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O Segredo de Camila

Ethan

O estado do banheiro era desapontador, fungos haviam dominado as paredes laterais e parte do teto, mal olhei a pia encardida e cheia de limo, fui direto para o box, examino o local atentamente e descubro que ao menos a banheira estava utilizável, abro a torneira de água quente, mas provavelmente eu tomaria um banho frio, duvidava que a parte elétrica daquela casa estivesse funcionando, mas para a minha surpresa um jato de vapor sai pelo encanamento e logo em seguida uma água morna e agradável começa a encher a banheira. Respiro fundo e retiro aquelas roupas sujas e ensanguentadas, as enrolo em uma bola e as jogo no lixo, não teria como usá-las novamente de qualquer forma, entro na banheira lentamente e deixo a água relaxar os músculos, fecho os olhos e me desligo de meus sentidos, aprecio a sensação de calmaria e relaxamento pela primeira vez em muito tempo, as memórias dos tempos vividos com a minha mãe voltam a aparecer em minha mente, juntamente com as imagens de Zoey, pequenas lágrimas começam a escorrer e eu as limpo rapidamente, nesse momento eu não poderia chorar, precisava ser forte, precisava encontrar quem realmente havia matado minha mãe.

Meu pai.

Vejo um sabonete de lavanda em uma saboneteira próxima a mim e o utilizo para tomar um demorado banho, até que nenhum vestígio de sangue e sujeira estivesse em meu corpo. Após despachar a água suja pelo ralo, me seco e enrolo a toalha na cintura, saindo, então, para o corredor.

Encaro uma porta do outro lado, ela era exatamente igual as outras, de madeira com alguns retângulos em relevo, diferenciando que esta tinha uma passagem para animais em baixo, um montinho de pelos negros lampeja rapidamente pela portinhola, entrando naquele local, percebo que se trata da gatinha Safira. Ando até o inicio do corredor dos quartos, e me viro para olhar mais atentamente aquela porta, havia algo estranho ali, quanto mais me concentrava para tentar descobrir o que era, mais minha cabeça doía. Desvio os olhos e encaro a pessoa que acabara de chegar em minha frente.

- Camila! - digo surpreso ao vê-la.

Seu rosto continha leves olheiras, mas fora isso, a ferida em sua testa havia sido completamente curada, sorrio levemente ao ver que estava bem, se não fosse por ela talvez ainda estivéssemos presos naquela cela.

- Oi. - Ela diz fracamente.

Seus olhos se arregalam brevemente ao examinarem o corredor.

- Droga. - Ela sussurra.

- O que foi? - Pergunto confuso e desconfiado arqueando as sobrancelhas.

Ela coloca a mão sobre a cabeça e fecha os olhos com força por um momento, depois de abri-los, ela anda um pouco e encosta as costas na parede dizendo:

- Tenho que contar uma coisa para vocês, a respeito deste lugar.

Ela me olha de cima a baixo e dá um sorrisinho amarelo, seus olhos dourados brilham divertidamente. Sinto o sangue subir lentamente até minhas bochechas.

- E o que é? - Pergunto olhando diretamente para ela.

- Depois, vá se vestir que eu vou comer alguma coisa. - Ela diz e sai andando sedutoramente para o corredor.

Balanço negativamente a cabeça e entro no primeiro quarto. Era relativamente simples e pequeno, havia uma cama de madeira rústica, tinta amarela descascando em inúmeros lugares nas paredes e um guarda roupa grande, que ocupava a maior parte do cômodo. Abro as portas duplas do móvel e procuro rapidamente por algo para vestir, ao fim, as roupas masculinas eram um pouco grandes demais, acabo escolhendo uma calça com elástico de um tecido fino e confortável e uma camiseta branca de mesmo material, as rasgo para ficarem do comprimento certo e assim as visto, uso um pente para alinhar o cabelo rapidamente.

Saio do quarto e vou para a sala, onde encontro Vinícius observando Camila comer na bancada.

