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CAPÍTULO 5



CAPÍTULO 5


— Até que enfim! — Aninha veio me cumprimentar — Que demora!

— Tive uns . . . probleminhas, mas depois conversamos — eu disse encerrando o assunto, ela me olhou desconfiada, mas não insistiu — Essa é a minha amiga Helena.

— Oi — Helena disse tímida.

— Oi! — Aninha a beijou no rosto e a apresentou para as outras garotas — De onde vocês se conhecem?

— Do café! — eu disse — Ela é cliente lá.

— Sim — Helena concordou comigo.

— Eu nunca tinha te visto por aqui, você é nova? — Andreza perguntou.

— Andreza, a cidade é um pouco grande para você conhecer todo mundo — eu revirei os olhos, fazendo Helena rir.

— Na verdade sou sim, me mudei faz pouco tempo. Moro com meu namorado e a família dele.

— Morar com a sogra? Que bad! — Andreza fez careta.

— Andreza! — eu quase gritei.

— Não, moramos com o irmão e os primos dele, na verdade é quase uma república — Helena explicou.

— Hum, será que não tem uns gatinhos para você apresentar para duas amigas solteiras aqui? — Aninha perguntou me abraçando, Helena não fez questão nenhuma de segurar o riso.

— Digamos que a Eve já conheceu bem um primo do meu namorado. Muito bem, por sinal — ela sorriu se fingindo de inocente.

— Você é uma cretina, só tem essa cara de doce! — eu disse para ela.

— Então foi esse "probleminha" que você teve que resolver? — Aninha perguntou se fingindo de revoltada — Que espécie de amiga é você que saí por aí com um boy e não chama as amigas? Pelo menos me diz que ele é muito lindo, aí eu te perdoo!

— Vamos parar com isso? — eu sugeri — Que tal irmos dançar?

— Eu topo! — Helena disse feliz.

— Vou ficar aqui, o Eli já volta — Marisa disse, ela e Leila estavam conversando entre si.

— Então fiquem esperando os namorados, que as solteiras vão aproveitar — Aninha falou puxando Helena e eu pelos ombros.

— Ela tem namorado — eu disse apontando para Helena.

— Ela vai ter um logo, logo — Helena disse apontando para mim e eu mostrei a língua para ela.

— Vão se ferrar vocês! — Aninha esbravejou — Vão dançar comigo do mesmo jeito!

E ela saiu nos arrastando para a pista de dança, o que não foi sacrifico nenhum.

Tocava Rihanna, nem sou tão fã, mas o importante era dançar. Dançando eu me soltava, extravasa, relaxava, me sentia confortável. Joguei minhas mãos para cima e dancei como se não houvesse amanhã. Aninha era bem parecida comigo, ela tinha a mania de falar que eu dançava melhor que ela, mas era mentira, ela dançava muito bem. Quem me surpreendeu foi Helena, ela começou a tímida, demorou um pouco para se soltar, mas logo estava dando um show. Agora era uma música do David Guetta, esse sim eu sou fã!

Nós três formamos um pequeno círculo, dançando para nós mesmas e ignorando o resto do mundo. As batidas do meu coração e as da música pareciam se sincronizar, eu sentia a música em mim, literalmente.

Agora era Beyoncé, era sexy, pulsante. A luz piscava, tinha um pouco de fumaça, a pista de dança sempre foi um dos meus lugares favoritos.

— Vai gata! — Aninha gritou, me puxando para ficar entre elas — Arrasa! — Eu dancei mais ainda, me jogando mesmo, fui até o chão, rebolei. Aninha e Helena me aplaudiam, me incentivavam, riamos, eu adorava aquilo.

Foi sem querer que meu olhar encontrou o dele. Theo estava sentado, á mesa no mezanino, Caio falava algo com ele, mas ele não tirava os olhos de mim. Eu não consegui decifrar qual era a sua expressão, mas ele tinha aquele olhar intenso, o mesmo olhar que tinha no quarto dele, um pouco antes.

Vou ser sincera, ninguém que vai pra balada com o objetivo de "arrasar" na pista de dança, quer passar despercebida. Nós nos sentimos poderosas quando nos olham, quando admiram, quando ficam embasbacados nos vendo dançar. Mas o que eu senti quando percebi que Theo me observava, que ele não perdia um movimento meu, foi indescritível.

