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16 - Similares

☆ Oie, nuusss demorou, mas saiu. O destino não estava a fim de ajudar vocês rsrsrrssrs as coisas foram meio tensas nas últimas semanas e passei por tantos problemas de saúde que cogitei que não ficaria mais boa, mas enfim o momento difícil passou, demorou, mas passou e é isso oq importa. Esse capítulo é curioso, tem um diálogo dentro dele que idealizei desde o dia em que criei o plot da fanfic e finalmente chegar aqui me trás uma sensação de que as coisas finalmente estão se encaixando e caminhando para onde quero. É um alívio. Espero que possam curtir muito, boa leitura, amo vocês.

Você nunca sabe quando vai conhecer alguém

E todo o seu mundo, muda de uma hora pra outra completamente
Você apenas está andando quando de repente
Tudo o que você sabia sobre amor sumiu
E você descobre que tudo estava errado
E todas as minhas cicatrizes não parecem importar mais
Porque elas me levaram até você
Start of something goood - Daughtry

A vida pode ser muito engraçada, quero dizer, temos dias tão ruins e dias tão bons! Como pode ser uma total montanha russa desse jeito? Não há constança, nada é certo e por mais que seja planejado, em um piscar de olhos tudo pode mudar.

Digo isso porque me sinto em uma onda de dias bons e calmos, mesmo que exista no horizonte nuvens escuras que indicam tempestade forte, o sol brilha, o que me deixa de extremo bom humor e cheia de esperança.

Muitas pessoas podem pensar que fiz a escolha errada ao aceitar ser amiga com vantagens do Jimin, que não há amor próprio nessa decisão ou coisas do tipo, mas realmente não há e aceitar isso não me martiriza. Sou uma mulher forte, que luta pela própria independência, que se olha no espelho e enxerga o seu valor apesar de tudo, mas não sou idiota. Se existe uma brecha por onde posso passar, então porque hesitar?

Jimin é o tipo de homem com quem naturalmente nunca me relacionaria, nossos círculos sociais são completamente indistinto, não é o tipo de homem que olharia para mim em outras circunstâncias, mas meu coração escolheu amá-lo e estou disposta a fazer o que for preciso para ficar com ele. Já tô fazendo tudo errado desde o início mesmo né?

Vi esses dias um ditado chulo, mas que define muito bem a minha situação, o que é um peido para quem já está cagado? Nada, literalmente só mais uma situação.

Rio de mim mesma após esse pensamento idiota, que ditado mais escabroso, bem a cara da minha situação mesmo!

— Coisa linda da minha vida, vamos almoçar? — JanGi se aproxima falando um pouco mais alto, após sair do elevador no meu andar.

— Espera, tô terminando de digitar um e-mail que o diretor Jimin pediu — tanto lembrar de ser sempre formal com ele no trabalho, as pessoas já nos olham torto nas vezes em que saio com ele em seu carro, não quero motivos para falatórios.

— Anda logo porque já bati o meu ponto e você sabe que não consigo comer rápido demais — diz sentando em cima da minha mesa como sempre faz quando está aqui.

— Devia ter mandado mensagem perguntando se eu já ia — a repreendo.

— Eu tava pensando… — me ignora completamente. — Você ainda não descobriu porque diabos a EunHa se encontrou com o Jimin-ssi né? — pergunta casual. — Passou o que? Duas semanas? Francamente você é uma péssima detetive, vou ter que me meter?

— Não, ele não toca no assunto. Como acha que vou descobrir isso se ele simplesmente está fingindo que nada aconteceu? Você sabe bem a quantas anda a nossa relação e tô começando a achar que ele não quer tocar no nome dela perto de mim, o que é ótimo, só assim eu não vivo esse assombro diariamente — depois de um tempo comecei a simplesmente pensar que não deveria ser nada demais e que se eu não descobri é porque não precisava saber.

— Ainda acho que você tá relaxada demais diante dessa realidade — pela JanGi eu já teria revirado até as câmeras de segurança da empresa para descobrir o que houve naquele dia e sobre o que conversaram. Paro o  que estou fazendo para encará-la.

— Estou fortemente inclinada a acreditar que o que for de ser será. Se eu não descobri é porque não precisava saber — nesse exato momento Jimin sai de sua sala e minha amiga praticamente pula da mesa. Abro um largo sorriso ao vê-lo sempre tão lindo com suas roupas de trabalho e cabelo penteado para trás. Qual a versão dele gosto mais? Não sei, todas são perfeitamente perfeitas aos meus olhos.

