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Bônus THEO



BÔNUS THEO

  Você me olha nos olhos, eu sou arrancado do meu orgulho

E minha alma se rende e você faz meu coração se ajoelhar  


Um dia eu estava andando pela cidade, tinha discutido com meu pai. Não é que eu não goste do meu bando, eles são minha família, eu realmente os amo! Caio e Arthur são meus melhores amigos desde sempre, eu tinha dividido o quarto com Arthur durante cinco anos em Londres, na Universidade. Dividir a casa com eles não era um problema, era até bem legal.

Mas eu queria poder assumir meu lugar na segurança do meu clã. Foi para isso que estudei e treinei a minha vida toda! Eu sabia que era um bom advogado, trabalhei como assistente em muitos casos na faculdade, tinha feito estágios como meu pai, que é o melhor advogado do mundo (sem exageros). Eu sempre fui um dos primeiros na escola dos lobos, sei lidar com pressão, fazer estratégias e sou bom no combate. Qual é? No último treino eu venci Tio Corey, ele mesmo disse que pode chegar a ser melhor que meu pai um dia! Não é que seja essa a minha pretensão, seria impossível ser tão bom quanto ele, mas sei que posso chegar ele e, até mesmo, impressiona-lo.

Mas eu não posso, porque tenho que me focar nesse estupido rito de passagem!

Eu não pedi para ir longe do meu bando, só pra me inscrever e começar a treinar com os outro lobos!

Entrei na primeira lanchonete que achei, quem sabe um café melhorava meu humor? Sou viciado nisso, assim como meu pai.

Me joguei na cadeira e respondi a mensagem de helena, que queria saber se eu estava bem. Ela sempre se sentia na obrigação de cuidar de todos nós. Ser a única marcada numa casa com seis lobos deve ser difícil, mas Caio também não podia fugir do bando e ele não ficaria longe dela.

Eu sempre soube que um dia encontraria minha marcada, mas não queria isso tão cedo. Ficar preso a alguém e suas vontades? Viver como um bobo tendo como propósito de vida vê-la feliz, independente do que fosse? Olhe pra minha cara de quem quer servir alguém!

Sei que um lobo que trocou de coração pode ser muito forte, se torna quase imortal, mas ainda tem um ponto fraco. Se sua marcada te largar, a dor pode te matar, se ela morrer, você também pode morrer! Ou seja, sua vida nas mãos de uma simples humana? Quem é que quer isso?

Não sou burro de negar a diferença de Caio depois que ele encontrou Helena, ela fazia muito bem pra ele. Na verdade, fazia muito bem a todos nós, com esse jeito delicado e que cuida de todos. Será que minha marcada é assim?

Ela vai ter que ser muito paciente e calma, porque meu gênio não é fácil.

As duas garçonetes disputavam minha atenção, eu ignorei, não estava com paciência nenhuma.

HELENA: E não que é como se você não tivesse séculos para realizar seus planos! Seja mais paciente!

THEO: Eu sei, mas é frustrante isso, ter que esperar mais tempo! E eu não tenho nada pra fazer, nem trabalhar meu pai quer que eu trabalhe!

HELENA: Que tal focar todo esse tempo disponível em achar sua Marcada? Por Favor! Eu preciso de uma amiga! Não da pra fofocar sobre garotos com lobos!

Eu revirei os olhos, mas ri baixo.

THEO: Vai ter que se acostumar, isso, com certeza, não está nos meus planos!

HELENA: Chatoooooo

HELENA: Vou ter que pedir pro Arthur e pro Marcelo!

THEO: Sim! Acho que vou aproveitar esse tempo e fazer uma pós graduação, talvez começar meu mestrado talvez.

Respirei fundo e decidi ir embora, já tinha me acalmado, melhor voltar pra casa. Pedi a conta e já estava saindo, quando Caio me ligou, ele queria saber onde eu estava, me pediu para espera-lo, que queria conversar comigo. Bufei frustrado e voltei pra minha mesa, mas uma garota já estava lá, a limpando.