- E o grupo está quase completo. – Ela diz sarcasticamente, colocando uma colher de açúcar e morango na boca.

- Onde está. – Começo a perguntar, mas eu fecho a boca, como eu iria me referir a Zoey para eles? Será que eles sabiam do que ela representava verdadeiramente?

- Lara deve ter ido tomar banho. – Responde Vinícius, adivinhando o restante da pergunta.

Confirmo com a cabeça positivamente e me sento no sofá ao lado dele, me escoro no braço do sofá e olho para a janela, o céu azul em contraste com o exuberante verde da floresta, e o colorido das flores lançavam ao ambiente uma bela paisagem para se apreciar. Ao meu lado havia uma estante, toda empoeirada e cheia de bugigangas, havia alguns porta-retratos espalhados aqui e ali, todos continham fotos de um casal, uma mulher alta, negra, com um vestido simples e com os pés descalços, ela era muito bela, sorria alegremente exibindo covinhas perfeitamente alinhadas, ao seu lado, o homem, pardo e de ombros largos, vestia uma calça quase igual a que eu usava agora, uma camiseta sem mangas, e igualmente a mulher, estava parado no tempo sorrindo com alegria, algo que me chama a atenção na moça, é que ela possui olhos dourados, exatamente no mesmo tom que os de Camila e de suas costas saiam delicadas asas quase translúcidas.

Que Camila era uma fada, disso eu já não tinha mais duvidas, mas aquela mulher da foto era tão parecida com ela, e olhando melhor alguns traços do homem eram visíveis em Camila.

– Ethan? – Camila me chama em um tom acusador.

Me viro para ela e aponto para o retrato.

– São seus pais, não é? – Pergunto já adivinhando a resposta.

Ela demora um tempo para responder e fica olhando para seu prato, quando levanta a cabeça vejo que segura as lagrimas, pelo pouco que sei sobre ela, tenho a mais pura certeza que não costuma chorar muito.

– São sim. – Ela respira fundo e continua. – E esta é a minha casa.

– Sua casa! – Vinicius diz um pouco estupefato.

- Pois é, uma grande revelação, não acha? - Ela diz ironicamente olhando diretamente para mim.

- Desculpe por ser intrometido, mas pode me dizer o que houve?

Ela faz que "sim" com a cabeça e diz:

- Vamos esperar pela garota, assim que ela chegar eu conto a todos.

Vinícius e eu assentimos, o silêncio toma conta sobre nós, um silêncio estranho demais, Camila remexia suas frutas cobertas de açúcar, mas fora o ruído do garfo sobre o prato, nenhum barulho era emitido pala casa, nem mesmo no banheiro. Me levanto abruptamente e olho para o corredor, uma sensação ruim vinha dali, em um piscar de olhos Camila estava ao meu lado olhando para o corredor do mesmo jeito que eu.

- Ah, não, por favor não. - Ela diz entre dentes. - Não me diga que sua amiga é uma fada.

- Bem, ela é. - E muito mais do que isso, complemento em minha mente.

- Mas o que está acontecendo? - Vinícius diz confuso indo ao nosso lado.

- A maldição. - Camila sussurra.

- Que maldição? - Pergunto sem entender nada.

Ela respira fundo e olha para nós dois, então começa a narrar o que aconteceu:

