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Capítulo XXIII - Possível e Suportável


Quem se atreveria?

Como um trovão impiedoso aos ouvidos de uma criança, a ordem fora clara: Elijah queria ficar sozinho. Por mais que sua imagem despedaçada e abraçada por um misto de raiva, culpa e medo, curvada, sentada no décimo quinto degrau da escadaria do salão de festas, parecesse um convite claro para um consolo, quem se atreveria?

Os passos eram firmes, eles não temiam. E por mais clara que pudesse ter sido a ordem, ela nunca as seguiu completamente.

Ela. Ela, sim, se atreveria.

- Eles já sabem onde ela está - disse a princesa, com os braços cruzados em perfeita simetria com o corpo esguio e os cabelos perfeitamente alinhados. - Podemos respirar um pouco.

- Não escutou o que eu disse quando saí da sala? - ele respondeu, sem encará-la, com as mãos cruzadas em frente face. As linhas do maxilar forçavam-se a ponto de fazer a pele subir e descer na lateral da face corada pelo desespero.

- É claro. Mas da mesma forma que você tem liberdade para pedir a solidão, eu tenho liberdade para recusar.

- Você nunca obedece, não é?

- Elijah deu um riso curto antes de soltar o ar quente e aflito entre os lábios.

Aveta abaixou-se devagar, sentando-se do lado contrário, perto do corrimão paralelo ao que o príncipe se escorava.

- O preço é muito alto.

- Como? - questionou o rapaz, franzindo o cenho.

- O preço por ser da realeza. Por viver nesse tabuleiro de Xadrez, em um jogo que nunca acaba. - Ela suspirou.

- Tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo - completou Elijah. - Minha irmã sequestrada, minha mãe quase envenenada, e ainda tem... - Ele fechou os olhos devagar, antes de dizer o que pensava ser imprudente.

- Seu filho - Aveta terminou a fala do príncipe.

- Você sabe? - Ele arregalou os olhos e a encarou.

A princesa de Salazar apenas sacudiu a cabeça de maneira sutil, em afirmação.

- Você não precisa carregar todo o peso sozinho, Elijah - ela prosseguiu. - Tem muitas pessoas aqui, e todas estão dispostas a resolver os problemas que surgirem. Eu demorei a entender que não posso fazer tudo sozinha, e isso quase me custou quem eu mais amo, então...

- Eu não posso simplesmente escolher um problema e ignorar os outros, Aveta.

- Claro que não. É impossível. Mas você pode confiar em nós. Estamos fazendo tudo o que podemos para resolver esse quebra-cabeça em que nos envolvemos. Eu sei que é difícil. - A moça molhou os lábios e continuou: - Mas do mesmo jeito que vencemos a tirania de Homero, venceremos este jogo... É uma promessa.

Por mais que a agonia e o desespero fossem visíveis na face do príncipe, as palavras dela surtiram grande efeito. Ele sabia que ela jamais desistiria, mesmo que o significado disso não fosse exatamente bom.

- Ora, que guerreiro não tem uma cicatriz? - O sorriso na face de Valentina mostrava que os ânimos estavam mais calmos entre os três.

O trio precisava de união naquele momento, e estavam se esforçando, cada um com o seu próprio conflito interno, abandonado em prol de algo maior que qualquer um deles.

- A minha primeira foi aos nove anos de idade - disse Wictoria, causando um silêncio incômodo nos outros dois.

- Mas... tão cedo? - Tyliard comentou, comovido.

- É. Não mexa com um cão feroz enquanto ele come - explicou, de forma descontraída, fazendo o Agente rir.

Valentina também sorriu, mesmo que disfarçadamente.

A trilha estava quase no fim, e a tríade precisava ser cautelosa. Eles não sabiam onde e quando poderiam ser atacados novamente, isso os deixava em situação de alerta todo o tempo.

- É ali - disse Valentina, apontando para frente.

- É estranho que não tenha ninguém - comentou Tyliard, prestando atenção ao seu redor.

- Não - disse Valentina, estava com o corpo paralisado.

Os olhos dos outros dois voltaram-se para os pés da jovem, onde era possível notar a dança sinuosa da serpente que enroscava-se no calcanhar da comandante.

- Fique calma, Valentina - pediu o Agente.

O réptil peçonhento já estava quase no limite entre a bota e o tecido das vestimentas da moça, que já previa sua morte lenta e dolorosa. Os olhos comprimidos e os lábios esbranquiçados eram umedecidos pelas gotas de suor frio que escorregavam por sua face, à medida que a cobra movia-se com presteza rumo ao topo do calçado.

- Cuidado, Wictoria - disse Tyliard à general, que estava prestes a pisar no corpo oblongo de outra serpente que vagava pelo meio da vegetação rasteira.

- São muitas - disse ela, se afastando em um salto. - Precisa tirar o sapato, comandante. - Voltou-se à moça. - Agora!

- Não posso. Não vai dar tempo.

- Precisa fazer isso logo, o metal do sapato vai proteger você enquanto ela ainda estiver na parte inferior - continuou a general. - Anda! - vociferou.

Valentina apoiou o salto do pé esquerdo na ponta do calçado direito, conduzindo uma pressão sutil. Sentiu o coração acelerar enquanto desprendia a bota e a fazia deslizar por seu pé, aquecendo a meia preta que sucumbia ao atrito do material. Em um impulso de sobrevivência, a moça lançou o sapato para longe, fazendo com que a serpente fosse também jogada.

Um ofegar de alívio era escutado por todo o perímetro. O queixo trêmulo de Valentina demonstrava o pavor que ainda residia em seu corpo. A comandante jogou os cabelos para trás, enquanto apoiava-se nos joelhos, para recuperar o fôlego.

Tyliard se aproximou dela com cuidado, para não ser também alvo de alguma serpente que poderia estar por ali.

- Você está bem? - questionou, pondo a mão direita entre o ombro e o pescoço da moça.

Ela assentiu, erguendo o corpo, e acolheu-se no peito reconfortante do Agente, que correspondeu ao seu abraço em um gesto afetuoso.

As pupilas de Wictoria deram uma volta completa, enquanto os lábios se projetavam para o lado.

- É... - A general pigarreou. - Estamos sem muito tempo.

Os dois se separaram e voltaram os olhos à entrada da caverna.

- Vão vocês dois - disse Valentina. - Eu fico aqui, tomando conta da entrada.

Eles assentiram e tomaram o caminho.

Por dentro, era ainda pior a situação, além de dezenas de serpentes distintas rastejando pelo chão, morcegos alçavam voo para todos os lados possíveis.

- Consegue? - perguntou o Agente, com os olhos voltados para onde o dardo acertara momentos antes.

- É suportável - ela respondeu.

Havia uma claridade provinda de uma abertura mais ao fundo, era como uma armadilha e eles eram as presas.

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