Vou confessar que olhei ela de cima a baixo e, cara, não vou reclamar da vista! Ela tinha cabelos compridos castanhos presos num rabo de cavalo, usava a camiseta preta de gola alta que era uniforme do café e uma calça leggin também preta. Pude reparar bem nas suas pernas grossas e na bunda perfeita. E olha que eu nem sou de ficar reparando assim, a não ser em festas, porque o objetivo é claro, ter companhia na cama no resto da noite.

— Não precisa limpar não, garotinha. Eu vou ter que ficar mais — eu disse chamando sua atenção, que nem havia reparado em mim ali, parado atrás dela por quase um minuto.

— Garotinha? — ela repetiu e se virou pra me encarar, totalmente revoltada. Sua cara era até engraçada, o que me fez querer provoca-la.

— E não é isso que você é? — eu perguntei

— Garota sim, mas esse "inha" foi por sua conta — levantei minha sobrancelha, essa garota era atrevida.

— Garotinha sim, quanto anos você tem? — perguntei irônico.

— Se fosse da sua conta, você saberia! Agora me dá licença que eu tenho mais o que fazer! — além de atrevida, tinha língua afiada.

— Me traga outro café — eu disse, mas antes que ela saísse, não pude resistir em provoca-la mais uma vez — garotinha.

Mas quem me trouxe foi a outra, a que pintava o cabelo de loiro, que pena!

Logo Caio chegou e começamos a conversar, ele sabia o que eu queria, mas me pediu paciência, pra ele também era difícil.

— Sabe que por mim, você seria o líder, eu não gosto desse status — ele dizia.

— Mas a tradição diz que é o mais velho e você é um bom líder — eu respondi — sabe o quanto eu sou estourado.

— Claro que sim! — ele bufou e eu ri — Mas sabe lidar muito melhor que com toda pressão. Eu sou só "bom líder" porque nenhum de vocês da trabalho, se fosse uns loucos que eu precisasse resolver as merdas, eu já tinha atirado em vocês! — nós rimos e ficamos um pouco mais de tempo ali, agora as garçonetes tentavam chamar a atenção do caio também. Isso que da ser Lobo, sempre chamamos a atenção onde vamos. Mas a garotinha não voltou e eu a vi apenas de longe, servindo outras mesas, nunca me olhando.

— Acho que aquela morena com piercing se apaixonou por você — eu ri para Caio, falando de uma das garçonetes.

— Ta louco, Helena me mata! — ele respondeu rindo.

Eu ouvi a voz da garotinha atrevida, ela tentava me chamar, mas eu ignorei, a provocando, até que ela me chamou de "idiota".

—Idiota? — eu me virei pra ela — Do que você me chamou?

— De senhor, se você entendeu outra coisa, deveria ir ao médico, pode ser problema da idade — ela disse cinicamente.

— A garotinha é muito atrevida — ele falei, cruzando meus braços, estávamos tão próximos que eu pude perceber o quanto mais alto que ela eu sou.

— Não foi a garotinha que esqueceu o celular em cima da mesa, como eu disse, pode ser coisas da idade — ela me estendeu meu celular, eu não tinha reparado que o tinha deixado em cima da mesa.

— Obrigado — disse a contragosto. Foi aí que a merda aconteceu, assim que meus dedos encostaram no dela, eu senti o formigando, aquela sensação de calor, aquela sensação que eu NÃO queria sentir.

Ela me provocou ainda e se virou, mas devia estar tão afetada quando eu. Me virei pra Caio e minha expressão deveria ser de tão assustada quando eu me sentia.

— Theo, o que foi isso? — Caio me perguntou preocupado.

— Mano — eu disse colocando a mão no ombro dele — acho que acabei de me ferrar!



Eu me sentia a merda de um stalker, seguindo aquela garotinha, observando e longe. Caio e Arthur me acompanharam algumas vezes, eles riam de mim e eu queria soca-lo e, mais que tudo, eu quis me socar. Será que eu estava errado e ela não era minha marcada? Aquilo podia ser só uma confusão, né?

