HELLO gente. Tô escrevendo só para dizer que na fanfic não vai ter todo mundo da nossa linda old Magcon, porém eu coloquei os lindos maravilhosos mais queridos por mim e outra coisinha... Vai ter algumas
outras pessoas que não eram da Magcon, mas que fazem parte da coisa toda lá, tipo Jake Foushee e Ethan Dolan <3, só isso bom capítulo

- MAREN -

A água desce pelas minhas costas gelada demais, contraio os músculos pela reação da temperatura na minha pele, porém eu gosto. Gosto da água gelada e da sensação que ela causa quando entra em choque comigo.

Me mantém acordada e bastante enérgica.

A música fica mais alta aqui no banheiro quando chega no refrão e eu me pergunto o que é que Cool for the Summer tem de mais que me faz ouvi-la tantas vezes sem me enjoar dessa melodia, dessa letra e dessa voz.

Já sei a letra inteira de cor e salteado.

- Take me down into your paradise- a água escorre pelo meu rosto e eu pendo a cabeça para trás enquanto canto.

O meu problema de por música enquanto tomo banho, é que eu me esqueço do tempo e de qualquer outra coisa.

Ergo as mãos para cima e sinto a água lamber meus braços, enquanto minha cintura vai de um lado para o outro repetidas vezes.

- I just wanna play with you...

Quando percebo já estou chacoalhando meu cabelo junto com meus ombros, fazendo uma dança estranha e sensual.

- Take me doooown- canto a parte alta da música no final e os respingos de água do meu cabelo voam por toda a parte, dentro do box do banheiro.

A música acaba e o toque de Crazy in Love começa, mas é interrompida por o toque de ligação.

Saio da minha loucura e desligo o chuveiro, saio correndo, mas quase tropeço, seguro na parede do box e tento me equilibrar com o coração a mil por quase cair de bunda no chão.

Para de tocar e eu me enxugo rapidamente, passo a toalha repetidas vezes no cabelo até tentar tirar o excesso de água dele.

O celular começa a tocar de novo e eu deslizo para atender a chamada de Cameron.

- Al...

- Onde você tá?

- Uai em casa, eu estava te esperando para ir para cas...

- Puta que pariu Maren! Eu vi que você não saía desse banho e vim para cá com a Madson! Tá todo mundo querendo te conhecer e você aí na enrolação- diz irritado.

Eu acho "maravilhosa" a capacidade que ele tem de ser grosseiro com as pessoas que ele mal conhece.

Qual o motivo de gritar comigo?

Só sei que ele encrespou desde que me conheceu, esse fato é ridículo e me irrita ao extremo.

- Tá, eu est...

Tu. Tu. Tu.

Inspira, expira, inspira, expira.

Não conseguir terminar uma única frase dessa conversa me deixa mais frustrada.

- ARGH!

Abro a porta com violência e agradeço a Deus por ser uma suite.

Se eu tivesse que tomar banho e sair enrolada na toalha todo santo e maravilhoso dia, correndo o risco de trombar com Cam no meio do caminho eu com certeza ficaria anos sem tomar um bom banho.

Procuro biquíni por todas as partes do guarda-roupa e não acho nada.

Até achar uma gaveta cheia deles.

De todos os tipos, brancos, pretos, coloridos, de bolinhas.

Sei que eu não vou, não vou mesmo nadar; não curto piscina, mas posso levá-lo para fazer um social.

Pego um preto mesmo, porque fica realçado na minha pele branca e visto-o, colocando um short jeans e uma blusa de alças qualquer.

Não sei como Sierra e Gina conseguiram comprar tantas coisas do meu número exato.

É bem provável que elas tenham perguntado para Lola, entretanto realmente têm um gosto maravilhoso para roupas.

Algo me consome por dentro, uma vontade gigantesca de poder conhecer todo esse mundo da moda que está tão perto de mim, mas mesmo assim parece não alcançável.

