Capítulo 16- Round 1
- MAREN -
"Não me desaponte, não me desaponte
Não me desaponte, não me desaponte
Estou me apaixonando pela primeira vez
Você não sabe que vai durar?
É um amor que dura para sempre
É um amor sem passado" Don't Let me Down- Daya and The Chainsmokers
- Grávida?- Cameron tem os olhos arregalados e seu rosto se empalidece, temo até que ele desmaie.
- Sim- passo as mãos pelos cabelos- meu Deus!
- Quantas semanas?- pergunta e vejo seu pomo de Adão subir e descer quando ele engole em seco.
- Porque eu saberia disso? Lindsay acabou de me...- minha voz falha no meio da frase e consigo sentir o gosto amargo na minha boca.
- Maren...- Cam coloca uma da mãos em meu ombro, eu percebo que ele não me chama de princesa e isso começa a me preocupar- eu...
- Entendi- balanço a cabeça afirmativamente e seguro sua mão, tirando-a de meu ombro- eu preciso ir... Lindsay está me esperando.
Apresso meus passos em direção a porta e abro-a rapidamente, aumentando a minha velocidade cada vez mais, focando na enorme porta de vidro espelhado da recepção.
- Maren!- escuto um grito fino e barulhos de salto alto batendo no chão, viro-me e deixo a porta fechar.
- Sierra...- digo. O choro está entalado na minha garganta e eu apenas quero falar quanto menos possível para não destravá-lo.
- Você está bem? Eu te procurei por todo lugar. Não sabia que você gostaria de ser modelo. Poderia ter me falado.... Eu conseguiria...- diz apressadamente.
A figura de Cameron correndo se materializa diante de mim e ele está cada vez mais perto.
- Eu tenho que ir. Vou pegar um táxi- digo e deposito um beijo rápido em sua bochecha- depois eu explico tudo para você.
Corro o mais rápido que posso, antes que eu saia, encosto rapidamente no balcão de mogno da recepção e observo Rachel conversando com um homem aparentemente da mesma idade que ela, os dois trocam olhares tão nojentos e sensuais enquanto ela morde o lápis de uma forma provocante.
- Rachel!- digo- segure aquele garoto assim que eu abrir a porta. Deixe-a trancada o maior tempo que conseguir.
- Mas eu não posso...- diz.
- Se você não fizer isso- aponto o dedo para o rosto dela- eu conto para Sierra que o seu namorado- aponto para o cara ao seu lado- come você na sala dela nos intervalos.
- Eu...
- Obrigada, linda! A gente se vê!- grito e saio mais rápido do que pensei que fosse capaz.
Escuto o barulho da porta travando e o reflexo de Cameron trombando na mesma.
- Táxi!- grito e levanto as mãos avistando vários deles, trombando em várias pessoas, vejo um que para na esquina, há alguns passos.
Corro novamente até o carro e entro nele.
- Boa tarde, senhorita- o taxista, com idade para ser meu avô, diz.
- Boa tarde. Pode chegar o mais rápido possível nesse endereço- mostro o google maps para ele. O que melhora muita coisa, devido a minha completa falta de noção quando se trata de direções e ruas.
- Claro- ele dá partida no carro e eu olho para trás.
Lá está ele.
Coçando a cabeça, enquanto me procura e xinga baixinho algum palavrão típico dele.
Eu não sou idiota o suficiente para não sacar que Cameron e Madison já tiveram alguma coisa, que não foi nada pequeno e a preocupação dele em questão a quantidade de semanas da gravidez da minha amiga não é nem um pouco por curiosidade.
Só não quero que ele me encha de perguntas e preocupações idiotas, simplesmente, porque não segurou o pau dentro da própria calça.
Minhas mãos começam a tremer.
Desde quando eu tenho pensamentos tão sujos e agressivos?
Respiro pelo nariz e solto pela boca repetidas vezes. Conto até 10.
E depois conto de novo. E de novo.