— Vai logo! — Arthur me empurrou e eu fui atrás dela, ela estava saindo so serviço, estava sozinha. Digamos que ela não ficou feliz em ver, mas não me importei

Quando toquei sua marca, o mundo desapareceu do meu redor.

Eu estava como um lobo, sentindo a liberdade de poder correr a toda velocidade, o vento batendo no meu rosto, minhas patas de encontro a areia macia daquela praia. Então a vi, linda, com um vestido azul, cabelos soltos que dançavam ao vento, iluminada pela luz da lua cheia. Aquela, com toda certeza, era a imagem mais linda que eu já tinha visto na minha vida.

Ela sorriu pra mim e veio se aproximando, tocando meu focinho e me acariciando, choraminguei pelo seu toque me fazer tão bem. Logo ela estava sobre mim, eu corria e ela se segurava fortemente, rindo.

Seu riso era a melhor música que eu já tinha ouvido!

Ela se afastou de mim gritando que nunca mais eu deveria toca-la, que eu deveria ficar longe, mas como ficar longe se ela era minha?



Ok, o plano era simples, né?

Helena foi comigo naquele café, descobrir informações sobre minha marcada, onde ela gosta de ir, marcariam alguma coisa, eu iria junto, conversaria com ela, tentaria ganhar sua confiança, a traria pra perto, depois contaria tudo calmamente. Mostraria que não importasse o que acontecesse, eu sempre estaria com ela, que podemos viver juntos numa boa, que ela podia confiar em mim.

Sim, um ótimo plano!

O que pode dar errado?

Simples: EU!

Porque eu tenho o dom de ferrar com tudo!

Primeiro que quase tive um ataque do coração quando descobri que ela tinha uma filha. UMA FILHA! Como assim? Ela não deveria ter me esperado e tal? Isso não constava nos planos! Segundo, a filha chama Luana? LUANA? O nome da minha mãe! Minha mãe sempre brincou que a primeira neta tinha que homenagem a ela, olha mãe, quem diria que você acertou?

Pelo menos ela estava solteira, eu não ia ter que acabar com relacionamento nenhum. Quando meu tio Corey encontrou Hadassa (na verdade atropelou, porque ele literalmente atropelou ela, aí levou ela pro hospital e lá ele descobriu que ela era a marcada dele quando invadiu o quarto e a pegou quase sem roupas) ela estava noiva. Meu tio estava ali no hospital quando o noivo chegou todo preocupado, quase que o noivo que fica internado, mas em coma. Resumindo, meu tio literalmente acabou com aquele noivado.

Mas, se ela está solteira, isso quer dizer que o pai biológico da Lua abandonou elas? Que cara faz isso? Isso não é um homem, é um verme! Quase quebrei o copo na minha mãe de tanta raiva que fiquei.

Só que, até aí, até que tudo estava saindo conforme os planos, Helena conseguiu as informações, mas eu resolvi seguir Eve e vi quando um merdinha tentou assalta-la. Eu quase o matei, só não matei porque não seria bom que a Eve visse, logo de cara, eu matando alguém.

Aí que as coisas saíram do controle, quando vi ela já estava agarra em mim na minha moto, eu já estava indo pra casa. Foda-se!

Eu contaria tudo!

Bem, considerando a situação, até que ela reagiu bem. . .

— Não sei qual é a maior loucura do dia, você ser um lobisomem ou achar que eu sou sua — ela tombou cabeça pro lado, como se estive pensativa.

— Pelo menos já sei que você já se recuperou. Mas é verdade, você é uma "Marcada", uma humana que nasceu para ser a companheira de um lobisomem.

— Como assim?

Eu mostrei minha marca pra ela, iguala sua. Ela ficou pensativa, analisando aquilo e eu dei o espaço que ela precisava, não deveria estar sendo fácil pra ela assimila tudo. Pra minha surpresa, ela tocou minha marca com as pontas do dedos, me causando aquela sensação de calor, de conforto. Eu quase me sentia mais forte por ela estar comigo.