Me senti forte e poderosa, uma mulher sexy, incrível, de um jeito que nunca me senti antes. Aí sim que dei show, eu nem sabia quem estava cantando ou que música era, mas dancei como se não houvesse amanhã.

— Que isso gata? Ta inspirada hoje? — Aninha perguntou para mim, tendo que chegar bem perto.

— Olhe para o Theo — Helena sussurrou no meu ouvido — ele não tira os olhos de você — eu não olhei, mas não segurei um sorriso malicioso.

— Gata! — Aninha falou conosco — Quem é o Boy de preto ali na parte VIP? Não para de te secar! Jesus!

— Ele é o primo do meu namorado — Helena disse rindo.

— O seu namorado é o de olho azul que não para de olhar pra cá?

— Sim — Helena abriu um sorrisão, ela olhou para Caio que piscou para ela, que respondeu mandando beijo e ele sorriu.

— Aquele é o primo que ela falou que você conheceu bem? — Aninha perguntou chocada — Foi por ele que você me deu um "bolo" hoje a tarde?

— Sim, mas não é bem isso que você está pensando. . .— tentei me explicar.

— Gata, ta perdoada! Ta tudo lindo! Não preciso de explicações não, aliás, se fosse eu, eu nem estava aqui, já tinha fugido com ele! — ela disse daquele seu jeito exagerado — Nossa, até deu calor agora! Jesus! Tem mais deles?

— Tem mais uns quatro em casa — Helena falou rindo.

— O que? Gata, me convida para ir na sua casa! Agora, de preferencia! — ela disse puxando a Helena e colocou o braço por cima do ombro dela — Com todo o respeito, mas amo cara de olhos claros, não tem um estilo seu boy não?

— Tem o irmão dele, mas ele está viajando — Helena disse rindo e eu revirei os olhos, continuei dançando no lugar.

— Cunhada! — Aninha gritou exagerada e abraçou Helena — Eu espero ele voltar, se for um pouco parecido com o seu boy, sem ofensas, já tá tudo certo!

— Se controla — eu gritei para ela.

— É fácil você falar, tem um exemplar daquele para você! — eu revirei os olhos de novo, se ela soubesse da verdade — Preciso garantir meu futuro!

— Pare de ser dramática! — eu disse, mas é impossível se mantar séria com a Aninha.

Continuamos dançando, estava tudo bem, eu até estava com sede e pensando em gastar um pouco da minha comanda, quando a Helena fez uma careta. Um cara do seu lado estava esbarrando muito nela. Ela tentou ir mais para o lado, mas ele voltou a "esbarrar" nela, olhei para o alto, naquele momento nem Theo, nem Caio estavam nos olhando, eles conversavam entre si. Puxei Helena para o meu lado, ficando entre ela e o cara. Então ele esbarrou em mim, de propósito.

— Aí— ele gritou de dor do pisão, mais que forte, que dei no pé dele.

— Pisei em você? Desculpa! — eu não fiz questão de esconder minha ironia — Se você não ficasse tão perto, isso não aconteceria!

— Nossa gata, pra que tanta agressividade? — ele disse tentando chegar perto.

— Você não viu nada ainda, fica longe da minha amiga! — eu disse na cara dele.

— Uau! É isso aí! — Aninha disse.

— Obrigada! — Helena disse, olhei para o alto, Caio estava no celular, mas Theo me olhava intrigado, acho que ele não tinha visto a pequena cena.

Mas e se visse, o que ele faria?

— Que tal bebermos alguma coisa? — eu sugeri para elas.

— Claro, vocês querem subir ou ir para o bar? — Helena perguntou.

— Subir? Me deixa ver isso! — Aninha quase arrancou meu pulso para ver a pulseirinha — Você nem está com o boy e já VIP? Como assim?

— Vamos para o bar, se subirmos, essa aí vai me fazer passar vergonha e vou ser obrigada a joga-la lá de cima! — eu disse para Helena.

Fomos para o bar, eu pedi uma coca, Aninha roubou minha comanda e pediu duas doses de tequila e fez Helena tomar com ela. Helena ria muito das idiotices da Aninha, de repente Leila, Marisa e Andreza apareceram.