Todos têm suas próprias lembranças, guardam seus próprios demônios ou até mesmo os pensamentos mais sujos que nunca serão revelados a alguém.
- Dia difícil?- o taxista tenta puxar assunto.
- Pode crer. Põe difícil nisso- bufo.
- Tudo se resolverá garota- diz- todos passamos por dias assim.
Tento olhar-me no espelho do carro e vejo a foto de uma mulher muito bonita colada nele.
- Essa é sua filha?- pergunto.
- Sim. Ela faz faculdade em Washington- diz sorrindo- meu orgulho não mora mais na minha casa, coloquei a foto aí para não me esquecer do rostinho dela, como se isso fosse possível!
- Ela é muito linda.
- É...- sorri novamente, orgulhoso e cheio de si.
Ele para em frente a casa de Lindsay depois de alguns minutos e eu mordo o lábio inferior apreensiva.
Uma risada nervosa sai da minha garganta quando vejo vários carros parados em frente à casa dela.
Eu tenho os amigos mais problemáticos do mundo.
Abro a porta do carro e pago o senhor com algumas pratas a mais.
Com passos lentos chego até o jardim de Lind. e tudo parece girar. Sinto as lágrimas de uma vez. Sei que sou fraca e choro por qualquer coisa, porém eu não sei como segurar meu nervosismo.
Abro a porta com cuidado e vejo todos os meus amigos sentados na sala, basicamente amontoados e silenciosos.
Todos olham para mim.
- Maren- dizem ao mesmo tempo.
Matthew levanta e anda em minha direção, me abraça e por mais que não seja eu a grávida da história, ele sabe de tudo.
Ele foi o primeiro a saber. Mesmo que eu quisesse esconder isso de todo mundo e de mim mesma, ele é meu melhor amigo.
- Me desculpe- sussurro e aperto meus rosto em seu peito, sinto o cheiro do seu perfume- por ter me afastado de você ultimamente.
- Tudo bem, gata. Você sabe que pode contar comigo sempre. Ainda tá me devendo aquela partida de tênis!- ri pelo nariz.
- Matt- digo baixinho em seu ouvido, enquanto olho para Nash, brincando com Sky.
- Diga, linda- responde acariciando seu cabelos.
- Eu estou apaixonada- sussurro.
Eu
Estou
Apaixonada
Merda!
- Eu sei- diz como se fosse tão óbvio assim.
- Mas não é pelo Nash- digo.
- Eu sei disso também- beija minha testa- Madison está no quarto da Rebeca. Estávamos conversando com Jack.
- Tudo bem- enxugo meu rosto molhado e fungo- te amo.
- Eu sei.
- Sabe de tudo?- pergunto.
- Também te amo- ri com aqueles dentes tortos mais fofos do mundo- vá lá- me dá um empurrãozinho.
Crio coragem e entro no quarto de uma vez.
- Que merda é essa?- pergunto.
- Estamos procurando formas de aliviar o estresse e Madison gostou disso- Lindsay diz balançando o corpo igual a uma louca.
- Você estão dançando?
- Não. Estamos tirando o estresse da forma como nosso corpo deseja- Madison diz olhando para mim de ponta cabeça na cama- não vou chorar novamente.
- Madison eu...- digo e ela se levanta da cama correndo para me abraçar.
- Eu não sei o que fazer- sussurra para não chorar.
- Nem eu. Madison, posso te fazer uma pergunta?
- Aham- diz com o rosto no meu ombro.
- De quantas semanas você está?
Ela se afasta de mim e olha em meus olhos, seu rosto se entristece, parece não querer me dizer.
- Acho que 5. Eu fui no médico hoje. Eu não queria dizer nada a ninguém. Mesmo que já estivesse suspeitando, mantive isso para mim- diz olhando para o chão agora- fique tranquila, Maren. Eu tenho quase certeza de que é de Jack.
Solto todo o ar dos pulmões de uma vez.
- Sinto muito. Eu não ia pergun...
- Eu não ligo- me corta- acho que vou abortar mesmo- dá de ombros.