— JanGi-ssi — cumprimenta minha amiga, ela se curva rapidamente para cumprimentá-lo também.

— Vai almoçar? — pergunto.

— Hm, entrega isso aqui lá no pessoal do casting por favor. Eu deveria ter feito isso semana passada, mas fiquei enrolado e a campanha para a próxima capa já tá em cima — Jimin repousa uma pasta de portfólio diante de mim, conheço bem essas pastas, são as fotos das modelos. — Diga à eles que encaixem ela em algum ensaio para mim, ela me pediu esse favor e não custa nada — encaro a pasta após ouvir sua rápida explicação. — Bom almoço meninas.

— Bom almoço — JanGi se adianta em responder e logo na sequência ele está se afastando de nós duas. — Isso é…? 

— Um portfólio…

— Será que é da…?

— EunHa — completo suas falas.

— Abre logo então — pede. Checo para ver se Jimin não está mais em nosso campo de visão antes de rapidamente abrir a pasta e para minha — não — surpresa, são mesmo as fotos da EunHa. Viro o portfólio para que JanGi também possa ver. — Então era isso? Ela veio pedir emprego?

— O que eu faço com isso? A EunHa não pode trabalhar aqui, simplesmente não pode — consigo sentir o pânico na minha fala só de imaginar esse cenário catastrófico.

— Calma, tem ensaio externo. Podemos jogar ela em algum ensaio externo no cu do mundo para ela se manter longe daqui ou simplesmente jogar fora, fingir que não recebeu isso — me dá opções. Suspiro chateada.

Não acredito que os dias de sol e felicidade estão ameaçados por um portfólio idiota e não solicitado.

— Preciso pensar no que fazer com isso, não posso deixar que a EunHa se aproxime do Jimin é muito perigoso — falo o que estou pensando em voz alta.

— Vamos comer, a gente pensa em alguma coisa enquanto come, até porque desse jeito meu horário de almoço vai evaporar — minha amiga fecha o portfólio e o enfia debaixo de alguns papéis na minha mesa. Comer enquanto minha ansiedade ataca com um assunto que me assombra não parece uma boa idéia.

Coloco o computador no modo de descanso e levanto para acompanhar a minha amiga, mas antes de fazer qualquer outra coisa pego a pasta que ela colocou entre os papéis e a jogo dentro do armário com chave que tenho debaixo da minha mesa.

— Aqui vai ficar mais seguro, não precisamos que ninguém veja até que eu saiba o que fazer com isso — explico rapidamente. JanGi ri.

— Me sinto como se estivéssemos lidando com algo muito errado, tipo papéis da máfia — brinca e sei que está tentando amenizar o clima que pesou instantaneamente com a aparição desse portfólio diante de nós duas.

— Pena que não estamos em um filme de máfia, mas sim em uma história de terror que não tem fim — lamento. Há sempre tanto a se lamentar e já estou ficando cansada dessa situação.

{...}

JanGi e eu chegamos a conclusão de que era melhor esperar, não entregar o portfólio agora. Esperar uma oportunidade de ensaios externos para manter a EunHa o mais longe possível da empresa.

Não é um cenário interessante estar no mesmo ambiente que ela e o Jimin, porque a EunHa não sabe que trabalho com ele e ele não sabe que tecnicamente somos amigas de longa data. Jimin já me mostrou o rosto da sua tal bonita e eu não falei nada sobre, seria muito estranho se ele descobrisse tudo agora assim.

Como simplesmente explicaria que conheço ela, sendo que quando tive a oportunidade não fiz?

Coço o cenho enquanto espero o rammyeon que estou preparando para o jantar ficar no ponto que eu gosto. Não posso nem ter um minuto de paz sem que todas as preocupações voltem à tona. Anotação mental da vida é: Não escolha mentir ou você vai ficar sem saída depois.

Ouço Jimin abrir a porta do banheiro e sair com a toalha presa na cintura, esfregando os  cabelos molhados com uma toalha menor. Com o dorso úmido e a tatuagem na costela totalmente à mostra. Volto a olhar para o meu rammyeon na panela, não consigo nem raciocinar com esse homem semi nu perto de mim.

É difícil de acreditar que ele se sinta tão à vontade, mas Jimin realmente se soltou, não liga mais de ficar sem camisa perto de mim ou até mesmo só de toalha e sinto que lá no fundo é uma forma bem covarde de me provocar, ele parece gostar de joguinhos de sedução, se soubesse que já perdi ele ainda se manteria interessado?