— Você é o lobo que eu sonhei — eu disse abrindo os olhos.

— Também sonhei com você — respondi também tocando sua marca.

Ela estava no mesmo lugar, do mesmo jeito, tão linda que meu coração quase parou. Cheguei como lobo, mas eu queria mais. Queria seu toque sob minha pele, queria sentir seu rosto com minhas mãos. Voltei a ela como homem, a levantando até uma toalha estendida no chão, onde deitamos uma do lado do outro, observado a noite estrelada. Estar com ela era a calma que eu nunca achei que precisava, mas que era o motivo da minha felicidade agora.

— Obrigada por tudo — ela me disse.

— Obrigada por tudo — respondi cariciando seu rosto.

Nós ficamos ali, juntos. Ela deitou sua cabeça no meu peito e eu nunca me senti tão bem.

Nos soltamos ao mesmo tempo, aquilo tinha sido muito intenso!

— Não espere que eu seja romântico — eu disse sem pensar. E, por mais que eu não quisesse admitir, eu ansiava por aquilo.



Ir pra balada com a garota predestinada a passar a eternidade com você, usando um short curto demais, uma camiseta sem mangas grudada no corpo e que dança como profissional, é uma péssima ideia!!!

Ideia horrível!

Ideia estupida!

Do camarote eu podia observa-la dançando, era impossível tirar os olhos dela. E, para meu grande desgosto, parecia que mais gente não tirava os olhos dela

— Theo, não mate ninguém — Caio me disse, rindo de mim.

— Fácil falar — eu respondi — quero ver se algum cara chegar na Helena!

— Falando nisso, vamos acha-las — ele disse levantando.

Estávamos andando perto bar, seguindo o cheiro delas, eu encontraria Eve em qualquer lugar, seu cheiro era inconfundível. Meu lobo deu um salto dentro do meu peito, de um jeito tão repentino e brusco que me surpreendeu, algo estava errado.

— Theo, o que foi? — Caio me perguntou, ele também se assustou com minha reação.

Não tive de responder, alguns metros a frete um merdinha estava tentando encostar na Eve. Sem pensar, torci seu braço e bati aquela cara de escroto do merdinha contra a mesa. Eu podia mata-lo, podia quebrar seu braço, mas Eve me fez solta-lo. Não que eu não tenha mantido um olho nele o resto da noite e ficava muito feliz de ver como ele fugi de mim e, principalmente, longe de Eve. Em um momento, ele estava andando pela pista de dança, quando quase encostou nela sem querer, ele me olhou assustado, eu diria em pânico. Apenas sorri, o desafiando a dar mais um passo, mas ele se virou e fugiu com seus amiguinhos, Eve estava de costas e não viu nada.

Uma coisa que posso deixar claro sobre minha Marcada, ela não sabe brincar!

Achei que provocar Eve fosse divertido, sua cara e o tom de voz desejando que eu me casasse com aquela sua amiga que estava dando em cima de mim, praticamente cuspindo de raiva, me faziam querer gargalhar, mas eu não contava que ela resolvesse devolver na mesma moeda comigo.

— Mano — Arthur ria — ela tinha mesmo que ser a do Theo!

— Você ta fodido! — Hugo me falou, rindo de mim.

— Ih Theo, quero ver conseguir segurar ela, porque acho que ela vai te fazer de tapete! — Henrique concordou.

Palhaços!

A gota d'agua foi quando aquele moleque se aproximou, aquilo acabava ali! A agarrei pelo braço e saí a arrastando dali, sem me preocupar com nada, eu iria leva-la embora dali, ela ainda não tinha entendido que não podia me provocar daquele jeito, ela não me conhecia bem o bastante pra saber que se eu perdesse o controle, aquele moleque estaria morto!

— Para de ficar me arrastando! Eu já disse! — ela gritou.

— Para de me provocar! Eu já te disse! — gritei de volta.

— Eu estava dançando! Quem estava Me provocando, era VOCÊ! — ela bateu no peito, ela achava mesmo que aquele tapa me causaria alguma espécie de dano?

