Miguel Narrando

Eu fiz questão de levar Manuela em casa, ela me parecia tão frágil, deu vontade de cuidar. Ainda não estou convencido da desculpa que ela me deu, tenho quase certeza que aquele idiota bateu nela.

- Aqui que você mora? - Perguntei, um condomínio fechado cheio de seguranças estava a nossa espera.

- Sim.. Oi Gastão sou eu Manuela. - Eles liberaram nossa passagem e entramos. - Droga.

- O que foi? - Ela fechou o vidro do carro, e ficou olhando atentamente lá pra fora.

- O Luca está aqui, ele deve ter vindo falar com o meu avô. Eles vão me matar. - Desliguei o carro e olhei pra ela, tão linda, nariz fino e lábios de se por inveja em qualquer um. Vontade de beijar e morde-los.

- Você.. Huum. Quer que eu vá lá com você? - Perguntei enquanto a olhava.

- Não, por favor. Eu não posso entrar lá, me leva de volta pra boate vou esperar a Felipa. Se eu entrar aí vai ser um grande inferno. - Liguei o carro e sai de lá, ela estava com a cabeça grudada no carro.

- Você quer ir pro meu apartamento? Não fica muito longe daqui. - Ela me olhou e fez uma cara triste.

- Acho que sua namorada não vai gostar muito. - Balancei a cabeça e toquei pro meu apê.

Assim que chegamos ela se jogou no sofá.

- Por que ele faz isso comigo? Eu o amo tanto, sou uma puta idiota por isso. - Sentei na sua frente.

- Ele que é um puto idiota por está fazendo você chorar. - Ela respirou fundo e fechou os olhos, porra eu queria que ela fosse minha e parasse de chorar por um maldito como aquele lá.

- Eu não estou me sentindo bem. - Ela falou antes de se levantar e correr pro banheiro, fui atrás dela e segurei seu cabelo enquanto ela botava a porra toda pra fora. Quando acabou ela lavou a boca e passou pasta de dente, depois me abraçou.

- Sua namorada deve ter muita sorte por ter você. Obrigada mesmo por tudo. - Sorte? eu sou tão idiota pra Karol, que puta merda sou um grande bastardo por isso.

Depois de um tempo nós fomos nos deitar.

- Você ama ele realmente? - Perguntei em meio ao silêncio do quarto.

- Sim, mas não quero mais nada com ele. - Fechei os olhos e tentei dormir, amanhã eu tinha ensaio e não podia me atrasar..

***

- Miguel meu filho isso está uma bagunça. - Minha mãe entrou falando, mais que diabos, eu tenho que pegar as minhas chaves com ela e com o meu pai.

- Mãe mais baixo por favor. - Ela entrou na cozinha onde eu estava e me deu um beijo.

- Bebeu ontem? Já falei que não quero você bebendo Miguel. - Bufei e comi uma colherada do meu cereal. Ela começou a abrir os armários da cozinha.

- Vou pedir a Maria pra comprar alguns alimentos ou daqui a pouco você vai passar fome. - Minha mãe era tão chata, fiz cara de tédio e a Manu entrou na cozinha usando uma camisa minha, acho que ela tinha tomado banho.

- Ah.. Oi. - Ela falou meio sem graça, e minha mãe abriu um grande sorriso.

- Oi, sou Alice mãe do Miguel, ele não me falou nada sobre ter uma namorada. - Oh meu Deus, que inconveniente.

- Mãe ela não é minha namorada. - Falei sem animação e seu sorriso morreu.

- Me desculpa, pensei que ele finalmente tinha dado um fora na namoradinha dele a Kamila né? Aquela menina sem um pingo de amor próprio. - Minha mãe não gostava muito da Karol por ela ainda estar comigo e não se dar valor, eu sempre pegava outras meninas e ela teimava em continuar comigo, minha mãe achava que ela devia se da mais valor e me deixar. Também tinha uma brigas entre elas.

- Mãe o nome dela é Karolina.

- Mas me diz se vocês não são namorados são o quê? - Ela perguntou me ignorando e se sentou ao lado da Manuela.

- Somos amigos. - Amigos? Affs nunca tive amigas mulheres, só a Rebeca mas ela não contava pois gostava de mulher também, também tinha a Felipa que era uma amigona tirando elas mais nenhuma mulher. Sempre pegava todas.

- Jura? Vocês seriam um casal lindo. Meu príncipe, tenho que ir daqui a pouco a Luna vai estar aqui em. Manuela prazer em conhecer. - A Manu segurou o riso, e eu bufei. Minha mãe finalmente foi embora.

- Meu príncipe, que fofinho. - Levantei da mesa e me joguei no sofá.

- Engraçadinha você, olha aí o presente que está em cima do balcão. - Eu só ouvi seu grito e quando ela saiu da cozinha estava pálida.

- Meu pai vai me matar. - Ela tinha saído em uma revista de fofoca, como a strip mirim. Não perdi tempo em comprar a revista.

- Olha só eles tiraram a foto no meu pior angulo e ainda... Meu Deus estou totalmente perdida. - Ela sentou ao meu lado e passou a mão pelos cabelos claros. Minutos depois a campainha tocou era a Luna minha irmã.

- Miguel estava morrendo de saudades. - Ela me abraçou e sorriu, tinha quinze anos iria fazer dezesseis ela e minha prima Éster enchiam meu saco.

- O que faz aqui em? - Ela sentou ao lado da Manu e sorriu pra ela.

- Oi prazer, sou Luna irmã do Miguel e você?

- Sou Manuela amiga dele. - A Luna riu e levantou.

- Amiga? O Miguel não tem amigas, ele pega todas. Nunca vi pessoa igual. - Dei um tapa em sua cabeça.

- Cala a boca Luna, agora desinfeta. - Ela saiu e foi pro meu quarto. - Sem mexer em nada em. - Não sei o que essa peste veio fazer aqui.

- Eu preciso ir embora. - Manu falou se levantando.

- Não vai comer nada? - Perguntei.

- Não, pode huum. Me levar? É que estou sem dinheiro aqui.

- Claro, espere só um minuto. - Fui pro meu quarto e a Luna estava com os olhos pregados no celular.

- Estou de olho em você em garota. Nada de namoradinho. - Ela bufou e revirou os olhos.

- Me deixa em paz Miguel. - Peguei uma blusa e vesti.

- Vou levar a Manu em casa, nada de bagunça. - Ela riu e balançou a cabeça. Sai do quarto e peguei minhas chaves.

***

Quando chegamos estacionei próximo a sua casa.

- Obrigada por deixar eu dormir na sua casa. - Sorri e passei a mão pelo seu rosto.

- Pode contar comigo linda. - Ela deu um sorriso.

- Claro meu príncipe.

- Affs, desnecessário né. - Ela riu e saiu do carro nisso o tal do Luca se aproximou do meu carro e abriu a porta.

- Então é você que estava com ela seu filho da puta. - Sai do carro e me apoiei no teto.

- Sim, ela estava comigo pois ficou com medo de um merda como você. - Ele me olhou com ódio e veio se aproximando de mim.

- Luca pare com isso.

- Deixa ele vir Manuela estou doido mesmo pra da umas porradas nele. - O babaca recuou e puxou a Manu pelo braço.

- Quero você longe desse babaca. - Eles se afastaram e entraram na casa dela, ainda vou encher esse cara de porrada.