— Temos que curtir um pouco só as meninas — foi o que Andreza me respondeu quando perguntei onde estavam os namorados. Ficamos nós seis ali, conversando e rindo.

Depois que Aninha roubou minha comanda pela terceira vez, eu ameacei dar uma surra nela, então Helena usou a dela, estávamos bem, conversando e rindo. Dançando só nós, Helena já estava enturmada, Leila ficava pedindo conselhos para ter um cabelo tão bonito quanto o dela, Helena apenas respondeu que era a "magia do amor" e piscou para mim.

— Vamos senhorita apaixonada — Aninha a puxou — precisamos de mais energético — elas saíram em direção ao bar.

— Ela é bem legal — Andreza disse, estávamos em volta de umas mesas altas que ficavam perto do bar — achei que fosse uma patricinha chata, mas gostei dela.

— Você achou mesmo que eu estaria com ela se ela fosse chata? — eu fiz careta — ela é um amor de pessoa!

— E quem é o namorado dela que a Aninha não para de falar que é lindo? — Leila perguntou.

— Tá por ai, logo aparecem — eu respondi dando de ombros.

— Olha quem chegou! — Aninha falou, exagerada como sempre.

— Acho que alguém está bem alta — Helena riu.

— Só ela? — eu perguntei levantando sobrancelha.

— Não dê uma de Theo comigo — Helena me mostrou a língua — Eu . . . Aí!

De novo, o cara que ficava esbarrando nela, quase a derrubou.

— Tá maluco? — eu o empurrei — Você tá bem Helena?

— Tô, só bati a mão. Tá ardendo um pouco.

— Tá ardendo porque cortou — eu gritei e me virei para o cara que ria, junto com seus amigos — Tá vendo seu retardado, olha o que você fez!

— Quer que eu dê beijinho para passar? — ele fez biquinho.

— Quer que eu te parta a cara ao meio? — eu respondi.

— Eve, não precisa — Helena me chamou.

— Eve? Que nome bonito — um deles falou.

— Helena também é lindo — o que empurrou a Helena tocou numa mecha do cabelo dela.

— Sai fora! — eu o empurrei

— Eve! — Leila ou Marisa, não sei ao certo, se assustou comigo — Calma!

— É, calma! — o outro amigo riu.

— Caiam fora — eu praticamente rosnei.

— Meu papo não é com você — o que empurrou a Helena, me empurrou pelo ombro, me fazendo bater de costas na mesa — é com a sua amiguinha!

Na hora que minhas costas bateram na mesa, eu senti meus olhos queimaram de raiva, tanto que eu os fechei por um segundo, quando abri, eu estava tão irada que podia matar um deles.

— Nunca mais toque em mim! — eu disse lentamente.

— E porque não? — ele estendeu a mão para tocar em mim, me provocando. Mas antes que conseguisse, seu braço estava sendo retorcido para trás e sua cara tinha dado de encontro com a mesa.

As minhas amigas pularam para trás de susto e o barulho foi tão alto, que muitas pessoas se viraram para ver o que estava acontecendo.

— Eu vou te quebrar ao meio — Theo disse quase quebrando o braço do cara.

— O que ele fez com você? — Caio perguntou para Helena, sério.

— Caio, por favor! Não faça nada! Theo! Solte ele — Helena implorou.

— O que ele fez? — Caio repetiu.

— Caio. . .

— O que ele fez? — Caio já não estava com paciência.

— Ele ficou enchendo o saco dela na pista de dança, mas botei ele para correr. Agora quis voltar com os amigos para ver se conseguia se dar bem! — eu cuspi as palavras.

— Eve, não!

— Mas não precisa se preocupar Caio, um cara que precisa dos amigos para vir enfrentar uma garota não passa de um covarde inútil que deve ter pinto pequeno, na verdade, que o pinto nem deve funcionar! — eu gritei, fazendo as pessoas ao redor rirem. O cara ainda estava com o rosto contra mesa e Theo ainda parecia de decidir se quebrava ou não seu braço.

— E com você? — Theo falou para mim, ele tinha um sorriso zombeteiro no rosto.

— Fora o cara que disse que meu nome é bonito? — eu apontei para o rapaz que estava branco com aquela cena — esse ai me empurrou.

