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6 - Éramos para ser.

☆Oi, é minha volta depois de quase 40 dias sem escrever, a primeira coisa inédita que posto em algum tempo, estou nervosa, mas espero do fundo do meu coração que gostem. Comentem oq sentiram/acharam desse cap. Se querem uma indicação de música para ouvir, ouçam Goodnight n go da Ariana Grande. Boa leitura.

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O subconsciente de um ser humano podia ser bem irônico, quero dizer, com ele somos capazes de enxergar o que os nossos olhos não alcançam e de criar imagens, sons e cheiro que talvez nunca sequer tenhamos sentido, visto ou ouvido, através de sonhos ou até mesmo estando acordado. Nosso subconsciente é traiçoeiro e ao mesmo tempo benévolo conosco. Ele nos dá exatamente o que queremos, o que depois se torna  justamente a causa da nossa angústia. Nosso subconsciente é capaz de criar o paraíso que sempre sonhamos, mesmo que seja apenas na nossa cabeça.

A minha sorte é que eu não era tão crente assim na capacidade do meu subconsciente. Eu não acho que poderia ser capaz de imaginar determinados toques, cheiros ou sabores, meu QI não era tão alto (na verdade bem mediano mesmo), mesmo eu nem sabendo se QI tinha a ver com capacidade de criatividade do subconsciente.

O fato era, Kim Taehyung, eu não podia ter imaginado a voz dele ao meu ouvido sussurrando de forma grave as palavras quando queria falar algo comigo, eu não podia ter imaginado o cheiro dele que era tão marcante em um perfume bem masculino, eu não podia ter imaginado as mãos espertas dele passeando pelo meu corpo, enquanto... Bom, nos beijavamos em cima do meu sofá com uma intensidade que me tirava o fôlego em poucos segundos e me aquecia inteira apenas com a lembrança. E o melhor de tudo, eu não era capaz de acredita que eu estava sentada assistindo à um filme com ele, enquanto seu braço estava envolto sobre meus ombros e sua mão livre brincando com meus dedos em cima da minha perna, era impossível que isso fosse mero fruto da minha imaginação. Não tinha chance de ser tudo fruto do meu subconsciente. Kim Taehyung era real demais e intenso demais, de uma forma que nunca nem imaginei ser possível, sua presença era forte e marcante em tudo o que ele tocava, inclusive na minha pele.

Essa manhã eu acordei adoentada, mas parecia que tinham se passado anos desde a última vez que eu estive doente. Eu estava em chamas, mas era pela forma íntima como ele me acolhia em seu abraço e como sua mão grande de dedos compridos, brincava com a minha, horas entrelaçando nossos dedos, horas fazendo pequenos círculos na palma de minha mão e ainda tinha o pequeno Yeontan deitado sobre nossos pés no chão de madeira do meu apartamento para tornar tudo o mais realista possível. De repente tudo passou a fazer sentido e era como se ele sempre estivesse ali e sempre fizéssemos isso.

Eu não sei sobre o que o filme falava, sequer me lembrava do título, tudo porque eu queria era desesperadamente aproveitar do calor do corpo dele, queria inalar o cheiro da pele dele, observar cada detalhe, tocar nele, sentir a textura macia da blusa branca que ele usava e como ela caia com graça sobre si, ouvir a sua respiração pesada e constante. Nesse momento tudo era ele e era bom assim, eu não queria parar, nem deixar de aproveitar tudo.

De repente o braço dele saiu de cima de mim enquanto ele se espreguiçava, me endireitei no sofá para dar-lhe algum espaço.

  -Ah, eu to com fome - disse. - Tem o que para comer? - perguntou me olhando, fiquei encarando ele de volta completamente perdida em como ele era fofo quando não estava tentando me matar de tesão. Quando ele falava os lábios dele formavam um bico fofo e as bochechas dele ficavam redondas à um ponto de que querer apertar, isso era fofo demais e não dava para ignorar.  Como ele podia ser um cara sexy e fofo ao mesmo tempo? Era possível mais alguém no mundo ser assim? - Que foi? - ele percebeu que eu o encarava sem dizer nada.

  -Nada. - respondi em meio à um suspiro.

  - Nada, o que? Não aconteceu nada ou não tem nada para comer? - questionou-me e eu ri.

  -As duas coisas, eu não acho que tenha nada verdadeiramente gostoso para comer aqui. - Falei.

  - Na verdade tem. - disse de forma maliciosa, engrossando a voz e eu já entendia depois de algumas vezes ao lado dele que voz grossa significava malícia na mente. - Mas eu considero isso... - seus olhos percorreram pelo meu corpo sem pudor nenhum enquanto ele umidecia lentamente seu lábio inferior, para então concluir sua frase: - Uma espécie de sobremesa. - ele era tão descarado quando queria e eu rolei os olhos, tentando disfarçar o quanto isso fazia o meu coração acelerar e me causava satisfação, inflando o meu ego ao nível máximo.