— Ciúmes da sua amiguinha? Até que ela é bonitinha. . . — não pude resistir em provoca-la, sua expressão de contrariada era tão divertida.

— Você é um idiota mesmo! — Eve realmente tentou me bater, eu até deixei por uns segundo, ela estava mesmo com raiva. Então a segurei pelos pulsos, impedindo seu ataque.

— Calma garotinha, não precisa ter ataque ciúmes!

— Ataque? — ela bufou, mas então deu um sorriso tão maquiavélico que temi pelo o que ela iria fazer — Tem razão, por que perder meu tempo com isso, se eu posso dançar com aquele cara lindo?

— Não comece! — eu a avisei.

— Começar? Eu já comecei, aquele cara dança muito bem, o que mais será que ela fez bem? Acho que vou voltar para descobrir! — ela achou mesmo que, simplesmente diria aquilo e sairia dali? Ela realmente não me conhecia!

Eu a puxei contra mim com tanta força, que ela bateu contra meu peito. Sua proximidade me afetava de um jeito que eu nunca pensei. Obvio que eu sentia o calor que seu corpo emanava, como se refletisse o meu, mas era mais que aquilo. Seu cheiro me entorpecia, me convidava a toques pelo seu corpo, sua boca me convidava a beijos e eu sabia que seria uma linha fina até eu perder meu controle. Meu lobo saltava dentro do meu peito, ele queria reivindicar Eve pra ele, pra mim. Ele dizia que ela já me pertencia. Meu coração saltava do peito, tão forte que parecia que ali não era mais seu lugar. O coração dela também estava acelerado, no mesmo ritmo que o meu, quase como se quisessem se encontrar, um coração pertencia ao outro e meu lobo uiva de felicidade com isso.

Eu a beijei, não havia mais porque tentar me controlar, eu já havia perdido essa batalha quando coloquei meus olhos naquela garotinha atrevida. Nosso beijo não era do tipo calmo, não parecia um primeiro "beijo de um casal", parecia um casal que reivindicava o corpo do outro pra si. Era impossível me controlar, eu a puxava para mais perto, ela puxou meu cabelo, ela estava tão entregou quanto eu e, mesmo assim, aquilo não era o suficiente.

Então um bando de idiotas bêbados nos empurraram, interrompendo nosso beijo, eu podia mata-los ali mesmo!

— Seus olhos — ela sussurrou e os fechei, eu tinha atravessado aquela linha do controle sem perceber. Tive que acalmar meu lobo, retomar o controle.

— Você conseguiu liberar meu lobo sem a minha permissão — eu respondi, ainda tentando me controlar.

— O que isso quer dizer?

— Quer dizer — eu voltei a encara-la — que você é minha, aceite isso garotinha.



Eve dormia na minha cama, depois de toda aquela loucura, de eu tê-la jogada no nosso mundo sem aviso prévio, depois de tudo o que aconteceu naquela balda, depois da nossa conversa, depois de tudo o que fizemos no banho, ela dormia tranquilamente. Seu cabelo espalhado no meu travesseiro, suas pernas enroladas nas minhas, meus braços envolta da minha cintura e eu só consegui pensar como aquilo tudo tinha sido tão rápido e, mesmo assim, me parecia perfeito.

Pelo Alfa, eu estava ferrado! Minha marcada era a garota mais atrevida, complicada, encrenqueira e corajosa que eu já conheci. E olha que minha irmã tem gênio difícil, mas a Eve ganha disparado. Provavelmente ela e Thalita vão se dar muito bem. Falando nisso, eu tinha que avisar minha família, meu pai e minha mãe surtariam quando soubessem que encontrei minha marcada, podia até ver minha mãe pulando e já querendo vir conhece-la.

Com certeza me faria passar vergonha!

Eu dormi sentindo o cheiro do cabelo da Eve, era tão relaxante. . . e em menos de vinte quatro horas, eu já estava me transformando um idiota apaixonado! Merda!