— Quem eu quebro primeiro? — Theo perguntou.

— Esse aqui — eu apontei para o cara que quase estava tendo ataque do coração do meu lado — já está se borrando nas calças só com a ameaça, acho que ele já entendeu o recado. Esse aí foi o que me empurrou, não gostei muito disso.

— Ele também esbarrou "acidentalmente" em você na pista de dança — Aninha me lembrou.

— Ah é? — Theo perguntou apertando um pouco mais o braço dele.

— Foi. . .sem querer. . .— o cara disse.

— Comigo até pode ter disso, mas as três ou quatro vezes com a Helena foram o que?

— O que? — Caio perguntou, eu diria que ele estava um pouco bravo.

— Não! Parem com isso! — Helena disse.

— Mas ainda nem começamos — Theo falou. Eu estava me divertindo com aquilo, confesso mesmo que eu estava. Mas Helena tinha razão, já era hora de acabar com aquilo.

— Já chega, vai — eu disse — Theo, solta essa coisa. Daqui a pouco o segurança vem aqui e não tô afim de ser expulsa.

— Não sei não. . .— Theo disse olhando o cara, pela expressão dele, estava tendo ideias nada boas.

— Theo! — eu o chamei — Solta ele! Caio, para de rosnar, esse cara não vale a pena. Se ele tivesse feito algo de verdade, eu seria a primeira a falar para vocês quebrarem ele, mas não foi nada.

— Está bem — Theo disse a contragosto, mas o soltou. Os caras mais que depressa derem o fora — Você está bem? — ele me perguntou.

— Tô — eu dei de ombros — a única que teve alguma "sequela" foi a Helena que está com um cortinho mínimo na mão.

— Me deixa ver! — Caio ordenou, Helena estendeu a mão, parecia com receio.

— Caio — ela disse — não cortou, foi só um arranhão. Vocês já deram uma lição neles, não precisa de mais nada.

— Agradeça a Eve por fazer Theo solta-lo, se eu tivesse visto isso — ele falou segurando a mão dela — eu não hesitaria em arrancar a mão dele fora.

— Que tal mudarmos de assunto? — eu sugeri, eu não sabia dizer se as minhas amigas estavam assustadas com aquela cena ou embasbacadas com a beleza deles — Alguém mais quer beber ou dançar?

— Eu sempre quero! — Aninha disse levantando a mão.

— Você usou a comanda? — Theo me perguntou baixo, perto demais do meu ouvido.

— Eu comprei uma coca, mas a minha amiga usou bastante. Aliás, você está bancando um porre coletivo hoje — ele riu de um jeito rouco no meu ouvido. Caras, entendam, não façam isso se não quiserem que a garota fique inteira arrepiada!

— Você não está bebendo, não foi você que queria encher a cara? — ele perguntou, ainda perto demais.

— Foi modo de falar, ainda estou amamentando — eu disse dando de ombros, fingindo muito bem que aquela proximidade não estava me atingindo.

— Parem de sussurrar aí — Andreza gritou — e nos apresente o boy!

Esse é o Theo, o motivo do atraso da Eve — Aninha quem respondeu e eu revirei os olhos — e aquele é o Caio, namorado da Helena! — Helena riu, mas Caio e Theo ficaram sem entender — Eu vi vocês lá no camarote, pareciam dois gaviões de olho nelas.

— Possessivos? Isso é legal! — Andreza, a mais descarada de nós falou, eu não sabia onde enfiar a cara.

Como que para terminar de me matar de vergonha, algumas pessoas passaram por trás de mim, me empurrando. Theo me puxou contra ele para eu não cair, quase que dou de cabeça no peito dele (eu falei que ele era alto!), uma mão estava no meu braço direito e a outra na minha cintura. Minhas mãos estavam espalmadas no seu peito. Próximos demais!

Me recusei a olhar em seus olhos, me chame de covarde ou de que quiser, mas eu não o encarei. Não queria me arriscar e ficar presa naquele olhar de novo e eu podia sentir que ele estava me olhando aquele jeito.

Por que, raios, sinto minha pele tão quente cada vez que ele me toca?

— Tudo bem? — Theo perguntou.

— Humhum. . . — respondi sem olhar para ele, mas ele soltou meu braço e levantou meu queixo, me fazendo olha-lo.