- Não. Não vai- ouço a voz de Jack e viro-me, encontrando-o encostado no batente da porta de braços cruzados e com a expressão preocupada, mas o mais serena possível.
- Vem Lind.- puxo a garota que está parada toda descabelada e levemente suada para fora do quarto.
- Espero que eles se resolvam- ela senta no colo de Taylor no sofá e ajeita os cabelos loiros, que estão sendo acariciados por ele.
- É...- Nash diz.
O clima é extremamente tenso e ninguém tenta quebrá-lo.
- Você sabe do Cameron?- Johnson pergunta.
- Não...- respondo.
No mesmo momento sinto meu celular vibrar: mensagem de Cameron.
Cameron: Onde você está?
Maren: Casa da Lindsay.
Cameron: Estou indo aí.
- Maren- Nash me puxa pelo braço e quando percebo já estou parada em frente a casa.
O garoto alto puxa meu corpo e cola-o ao seu tão rapidamente que eu chego a tremer.
Seu hálito de canela invade minhas narinas e meu cérebro automaticamente lembra meu paladar do gosto dele na minha boca.
Eu sei o que acontece quando eu encaro tempo demais esses olhos azuis, fico basicamente hipnotizada, como se ele me olhasse desse jeito apenas para me fazer ceder.
Suas piscinas azuis intensas mudam o foco para minha boca e a única coisa cabível para o meu maldito comando cerebral é lamber os lábios.
Nash tira as mãos das minhas costas apenas para segurar meu rosto.
- Eu quero que você saiba o quanto é especial para mim- seu polegar acaricia minhas bochechas rosadas.
Sorrio involuntariamente e tomo a iniciativa de beijá-lo.
Deixo que sua língua invada minha boca, o beijo é diferente das outras vezes que nos beijamos, parece que ele quer mostrar-me sua capacidade de beijar de um jeito intenso e sensual.
Nossos lábios se encaixam perfeitamente, sem calma, sem demora, sem enrolação.
Beijamo-nos como se nunca tivéssemos beijado na vida, sua mão direita desce até o final das minhas costas e eu afasto meu rosto do dele para respirar por alguns segundos, mas a falta da sua boca formigando na minha é tanta que eu colo nossas bocas novamente.
Pouco ligo para a minha posição na ponta dos pés.
Porque não há nada que possa atrapalhar esse beijo.
Ou
Sim.
- Jaaack!- ouço a voz de Madison gritando, ela parece estar se aproximando- por favor. Você sabe que foi só uma vez.
- E como eu posso confiar em você depois disso, porra?- ele grita e agora a porta está aberta.
Nash me segura perto de seu corpo como se essa briga fosse perigosa.
- Nós não estávamos juntos oficialmente...- seus olhos estão no chão agora e vejo Matt olhar para mim com pena.
Por que diabos ele está olhando para mim com pena?
- Eu não vou me responsabilizar pela forma como você agia sem pensar nas consequências. Eu não tenho culpa disso!- grita e faz com que Madison aperte os olhos, as lágrimas escorrem no canto dos seus olhos.
- Jack...- Johnson segura seu braço, mas ele desvia.
- Madison você me disse...- tento falar.
- Eu não sei droga!- ela grita- eu era daquela forma, Jack. Eu só precisava da sua atenção, nem estávamos juntos oficialmente. Não me culpe, por favor
- Madison... De quem é esse filho?- ele pergunta.
- Eu. Não. Sei- repete soluçando- amor, me escuta. Eu...
- Não vou te ouvir, droga!- grita mais uma vez. Eu nunca vi Jack assim. Ele sempre foi tão calmo e tão amoroso.
- Jack, cara- Shawn se manifesta- pega leve com ela.
Rebeca é tão frágil que parece estar assustada pelo simples fato de ouvir o tom elevado da voz de Jack, não posso deixar de sorrir quando vejo Shawn passando o braço direito por cima do ombro da garota e sussurrando algo em seu ouvido.