Imagino qual seria a fonte sugadora de dinheiro que mantém todo esse luxo superficial à minha volta.

Tudo é tão fácil para as pessoas poderosas, no quesito dinheiro.

Mas elas sempre têm um buraco que fura essa camada de perfeição que cai como uma redoma sobre essas pessoas.

Por exemplo o furo, a imperfeição da família Dallas é o filho rebelde.

Cameron é o furo na camada de perfeição.

Falando-se de classe, porque perfeição ele com certeza tem, mas de outro jeito.

Saio do meu devaneio de pensamentos, quando concluo que não vou chegar à lugar algum com meus labirintos de hipóteses, que não possuem um começo, meio e fim, só fazem me embaralhar mais ainda à procura de uma saída e me perder no final das contas.

Coloco um chinelo de dedos rosa pink e enfio o celular no bolso de trás do short.

Quando estou no meio da calçada, lembro-me que não faço a menor ideia de onde fica a casa do Nash.
Pode ser qualquer uma dessas inúmeras e gigantescas mansões.

Ligo para Cam, mas quem atende é Madison.

- Oi Maren.

- Oi Madison... Hmm... Pode passar para o Cameron?

- Não. Ele está na piscina- escuto um som de violão no fundo e a vontade de ir para lá correndo só aumenta.

- Será que tem como alguém me explicar onde é a casa?- falo um pouco receosa.

- Eu vou aí te buscar, dois minutos estou aí- diz animada e eu concordo com um resmungo, desligando logo em seguida.

Cruzo os braços e espero.

Olho para cima e vejo as grandes folhas da árvore que estampa o final de um quadro real que é essa casa, todos os componentes formam um todo de uma pintura moderna.

E eu fecho os olhos, imaginando um pincel sendo arrastado por uma tela que começa branca, sem vida, sem cor, porém logo depois alguém decide enxergá-la da melhor forma possível; senti-la com curvas e formas; amá-la com cores e traços e por fim, desejá-la com todos os seus componentes e suas partes, desejá-la pelo que ela se tornou e desejá-la pela forma como ela transmite sentimentos e vida.

Assim como eu desejo que alguém me deseje um dia, penso.

Quando criança- quando eu corria moleca no meio das tendas, pulando de cadeira em cadeira, enquanto minha mãe gritava para que eu descesse, senão teria que varrer as sobras de pipoca que caiam no chão durante as apresentações, no final do dia ;quando eu tentava aprender com Kruper, o malabarista, a revezar as mãos rapidamente com uma dúzia de bolinhas de plástico coloridas sem que caíssem no chão, descobrindo que minha vocação com certeza não era malabarismo; e quando eu finalmente aprendi com minha mãe a atravessar a corda e a pular lá de cima de uma lado para o outro, a colocar o pé na cabeça, com o outro no chão, a deitar-me e sentir meus dedos dos pés tocarem o meu nariz e sentir a melhor sensação já imaginada, sentir-me realizada e elástica como chiclete, leve como algodão, sentir meu corpo se encher de energia própria e disposição indescritível- eu fui sonhadora.

Amava pensar que um dia um garoto trombaria comigo no meio de um corredor qualquer, como em todo filme clichê de romance, eu derrubaria minhas coisa todas pelo chão, me desculparia por ser uma garota estabanada e me abaixaria para pegar minhas coisas junto dele.

E então nossos dedos se roçariam ,com uma eletricidade intensa, que poderia fornecer energia para uma cidade inteira, e então olharia nos olhos dele e nos apaixonaríamos perdida e intensamente.

Porém isso nunca aconteceu e eu duvido muito que vá acontecer.

Duvido muito que eu possa se apaixonar por alguém tão facilmente.

- Maren- escuto barulho de dedos estalando em frente ao meu rosto e abro os olhos rapidamente, encarando dois olhos azuis na minha frente e uma morena sorridente- acorda para vida!

