III
— Caramba! Vou ter que ligar ao alfaiate não vamos ir às festas de gala por um bom tempo.— sorriu, jogando uns fios do cabelo preto para trás.
Joana enchia um copo de café. Ao ocupar o lugar á mesa deixou evidente o desgosto pelo resultado da divisão.
— O investigador Schiff levou a melhor, pode juntar a equipe dele se quiser.— diz a investigadora dando longos goles na bebida.
Enoch assoviou a Yade que chegava na mesa. Afrochando o cinto que mantia aquela farda folgada no seu corpo, aliviou-se. Antes do "bom dia", viu no sorriso quieto de Enoch um silêncio quase solene. Ao reparar Joana pensou ser um motivo desagradável. Mesmo assim, quis dizer coisas aleatórias do dia.
Enquanto falava, Joana pensou em convidá-la ao novo serviço. Esperou uma pausa na conversa para contextualizar. Sua aparência parecia velha, porém não tinha mais que 26, começou cedo e o desgaste adiantou-se.
— Não deve levar mais que uma semana lhe garanto! E será bom mudar de companheiros.— indagou Joana.
Yade pensava remexendo os ombros. De fato patrulhar não movia de cargo, dava segurança a uns, mas nada fantástico ocorria. A inveja pela flexibilidade dos agentes também era vantagem, nunca se via um deles na delegacia por muito tempo. Portanto, pensou em aceita de cara, entretanto do modo com a investigadora disse seria um caso comum, não era o impacto que busca na sua carreira.
— Fica para uma próxima!— respostou sem graça arranhando a mesa.
— Eu também não aceitaria!— suavizou a investigadora.
John adiantou-se em ocupar um espaço a mesa. Vinha trazendo uma bandeja bem abastecida. Ficou em frente de Joana encarando com os olhos verdes sedentos, a mover devagar os lábios unidos.
— Pode se juntar a me se quer tanto a investigação.— disse com o sorriso formando.
Arqueando as sobrancelhas Joana fitou-o dando um meio sorriso no canto esquerdo. Sabia bem ela das tentativas frustadas dele em seduzi-la, não conhecia o interesse, se seria uma vitória por pegar o maior desejo dos homens solteiros do departamento ou amor platônico. Mas, em todo caso aquelas investidas gerou um triângulo amoroso vicioso, nele está Flora a doentil apaixonada que tinha o respeito de Joana. Ademais, o corpo estrutural e largas costas da cor do pecado, ia enfileirados mulheres de outros territórios. Ele sem dúvidas nutria fortes interesses, mesmo não compreendendo a elegância e ar de nobreza, nas quais envolvia-a, sendo para o investigador o motivo do afastamento. Podia listar o quão perturbadora exclamação ela significa. Não a via frequentando os bares de onde dizia morar perto. Participava pouco dos encontros típicos dos companheiros de profissão. E ninguém, absolutamente ninguém sabia o local exato de sua morada.
— Seria inviável.— diz consultando as horas no relógio de bolso.
A rotina se iniciou após o término do café. As equipes foram montadas e Joana preferiu estudar o caso em casa. No seu escritório de loft urbano com vista da cidade, tornava o ar mais inspirador para começar.
A noviça tinha saído com Pierre ao supermercado. —Ficará mais fácil trabalhar com o silêncio da casa—pensou. Naquelas horas certamente estaria lendo para os órfãos de Meredith, ou praticando atos de devoção. A rua estava calma como devia estar, trazendo com o vento gelado a necessidade de ficar em casa. O jornaleiro jogava na entrada as notícias internacionais, relata que somente os empregados liam. Era um ano atípico conversavam os vizinhos na praça a duas quadras da casa. Diziam sobre as estações mudarem sem seguir o calendário habitual, o inverno já durava muito, e nem sinal de uma nova. Assim que chegou Enoch adiantou-se em dirigir ao escritório. Joana, no entanto, procurou vestígios de vida. Mas foi uma das funcionárias doméstica a representar os vestígios.
— Ah! Luíza é Pierre saíram, teremos mais silêncio para começar.— diz a mulher abrindo a pasta dada por Brewster.