- É melhor eu ligar para o Cameron e dizer para ele não vir aqui- Nash sussurra, mas nesse exato momento eu vejo o carro de Cameron parar em frente a casa.
Ele desce do carro com o cenho franzido mordendo seu lábio inferior, parece confuso com a cena.
- Cam- sussurro e ando em sua direção- vá embora.
- O quê?- pergunta.
- Por favor. Vai logo- falo tão baixo que temo que ele nem tenha sequer ouvido.
Jack parece notar rapidamente sua presença e se vira bruscamente.
- Desgraçado!- ele anda rapidamente em minha direção e sinto alguém me puxar.
- É melhor você não ficar aí, amor- Matt me segura.
- Que merda é essa Gilinsky?- Cameron cospe as palavras em Jack de um jeito claramente desprezível.
- As merdas que você faz, Dallas!- ele pronuncia o sobrenome de Cam com ainda mais desprezo.
Merda
Merda
Merda
- Você nunca teve o direito de comer minha namorada!- continua falando e Cameron faz uma cara irônica.
Não ria.
Cameron, não ria.
Por favor, não ria.
E então ele ri.
Maldito.
Cameron ri, mas por pouco tempo, pois o punho do Jack voa em direção ao seu rosto.
Ele desequilibra e se apoia no capo do próprio carro, limpa o leve resquício de sangue no canto de sua boca e olha para o amigo rindo e desfere um soco no rosto dele.
Aperto o braço de Matthew tão forte que acho que ele possa vir a ter hematomas.
Lindsay segura Madison e eu sinto as coisas começarem a girar.
Tento respirar pela boca.
Fecho meus olhos.
Conto até 10.
Uma vez e depois outra.
Ouço os gemidos de Cam e sinto a lágrimas escorrerem quentes pelo meu rosto. Eu não imaginava que uma única coisa que aconteceu com Madison poderia afetar todo o grupo.
Eu não posso deixar isso acontecer.
Eu não posso vê-lo apanhar na minha frente por uma coisa que não é sua culpa, não totalmente.
- Matt, me solta!- grito.
- Não. É melhor você não se intrometer!- fala autoritário e me segura.
Eu não vou ouvi-lo.
Cravo minhas unhas em sua pele e ele urra de dor, soltando-me logo em seguida.
Olho para os dois garotos brigando e tentando parar em pé, o olho de Cam está inchado e sangue escorre de seu nariz, mas ele não para.
Ele está completamente descontrolado e isso me assusta.
Ando em direção à eles sem pensar duas vezes.
Deposito minha mão no ombro de Jack, eu quero apenas pedir para que ele pare, porque isso está me matando.
- Por fav...- digo, mas sou interrompida.
Então tudo acontece rapidamente.
Talvez ele tenha pensado que eu fosse algum dos garotos querendo se intrometer.
Só sei que um punho voa em direção ao meu rosto, bem no meu nariz.
Cambaleio para trás e caio no chão, zonza e tentando fazer com que meu cérebro volte a realidade, porém minha visão está completamente embaçada, sinto algo escorrer do meu nariz.
- Maren eu...- Jack se agacha com dificuldade- me desculpe... Eu pensei que...
Passo o dedo pela minha boca e encontro sangue ali.
Meu ponto fraco.
Sangue.
Aquele que eu vi formado em uma poça em volta da minha mãe, enquanto ela agonizava no chão e eu gritava sozinha, porque todo mundo tem medo de sangue e ninguém queria me ajudar a enxuga-lo do chão, porque não tinha o que enxugar.
Minha mãe estava morrendo.
Todos aceitavam isso.
Menos eu.
Sangue lembra as pessoas de que o que tem dentro de você te faz fraco tão fraco quanto forte.
E quando ele não estiver no seu devido lugar, você estará fraco, as pessoas estarão vendo que você foi atingido.
Que uma simples gota de um líquido viscoso e vermelho intenso te faz fraco.
- Não toca nela, porra!- Cameron agarra o colarinho da camiseta de Jack e joga-o no chão.