Logo de manhã fomos buscar Lua, tivemos que ir a casa do verme. Obvio que meus pensamentos assassinos a ele, ainda existiam, mas eu não podia mata-lo, pelos menos não ainda. Fiquei muito orgulhoso de como a Eve cuidou da situação na noite anterior, mas eu ainda queria ter podido mostrar a ele porque NUNCA se mexe com a Marcada de um lobo, principalmente quando o lobo em questão sou eu!

— Então, se você se tentar fazer algo contra elas, se sair da linha, se Eve ficar meramente chateada com você, eu quebrarei vários ossos do seu corpo, arrancarei longos pedaços da sua pele e te farei desejar morrer, o que não acontecerá por dias, entendeu? — eu estava tendo uma leve conversa com o verme, que apenas concordava com os olhos esbugalhados. Creio que pelo meu tom de voz baixo, ele entendeu que eu estava falando sério.

— Theo, vamos! — Eve me chamou e fui para o carro.

Lua era linda!

Não! Muito mais que linda!

Ela era perfeita!

Quando a peguei no colo, ela sorriu pra mim. Ela era como um anjinho, tão pequena e frágil, tão linda e esperta. Lua ria toda vez que eu passava meus cabelos pelo seu rosto, sua risada era a coisa mais gostos que eu já tinha ouvido.

Se Eve não ficasse me controlando, eu compraria o mundo pra Eve, ainda acho que compramos poucas coisas, eu teria comprado muito mais, mas a Eve ficava naquela "Não quero gastar o seu dinheiro", como se eu não tivesse dinheiro suficiente para comprar aquela loja inteira. Pelo visto eu ia ter que comprar escondido da Eve. Bom, eu não ficaria com peso na consciência nenhum!

Qual, é? Olha a Lua! Ela merece um castelo! Provavelmente eu daria um jeito de arrumar um, se ela pedisse. . .

Quando se é um lobo, seu contato com seu Clã, ou mesmo com a Alcateia inteira, é grande. Sempre tem alguém tendo bebê, sempre a há novos lobinho. Já lidei com muitas crianças, mas nenhuma tão linda quanto a Lua. Confesso que cada vez que alguém pegava ela no colo, eu sentia um pouco de ciúmes, quando ela sorriu para o Arthur, fiz questão de pega-la de volta. Ela é minha!

Foda-se se geneticamente ela tinha o sangue do verme. Eve era minha marcada, Lua era minha!

Eve também parecia mais relaxada, ela sorria e conversava com todos, até treinamos juntos, quando Lua dormiu. Deixa-la na casa dela foi difícil, eu as queria comigo.

Talvez se Eve não tivesse uma ilha, ela se jogasse de vez, saísse de casa e aceitaria morar comigo naquela noite mesmo, mas ela tinha Lua, sempre tinha que pensar na filha primeiro. Eu até entendia isso, mas o que ela não entendia, era que, tanto ela, como Lua, eram minhas. Eu iria cuida-las e nunca permitiria que nada as acontecesse!
Quem diria, eu, que nem queria encontrar a minha Marcada, agora desejava ter a minha família perto de mim. Porque sim, éramos uma família!
Eve era minha, Lua era minha filha!



— Você acha que ela pode não querer vir pra cá? — Caio me perguntou.

— Temos um trato de dois meses, mas eu fui na casa dela hoje, eu conheci a família dela — eu tinha acabado de deixar a Eve em casa — o pai dela me cheira a problemas.

— Acha que ele pode causar algum mal a elas? — ele perguntou de novo, Arthur só observava.

— Talvez não fisicamente, na verdade, para que ele continue vivo, é bom que não encoste nela — eu disse sério — mas o dano psicológico já está feito. Eve não é bem vinda em casa, está por necessidade.

— Mas com que o dinheiro que temos, elas podem ter o que quiser.

— Caio, a Eve é orgulhosa, ela não vai se deixar levar por nada — Arthu finalmente falou — não acho que ela vai aceitar depender do Theo financeiramente, não tão fácil assim, pelo menos.

