I Know Who You Are
22 de Julho de 2014 - 10:53 P.M
Califórnia - EUA
O sorriso do loiro a minha frente era contagiante. Nunca tive um aniversário tão maravilhoso.
Não seria a primeira coisa que viria a minha mente, ainda mais por ser madrugada, mas eu toparia qualquer coisa contato que fosse ao lado dele.
-Justin, isso é atentado ao pudor. - Apesar de ser algo sério, meu sorriso me entregava.
-E daí? Vem logo. A água tá ótima. - Pensei por mais um instante no assunto. A quem eu queria enganar? Entrei na água, de roupa íntima mesmo, e fui em direção ao Justin.
-Eu vou morrer congelada.
-Selena, nada vai te acontecer. Eu vou te proteger sempre. Ninguém vai encostar um dedo em você e continuar vivo pra contar a história. Eu te prometo, garota. - Nossos lábios se juntaram quase automaticamente em um beijo calmo.
19 de Abril de 2015 - 12:00 A.M
Cidade do México - México
Aquela lembrança trouxe milhares de outras, de momentos diferentes, sensações diferentes. Tentei me livrar delas simplesmente mexendo a cabeça de um lado para o outro loucamente.
Não era uma grande casa, mas pouco me importa. Ultimamente, poucas coisas me importavam. Segundo a Nina, ali estava meu futuro. E que futuro... Mas não tinha forças pra contestar nem me importava.
Os últimos dias tinham sido difíceis. Eu estava permanentemente proibida de beber. As vezes eu chorava, as vezes eu quebrava algumas coisas. Eu não dormia direito e não sentia fome, o que, segundo a Ashley, era um absurdo visto que eu estava grávida. Mas eu não sentia fome e quando comia, não conseguia segurar no estômago. Sabe Deus se era por conta da gravidez ou desse sentimentalismo todo.
Se ele tinha entrado em contato comigo? Não. Nem uma vez. Não tive notícias dele ou de qualquer membro da equipe. Só sabia que ele estava em algum lugar na Europa. O mais aterrorizante é que ele estava nos meus melhores sonhos e nos meus piores pesadelos. Tudo girava ao redor dele. Toda a minha inútil existência. Eu dependo dele, dependo do seu amor.
Nos momentos em que eu me encontrava estável, focava no trabalho. Não havia progredido muito, mas já tinha feito alguma coisa.
Sou interrompida dos meus pensamentos com o Miguel batendo na porta.
-Ele chegou, Selena.
-Obrigada, Miguel. - Deixei um beijo de agradecimento na bochecha do moreno. Ele tem sido bastante útil nos últimos tempos e eu agradeceria suficientemente bem por isso.
Caminhei até o escritório vendo o loiro de idade avançada sentado em uma das poltronas pretas. Respirei fundo.
-Olá, tio Brendon.
-LittleMoon, como você cresceu! Está quase irreconhecível.
-O senhor também mudou bastante desde a última vez que nos vimos. Como está a Caitlyn? Não a vejo há anos. - Ele me abraça apertado. Seus braços ao meu redor quase que são confortantes. Mas eu não desabaria na frente dele.
-Bem, está bem. Soube que você saiu da equipe do Ricardo. Seu pai está furioso, pequerrucha. Como vão os negócios? - Ele adotou um ar sério.
-Não vou mentir, titio. Desde que eu abandonei o papai, tudo tem sido meio difícil. Não sabia que precisava de toda uma preparação para entrar nesse meio. E apesar de eu ter sido muito bem instruída tanto pelo senhor, quanto por meu pai e pelo... pela minha... -Me atrapalhei com minhas próprias palavras. - Pelo líder da minha última equipe. Desculpe. Apesar disso, descobri que ainda não estou pronta.
-E precisa da minha ajuda, LittleMoon?
-Sim, titio. Preciso. O México é uma cidade grande. Tem bastante oportunidade. E o mercado é ótimo. Mas tem muita concorrência e é diferente dos Estados Unidos. Eles são vulneráveis, descuidados, fazem as coisas antes de pensar, mas também são fortes e agressivos. - Até eu me surpreendia com o meu conhecimento.
-Você é nova. Está despreparada. Sua equipe é pequena. Seus negócios estão no começo. E este lugar? Você pretende assustar quem com esse lugar? LittleMoon, nesta vida, eles precisam te temer. Sua equipe é leal a você. Eles te respeitam. Isso é bom. Mas você precisa ser temida pelos outros. Eu vou te ajudar sim, LittleMoon. Mas isso vai lhe custar. - Era a minha única solução no momento.
