Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capitulo 4 - Antes da Queda

1430 Palavras

Duas semanas atrás... Em outro lugar...

O dia estava perfeito naquela tarde, o sol brilhava radiante no céu, entrava pelas janelas do palácio como se tivesse fome, devorando cada pedaço dos móveis, crescendo e refletindo nos espelhos das paredes, revelando a poeira acumulada nos cantos, tentando a todo custo comer cada pedaço de sombras que conseguisse encontrar, até que os fantasmas tivessem que procurar outro lugar para se esconder.

A sala estava decadente, as cores estavam desbotadas, em cima dos móveis havia uma densa camada de poeira, o ar parecia poluído e sufocante. Há várias maneiras de começar a contar uma história, o gabinete empoeirado e esquecido é um exemplo de como começar, eras de utilidade, considerado a sala mais importante, sendo agora apenas um vislumbre do passado. Um passado cujo as portas estavam sendo abertas, porque uma história nunca acaba de verdade, em algum momento, o vento sopra, as cortinas são abertas e a poeira pode contar os segredos que escondeu pelo tempo que passou.

Os nobres e seus subordinados foram chegando aos poucos, nenhum com empolgação no olhar, pareciam cansados e frustrados. Todos se conheciam por ali, mesmo depois de milhares de anos sem se verem, ainda eram como se lembravam. Aquele mundo tinha uma expectativa de vida muito alta, não é correto dizer que eram imortais, em algum momento todos iriam morrer, seja por assassinato ou por necessidade, ninguém vive por tanto tempo sem arrependimento e peso no coração.

Não demorou muito para a algazarra acontecer. Todos estavam nervosos com as recentes notícias e sem nenhuma ideia de como parar o inimigo que vinha atacando vários vilarejos ao longo da costa. Talvez não estivessem tão afoitos se o inimigo estivesse apenas matando as pessoas, todavia ele estava consumindo seus corpos e modificando suas almas, transformando-os em bestiais sem sentimentos, que só atendia a um impulso, devorar. Após um vilarejo ser atacados, os bestiais corriam para o próximo, não faziam distinção de ninguém, atacavam, devoravam e possuíam os que tivessem ainda parte de seus corpos inteiros, eram fortes e altos, com um semblante de tirar a sanidade de qualquer um. Poucos tinham sido os sobreviventes, pessoas comuns não resistiram, apenas guardas bem treinados da elite que conseguiram escapar das investidas dos monstros, para avisar ao governante supremo da nova ameaça à paz.

- Não tem o que possamos fazer! – Era o que os nobres gritavam, cada vez que algum outro tentava dar ideias de como controlar a destruição. Cerca de umas cinco aldeias já tinham sido atacadas na última semana e a tendência era só aumentar, se nada fosse feito imediatamente, teriam tantos mortos e novas bestas que seria impossível controlar.

O governante supremo, que só havia chegado a pouco menos de dez minutos, já estava com dor de cabeça de tanta gritaria dos homens, queria ele ter uma ideia para acabar com a histeria, mas nada se passava em sua cabeça, nada que fosse ajudar. O fato era que o governante se culpava pelo que estava voltando a acontecer, seus erros do passado ficavam se repetindo e repetindo na mente aumentando ainda mais sua insatisfação.

- Senhores, sinceramente? Até parece que consideraram todas as alternativas. – A voz calma veio do fundo da sala, na última cadeira, um homem de aparência jovial, com cabelos escuros, tinha seus braços cruzados em frente ao peito, os olhos fechados e um semblante pensativo, era o único que não tinha dito uma palavra desde que a reunião havia se iniciado.

Assim que sua voz se sobressai às demais, o silêncio foi restaurado, o soberano encaminhou seu olhar para o homem, sabendo que se existia alguém ali dentro que podia realmente ter uma ideia válida ou no mínimo executável, era ele, o seu sucessor.

- Vamos, diga! – Os nobres começaram a pedir com a esperança brilhando no olhar.

O homem se levantou de seu lugar, começou a andar por trás dos assentos, indo em direção ao rei, como se quisesse que ele escutasse melhor do que qualquer outro. Alguns naquela sala admirava aquele homem, pelos feitos que tinha adquirido no passado e pela sua rebeldia estampada no rosto, outros tinham medo dele, por considerá-lo um louco por ter desafiado quem estava acima dele. O que valia mesmo era que, aquele homem era tão respeitado quanto o próprio governante supremo.