No início da página, Enoch confidenciou serem os sextos a passar pelo, hall the fame, daquele caso. De tão antigo, as folhas chega a desmanchar nas mãos. E as novas não condizia fielmente com os rabiscos manuscritos da original. Logo, a trama ia se desenvolvendo, datava acontecimentos de 1980, passando por vários detetives, que ia no decorrer das semanas arquivar, por deficiência de provas. Eram crimes relacionados a desaparecimentos cautelosos, ocorrido com jovens problemáticos. Um quadro típico de fuga. Mencionando o perfil rebelde da garotada da década. Motivados por movimentos sociais, teriam embarcados numa aventura dessas sem volta, ficando presos em algum país. O requerimento do retorno a investigação vinha de uma mulher, residente de uma região anotada no rodapé da página. Dizia ter novas notícias da filha desaparecida a 20 anos. Joana olhou o companheiro distraído na leitura como se apreciasse um livro de ficção. A garota chamada Marian, sumiu ao 14 anos num noite de euforia jovial. As anotações dos agentes eram vagas, sem avanço, exceto a anotação do penúltimo, levantando a hipótese de uma onda de sumiços relacionadas ao da menina que teria sido a primeira ocorrência. Parecia promissor, quando foi interrompido devido ao envolvimento num grave acidente entupido de drogas. Já o último investigador não ultrapassou quatros dias na empreitada.
— O que acha?— perguntou Joana indo a janela de vidro espiar a cidade.
— Dificilmente encontraremos algum resultado se depender desses resumos de texto. — Enfiou a mão na algibeira buscando um charuto.
— Então nos resta ir ao endereço.— decidiu a investigadora olhando os casacos ispindurados.
— Conversaremos com uma idosa lá para os fim de seus dias?, caducando sobre um acontecimento que a falta de memória a trás repentinamente?— Questionou o companheiro após puxar forte a fumaça para os pulmões e soltar em seguida com o ritmo das palavras.
— Mesmo assim deveremos ouvir, se é uma memória, foi vivida, portanto deve ser analisada!— retrucou prendendo os cabelos.
No caminho o fotógrafo não parou de deduzir ser um trote. Argumentou usando as datas distantes, naquele século em que estavam só encontrariam o cinzas fertilizando o solo. Certamente atribuía aos outros agentes uma motivo por arquivar, trajetória recorrente em sua mente.
Foram de carro, havia um longo percurso a frente, estariam em solo com grandes diversidades étnicas, e não queriam provocar escândalos. As ruas estreitas obrigaram a seguir a pé. Está havendo num espaço cúbico, tumultos desorganizados. Mais próximo do ambiente tomou forma de feira. Meninos brincavam correndo nas ruas, sujos e descalços. Mulheres idosas sentavam na janela observando do alto as novidades. As poeiras e fumaças das indústrias repousavam ali. Havia mais fumaça que ar, somado aos pequenos resíduos das chaminés. Partículas de pó pousaram nos corpos seminus dos homens, que traziam cargas pesadas de um navio. Rostos cansados, alguns cometidos por doenças, sugeridas pelos espirros simultâneos de um comerciante. Não se via moças andarem na ocasião, as única paradas nos becos eram rameiras de saias abertas num desfile pelas ruas, permitindo as alças da blusa caírem sobre o seio.
— Fique perto de me esses homens estão encarando muito.— destacou Enoch escondendo a câmera trazida ao peito.
— Acho melhor pedir informações naquele cabaré.— adiantou-se a investigadora penetrando a instalação.
Muitos homens bebiam lambuzando as barbas ásperas. Não pareciam importar de mostrar os corpos sujos de carvão devido ao trabalho no sinzeiro do navio. Eram saldaveis apesar das calamidades da região. O ofato de Joana ,porém, não perdoou o cheiro doce do perfume de uma descabelada rameiras por trás do balcão. Sentou, acomodando suas mãos. Enoch apareceu em seguida surpreso por encontrá-la ali, depois de desaparecer subitamente.
— Uma dose para meu amigo!— Pediu risonha a uma ruiva que servia bêbados.
O companheiro torcendo o pescoço ao redor do bar encarou dois homens fortes sentados próximo a uma janela embaçada. Olharam ao visitantes curiosos sobre os ombros, cochichando algo não muito agradável.
— Enlouqueceu? Não podemos dar bandeira assim.— susurrou o fotógrafo.
Joana seguiu os olhos atordoados do fotógrafo. Para ela era normal analisar estranhos nos arredores, ainda mais com roupas de frio, sendo que cobriam se de um pano ralo. Os pés também denunciaram, os moradores dali andavam com botas longas, a mesma de anos desgastante. Enoch, apoiava no suporte da banqueta um lustroso sapato, fora de moda.
— Estou me enturmando, todos cheiram a cachaça e fumaça menos nós.— desfez o coque.— se deseja passar despercebido, haja de acordo.
— Então devia ter pedido a dose para ti.— criticou ele.
— Um moço no final do balcão mandará uma bebida a me. E a ruivinha chegará sorrindo com dois copos, informando que a minha bebida foi cortesia.— inferiu a investigadora dramatizando os gestos da atendente.