-Eu aceito. -Respondi. - Mas não me subestime, titio. Família, família, negócios a parte. Não sou estúpida como meu pai.
-Você mudou, LittleMoon. Sua personalidade mudou. Você agora é mais forte. A dor nos torna fortes. Concorda, minha querida? - Ele sabia. Sabia do Justin. Sabia de tudo. Droga.
-Plenamente.
-Quero 40% do seu lucro.
-30%
-35
-Não me quebra, titio. 32% e estamos de acordo. - Dei a oferta final. Apesar de ser um valor alto, na minha situação atual, era necessário .
-Tudo bem. 32% - Respondeu sorrindo. -Nos vemos por aí, minha querida. Entrarei em contato com você.
-Você não vai me dizer o que fazer?
-Selena, você é uma mulher forte. Sabe o que fazer. - Levantou e foi embora.
Apoiei meus cotovelos na mesa. Aquilo seria desgastante. Precisava me concentrar. Aqueles enjoos não ajudavam em nada. Meu Deus. Sério? Um filho? Agora? E logo de quem.
-Selena, está na hora. - Chamou Nina.
Iríamos matar um grande traficante mexicano, Pablo Hernanez. Segundo Mia, aquilo me traria de volta a vida. A minha antiga vida. Admito que estava ansiosa.
(...)
19 de Abril de 2015 - 15:00 P.M - Casa de Pablo Hernanez - Cidade do México, México.
Tudo já estava preparado. A armadilha já estava pronta. Só faltava a vítima. Eu não conhecia ele, nem fazia questão. Não era nada pessoal, apenas negócios.
Uma parte do meu ódio foi descontada quando tivemos que apagar os seguranças. Uma pequena parcela apenas. Apesar de a Ashley ter me irritado com aquela merda de eu estar grávida o tempo todo. Meu Deus, não é como se eu não soubesse que tem um filho na minha barriga. Nossa Senhora. Maldita garota.
-Selena, o Pablo chegou. Ele e mais 10 homens. Descemos em 8 minutos. -Era o Jeff, no walkie talkie.
-Demore um minuto a mais e você vai pro inferno junto com eles.
-Calma, bad girl.
-Vai se foder.
Os barulhos no andar acima estavam me irritando. Estávamos no porão. Estava quase subindo pra quebrar a cara do Jeff quando o mesmo desceu junto com o tal do Pablo que estava todo ensaguentado.
-Então você é a nova vagabunda do pedaço. Que pernas hein? - Seu rosto estava sujo de sangue e seu nariz estava aparentemente quebrado. Ele sorria maquiavelicamente.
-Aproveita enquanto seus dentes ainda estão na sua boca, gracinha. Eu não tenho tempo e nem paciência pra você. Não se preocupe que o Diabo já guardou teu lugar no inferno e vai ser rápido. Só me responde uma coisa. Onde ficam os laboratórios? - O sorriso dele aumentava na medida que as palavras saiam da minha boca.
-Você acha mesmo que eu vou dizer pra depois você matar?
-Querido, não se engane. Você vai morrer de qualquer forma.
-Eu sei quem você é. A ex puta do Bieber. - Por um segundo, eu me desestabilizei e só percebi que tinha dado um soco nele quando vi o respingo de sangue na minha blusa. - Nervosa você hein? Achou mesmo que ia chegar aqui assim? Todo mundo sabe quem é você. Acho que a única enganada aqui é você.
-Cansei dessa brincadeira. Jeff, pega alguma coisa afiada. Agora.
Logo o loiro me apareceu com uma tesoura de jardinagem.
-Ou fala direito comigo ou vai parar de falar. Entendeu? - Aproximei a tesoura relativamente grande do seu rosto. - Vou te dar 10 segundos pra me contar onde é a porra do laboratório ou sua filhinha vai morrer antes da hora. O que me diz?
-VAGABUNDA.
Enfiei a tesoura na sua coxa esquerda e ouvi seu grito estridente segundos depois. Aquilo tinha de uma forma estranha e doentia, me excitado. Tirei a tesoura e enfiei na outra coxa ouvindo mais um grito do homem a minha frente.
-Você vai se arrepender por isso, Gomez.
Jeff me deu o calibre 380 e eu fiz um buraco na testa do Hernanez.
-Você tá bem? - Perguntou a Ashley tocando no meu braço.
-Vamos embora.
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Continua...
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Notas da Autora
O capítulo tá grande mas não está muito bom. Não gostei muito porque fugi do contexto. Mas tá aí. E eu tinha que atualizar um dia né? Enfim, espero que gostem. Bjos da tia
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