  -Acho que teremos que ir no mercado. Que tal? - desviei o assunto porque sabia que mais um segundo sob o olhar dele e minhas bochechas começariam a queimar de vergonha. Ele ficou pensativo por um momento, depois suspirou.

  -Tudo bem. - falou, ficando de pé e esticando o corpo mais uma vez depois de bocejar. - Vamos ao mercado.

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A parte engraçada de ir ao mercado com o Taehyung, era que ele parecia uma espécie de modelo do mercado, andando enquanto empurrava o carrinho despreocupadamente, olhando as prateleiras e pensando sobre o que comeriamos, me fazia sentir como se estivessemos em um drama daqueles bem fofos em que o casal é 'shippado' por todo mundo.

  -A gente pode comer Galchi Jorim? - perguntou olhando para a prateleira de peixes congelados diante de nós.

  -Galchi Jorim? - questionei.

  - Sim, você sabe fazer? - me olhou de forma inocente, quase como aqueles crianças que pedem para os pais comprarem o que eles querem, era impossível resistir aqueles olhos grandes e inocentes. Sim, eu pensei inocentes, porque ele tinha um lado inocente que me matava de fofura e fazia meu coração derreter inteiro por ele.

  -Sim, eu sei fazer. - Respondi à sua pergunta. - Mas não é um prato simples. - concluiu.

  -Hey, prometo que eu compenso você mais tarde. - disse se aproximando de mim, depois de largar o carrinho do mercado, roçando minimamente seus lábios nos meus, me pondo em combustão rapidamente, esquece a parte do inocente, pensei comigo mesma. Botei minhas mãos em seu peitoral e o empurrei para que se afastasse de mim, não estávamos em um local apropriado para esse tipo de clima, mas também porque eu não iria conseguir me controlar assim.

  -Tudo bem. Eu vou fazer Galchi Jorim para a gente comer. - Dei-me por vencida, primeiro porque eu gostava de comer Jorim e segundo porque eu realmente queria ser recompensada mais tarde e este último pensamento me fez sorrir involuntariamente.

  -Podemos obter um pouco de sorvete também? - Eu ri dele novamente me perguntando como ele podia ser tão fofo depois de quase me devorar com os olhos dentro do mercado e me prometer compensações que não eram nenhum pouco inocentes?

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Cozinhar e comer ao lado do Taehyung eram novidades suculentas para mim, quero dizer, quem diria que acabariamos assim? Cozinhando (ele apenas me observando, porque não tem talento nenhum para a cozinha) e depois comendo enquanto conversávamos sobre coisas do dia a dia, sobre a cor favorita dele e sobre seu sonho de se tornar fotógrafo e viver disso, com o pequeno peludo no nosso encalço atrás de ganhar um pouco de sobras como petisco.

  - Eu estou bem satisfeito de ter conseguido essa folga, sabe? - disse enquanto esfregava um prato e eu esperava para poder seca-lo, porque sim, estávamos sendo clichês ao ponto de lavarmos a louça juntos como se isso fosse uma das coisas mais divertidas do mundo e bem, ao lado dele era. Depois dele definitivamente lavar a louça nunca mais seria do mesmo jeito. - Eu estava mesmo precisando um dia assim.

  -Desculpa desviar o assunto, mas estou até agora me perguntando como sobrevive sozinho se é tão ruim na cozinha. Francamente... - isso não saia da minha cabeça logo após perceber que a única coisa que ele fazia bem era colocar o arroz no microondas.  Ele soltou uma risada grave e curta, que ecoou pelo meu pequeno apartamento e trouxe paz e calmaria ao ambiente conturbado por sentimentos ambíguos e intensos.

  - Eu trago comida do restaurante e a torrada eu não deixo queimar, eu sei fazer e tirar da torradeira no tempo certo. - disse orgulhoso. - E antes minha ex namorada sempre cozinhava para mim. Agora é você quem vai cozinhar para mim? - ele girou o rosto para me encarar  fazendo com que seu mullet balançassasse minimamente.

  -Então é isso o que você está fazendo aqui? Está atrás de uma cozinheira? - brinquei, colocando um tom de desconfiança exagerada em minha voz.

  -Yah... - o dedo cheio de espuma dele encontrou o meu nariz me sujando ali. Ele parecia não ter gostado muito da minha brincadeira. - Eu praticamente te peço em namoro e você fica de piadinha?

  - Eu 'tava brincado. - Falei tentando consertar o clima entre nós, então levei minha mão até a espuma e também espalhei um pouco no rosto dele. - Se vai me pedir em namoro faz isso direito. - conclui soltando uma risada em seguida ao ver como ele ficou todo sujo de espuma de detergente.