Na saída de um cliente qualquer, veio a moça batendo no vestido segurando em só uma mão os copos. Retirou a garrafa de rum debaixo de outras bem alinhadas num caixote. No sorriso, pode notar a falta de dentes. E não tinha sardas chamativas.
— Aqui estar o trago, o senhor de chapéu lhe mandou essa bebida mais leve.— diz.
Joana agradeceu com rápido olhar em direção ao senhor, mas trocou os copos bebendo em um só gole o rum.
— Uh! Muito forte.— sinalizou.— Vamos indo Enoch!
Saindo do estabelecimento, o ambiente mudará, não havia mais olhares tortos ou medo do estrangeiro. Passaram a andar mais calmos pela rua decídua no caminho. Sentados nuns barris garotinhos estalaram os dedos, ajeitando as luvas furadas nos finos dedos. Possuiam arranhões nas mãos, provavelmente ajudava a puxar cargas pelas cordas, atritando-as. Joana contou uns quatro, prevendo um furto. Na infância de vadiagem em casa dos avós em Porto Rico, brincou de roubar pertences com a criançada, fazendo os pedestres pagarem mico procurando o culpado. Porém o principal nunca aparecia, cabendo a ousadia de sair neutro, enquanto os guardas fingia está portando os objetos de um para outro. Por consequência levou várias repressões duras. E os garotos sentiram sua falta.
— Isso parece uma bela cena surreal, mas adientemos os passos, não gosto dessa sobreposição de pencentimentos.
Enoch analisou o cenário dramático com outros olhos. O frio aumentou naquela baixada, é a fumaça penetrou devagar os pulmões. Logo, o porto ficou distante. As casas amontoadas em meio as cinzas do dia, aproximavam.
— O endereço para aqui.— grita o fotógrafo, retirando Joana da he
hipinose rumo á um mulher parada na esquina.
Recobrando o motivo de estar ali, a investigadora regressou. Na ponto indicado, havia um manicômio. No letreiro da calçada dizia, " drª. Ophele atende só na terça".
— Prefere procurar no outro bairro?
— Pode ser aqui, daremos uma olhada rápida, prometo.— Liderou a frente pisando leve com as botas.
Os internos não olharam a porta. Costuravam bonecos sem cores. Fixos na costura, eram fiscalizados por homens fortes sem fardas de trabalho. Os lábios não se mexiam. E os olhos movimentavam aos lados freneticamente. Nas paredes algumas paisagens feitas a pinceladas grotescas remetia um estado sem liberdade. Pelas idades possuíam mais de 50 anos. E não havia mulheres. Talvez em alas separadas?. Se bem que naquela parte a loucura era um cumum acontecimento.
O leve toque de um deles no cachecol da investigadora, demonstrou uma tentativa de interação, contudo o rosto não virou para encará-la. Penetrando as instalações foi barrada por um enfermeiro de azul. Mostrou lhe o distintivo. Pedindo para o seguir um rosto conhecido saía do fundo de uma sala.
— John! O que faz aqui?— Perguntou Enoch.
— Como disse mais cedo, odeio casos de envolvimento de elite. Faço parte da equipe agora.— diz pondo as mãos no bolso do casaco.
Joana não quis ser incoveniente, apesar de achar incomodo.
— Sou a investigadora Blenchet, esse é Enoch, podemos conversar?— dirige ao homem baixo calado de olhar inquieto.
— Não será necessário, o senhor Jung me forneceu todas as informações sobre o caso.
— Mas deve sanar meus questionamentos.— Brandou entrando no escritório.
O diretor Jung foi o último a sentar, demonstrou desconforto motivado pela atenção rígida da agente a seus movimentos. Disfarçou secretamente às marcas vermelhas no orelha esquerda. Tentou ainda minimizar o colarinho amassado, e a barba por fazer não tinha solução. John ficou no fundo encostado na parede mal pintada. Enoch ocupou uma cadeira ao lado de livros de medicina.
— Quando irão trazer a mulher responsável por nos trazer aqui?—indagou a investigadora.
O homem mordeu os bigodes, procurando pastas na gaveta.
— Acabei de contar ao investigador sobre a insanidade mental de Maria a mulher a quem procuras.— jogou folhas sobre a mesa espalhando-se.
— Minha pergunta foi outra.— esclareceu a mulher.
Olhando as gavetas o baixinho foi acometido por transtornos de limpeza na escrivania.
— Se queres conversar com uma senhora em camisa de força, posso levar te.— diz o diretor com ironia.
— Afinal qual o motivo de tê-la confinado no manicômio?
— Investigadora Blencheth, os próprios familiares a trouxe, acusarada de ter matado a filha.— respondeu o diretor acendendo um cigarro.