- Perdemos muito na primeira batalha contra ele... – Ele começou, olhava para todos os homens com coragem e compreensão, vislumbrando um passado cruel no rosto de cada um dos presentes. – Quando coloquei meus pés no campo de batalha, tinha certeza que não iríamos vencer, eu morreria naquele lugar pelo meu povo. – Aquelas palavras tocaram no fundo de cada um, ele parecia apelar para o sentimentalismo, como se suas próximas palavras fossem ser pura insanidade. – E quase no fim, eu pude ver aquela mulher no topo da montanha, dando para todos o que precisávamos para vencer.

- Está sugerindo que ela seja trazida de volta? – Outro homem se levantou de seu lugar, tinha uma expressão mais séria, os cabelos curtos e loiros, mas os olhos também eram azuis, suas feições eram parecidas. – Houve um tempo que você realmente pensava antes de falar! Ela nunca foi e nunca será uma aliada. – Alguns homens concordaram com ele e começaram a cochichar, criando novamente o burburinho anterior.

- Sua falta de fé me aborrece. – Passou as mãos pelos cabelos, sempre soube que o tio era difícil de se lidar. – Esteve mais perto dela do que eu naquele dia, deveria ser o primeiro a concordar comigo, viu o que ela fez por nós, como ousa ser tão ingrato?

- Agamenon é justamente por isso que sou contra. – O homem respirou fundo, caminhando em direção ao consanguíneo, os punhos cruzados e o olhar perdido no tempo. – Ela se voltou contra o próprio aliado, sua tendência é cair na escuridão, não podemos confiar nela, nem ela mesma confiava em si, por isso implorou para que Ayla a mandasse para aquele mundo asqueroso, ela deve permanecer lá para o próprio bem e para o nosso bem também, essa era a vontade dela. – Abriu os braços, olhando para cada um como se seu pensamento fosse o de todos.

Todos na sala sabiam o que tinha acontecido na primeira guerra, em como a rainha de Kvinner havia tido o sangue frio de aprisionar o homem que amava, voltando-se contra seus aliados e ajudando o exército de Agamenon a vencer a batalha. E depois, quando tudo tinha chegado ao fim e a vitória tinha sido do time do bem, o Rei Zaki e a feiticeira Ayla encontraram a rainha no alto da montanha Dragoste, com o corpo do príncipe ao seu lado, as manchas negras envolvendo-o em uma maldição do sono poderosa. Em seguida a rainha implorou para ser banida para o mundo da ignorância para que nunca mais prejudicasse ninguém e se esquecesse da dor que sentiu ao prender o único homem que amou.

- Sou incapaz de concordar, ela fez o que tinha que ser feito, nenhum de nós nunca vai saber o que ela teve que aguentar até aquele momento. – Agamenon tentou argumentar. – Além disso, a essa altura, seu corpo já deve ter morrido e voltado diversas vezes, as coisas funcionam diferente por lá, ela pode ter se recuperado.

- Ou ter se perdido completamente. – Zaki deixou de olhar para o sobrinho para encarar o soberano. – Não sabemos quase nada sobre ela e o que sabemos não é nada confiável. – Todos os presentes confirmaram com a cabeça. – A resposta para a proposta é óbvia. – Ousou dizer.

- Esse conselho sempre preservou a democracia. – O soberano olhou para cada rosto que esperava pelo seu parecer, coçando a barba e olhando para os dois homens, resolveu o que deveria ser feito. – Porém neste momento, não encontramos nenhuma saída e a unica capaz de combate-lo sem duvidas é a rainha de Kvinner. –Zaki encarou o soberano como se não acreditasse no que ele iria dizer. – Agamenon, se acredita que ela irá nos ajudar mais uma vez, então eu também terei esperanças. -Agamenon concordou com a cabeça. – Tem a minha permissão, mas esteja ciente que isso também pode ser o nosso fim.

Ninguém na sala ousou contestar as palavras do soberano, ele já tinha vivido mais do que qualquer um, passado por eras ainda piores do que aquelas, sua sabedoria deveria valer de alguma coisa naquela situação.

Agamenon se curvou, olhou para o tio com um sorriso vitorioso e saiu da sala. 

A poeira do lugar já tinha irritado seu nariz.




Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro