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every day a different cancellation

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De alguma forma, as três opções radicais de Kim Seungmin, haviam ajudado Jisung a se acalmar, pois assim que pegou o livro, ele se dirigiu até o seu quarto, apagou a luz apenas deixando o seu abajur aceso e se deitou na cama tentando ler do livro "Para sempre, camélia" bem, mesmo lendo esse título mil e uma vezes, Han ainda o achava feio e sem sentido e sim, mesmo que ele só tivesse lido umas duzentas páginas da história, ele ainda achava aquilo sem sentido.

Porque diabos para sempre camélia?
Era só a porra de uma flor.

Enfim, esse era o tipo de pensamentos que Han tinha no começo do livro, já que o mesmo nunca conseguiu se concentrar muito em quaisquer leitura, mas algo na história estava o prendendo e não, ele não estava mais se obrigando a ler da obra.

━ E gritou ela…puxando o trapo deli…blimente? Ah, displicente… que o sufocava e… - Murmurava em tom de conversa lendo o capítulo de forma lenta e meia atrapalhada.

━ Wow. Como assim? - Se arrumou na cama lendo mais um parágrafo e por se perder completamente nos acontecimentos chocantes, voltou até a página anterior e a leu novamente com os olhos arregalados com tamanha surpresa. ━ ELE TÁ VIVO? - Gritou soltando um sorriso verdadeiro e bagunçou seus cabelos realizado. ━ JeonMin não morreu? Gente eu to em choque. Vai atrás do Yesung então…

E assim a madrugada de Han Jisung correu no tempo, as páginas das folhas novas e amareladas passaram cada vez com mais velocidade pelo desempenho do garoto que tentava saber o que ia acontecer na história e por não querer desgrudar os olhos das palavras difíceis e inteligentes que Lee usava, Jisung nem se deu o trabalho de olhar em seu relógio e ver a hora.

Han tinha muitos compromissos, como uma live na twitch com outros dois youtubers que ia ser patrocinada por uma marca de refrigerante famosa, também tinha que assinar alguns papéis de um processo e bem, era o dia dele desenvolver novos projetos para os seus vídeos. Mas ele não conseguiu parar e mesmo tendo ciência dos seus afazeres ele não podia simplesmente parar de ler aquela obra.

______Para sempre, Camélia.
ᵁᴹ ᴾᴼᵁᶜᴼ ᴰᴬ ᴴᴵˢᵀᴼ́ᴿᴵᴺᴴᴬ ᴰᴼ ᴸᴱᴱ ᴹᴵᴺᴴᴼᵎ

A dúvida era, é melhor deixar as coisas como estavam ou se é realmente necessário tomar alguma providência. Aquele foi o seu pensamento então olhava fixo para a mulher que sufocava entre as suas mãos, os dedos delicados do artista corrompido tentavam de qualquer modo quebrar aquela maldita em pedaços, mas, cometer um crime como aqueles era de fato sua única opção?

A resposta infelizmente era sim e mesmo que não fosse, sua mente já tinha convencido que aquele ato apenas beneficiaria o mundo podre que ele vivia, Dahee era apenas uma mulher sem princípios e amor a vida, ela nunca teve zelo e consciência que a vida era muito bela para ser tirada de um inocente, mas alguma coisa já havia morrido dentro do acastanhado, que agora, tinha a sua esperança, amor e inocência tiradas um por um.

E ali que a mulher de longos cabelos negros e olhos revirados se orgulhou de sua mais nova obra de arte, Han Jisung finalmente estava pronto, ele era um artista e finalmente, após anos de preparo, Kim estava pronta para lançar seu aprendiz ao mundo. Um artista com tanto rancor e dor em seu coração, que o obscuro de seus sentimentos transbordava pelos inúmeros acontecimentos.

Mas o pintor simplesmente perdeu as forças das mãos e desabou em lágrimas pesadas carregadas de culpa e medo, tentava limpar suas lágrimas enquanto saia em meio a cabaleios de cima da mulher que tossia em desespero pelo ar entrar em seus pulmões e logo pediu forte. " Por favor, me mate de uma vez, eu não aguento mais, você venceu" - bateu firme com os punhos no piso de madeira e se frustrou mais ao sentir tal dor, pressionou o lado de sua mão sobre a boca e acabou por enxergar duplicado pela água que surgia em seus olhos vermelhos pelo cansaço e raiva acumulados .