Demoro uns bons dez segundos para ressuscitar do meu devaneio e sorrio de volta para ela.

- Eu estava só...

- Tudo bem, vamos? Não esqueceu nada?

- Não- nego com a cabeça.

Então ela me puxa pela mão e eu começo a estranhar a animação e o sorriso gigantesco dessa garota.
Essa garota não é a Madison superficial que conheci.

- Olha- ela se vira bruscamente na minha frente e eu não posso deixar de notar que ela, obviamente, é mais alta que eu, mesmo sem salto- eu sinto muito por ter sido grosseira com você de manhã... É só que- ela torce a boca em um sinal de desconforto- meu problema com Cameron não tem nada a ver com você, então... Acho que a gente começou com o pé esquerdo não é?

Problema com Cameron?

Querida você parecia estar resolvendo muito bem os seus problemas com ele hoje.

Rio discretamente pelos pensamentos indecentes e concordo estendendo a mão, mas ela me puxa para um abraço de urso e eu fico espremida com seus airbags/seios.

- Tudo bem Madison- digo- podemos ser amigas.

- Podemos?- ela me afasta dela para olhar nos meus olhos- sério? Nossa Maren...

Imagino que sua frase vai ser algo como "Nossa Maren... Obrigada", mas ela simplesmente solta algo como:

- Nossa Maren... Você precisa vestir-se melhor.

- Mas eu...- antes que eu possa discordar, ela me puxa de volta para dentro de casa e sobe as escadas comigo, enquanto eu permaneço confusa.

- Olha- ela puxa uma saia rodada preta e alta na cintura- você usa isso aqui e tira esse biquíni aí.

- Mas uai- eu digo constrangida- vamos na piscina.

- Vamos. Vamos, claro. Mas você tem que chegar com classe querida. Não chega assim parecendo uma mendiga- ela aponta para minhas roupas e eu rio.

Ela joga a saia para mim e eu seguro o tecido macio nas minhas mãos, enquanto ela procura, igual uma doida, por uma blusa.

- Aqui- joga uma blusa branca mais curta para mim.

- Mas minha barriga não vai...

- Não não. Por isso a saia é alta, entendeu?- ela diz como se tivesse ensinando uma criança a escrever- e se aparecer é um centímetro. Você nem tem barriga, para de reclamar.

Pego uma calcinha e um sutiã de renda e vou ao banheiro me trocar.

Olho no espelho rapidamente e consto que não estou tão mal assim.

- Pronto!

Madison tira os olhos do celular e assobia me olhando de cima à baixo, como se estivesse aprovando a criação.

- Tá gostosa- ri animada.

Pego um bolsa de couro preta e enfio o biquíni lá em qualquer lugar.

- E a toalha?- pergunto e ela me puxa antes que eu possa responder qualquer coisa.

- Fui útil para você, enquanto se trocava, Maren- ela balança uma bolsa transparente meio rosa na minha fuça.

- Por que você tá com tanta pressa?- pergunto.

- Só que o pessoal quer te conhecer e você tem que jantar, não é?- diz conforme saímos da casa e acaba me convencendo.

O almoço no colégio é uma opção razoável, pois Gina trabalha até à noite.

Depois de umas duas quadras eu chego a conclusão de que esse lugar é bem maior do que eu imaginava, imagino se algum dia alguém se animaria de jogar uma partida de tênis comigo; a casa dos Grier não é tão diferente da (minha) do Cam.

As paredes de fora são brancas, quase em um tom acizentado, porém a quantidade de brinquedos jogados na garagem perto de 2 carros me fazem sorrir, lembrando de Sky.

- Por que só dois carros?- pergunto para Madison.

- O resto tá na garagem subterrânea- ela diz como se fosse muito óbvio e eu estivesse perguntando à ela porque o céu é azul.

Começo a escutar um som, não muito alto, vindo de dentro da casa, parece ser algum remix de uma música, cujo o nome desconheço.