— Vou vestir uma roupa pra comer — o olho rapidamente antes de apenas acenar concordando.

Coloco a panela na mesa com a comida que vamos jantar hoje. Não estou com humor, nem disposição para fazer nada mais elaborado. Arroz, kimchi e ramyeong é o que temos pra hoje, mas ele não parece se importar muito com isso.

Como em silêncio sentindo um bolo em minha garganta se formar.

— Você tá tão calada hoje, tá tudo bem? — o Park pergunta e ergo meu olhar para olhá-lo, pois estou de cabeça baixa apenas comendo.

— Dia ruim — respondo simplesmente.

— Não gosto de te ver assim, não combina com você — nossos olhares se encontram e nos encaramos por um breve momento, antes de soltar um suspiro pesado.

— Desculpa.

— Não precisa me pedir desculpas, pelo amor. Todos temos dias ruins e tenho certeza que logo você vai se sentir melhor — afirma gentilmente, sorrio sem humor para ele.

— Quando eu tô assim tenho vontade de comer no Mcdonald's, algo bem gostoso pra me sentir viva de novo, sabe? Mas tenho que me conter, tô precisando perder peso — confesso, mesmo que tenha vergonha de falar sobre esse assunto principalmente com ele. Só não quero que me pergunte o que está me deixando mal, porque aí seria mais uma mentira que precisaria contar e estou farta de mentir.

— Você não deveria se privar, sei lá — dá de ombros. — Já fiz tantas dietas malucas que hoje em dia sou totalmente contra privações.

— Você fazia dieta por que? — não consigo imaginar Jimin fazendo dietas, não combina com ele.

— Ué, quando eu tinha ali por volta de 19 anos queria muito ter um corpo padrão de academia, sabe? Fazia muitas horas de exercício para definir a barriga de tanquinho e passava muitas horas sem comer para perder gordura corporal, uma loucura só — explica e fico boquiaberta com o que fala. — Você acha que as pessoas só enxergarem beleza em alguém não é cansativo? É muito difícil ser taxado de bonito e não poder vacilar, não poder ter uma espinha no rosto, ou olheiras. Porque ninguém liga se você está fodido mentalmente desde que esteja perfeito por fora.

— Nunca pensei por esse lado, que pessoas bonitas podem sofrer com pressão por serem bonitas, que loucura — confesso pensando um pouco sobre o assunto, seria até cômico se não fosse trágico.

— A maioria não me enxerga além, sou só um cara com o rosto e o corpo atraente. Olha, isso não é ruim, mas com o tempo é cansativo. Não achar ninguém profundo para se relacionar… Quando finalmente achei alguém que parecia gostar de mim para além da minha aparência, ela me enganou — suas últimas palavras quase morrem ecoando na pequena cozinha em que estamos, como uma lamúria sofrida de alguém que eu não poderia entender.

De repente percebo que sim, eu mesma olhei para Jimin por causa de sua beleza, me ludibriei com a sua aparência e provavelmente me apaixonei por esse mesmo motivo, não o vi de verdade inicialmente. Apesar de hoje achar que Jimin é tão lindo por dentro quanto é por fora, acabo ainda falhando e enxergando muito mais seu exterior.

— Achei que só gente feia e fora dos padrões sofresse — brinco. — Tá difícil pra todo mundo pelo visto. — Jimin dá uma gargalhada gostosa que preenche todo o ambiente depois do que disse.

— Nem me fale.

— Mas hoje não vejo você fazendo dietas, apesar de ainda estar com a rotina alimentar super bagunçada, senhor Park, o que significa que superou essa fase, tô errada? — continuo instigando a conversa porque estou achando interessante mudar o foco e conhecê-lo ainda mais.

— Não, não está. Uma pessoa me disse uma coisa que mudou tudo na minha mente. Eu tinha um personal, acredite, um personal que me falou algo extraordinário. Um dia passei mal porque não tinha comido nada antes de ir para a academia, era o auge do meu corpo definido, meu tanquinho tava trincado e duro com os gomos super definidos e ele me disse que as pessoas precisavam normalizar ser normal — diz enquanto come.

— Normalizar ser normal?