" Hwang WonJin, eu fiz ele o matar, Yang JeongMin era um rapaz interessante, mas ele, bem, ia ser mais útil morto e sim, foi bem mais útil. Com ele morto, você focou apenas em seus quadros e eu estou amando isso"

" Você é louca… O que você quer de mim?" - Sua voz falhou, seus olhos estavam longe e mesmo que chocado pelas palavras da mesma, Han estava cansado de tudo.

" Eu quero ver o monstro que há dentro de você, eu odeio essa forma medíocre que você usa para tentar o esconder, eu odiava ver o seu irmão tentando o amenizar e odiava mais ainda como JeongMin sempre fez de tudo para tentar o matar aos poucos, o amor não existe dessa maneira, então não pense que ele realmente te amava, ele nunca te amou, ele apenas…"

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━ Dahee do céu, não faz isso. - Murmurou ainda fixado na leitura que pareceu estar acabando tão rápido, Jisung não sabia, mas já eram sete e quarenta da manhã, mas para ele sim, a madrugada ainda estava rolando. ━ O Yesung está a um ponto de enlouquecer, se faz de burra e foge daí porra. - Han começou a torcer para a vilã do grande livro fugir do local, mas ela pareceu não estar pronta para fugir e isso apenas apavorava mais o shitposter.

Riu baixo lendo mais um trecho, cujo o protagonista finalmente havia perdido seu último resquício de sanidade mental e finalmente teve coragem para matá-la, mas algo na história estava errado, em vez do pintor a esfaquear ou a enforcar, ele apenas bateu forte com a cabeça da vilã na parede a desacordando. ━ Gente, isso tá melhor do que caçar tatu no mato ouvindo Belchior e tomando um monstrinho de manga…

Mais três horas depois…

Vocês que são leitores devem entender o sentimento que Han sentiu ao ler o último parágrafo do livro e finalmente o terminar. Mas não, não foi aquela sensação gostosa de chorar, ficar curioso e entretido pela história e finalmente se alegrar com um final feliz.

Que porra de final feliz o que! Quer final feliz? Vai ver Barbie, moda e magia.

______Para sempre, Camélia.
ᵁᴹ ᴾᴼᵁᶜᴼ ᴰᴬ ᴴᴵˢᵀᴼ́ᴿᴵᴺᴴᴬ ᴰᴼ ᴸᴱᴱ ᴹᴵᴺᴴᴼᵎ

A esperança poderia causar a sua morte, ainda sim, JeongMin não conseguiu hesitar. Entrou lentamente em tal galpão abandonado tendo um cheiro insuportável de carne pobre invadir as suas narinas, o jovem detetive sentiu um enjôo surgir e logo sacou a sua arma, de alguma forma ele identificou aquele horrendo cheiro e se deparou com tal cena: Dahee, a serial killer mais perigosa de todos os tempos, que no qual nunca havia sido pega pelos seus atos, estava sentada em uma simples cadeira de madeira envernizada.

E na medida que Yang se aproximava, seu corpo foi ficando cada vez mais tenso e sensível ao cheiro nauseante de podre. Mas, ao finalmente apontar a sua arma para a cabeça daquela vadia, que havia causado tanta dor às pessoas que ele amava, JeongMin cambaleou para trás trêmulo.

Dahee estava morta, finalmente morta! Mas a cena em si não era motivo de festividade, envolta da mulher de cabelos negros e longos, havia um lindo conjunto de ramos de camélias rosas e brancas que pareciam subir até seus pés, que estavam suspensos de forma calculada por pedaços de arame, como que se o corpo morto estivesse fazendo uma pose.

Suas mãos estavam pousadas sobre o seu colo e em meio a elas, uma flor vermelha da mesma espécie estava ali, para dar mais destaque a obra do tal assassino.

Mas, ali, o pavor do detetive começou a ficar maior ao observar o rosto da mulher. Seus olhos haviam sido mutilados e pétalas brancas estavam grudadas ali no caminho de sangue seco deixado por tal violência, em sua boca, uma pequena muda da flor estava enfiada em sua boca, perfurando a sua delicada garganta. As flores eram lindas e mesmo que fosse uma cena de crime, uma das cenas de crime mais aterrorizantes que Yang já visitou, ele não negou, a pessoa que havia feito tal coisa, era um artista.

Dahee era uma pessoa horrível, mas o quão frio podia ser o maldito que havia a matado daquela maneira, Yang era um ótimo detetive, mesmo que sem muita experiência, ele conseguia ver as marcas das torturas recorrentes e sinais de luta, ela havia sido morta ali mesmo, aos poucos.