A ansiedade toma conta de mim, como uma criança que está prestes a ganhar sua tão esperada bicicleta de presente de Natal.

E eu começo a me perguntar se eles irão gostar de mim.

De novo e de novo.

Essa maldita vontade de ser aceita e essa droga de problema de aceitação.

- Vem Maren- ela me puxa pela mão e me olha confiante- ninguém vai te morder.

Eu começo a abrir a boca para dizer alguma coisa, sem sucesso, pois me interrompe e diz:

- Só se você quiser.

Não consigo deixar de rir. Ela pode ter pego essa safadeza maldita do Cameron, ou talvez, os dois sejam a junção perfeita da perversidade.

- Vamos logo Maren, pelo amor de Deus- ela segura minha mão ainda mais firme e eu não saio do lugar, negando com a cabeça.

Eu posso ter conseguido fazer amizades rápido por aqui, porém isso não significa que minha ridícula timidez sumirá de um dia para o outro, como se a ousadia chegasse com sua varinha mágica e fosse cantar com suas palavras doces um "abracadabra" qualquer e me tornar uma garota que chega pulando e abraçando todo mundo.

- Qual a pior coisa que pode acontecer?- pergunta parando em frente à mim, cruzando os braços perto dos peitos e erguendo as sobrancelhas mais bem feitas que as minhas.

- Alguém me derrubar na piscina e eu morrer afogada.

- Então fique feliz, porque as probabilidades de isso acontecer são mínimas.

Ela abre a porta da frente de uma vez, coloco meus pés dentro do local, que de repente parece silencioso demais, um grito me faz pular de susto e meu coração quase sai pela boca, as pessoas começam a vir para cima de mim e minha cabeça vai de um lado para o outro tentando digerir a situação.

- Ahn?- resmungo quando alguém me puxa pela mão e me tira do meio da multidão, que já estava me dando claustrofobia.

- Calma aí, gente! Vocês estão deixando a princesa aqui, sem ar- Cameron. Óbvio que seria ele.

- O que tá acontecendo?- sussurro para ele.

- Surpresinha- Sierra gargalha alto atrás de mim e eu sinto o sangue subindo pelas minhas bochechas, se esvaindo de todo o resto do meu corpo- Gina achou que seria interessante fazer uma festa de boas-vindas para você. E aí ela chamou alguns amigos daqui e bem... Cameron e Nash convidaram os amigos para não perder o costume.

Seguro minhas mãos na frente do corpo e sinto que cada vez mais meu rosto esquenta.

Meus pés parecem um foco confortável para meus olhos e por um segundo eu ouso levantar a cabeça, para ver todas aquelas pessoas sorrindo para mim, enquanto eu pareço um pássaro fora do ninho.

- Oi sou Jack- um garoto alto e razoavelmente moreno, com um sorriso daqueles que faz "plim" nos filmes, diz para mim com os braços cruzados.

- Olá Ja...

- E aí gata? Meu nome é Jack- me viro confusa para o outro lado e um garoto, um pouco mais alto que eu, com um sorriso engraçado e sapeca no rosto, se manifesta. Seus cabelos são de um tom acobreado e seu rosto é fino, mas mesmo assim bonito. Lembro- me que ele está na minha classe de história.

Por que diabos todos aqui são lindos?

- Eu é...- antes que eu possa responder, sou puxada para um abraço e um cheiro de perfume dos mais caros, invade minhas narinas.

- Prazer, Shawn- o garoto me afasta do abraço, eu sinceramente vou precisar sair daqui de muletas, porque minhas pernas já não aguentam mais sustentar meu corpo pequeno.

- Ah... Shawn... o Nash me disse que vo...

- Uou- sou girada por alguma outra mão irreconhecível- essa gata é minha!

E me afogo mais uma vez, na beleza e nesses indestrutíveis sorrisos.