— Sim! Não somos perfeitos e não precisamos buscar ser e isso não é só sobre aparência física. Todos temos defeitos na pele, no corpo, na mente, no caráter. É normal e as pessoas demonizam as nossas características humanas, cobram que sejamos como robôs, corpo perfeito, personalidade perfeita, disposição sexual perfeita, dicção perfeita, mas nunca é suficiente. Porque no fim, somos normais — sigo ouvindo o que diz.

— Eu me olhei no espelho e percebi que nem me reconhecia naquele corpo, não era eu, aquela atitude de hetero top que pega geral, não era quem eu realmente era, nem quem eu almejava de fato ser, um cara normal. Só queria ser um cara normal — suspira.

— Caramba… isso é… profundo — constato.

Normalize ser normal, esse é o meu lema de vida agora. Por isso não tenho mais tanquinho definido, apesar de ser bonito, não combina mais com quem sou hoje. Queria? Queria! Mas não vou morrer de fome por isso e também tô sem tempo pra viver na academia como antes — volta a comer depois de falar.

— Normalize ser normal… — repeti a frase em voz alta deixando que ecoasse em minha mente a força daquelas palavras. Ser normal… Sempre fui rejeitada por ser normal e enquanto isso Jimin só queria ser um cara normal, isso é tão contrastante! Pelo visto na vida ninguém nunca realmente estará satisfeito com as atribuições que tem.

Existe peso em ser apenas quem se é em qualquer circunstância e apesar de hoje em dia ser muito mais bem resolvida com meu corpo do que há alguns anos atrás, esse estereótipo de perfeição ainda me perseguia. A ideia de não ser perfeita para alguém apenas porque não sou magra é tão banal, sempre quis que me vissem para além da minha aparência e vejo aqui Park Jimin, um cara totalmente padrão apenas querendo ser alguém visto para além de sua aparência também.

Somos ironicamente similares.

Ironicamente escravizados pelos julgamentos sobre nossa aparência, só que em medidas e proporções diferentes. Cada um com a sua dor.

— Pois é, normalize ser normal Nari-ah — encaro ele que também me olha, é a primeira vez que me chama de forma informal desde que nos conhecemos.

Jimin é uma pessoa incrível mesmo, consegue me mostrar lados seus que jamais imaginei que existiriam e isso me deixa ainda mais encantada por cada mísero pedaço seu. Por fora, mas agora ainda mais por dentro.

{...}

Sai um pouco mais cedo do trabalho para passar na casa da JanGi e passear com a Dong Dong, ainda está sendo difícil conviver com a distância, mesmo que a veja dia sim, dia não, não é a mesma coisa. Sinto falta da minha filha amada ao meu lado e penso constantemente no que posso fazer para resolver essa questão.

É algo relativamente complicado, quase três meses se passaram desde que minha casa pegou fogo e estou morando com Park Jimin, mas não é simples alugar uma casa e começar tudo do zero, precisei comprar todos os itens básicos para mim, até calcinhas porque perdi tudo. E esse recomeço leva todo meu salário embora, mesmo que Jimin tenha se negado, ajudo nas despesas do apartamento porque estou morando lá e ainda estou pagando a internação da DongDong que levou todo o dinheiro que tinha poupado embora.

Moradia não é barato, quanto mais perto do trabalho mais caro é e fica muito difícil de pagar um aluguel sozinha.

Essa questão fervilha em minha mente, não posso morar na casa do Jimin para sempre.

— DongDong-ah devemos nos mudar? — pergunto para minha filha de quatro patas que está com meio palmo de língua para fora após uma caminhada de meia hora pelo bairro. — Devemos procurar uma casa só para nós duas? Você vai trabalhar pra me ajudar? — rio da última pergunta apertando seu excesso de pele no rosto e fazendo um carinho do jeito que sei que gosta. — Preciso resolver isso em breve.

Sirvo água e ração para a grande e estabanada labrador antes de deixá-la sozinha novamente, mas não será por muito tempo JanGi logo logo estará em casa.

Quase não dá tempo de sair do metrô e meu telefone toca. É minha mãe. Suspiro pesado antes de atender, já tem um tempo que não ligo para ela e sei que vou ouvir.

— Oi mãe.

— Nari-ah você não tem mãe? Não liga manda notícias se eu não ligar, foi feita em uma chocadeira por acaso? — briga comigo. Suspiro novamente.

— As coisas estão corridas ultimamente e não estou sendo capaz de ligar, sinto muito — também não tenho nada muito novo ou de especial para dizer.