— Tudo bem? — ele repetiu a pergunta.

— Sim — eu respondi, cretino! Pra que esse sorriso de canto na cara? — Vamos dançar?

— Que dançar comigo? — ele fez essa pergunta sarcástico.

— Não, eu quero dançar, foi por isso que eu vim. Minha pergunta só foi educada — respondi tentando me soltar dele.

— Tenho que confessar que você dança muito bem — ele me falou, sem me soltar.

— Querido, eu faço muitas coisas "muito bem", em algumas sou extraordinária. Nunca me subestime, porque posso te surpreender!

Depois que eu falei, a atmosfera em volta de nós mudou. Na minha cabeça, a frase era diferente, mas depois que falei, percebi que saiu com um duplo sentido.

Theo estreitou os olhos, mas sua pupila dilatou, sua mão pressionou minha cintura e eu acabei respirando fundo, quando fiz isso, a sombra de um sorriso surgiu em seus lábios.

— Não me provoque — ele disse em voz baixa.

— Não foi provocação, foi uma constatação. Eu sou muito boa — Por favor, alguém cale a minha boca! Como eu consegui deixar as coisas ainda piores?

— Eu sei disso — ele respondeu com aquele meio sorriso malicioso, me olhando de cima a baixo.

— Idiota! — eu bati nele e sai, indo para junto da Aninha. Covarde? Sim! Fugi mesmo, mas você queria o que? Que eu ficasse ali com ele, naquele nível de conversa?

Vou explicar uma coisa e é uma coisa bem constrangedora! Desde o Paulo, eu não tive ninguém, nem beijar, eu beijei. Eu terminei com o Paulo quando eu estava quase no sexto mês de gravidez, já era uma fase complicada, sozinha e enfrentando o mundo. Logo depois a Lua nasceu e me fechei só pra ela. Não vivi mais nada, tanto que era a primeira vez que eu saía desde a gravidez.

— Amiga, você e esse boy vão por fogo nas coisas — Aninha disse fingindo se abanar.

— Não começa — eu disse a puxando para a pista de dança.

— Mas é sério! Só de olhar vocês ali, já deu calor. O jeito que vocês se olham. . . Desde quando estão juntos?

— Nós não estamos juntos! — eu disse entredentes — Agora eu só quero dançar!

— Mas amiga. . .

— Calada! — eu disse tampando a boca dela — Por favor, não vamos falar sobre isso — ela balançou a cabeça afirmativamente, mesmo comigo ainda tampando sua boca — Boa menina!

— Vamos dançar então? — ela disse e eu sorri, era isso que eu queria.

Fomos nós duas, logo Leila, Andreza e Marisa se juntaram a nós. Procurei Helena com os olhos, obvio que primeiro vi Theo, ele ainda estava no mesmo lugar, de braços cruzados, olhos em mim, mas sorria conversando com Arthur. Helena estava perto, junto com Caio e os gêmeos (não vi em que momento eles tinham chego).

— Vem! — eu fui até ela.

— Você está com suas amigas, não quero atrapalhar — ela disse parecendo com vergonha.

— Tem razão — eu concordei — essa é a noite para passar com as minhas amigas — Helena sorriu sem-graça — Caio — eu o chamei — hoje é a noite das amigas, por isso estou levando sua namorada comigo! Helena, você vem!

— Mas. . . — Caio tentou reclamar.

— Vocês podem ficar aqui, nos observando lá! Vem Helena! — eu saí a arrastando, ouvindo os gêmeos rindo.

— Se joga gata! — Aninha disse a abraçando.

— Amigaaaa — Leila me puxou — quem são aqueles?

— Evelyn! Como assim tem mais deles? Já achei o seu boy e o da amiga nova gatos, agora tem mais? — Andreza me virou, apontando nada discretamente para os meninos.

— Pergunta pra Helena — eu disse — ela que mora com eles.

— Que sonho! — Marisa disse — Amiga, tô morrendo de inveja de você!

— Podem ter — Helena respondeu rindo — mas meu é só um, o mais gato deles.

— Cunhada, não esquece que irmão dele é meu! — Aninha falou.

— Ana! Você nem conhece o cara e já tá marcando território? — perguntei, sem parar de rir ou dançar.