  - 'Ta bom, vou pensar em algo bacana. - falou por fim e no segundo seguinte passou as duas mãos cheias de espuma de detergente no meu cabelo. Abri a boca perplexa que ele tenha tido coragem de fazer algo assim mesmo comigo.

  - Você não fez isso Kim Taehyung. - Falei perplexa. Ele abriu um sorriso enorme e travesso fazendo com que suas bochechas ficassem gordinhas é seus olhos minúsculos. - Filho da mãe. - coloquei minha mão dentro da pia e depois joguei a água ensaboada nele, começando assim aquela deliciosa guerra de sabão e mais uma vez me vi envolvida em momentos clichês com ele.

●●●

Coloquei um banquinho no meu quarto e obriguei ele a me ajudar a secar os meus cabelos porque depois da espuma e da bagunça que fizemos na cozinha, eu tive que lavar meu cabelo, ele aproveitou para ir em seu apartamento trocar de roupa, depois que eu expulsei ele do meu banheiro quando ele já estava pronto pra tirar a roupa e invadir o meu banho, aleguei que devagar era mais gostoso, só que na verdade aproveitei toda a situação para por minha depilação em dias.

Se ia rolar algo, então eu tinha que estar preparada.

Era estranhamente reconfortante enquanto ele secava o meu cabelo, novamente senti que essas coisas eram corriqueiras entre nós, não era como se fosse a primeira vez que ele estava fazendo isso, Kim Taehyung combinava tão bem com todo o ambiente do meu apartamento e se encaixava tão bem em todos os momentos do meu dia que chegava a ser assustador.

Era algo que eu nunca tinha sentido antes, esse envolvimento, essa sensação de que eu era incapaz de lembrar como a vida era antes dos momentos com ele, como se ele completasse com perfeição cada espaço antes vazio, como se fosse para ser.

E enquanto ele secava os meus cabelos eu percebi que talvez a gente sentisse mesmo quando algo era para ser, não era estranho, nem invasivo, era reconfortante e eu apenas queria mais. Talvez fosse apenas cedo demais para pensar em ser algo com ele, mas talvez simplesmente não houvesse tempo para ter certeza sobre algo que já é!

  -Acho que eu consegui fazer um bom trabalho. - disse após desligar o secador. Me encarei no pequeno espelho de mão, vendo que sim, ele tinha feito um bom trabalho.

  -Muito bem Kim Taehyung, gostei. - sorri para ele.

  -Ah não, - ele rapidamente sentou na beirada da minha cama me encarando. - Não me chama pelo meu nome completo, é estranho e formal demais para nós dois. - o olhei confusa.

  -Então como quer que eu te chame? - perguntei curiosa inclinando minha cabeça levemente para o lado,o que fez ele ri de mim.

  -Que fofa! - soltou. - TaeTae. Só as pessoas mais próximas à mim me chamam assim e... - ele hesitou um pouco antes de falar. - Você se aproximou tanto que tocou meu coração, então tem todo o direito de me chamar assim. - mordi o lábio inferior tomada novamente pela satisfação e pelas borboletas no estômago com as coisas que ele falava. Eu toquei seu coração? Toquei mesmo?

  -TaeTae? - repeti tentando deixar o apelido fluir com naturalidade e maciez entre meus lábios. Ele deu um sorriso ladino parecendo satisfeito com a forma como seu apelido soou.

  -Posso te fazer uma pergunta? - soltou de repente indireitando a postura.

  -Manda. - aproveitei a quebra do momento para ficar de pé e guardar meu secador.

  -Você gostava de ouvir os gemidos que vinham da minha casa? - Eu estava de costas para ele e não pude deixar de me sentir impressionada com a cara de pau do indivíduo de me perguntar tal coisa. Semicerrei meus olhos consternada.

  - Não vou responder à essa pergunta. - falei ainda de costas para ele e depois de guardar meu secador na primeira gaveta da minha cômoda, me virei para encara-lo, ele me olhava de forma desafiadora, quase como se minha resposta tivesse aguçado ainda mais a sua curiosidade.

  -Ok, então me responde outra? - perguntou ainda com o sorriso ladino no rosto.

  -Depende. - Hesitei. Ele abriu um sorriso mais farto, mostrando um lado malicioso, já conhecido por mim. Ele percebeu que sua pergunta me desconsertou e pareceu gostar disso. Respirei fundo esperando que ele não fosse mais tão cara de pau assim, só que no segundo seguinte duvidei da minha fé vã.

  -O que você fazia quando ouvia os meus gemidos? - não consegui segurar a risada que veio na sequência à sua pergunta. Talvez um pouco de óleo para polir madeira fosse necessário para deixá-lo ainda mais brilhante do no meio desse rostinho lindo. Kim Taehyung era inacreditável.

