da minha vida? — Adam sorri olhando para o teto agora.
Não digo nada apenas deixo um esboço de um sorriso nos meus lábios.
— Adam? — O chamo.
— Sim?
Me apoio no seu peito para encará-lo melhor e digo sem vergonha nenhuma.
— Quero de novo. Agora!
Adam sorri e eu odeio esse sorriso porque eu sei o que significa... Ele estava certo. Não sobre eu me apaixonar mas sobre eu querer mais e mais e mais...
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