— Claro! Porque hoje em dia é assim, conseguiu um boy, agarra, segura em casa! A coisa tá feia hoje em dia! Não se pode confiar nem as amigas — ela disse.

— Nem nas amigas? — perguntei levantando a sobrancelha.

— Não! Não mesmo! Por exemplo, você que dê mole com seu boy — ela disse pra mim, se fingindo de séria — principalmente com esse estilo de bad boy dele, vai rodar! Tem gente babando nele! — disse apontando para Andreza.

— Nossa, que sutil você — Andreza revirou os olhos — só falei que o cara é gato demais, se eu não estivesse namorando e ele não fosse seu, eu pegaria ele na hora.

— Mas a Eve falou que eles não estão juntos — confesso que quis socar a Aninha.

— Amiga, como assim? — Leila se interessou — Eve, sabe que eu te amo, mas se você não quer, dá ele pra mim que eu quero!

— E o seu ficante? — perguntei.

— Ficar não é relacionamento sério — ela respondeu secando Theo.

— E eu que sou descarada! — Aninha bufou.

— Quer para você? Pega! — eu respondi, mas estava muito incomodada com aquele assunto.

— Será que eu tenho chance? — Leila insistiu no assunto, eu respirei fundo e me virei, dançando. Não queria olhar para a cara dela.

— Pode esquecer — Helena falou, rindo da minha cara — quando um deles encontra . . . a garota perfeita, digamos assim, nenhuma outra tem chance.

— Caramba! Que fofo! — Marisa colocou a mão no peito, sempre a mais romântica.

— Homens são homens, não dá pra confiar tanto assim — Andreza falou e eu revirei os olhos.

— Isso é bem machista — eu retruquei.

— E eles não são homens normais — Helena tentou se explicar.

— Amiga, dá pra ver daqui que eles são diferentes, são gatos demais! — Aninha disse.

— Todo homem é igual — Leila falou.

— Por que você não vai até lá e descobre por si só se tem chance ou não? — eu falei bem mais rude do que pretendia.

bom! — Leila aceitou o desafio e saiu com Andreza e Marisa, para provar que conseguiria "pegar" Theo para ela.

— Que biscate! — Aninha disse ainda sem acreditar na atitude da minha "amiga", porque depois dessa, amiga é uma palavra bem forte para a Leila!

— Deixe ela — eu disse quase cuspindo as palavras — Se ficarem, é porque se merecem!

— Você sabe que eles não vão ficar, né? — Helena perguntou.

— Que fiquem, não to nem aí! —eu respondi, ainda um pouco de raiva. Helena e Ana se entreolharam e deram um sorriso de cúmplices — É sério, eles podem ficar, casar e terem doze filhos, não me importo!

— Se você diz . . . — Aninha disse segurando o riso, revirei os olhos e me concentrei em dançar.

Estava na boa, dançando Ariana Grande, curtindo o momento, rindo com as minhas amigas (leia-se Aninha e Helena, porque as outras tinham conseguido me irritar muito), quando fiz a besteira de olhar para eles. Leila estava próxima demais de Theo, próxima demais mesmo, ela falava algo para ele. Por sua vez, ele olhava pra mim, mas tinha aquele sorriso malicioso na cara, quando seu olhar encontrou o meu, seu sorriso aumentou e ele se inclinou para Leila, sussurrando algo no ouvido dela, algo que fez ela dar aqueles sorrisinhos afetados e concordar com a cabeça.

Minha raiva subiu a cabeça.

— Eita, será que ela vai conseguir? — Aninha me perguntou.

— Que se foda! Ele é um idiota, inconveniente, estúpido e muito grosso. Tudo o que uma biscate como a Leila precisa. Acho, mesmo, que eles se merecem! — eu cuspi as palavras de raiva.

— Calma, eu nunca te vi assim! Nem com o Paulo — Aninha disse.

— Eu to calma! — quase gritei.

— Eve! — Helena me abraçou e sussurrou no meu ouvido tão baixo, que eu quase não ouvi— Ele está te provocando, eles podem ouvir tudo o que falamos. Ele deve ter ouvido o que ela falou dele e o que você respondeu.

— Então agora eu vou ensinar para ele o que é provocar!

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