— Yah, poderia ao menos querer saber como a sua mãe está né? — afasto o telefone do ouvido enquanto fala mais alto comigo.

— Desculpe, vou me certificar de ligar mais vezes — prometo.

— Não vai precisar, estou de mudança para Seoul, procure uma casa para morarmos juntas. Vai ser mais fácil de pagar as contas se a gente dividir e também você para de morar de favor — sua novidade me pega de surpresa e não sei como reagir, mas não gosto da ideia, nenhum pouco na verdade.

— Não precisa, a senhora tem sua clientela fixa, casa própria. Realmente não é necessário — dispenso de imediato.

— As vendas estão fracas e vou por a casa para alugar, assim ajuda a pagar os impostos que estão altos demais para pagar sozinha. Procure uma casa e me mande fotos, hm? — murcho os ombros sem saber como dispensá-la. Mas sei que não adianta debater que será pior, por isso apenas concordo. Posso levar isso com a barriga pelo tempo que for necessário.

— Hm, depois eu vejo isso.

— Depois não Nari, logo. Se depender de você, morro esperando, logo viu?

— Tá bem mãe, entendi — caminho em direção ao apartamento enquanto falo no telefone.

— Vou desligar, espero as fotos. Tchau.

Encaro a tela do meu telefone por um momento, dá pra acreditar nisso? Mais esse problema!

Sim, preciso sair da casa de Jimin, mas precisa ser agora? Não posso fazer isso com calma? Ele não está me expulsando, estamos totalmente familiarizados um com o outro, não tem porque pressa. Apesar da DongDong já estar a tempo demais na casa da JanGi…

Balanço a cabeça rapidamente tentando organizar os pensamentos, não preciso resolver nada hoje. Qualquer decisão pode ficar para amanhã. Digito a senha do apartamento e vejo um par de sapatos no hall, me pergunto se o Jimin já chegou.

— Jimin-ah… — ouço a voz feminina que vem da cozinha e me apresso para ver quem é. Uma senhora um pouco mais baixa que eu, de cabelo curto e óculos geométricos me encara assim como a encaro. Sei quem é, pois tem um porta retrato no apartamento com a mesma.

— Sra. Park — cumprimento a mulher que é a minha sogra e nem sabe ainda. Ela me olha de cima abaixo vagarosamente, analisando cada centímetro meu.

— E você quem é? — pergunta.

— Ah desculpe, sou Lim Nari, trabalho com o Jimin-ssi e estou morando aqui temporariamente — faço uma breve introdução já que a mulher parece não fazer ideia do que faço ali.

— Você mora aqui? — Pergunta com desdém.

— Na verdade, sim…

— Por que? — sua pergunta imediatista me faz soltar um riso.

— Minha casa pegou fogo há algumas semanas atrás e o Jimin-ssi gentilmente me ajudou — respondo.

— E você é solteira?

— Sim.

— Uma jovem solteira que aceita vir morar na casa de um rapaz solteiro? — questiona.

— Era isso ou morar na rua — explico.

— Antes morar na rua que manchar a imagem de um homem solteiro, não acha? — vinco as sobrancelhas confusa com o que diz.

— Desculpe, eu não entendi…

— Não conheço você, não sei o que faz aqui, mas imediatamente não gostei de saber que mora na casa do meu filho. Um homem solteiro não deve morar com uma mulher solteira, os vizinhos devem falar horrores. Imagina só se pensam que eu não soube criar o meu filho? — explica seu ponto e tento raciocinar sobre o que acaba de dizer.

— Mas as pessoas deveriam pensar bem, ele ajudou uma pessoa em um momento difícil — rebato.

— Quem garante que você está mesmo em um momento difícil? — me desafia e preciso rir, o que ela acha que está insinuando? Que coloquei fogo na minha casa de propósito?

— Desculpe, sra. Park, mas acho que não entendi seu ponto — digo quase muito ofendida com suas palavras.

— Então vamos direto a ele, não conheço você, mas quero que saia o mais rápido possível da casa do meu filho solteiro, nenhuma mulher que se preze e seja direita estaria morando com um homem solteiro, ninguém vê mulheres assim com bons olhos — me encara com desafio. Não consigo acreditar no que ouço, a mãe do Jimin deve ser do tipo conservadora, aparenta ser alguém gentil, mas no momento está apenas sendo muito rude comigo.

Pelo visto a onda de dias bons realmente havia passado e as nuvens escuras se aproximam um pouco mais a cada novo movimento.

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