- Foi a um bom tempo atrás, eu morava com meus pais e minha irmã aqui, mas naquele dia, minha irmã estava no reino das fadas para ajudar nas pesquisas estelares da corte. Nossa família era muito próxima de Velariee, a rainha das fadas, mas estávamos morando longe do Reino por opção de meus pais que acreditavam contribuir de outra maneira para o bem de nosso povo, guardando um dos portais para a Capital do reino, devido a nossa amizade com a rainha e a importância de nossas terras, tínhamos algumas regalias, a exemplo, as proteções mágicas em torno de nossa casa, que deveriam nos proteger de todos aqueles que não tivessem boas intenções. Mas uma mulher conseguiu entrar aqui, e ela não veio em paz, trouxe consigo alguns homens cruéis que ajudaram a invadir nossa casa, eu não sei quem ela é, não pude ver seu rosto, usava uma longa capa grossa, vermelha e preta, que cobria todo seu corpo, só soube diferenciá-la devido seu modo de andar. Os homens me prenderam e me arrastaram para fora de casa, meus pais tentaram impedir, mas algo os impossibilitou de lutar contra tudo o que estava acontecendo. A casa foi tomada por uma luz negra intensa, meus pais berravam horrivelmente, e eu, do lado de fora, estava em choque, não conseguia me livrar daqueles homens, cada vez mais eles me arrastavam para o outro lado da entrada. Então, tudo acabou, a mulher saiu da casa sozinha, e começou a fazer uma coisa muito estranha, os feitiços que a rainha havia colocado para a nossa proteção se tornaram visíveis, e começaram a ser sugados por aquela mulher, era assustador, tudo parecia ter se tornado triste e feio, nem um sinal de que meus pais estavam vivos apareceu, e eu chorava muito, por incrível que pareça, as árvores e o portal resistiram firmes, e isso deixou a mulher muito zangada. Ela, então, se virou para mim e sorriu, seu sorriso, branco, debochado e cruel, era tudo o que eu conseguia ver por debaixo do capuz, ela se aproximou de mim lentamente, a cada passo que dava uma dor forte surgia em meu corpo, eu gritava e implorava para ela parar, era horrível demais,  parecia que meu corpo estava sendo rasgado em inúmeros pedaços e eu sentia cada pedacinho de carne e pele sendo puxados e desmembrados, seus dedos tocaram minha testa, ao sentir seu toque, um frio glacial percorreu todo meu corpo e um cântico em latim e uma língua desconhecida saíram de sua boca, ela cantava em tons altos e baixos, deixando a música ainda mais macabra e assustadora, eu estava em pânico, minha visão oscilava de acordo com a melodia, até que eu caí na escuridão, quando acordei estava presa em uma cela. Por todo tempo que fiquei sozinha, tentava entender o que havia acontecido, mas nenhuma resposta cabível aparecia em minha mente,  desde aquele dia tive pesadelos com as palavras que ela havia pronunciado na música fúnebre, a única parte que eu conseguia entender era o refrão em latim que ela repetia em tons agúdos e altos.

"Cum mediocris pervenire (Quando uma fada chegar )

A porta ut luceant in ea (Um portal a de brilhar)

Tamquam laqueus enim superveniet in mala (Dele irá sair o mal)

Occiditis. (Que a matará)"

- Eu havia prometido a mim mesma nunca mais retornar para este lugar, justamente por medo do que essa mulher fez contra a minha família, e desta suposta maldição contra qualquer fada que pisar aqui. Minha única preocupação seria de avisar minha irmã para não voltar, mas olhando o estado da casa, suponho que Velariee tenha tido suas corriqueiras visões e alertado a todos para não usar o portal.

Demoro um bom tempo para absorver tudo aquilo, as informações estavam martelando em minha cabeça, sem pensar, rapidamente atravesso o corredor e fico frente a frente com aquela porta, logo, Camila e Vinícius fazem o mesmo. Para a minha surpresa Camila tampa a boca com as mãos em um grito silencioso que vai se tornando cada vez mais alto.

- Isso. Isso - Ela gagueja e aponta para a porta. - Nunca existiu aqui antes.


...

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Olá leitores, esse Wattpad ficou louco, eu publiquei o capítulo pelo computador e a versão que apareceu foi o do rascunho em meu celular, desculpem o pequeno transtorno mas esta é a versão correta.

Espero que tenham gostado deste capítulo e será só ele pois tive muito trabalho para fazê-lo, principalmente o cântico em latim. Beijoss doces :33




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