— Isso é um fato, fora ela ser teimosa — eu passei minhas mãos pelo rosto — vai me dar um trabalho traze-la pra cá.

— Ou, quem sabe, ela não precise vir pra cá, necessariamente — Arthur, nos fazendo olha-lo — quem sabe se tiverem um apartamento só delas, ela se convença mais rápido.

— Como assim? — Caio perguntou, mas aquela ideia era absurda! Eu não podia sair da casa do meu bando e as queria aqui, comigo!

— Tem uns apartamentos a venda naquele prédio na esquina, é no mesmo quarteirão que nossa casa. Elas estará por perto e seguras, depois que implantarmos nossas medidas de segurança no apartamento.

— Não é o ideal, mas é uma boa ideia — Caio ponderou — converse com a Eve, dessa vez converse direito! Sem ser uma babaca com ela.

— Ok — eu revirei os olhos e os dois riram.

Eu não as queria em um apartamento, mesmo que estivessem a menos de um quarteirão de mim, eu as queria comigo, na minha casa. Eu queria Eve na minha cama! Alias, vai soar bem patético o que vou falar e nego se contarem a alguém, mas só consegui dormir abraçado com o travesseiro que a Eve usou, porque ele tinha o cheiro dela.

Eu estava sonhando com algo com uma praia, eu corria, me lembro de que Eve que me chamava, mas eu não sabia onde ela estava. Acordei assustado, com meu celular tocando, meu lobo inquieto, atendi o celular sabendo quem era e que havia algo muito errado.

— O que houve?

— Lua. . . — Eve tinha voz de choro

— Onde você está?

— Hospital Municipal.

— Estou indo! — Pulei da cama colocando a primeira roupa que vi e fui até o quarto do Caio.

— CAIO! Abre essa porra, preciso do seu carro!

— O que houve? — as portas foram de todos os quartos foram se abrindo e nem me importei.

— Chaves! — eu exigi e ele as me deu.

— Theo, por favor, o que houve? — helena, Caio e cia corriam atrás de mim, mas eu já estava descendo as escadas.

— Eve e Lua estão nos hospital, eu tenho que ir!

— Mano, olha seu estado, não pode ir sozinho — Arthur entrou na minha frente.

— Arthur saia da minha frente, antes que eu te tire — eu falei em tom baixo, não queria ninguém me atrasando. Na mesma hora Arthur se afastou.

— Mas. . . — Alguém começou a falar, mas Caio interrompeu.

— Deixem o ir, antes que ele entre estado de fúria aqui mesmo! Qualquer coisa nos avise!

Eu apenas concordei com a cabeça, entrei no carro do Caio e dirigi como louco, se Caio ganhou alguma multa, eu me resolveria depois. Demoreis dez longos e torturantes minutos até chegar naquela porcaria de hospital público que carecia imundo e caindo aos pedaços; tinha uma sala de espera lotada e seguranças gordos nos corredores. Foda-sem todos!

Eu nem me dei ao trabalho de pedir informações, passei reto pelo segurança que até pensou em me parar, mas com apenas um olhar, ele resolveu que não valia a pena ter seus ossos quebrados, bem, se ele tentasse me parar, pelo menos ele já estava um hospital.

— Desculpa senhor, mas você não pode passar — uma enfermeira, que não parecia querer de desculpar, tentou me parar. Apenas segui reto, seguindo o cheiro de Eve.

Corredores lotados, a situação só me irritava ainda mais, meu lobo estava inquieto, quase desesperado.

— Você não pode passar — mais alguém tentou me deter. Eu ia matar alguém!

— Estou pedindo educadamente que saia da minha frente! — eu disse, tentou manter um mínimo de educação.

— Você não pode entrar aqui! É só para pacientes e um acompanhante por paciente!

— O caralho que não vou entrar! Minha mulher e minha filha estão ai! — olha minha educação acabando! Foda-se!

Tentaram discutir comigo, me impedir, mas passei por eles sem problema nenhum, mas juro que se tentassem encostar em mim eu iria responder a altura

— Theo — Eve disse assim que me viu, eu a abracei, para que ela soubesse que eu estava ali por elas.