- Sai Caniff! Deixa a garota respirar, cara!- alguém grita, mas eu desconheço a voz.

- Ahn...

- Calma que ainda não acabou, linda!- me viro para protestar ou para ver quem é, porém não encontro ninguém- do seu ladinho querida- viro-me e dou um pulo, pela repentina e tão próxima aproximação desse garoto maravilhoso, sem descrições para esse sorriso sem aparência de dentes e para esses olhinhos de cão abandonado- meu nome é Matthew, mas pode me chamar de Matt, mas se eu for pensar bem... Para você eu sou qualquer coisa. Sou seu calor no inverno, sou s...

- Sh, sh. Chega, pelo amor de Deus- Cameron me puxa e eu quero agradecer à qualquer coisa por isso- ela não é de ninguém.

Alguns "ahh" frustrantes são espalhados pelo local e eu fico meio perdida, ainda mais do que antes.

- Mas Nash disse que vocês tinham namorada e...

- Era só enrolação para você vir, Mary- ele diz trazendo um copo de alguma coisa, que parece refrigerante.

Olho dentro do copo para confirmar.

- Relaxa, linda- Matt pisca para mim- aqui tem gente de meia idade. Você bebe alguma coisa decente final de semana que vem.

- Enfim... Nome completo por favor- o suposto Caniff, cujo primeiro nome desconheço, arruma os óculos invisíveis e finge anotar algo, parecendo exageradamente gay- é para ficha, amor.

- Maren Kristen...

- DALLAS!- Sierra grita da cozinha e eu rio instantaneamente.

- Hmm... Idade?

- 17, isso é realmente necessár...

- É sim. Necessário sim- balança a cabeça de um jeito exagerado.

- Vocês são loucos- Jack 1 diz, eu realmente vou ter que me acostumar com essa coisa de Jack's.

- Status!

- Soltei...

- Dá essa ficha aqui!- Matt puxa a ficha invisível da mão do garoto- quanto você tem de busto?

Por que diabos ele quer saber quantos centímetros eu tenho de peitos?

- Eu sei lá- torço o nariz.

- Faz o seguinte... HAYES CARA! PEGA A FITA LÁ PARA GENTE MEDIR O BUSTO E O TRASEIRO DA MENINA AQUI!- grita.

- Ninguém toca no meu traseiro!- grito alto demais, fazendo com que as outras pessoas da festa me olhem de um jeito estranho.

- Gente... Coitada da Maren- Sierra me puxa para um abraço de urso e eu retribuo.

Respiro aliviada, quando depois de uns bons 15 minutos o assunto dos garotos mudam de rumo.

Descubro que nem todos os amigos estão aqui, porém segundo Taylor, que descobri ser o nome do Caniff, esses são os que ele mais gosta de toda a "porra-louca".

Descubro algumas coisas superficiais sobre esses meninos e vale a pena constar que todos eles moram aqui no condomínio.

Cameron permaneceu calado por um bom tempo, quando o assunto era eu, entretanto não tirava os olhos de mim, nem um mísero segundo, mantendo o maxilar travado e tenso.

Algumas vezes, começo a pensar que ele realmente não gostou da minha chegada repentina à sua casa e da minha futura e nova amizade com seus amigos.

Gina me puxa para apresentar-me ao resto dos convidados da festa e eu me canso tanto das palavras "obrigada", "Maren" e "dezessete".

Sento esgotada, de tantos abraços e de tantos apertos de mão, em uma cadeira/ poltrona espaçosa perto da piscina, o assento macio provoca um som relaxante da minha boca, viro o pescoço de um lado para o outro em um alongamento inútil.

- Os moleques gostaram de você- escuto essa voz grossa e ouço-o sentar na poltrona ao lado de mim- eu disse que iam.

- Por que fizeram a festa aqui na casa do Nash?- pergunto, levantando as costas da poltrona e apoiando os cotovelo nos joelhos.