O garoto jogado no chão agarra a grama e Cameron chuta suas costelas.
Não consigo me controlar e o choro vem com tudo com direito a soluços e nariz entupido.
- Cameron!- Madison grita, ninguém ousa se intrometer na briga.
- Matt!- ainda no chão, grito para o meu amigo que olha para o chão- vocês tem que fazer alguma coisa!
- Maren...- ele fala e fecha os olhos ao ouvir um gemido de Jack.
- Cam!- grito, mas ele não me escuta, ele só consegue pensar em bater e bater.
Ele vai matar Jack.
E ninguém faz nada.
Por que ninguém faz nada?
Talvez porque saibam que ele é um campo minado, dependendo de onde tocar, explode.
- Cam!- levanto-me. Ele vai me ouvir. Ele tem que me ouvir.
- Maren!- Nash grita- ele pode te machucar. Você não tá entendendo, saia daí.
- Cameron!- grito tão alto que ele se assusta e por um momento parece parar- olha para mim!
Seus ombros começam a se encolher e ele olha para Jack jogado no chão em posição fetal, chorando e completamente acabado.
Aproximo-me dele devagar, sinto todo o meu corpo entrar em combustão, eu não quero que meu fogo se apague, mesmo sabendo que ele pode explodir a qualquer momento.
Quero apagar o fogo com fogo.
Quando estou a apenas alguns centímetros dele, fico na ponta dos pés e encosto minhas mãos em suas bochechas.
Ele me olha incrédulo e tenta se esquivar, mas eu o seguro novamente.
- Olha para mim- digo autoritária, mas o mais calma possível.
Cam balança a cabeça e encara o chão.
Puxo-o para baixo, de alguma forma tentando controla-lo melhor, estamos agachados e ele está olhando para mim de uma maneira tão assustadora.
De alguma forma nossa posição mostra que posso ser tão fraca quanto ele.
- Nada disso vai te fazer melhor. Você não vai se sentir melhor com nada disso...- meus olhos estão focados nos seus olhos cor de chocolate e mel.
Seus olhos cor de areia.
Cameron fecha os olhos por um instante e eu sinto suas lágrimas escorrendo pelas minhas mãos, eu sinto-as como a um rio que apaga o incêndio de uma aldeia, quando simplesmente sai do percurso.
Cam é uma aldeia.
Eu só queria ser seu rio.
- Sinto muito- olho seus lábios carnudos se moverem e quase desacredito que ele realmente tenha falado isso.
Seu corpo se impulsiona para frente do meu e eu o abraço, como duas crianças chorando.
Eu ouço seu choro.
É audível o suficiente para todos a nossa volta que nos encaram pasmos.
Ele afunda sua cabeça em meu peito e chora como um bebê, se encolhe e agarra minha blusa com uma força inacreditável.
Estamos sentados no chão, enquanto Matthew liga para a emergência, não é nada convincente ter um garoto agonizando na frente de casa.
Madison olha para mim, sua maquiagem está toda borrada e ela parece pedir minha aprovação com apenas um olhar.
Ela não tem que provar nada para mim.
Madison tenta provar para todo mundo que ela mudou, sabemos disso, tenta provar que o passado dela foi apagado totalmente.
E de repente esse bebê vem com tudo para acabar com a tentativa dela de ter seu passado apagado.
Não me importo de molhar os cabelos de Cam com as minhas lágrimas.
- Está tudo bem- mexo os lábios vagarosamente e ela solta o ar de uma vez.
- Eu amo você- ela sussurra e eu sorrio.
- Eu também.
- Eu sinto muito, princesa- Cam me aperta ainda mais e diz entre um soluço e outro- isso tudo é culpa minha.
- Não é- respondo- entenda que essas coisas não te farão melhor. Você é do jeito que é e ponto.
- Você- responde.
- O quê?- pergunto.
- Você me fará melhor.
garotas que disseram que trariam a pipoca, espero não ter decepcionado vcs.
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