— Como ela está?

— Eu não sei, ela não foi atendida ainda, ela vomitou e chorou muito. Eu to com medo. . .

— Não, não pense nenhum tipo de besteiras, eu estou aqui!

— O senhor vai ter que sair ou eu chamo a segurança — aquilo deveria ser uma ameaça?

— Eu vou sair, mas vou levar minha filha comigo! — peguei Lua no colo, ela estava com febre — Vamos Eve!

— Você não pode! Ela não foi atendida ainda! — aquela vaca gritou comigo?

— Não grite comigo e eu percebi que ela não foi atendida! Alias, acho que ninguém aqui foi, então, volte a fingir que trabalhe e saia da minha frente!

— Você não vai. . . — o maldito do enfermeiro encostou em mim! Eu disse pra não encostar em mim, eu disse! Aí ele voou contra a parede e EU que sou o ruim da história! Mas a vaca gritou e acordou minha filha!

— Já disse para não gritar, porra! Eu vou sair daqui sim e vou leva-las comigo, na próxima não vou ser nem um pouco gentil, caralho!

Dirigi como um louco de novo, mas foi um bom motivo. As levei para um hospital na cidade, ele é particular e mantido por umas das fundações do Clã Acker, por isso só tem o melhor. Mesmo que não fosse da minha família, só sendo o melhor, eu as levaria para lá.

Eve foi com Lua, para que ela fosse ser atendida, enquanto eu fazia a ficha da minha pequena. Também tive que ligar em casa, havia muitas ligações perdidas e mensagens. Exagerados! Se eu não matei o verme, não mataria ninguém naquele hospital, mesmo que essa ideia, talvez, tenha passado pela minha cabeça.

Lua estava tinha dormido, elas estavam num quarto. Na verdade era uma exigência Acker, assim que mostrei minha identidade, ficaríamos separados de todos, tendo tudo que fosse de melhor para o atendimento. Eu estava com Eve, estávamos deitados numa poltrona, do lado de berço da Lua. Fiquei admirado por Eve ter ficado chocada de eu ter chamado Lua de filha.

— Eu não sei, eu fiz sem pensar. . . acho que na minha cabeça vocês já são minhas. . .

— Suas? — ela me encarou, ainda sem acreditar.

— Sim, quando eu disse que assumia você e sua vida, eu falei sério. É como se você realmente fosse minha a muito tempo e ela fosse minha filha. Mesmo que você e eu não nos demos muito bem ainda e tenha muita coisa a acertar.

— Isso é loucura demais pra mim. . . o estranho é que não consigo imaginar nós duas sem você e eu te conheço a dias. . .— não pude deixar de sorrir, era bom pra caralho ouvir aquilo — é sempre assim? Com as outras marcadas?

— Não posso dizer das outras, as outras tem tendências a serem normais, com você é sempre do jeito menos esperado — como não provoca-la? Era um quase esporte pra mim.

— Normais? — ela estreitou os olhos pra mim, eu ri e a beijei, que era uma coisa que eu estava com vontade de fazer faz tempo — sua sorte é que estou cansada demais para chutar seu traseiro — eu ri ainda mais

— Descanse garotinha, quando o médico vier, eu te chamo.

— Theo. . . obrigada. . .eu sei que tem esse lance de marcada. . . que você tem que cuidar de mim, mas. . . — seus olhos estava tão pesados que fechavam sozinhos.

— Eu não estou aqui porque é minha obrigação, eu estou aqui, com vocês, porque eu quero estar. Agora descanse, eu vou cuidar de vocês.

Eu fazia carinho no seu cabelo, sua respiração estava leve, indicando que ela já tinha dormido.

— O que você não sabe garotinha — eu sussurrei, mesmo sabendo que ela não ouviria — é que eu sempre vou cuidar de vocês, eu sempre estarei com vocês, mas não porque você é minha marcada, mas é porque eu te amo. 



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