- Porque não daria tempo da minha mãe chegar para a surpresa e bem... Ele se ofereceu- Cam olha para algum ponto próximo a piscina e não consigo enxergar nenhum sinal de sentimento em seus olhos- o garoto tá realmente caidinho por você.

Olho através das portas de vidro, que separam a sala de estar e o restante da casa da piscina, e vejo os garotos rindo de alguma piada idiota de Matthew, enquanto os dedos de Shawn digitam rapidamente algo no celular.

Vejo Madison olhando para nós e suspirando apaixonada, quando seus olhos passam para Cameron que não a vê.

- Ela tá realmente caidinha por você.

- O que?- ele arqueia as sobrancelhas e vira-se bruscamente para constar que estou falando de Madison- Ahh... Mas eu não. Quer dizer... Ela é gostosa e tal, mas eu não sou do tipo que se apaixona, aprenda isso.

Ergue o dedo indicador, falando comigo.

- Aham... Eu acho melhor eu ir lá- aponto para os meninos e para Shaw que segura um violão.

- É. Pode ir.

Levanto-me rapidamente e vou caminhando até à sala.

Paro na frente da roda que formaram no chão, Sierra fala alguma coisa com Jack 2 gesticulando exageradamente.

Olho para Madison e ela dá uma batidinha no chão, para que eu me sente.

- Shawn- digo e ele olha para mim, pedindo para que eu continue- posso tocar?

Aponto para o violão no seu colo e ele faz uma careta engraçada, beijando-o e acariciando suas cordas.

- Cuida bem do meu bebê.

Entrega o violão para mim e eu ajeito o instrumento no meu colo.

Todos olham para mim e eu encaro Cameron parado em frente à porta de vidro, decidindo se deve entrar ou não.

Olho para as cordas do violão e forço minha mente a se recordar da cifra da música.

A melodia começa suave e Sierra sorri ao reconhecer o toque.

- Tell me what you want
What you like
It's okay
I'm a little curious too- a letra sai da minha voz lenta e suave, Matt tem um sorriso presunçoso no rosto e Madison começa a me acompanhar na música-Tell me if it's wrong
If it's right
I don't care
I can keep a secret, can you?-
Olho para frente e vejo Cameron em pé de braços cruzados à minha frente, perto da roda-
Got my mind on your body
And your body on my mind
Got a taste for the cherry
I just need to take a bite
Don't tell your mother
Kiss one another
Die for each other
We're cool for the summer, ha...
Take me down into your paradise
Don't be scared, 'cause I'm your body type- fecho os olhos confiante e sorrio para mim mesma-Just something that we wanna try
'Cause you and I
We're cool for the summer...

Shawn começa a me acompanhar na letra da música e sem que eu perceba, quase todos nós estamos cantando, agora uma versão mais agitada.

- Tell me if I won
If I did
What's my prize?
I just wanna play with you too
Even if they judge
Fuck it, I'll do the time
I just wanna have some fun with you- olho para cima e termino a música nessa parte e encontro Cam
me encarando descaradamente.

"Me diga o você quer
O que você gosta
Está tudo bem
Eu estou um pouco curiosa também
Me diga se isso é errado
Se é certo
Eu não me importo
Eu consigo guardar um segredo, e você?
Estou com minha mente no seu corpo
E seu corpo na minha mente
Quero provar dessa fruta
Só preciso dar uma mordida
Não conte pra sua mãe
Vamos nos beijar
E morrer um pelo outro
Estamos de boa durante o verão, ha
Me leve para o seu paraíso
Não fique com medo, eu sou seu tipo físico perfeito
Isso é só uma coisa que queremos experimentar
Porque eu e você
Estamos de boa durante o verão
Me diga se eu ganhei
E se eu ganhei
Qual é o prêmio?
Eu também só quero brincar com você
E se eles julgarem
Foda-se, eu dou um jeito
Eu só quero ter um pouco de diversão com você"