Chapeleiro Maluco/Jefferson 🎩
Floresta Encantada*
- Porque está tão nervosa? Eu te salvei daquele seu mundo estranho, devia me agradecer. - Falou o homem tentando acompanhar pela floresta os passos da moça irritada.
A moça indignada se virou para o homem e ironizou.
- Aaa claro, obrigada senhor por me sequestrar do meu mundo e me trazer para uma floresta no meio do nada!
- Eu não te sequestrei.
- Aquele tornado de Ós ia te matar se eu não tivesse te tirado de la. Agora se me dá licença tem uma pessoa me esperando em casa.
- Ei não pode me deixar aqui! Você me tirou do meu mundo agora tem a obrigação de me ajudar! - Falei indignada.
Ele nem se incomodou de se virar e riu com deboche.
- Você não queria liberdade, então agora aproveite.
Bufo irritada, mas logo tenho uma ideia. Vou seguindo o homem pela floresta.
- Porque está me seguindo Tagarela? - Perguntou o homem sério.
- Você falou que estava livre para fazer o que quiser, então estou te acompanhando até sua casa. E depois meu nome não é Tagarela, me chamo Alyssa.
O homem ignorou completamente.
- Bom, podia falar ao menos seu nome não é? - Perguntei tentando puxar conversa.
Mais uma vez ignorada.
- Tá bom, então vou tentar adivinhar.... ummm você tem cara de Sebastião, se bem que também pode parecer com Sebastian.....
- Jefferson. - Falou.
- Como?
- Meu nome, você não queria saber.
Dei um sorriso de canto.
- É um belo nome. - Falei distraída.
Olhei para frente vendo o que parecia ser um pequeno sorriso em seu rosto, mas logo fechou.
- Agora que já lhe falei pode calar a boca.
Ignorando sua ordem falei.
- Você disse que estava esperando alguém em casa, sua esposa e filhos?
Ele parou repentinamente com uma expressão triste, logo percebi que toquei num ponto delicado.
- Sinto muito.
Com minha frase ele voltou a realidade voltando a caminhar em silêncio, logo me calei.
- Só uma filha na verdade, seu nome é Paige. - Falou dando um sorriso enquanto parecia se lembrar de algo.
- Você deve ser um bom pai. - Continuei. - O jeito que fala o nome dela mostra que se importa, ela é uma menina de sorte. - Disse derramando uma pequena lágrima solitária.
VISÃO JEFFERSON*
Notei que a Alyssa ficou quieta de repente, com o canto do olho vi que a mesma soltou uma pequena lágrima.
- Tem família? - Perguntei diminuindo o passo para ela conseguir me alcançar.
- Não, meu pai morreu a uns anos e minha mãe.... Bom ela....
Começou a soluçar enquanto chorava.
- Ela me abandonou ainda de colo.
Desde que a vi sempre estava animada ou irritada, nunca a vi tão... indefesa, não imaginava que guardava tudo isso para si.
Vendo que meu olhar estava nela logo levantou o rosto secando as lágrimas.
- Nunca precisei dela antes e não é agora que vou precisar. - Falou.
Parei de caminhar, a fazendo parar também e me encarar com dúvida. Cheguei perto dela a abraçando, senti minha camisa começar a molhar percebendo que a mesma começou a chorar. Fiquei ali por alguns segundos até ela se afastar.
- Tudo bem? - Perguntei colocando a mão em seu ombro. A mesma acenou voltando a dar um sorriso encantador.
VISÃO ALYSSA.
- Já estamos chegando perto da minha casa. Lá deve ter alguma coisa para se comer. - Jefferson falou alegre.
- Legal logo vai poder ver sua filha e eu poderei procurar uma estalagem. - Disse animada.
- Não vai invadir minha casa? - Perguntou brincalhão.
- Engraçadinho, não quero atrapalhar mais você do que já fiz. - Falei divertida.
- Eu devia agradecer por isso? - Brincou novamente.
- Na verdade eu que deveria te agradecer, sabe por ter me salvado do tornado. Obrigada Jeff. - Falei um pouco invergonhada.
- De nada, Tagarela.
- Ei! Vou pensar em um apelido bobo para você também. - Falei cruzando os braços fazendo biquinho de criança.
- É, mas como você não pensou e eu sim, estou na vantagem. - Disse rindo logo me fazendo rir também.
- Sabe, está ficando de noite, acho melhor procurar uma estalagem amanhã, enquanto isso você fica na minha casa, só por segurança. - Falou dando de ombros, mas percebi um pequeno avermelhado em suas bochechas.
- É acho que é melhor, obrigada. - Respondi ficando mais vermelha.
- E também você pode brincar com a Paige, ela adora fazer festas do chá. - Riu lembrando de sua filha.
- Eu ia adorar! Gosto de conversar com crianças. Penso que são as únicas coisas inteiramente boas no mundo. Além de contar histórias.
- Se você ama falar, claro que você ama contar histórias. - Falou rindo da minha cara.
Em resposta mostrei a língua para ele.
Naquele dia passei a noite na casa do Jefferson e da Paige, que por sinal me recebeu muito bem, já que queria uma amiga para brincar de boneca.
No outro dia Jefferson disse que teria que sair a trabalho, o que fez a pequenina ficar desanimada, então perguntei se eu poderia cuidar dela enquanto isso. Quando sugeri a menor ficou super animada o que ajudou seu pai a autorizar minha estadia a mais alguns dias em sua casa.
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Oi gente se chegou até aqui talvez tenha gostado do imagine, estava com a ideia de fazer uma parte 2 desse imagine, mas depende de vocês se querem ou não.
Não se esqueça da estrelinha.
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