— Acusada por quem?— levou a mão ao queixo.
O senhor olhou ao fundo a imagem do investigador. Não foi levantado essa questão no início da visita. Chegava um ponto em as respostas deviam ser desviadas, pois a taxa de resolução firmava um trampolim vazio formado pelo diretor.
John incomodado com a ousadia de Joana questionar uma área de sua atuação quis reprimi-la.
— É suficiente saber de sua insanidade.— contornou Jhon.
Aproveitando o giro da cadeira, a mulher mudou o foco. Reparou a postura do amigo de ameaçado. Também não gostaria de ter opiniões divergentes quando se referia a uma área de domínio. Repensou os caminhos para manter sua permanência ali, como saberia conduzir uma situação daquela. Se alguém acreditou nela, não podia afrouxar. Então suas perguntas continha validade. Indo contra um investigador especialista ou não. Mas, notou um desconhecimento a respeito da mulher. Ninguém além dela poderia desenrolar tal trama. O que seria um caso logo se houvesse ao menos cura para insanidade.
— Claro que não sou a especialista, além do senhor Schiff nesses casos— voltou-se ao diretor.— Mas quero conhecer-la!
Após uns segundos de resistência, ela mesma abriu caminho esperando o diretor passar a frente a fim de giar-los. Ficando um pouco a trás, John pediu que aguardasse, precisava conversar a sós com a investigadora. Seu rosto sugeria dúvida. Os hormônios estaria descontrolados pensou ela, satirizando.
— Não culpe Enoch e a me por estar nesse fim de mundo. Ao menos pare de tentar procurar uma ação policial exitante para lhe entreter. A realidade é que não passou de trote por uma velha louca. — impôs o grandalhão.
— Comovente.— aproximou do peito do rapaz.— Mas está sendo dramático. Devia tirar esse medo de alguém puxar seu tapete.— confrontou.
— Blencheth, estou tentando acelerar tudo isso para termos investigações mais instigantes!. Pense nisso.— suavizou o tom tomando a frente.
No caminho a parte mais profunda do hospital de loucos. Guardas em pé nos portões de grades abriam-na sobre muito esforço, pois as fechaduras ia sendo corroídas por ferrugem. No percurso, doentes vagavam até a próxima grade e voltavam silenciosos. Enoch, tirou algumas fotos da comportamento deles, achou fantástico seja qual for o tratamento dado. Pensou em agendar um momento para sua tia vim realizar uma consulta. Pois, quem sabe agiria de modo passivo como os ali presentes.
As salas do manicômio ficavam bem trancadas a chave, o que não era habitual, sendo um lugar sem doentes perigosos. Joana quis ver o tratamento dado em um homem magrelo ao passarem no corredor de tratamentos. Lá estava ele sentado sem amarras a cadeira. Imóvel, via na parede um atrativo, pois, não procurou dirigir o olhar as visitantes.
— Conheçam a drª. Ophele, psicanalista e neurocientista.— diz Jung.
— Prazer em conhecê-la!— podemos acompanhar o tratamento?— pergunta Enoch eufórico.
A mulher de olhos profundos, reprando os intrusos, enquanto, colocava a bolsa de soro no paciente. Despreparada com a situação inusitada, aplicou lhe medicações que o fez dormir. Contudo, os passeios da agente a incomodou muito mais. Joana andou reparando as prateleiras repletas de remédios, sem acreditar na paisagem solene do local ser motivado por fármacos.
— Sinto muito mas estive a pouco realizando exames de rotina.— desculpou- se anotando em receituários os resultados do paciente.
Jung , informou-lhe o motivo da visita, fazendo a médica soltar uma gargalhada alta. Dissera ter retirando o jaleco, um descuido sem intenção dela. Na noite de sexta, pronta para deixar o espidiente esqueceu o aparelho móvel naquela sala. O instrumento tocou a noite toda, pois achava ter perdido em outro lugar. Com o propósito de chamar a atenção dos funcionários, ligou sucessivas vezes. Relatando o comportamento agressivo da doente, esse não teria sido o primeiro registro de fuga. A própria Ophele levou-os ao andar dos loucos mais perigosos. Eles batiam as portas metálicas, dando gritos intensos, além de exbanjar olhares sengrentos perturbadores. Ao fundo, Maria, soluçava sem derramamento de lágrima. Espiou calma as silhuetas desconhecidas. Todavia, não foi aberto a porta, via só os olhos por uma abertura.
— Sinto muito fazê-los perder tempo.— diz Jung afastando das portas.
— Nós também, pelo incomodo, o caso será apagado do sistema.— responde Jhon apaziguando o clímax.
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