━ JeongMin? - Aquela simples e doce voz foi ouvida como um eco, o detetive, louco pelos horrores passados naquela noite, se virou apontando a arma para Yesung, que não se segurou e logo desabou no chão sujo de concreto, vendo que atrás de Yesung, o enorme quadro de uma mulher sentada em uma cadeira de madeira, ensanguentada e rodeada por flores, já estava pronto e perfeito. Han havia o feito, Yang reconheceu aqueles traços, como sempre...

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Resumindo, JeongMin viu o quadro que Han havia criado para a serial killer e enlouqueceu ao perceber que o seu amado havia virado aquilo que ele tanto odiava. Yesung, aquele protagonista doce e inocente no começo havia virado apenas um assassino com traços de psicopatia, ele não estava em seu normal e era óbvio que ele não podia mudar, ele não apenas havia matado alguém, ele havia a torturado, havia pintado um enorme quadro usando do sangue da vítima e no final, ele apenas havia pedido para Yang ignorar tudo aquilo, pois agora eles podiam ser felizes.

Mas JeongMin sabia o que fazer, ele sabia que todo aquele obscuro caso nunca devia ter sido seu, então tentou acabar de uma vez com aquilo. O primeiro disparo foi ouvido e Yesung caiu no chão desacreditado de tal ato, mas então, ele percebeu em meio as lágrimas que aquela era a única opção. Sua boca se encheu de sangue e seus olhos se encheram de lágrimas verdadeiras enquanto ele lutava para finalmente conseguir dizer tais palavras: Eu te amo…

Mas a história não havia acabado. O detetive tinha uma carreira pela frente, ele ainda era jovem e cheio de sonhos, mas infelizmente ele não podia viver sem Yesung, o seu primeiro e único amor. Yang havia amado Han pela a sua época de inocência, pelo seu sorriso verdadeiro e pela sua voz angelical, infelizmente, aquele Yesung havia morrido a semanas e bem, ele resolveu se juntar a ele. Ao seu grande amor.

Então, em meio ao silêncio daquele galpão abandonado, em frente a grande tal obra de arte nomeada " Para sempre, camélias" o detetive beijou pela última vez o seu amado que estava dando o seu último suspiro de vida, se deitou ao seu lado e apenas aproximou a arma de sua cabeça apertando o gatilho.

Dahee, a sociopata que nunca havia amado nada, finalmente havia tido seu sonho realizado. Agora ela tinha um quadro só para ela, com as suas flores favoritas, as camélias. Yesung, que nunca tinha conseguido encontrar a sua própria paz, no silêncio absoluto da morte havia encontrado um pouco de sua esperada paz e JeongMin, o detetive frustrado que nunca havia sido amado por alguém finalmente tinha pago a sua promessa para aquele que o amava de forma recíproca. Eles infelizmente não iam envelhecer juntos, porém, por ironia do destino, haviam encontrado a morte juntos.

O shitposter odiou, inclusive, o presente que Lee Minho havia lhe dado voou para um canto de seu quarto, o que foi bem desnecessário da parte de Jisung, que mesmo puto, podia muito bem só deixar o coitado livro em algum canto.

━ NEM FUDENDO QUE ESSA PORRA VAI ACABAR ASSIM!. - gritou injuriado e se levantou da cama vendo que já havia se passado quase uma tarde inteira. ━ EU ODEIO ELE, EU ODEIO ELE.

Han, injuriado pelo final, tirou a sua roupa, foi até o seu toalete e tomou um banho de três minutos apenas para tirar aquele cheiro insuportável de laranjas que estava impregnado em seu corpo. Saiu do banho o mais rápido possível e vestiu qualquer roupa que viu pela frente, pegou seus sapatos da sorte na sapateira e saiu de seu quarto com os cabelos bagunçados.

Seungmin estava ali, no sofá da sala olhando o seu próprio celular com tamanha serenidade e percebendo o quão puto Han estava, sorriu realizado vendo que o amigo estava motivado. ━ Bom dia minha flor, o que houve? Por que essa carinha de bravo? - Perguntou em um tom calmo e dócil.

━ EU NÃO SOU OBRIGADO A LER QUASE MIL FOLHAS PRA PORRA DO FINAL NÃO SER FELIZ, ME DEIXA QUE EU TO PUTO. - Jisung gritou pegando as chaves do carro e seu celular e logo bateu a porta saindo de casa colocando o seu all star assim que apertou o botão do elevador que estava no andar de cima.

━ Tenha um bom dia também Seungmin, te amo, você é o melhor amigo do mundo. - Seungmin afinou um pouco a sua voz imitando o jeito que o shitposter falava e logo arrumou sua voz respondendo a si mesmo. ━ Para Jisung, não precisa tanto, eu sei que eu sou o melhor amigo de todos.