  - Eu não vou dizer aquilo que você quer ouvir. - respondi desvia do o olhar.

  -Nem precisa, você já respondeu. - deu de ombros ficando de pé. Mordi a parte de dentro da minha bochecha completamente encurralada, sim de certa forma não era mais necessário dizer nada, porque sendo um pouco inteligente já daria para perceber que eu não queria responder porque tinha culpa no cartório. O dia estava bom demais para ser verdade, eu ainda não tinha gastando minha cota de frustrações e pagação de mico diante dele.

  - Por que me fez essas perguntas? - ele se aproximou de mim parando bem na minha frente, olhou para além de mim, mirando a parede enquanto pensava, seus lábios curvados para baixo bem pensativo.

  - Eu estava apenas curioso. - disse por fim, dando de ombros.

  -No começo eu gostava. - me ouvi dizer e arregalei os olhos ao perceber que as coisas simplesmente estavam saindo da minha boca sem a minha permissão. Ele me olhou verdadeiramente curioso, um brilho de satisfação faiscando em seus olhos. - Mas depois eu passei a odiar. - completei. Ele sorriu.

  -É bem a sua cara. - concluiu pensativo.

  - Por que bem a minha cara? - debochei da forma como ele falou as últimas palavras.

  -Você é difícil de entender, gosta e não gosta, está bêbada na sala da minha casa falando que está apaixonada por mim e depois foge, essas coisas... - deu de ombros e eu abri minha boca surpresa com o que ele tinha acabado de falar. Como assim falando que está apaixonada?

  -E-e-u o que? - gaguejei. Ele soltou uma risada rouca e terminou de encurtar a distância entre nós me abraçando e me puxando para junto de si, fiquei estática dentro do seu abraço ainda chocada com o que ele tinha acabado de revelar. Então no final das contas eu tinha mesmo aberto a minha boca gigante é contado tudo para ele naquela noite em sua casa?

  -Está tudo bem, não é como se eu não tivesse gostado de saber. - sussurrou perto do meu ouvido, sua voz rouca me arrepiada por inteira, mas seu tom não era sensual e tentador, era quase doce, romântico e acolhedor. Me afastei dele para poder olha-lo. Essa era uma sensação nova, me sentir acolhida com aquela voz grave que na verdade me umidecia inteira. A ambiguidade dos meus sentimentos era assustadora. - Depois daquele dia, eu realmente passei a gostar de saber que você gostava de mim.

  -Tae... - foi a única coisa que conseguiu sair da minha boca. Eu estava verdadeiramente surpresa que ele soubesse dos meus sentimentos há tanto tempo e não tivesse dito nada sobre. Sorri para ele de volta feliz de por ter alguém como ele próximo à mim assim, não só fisicamente, mas emocionalmente também.

  - Eu gostei tanto, tanto, tanto... - ele suspirou. - Que não paro de pensar que eu quero essa garota louquinha, apaixonada e indecisa como minha namorada. Quer namorar comigo? - perguntou-me olhando em meus olhos.

A verdade é que antes mesmo de pensar em responde-lo eu pensei em dizer que não entendia como ele podia ser tão aleatório, em um momento estava me fazendo perguntas indecentes e em outro estava me perguntando se eu queria namorar com ele, mas pensei que seria estranho estragar o clima com tal observação, até porque eu queria muito ser a namorada dele. Não que eu já não me sentisse como tal, até porque estávamos nesse rolo há um tempinho já, uma semana pra ser mais exata, porém parecia tempo demais para eu me sentir como sua namorada já.

Kim Taehyung estava ali, diante de mim, preenchendo todos os espaços vazios com a sua presença inebriante, seu calor, seu corpo, sua voz rouca, seu bom humor e seu cachorrinho de pêlos negros e ele fazia tudo isso sem nem ao menos pedir permissão, mas não era como se ele precisasse pedir, mesmo se ele nunca pedisse, Kim Taehyung sempre a teria. Me teria.

Talvez quando algo fosse para ser, fosse bem assim. Não precisava de protocolos  ou anúncios, não precisava ser previamente avisado ou de permissão. Precisava apenas acontecer naturalmente. Éramos para ser, isso estava muito na cara.

  - Não é como se já não estivéssemos, não é mesmo? - respondi sua pergunta com outra no lugar. Um sorriso pincelou seus lábios brevemente antes que ele se inclinasse no alto de sua estatura imponente diante de mim e unisse os nossos lábios em um beijo sereno e cheio de significados.

Definitivamente não havia pressa e tudo no que eu conseguia pensar era:

Aproveitar essa calmaria, porque a paz jamais duraria para sempre, porém enquanto ele estivesse aqui, eu me sentiria segura para me permitir.

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