9 - Um Sapo Felpudo Muito Fofo
Foi como se tivesse tomado um potente murro no queixo. O impacto foi tamanho que, a princesa Cindy Shell foi arremessada para trás. Caiu no solo fosse um saco de batata.
O mundo pareceu girar a sua volta. Desnorteada, tentou levantar-se, mas o chão, fraquejante, não conseguia sustenta-la. As palpares pesavam uma tonelada, tornando o ato de abrir os olhos uma ação quase impossível. Quando conseguiu, deparou-se com a visão nublada. Percebeu-se dentro de uma nuvem de fumaça que começava a derreter sobre a ação de uma brisa pálida e preguiçosa que escorria pelo jardim. Por outro lado...
Uma energia poderosa! Cindy Shell sentia que não mais corria nas suas veias sangue e sim eletricidade. Era como se relâmpagos trafegassem em alta velocidade pelos tuneis dos vasos sanguíneos, contagiando-a com uma disposição jamais sentida.
A princesa Cindy Shell foi recobrando a consciência até então hesitante. Ao abrir os olhos, a primeira coisa que viu foi seu Sabre de Luz. Instintivamente, pegou-o. Estando com todos os sentidos alertas, ligou a arma. De pé, se colocou em posição de ataque. Foi quando viu...
Lá estava ele confortavelmente sentado na relva, com os olhos grandes pregados nela. Ao vê-lo, foi consumido por um sentimento estranho que era um misto de alegria e de saudade profunda. Um sentimento dolorido que alagou seu coração fazendo-o submergir.
— NÃÃÃÃÃOOOOO...
Cindy Shell saiu de seu transe melancólico ao ouvir o berro. Confusa, olhou em direção de onde partira o grito. Viu sua amiga Lana Kepler correndo em sua direção esgoelando o seguinte alerta:
— NÃO MATE O SAPO! NÃO MATE O SAPO! NÃO MATE...
— E quem disse que vou matar o sapo?
Lana parou diante de Cindy, ofegante.
— É que eu vi você armada com teu Sabre de Luz pronta para o ataque...
— Mas isso não significa que iria matar o sapo, alias... — foi nesse instante que a jovem lembrou-se... aflita, olhou para os lados aturdida antes de perguntar: — Lana, onde está meu querido príncipe Felipe Bourne?
— Tenho duas notícias para lhe dar, uma boa e uma ruim. Qual delas deseja ouvir primeiro?
— Manda a boa primeiro, por favor.
— A notícia boa, amiga, é que, teu querido e amado príncipe Felipe Bourne esta são e salvo.
— Se meu amado príncipe Felipe está bem, pode me dizer onde está? Não deveria estar ele ao meu lado?
— Bem, ao teu lado teu amado não está, porem à sua frente...
— Como assim, Lana, não estou entendendo onde está querendo chegar com essa conversa mole. Não vejo o príncipe a minha frente e sim um sapo.
— Pois bem, Cy, essa é a notícia ruim.
— Não estou entendendo... — balbuciou a princesa sentindo um aperto no coração.
Penalizada, Lana Kepler revelou:
— Cindy, a verdade é que o príncipe pela qual está perdidamente apaixonada transformou-se num sapo!
Era como se uma bomba atômica de um bilhões de quilotons tivesse explodido nas entranhas da mente da princesa. Atônita, balbuciou mantendo seus olhos pregados no sapo:
— Meu amado príncipe transformou-se num sapo? Como você sabe disso?
— Eu sei que o príncipe Felipe Bourne se transformou num sapo porque vi isso acontecer, com esses meus olhinhos que a terra há de comer.
— Você viu o príncipe transformar-se num sapo?
— Vi quando você o pegou pelos cabelos fazendo-o ajoelhar aos seus pês e... UAU! Roubar-lhe um senhor beijo!
— É, eu roubei um beijo do meu amado — gemeu.
— Isso que chamo de pegar o touro a unha.
— E...?
— Quando você beijou o bofe... BUM! Ele se transformou num sapo, nesse sapinho lindo e nojento que você está vendo aí, paradinho a sua frente, grande e gordo, do tamanho de uma bola de futebol.
Olhando o anfíbio anuro com candura, balbuciou:
— Ele não é nojento? Meu príncipe amado, lindo, forte, moreno, não é feio, muito menos nojento. — Defendeu começando a sentir lagrimas escorrendo dos cantos dos olhos. — Meu príncipe, meu doce e lindo sapinho...
Cindy Shell deixou cair o Sabre de Luz. Deu alguns passos para frente antes de se ajoelhar diante do sapo. Inexplicavelmente o portentoso anfíbio mirava a princesa com um olhar triste, como se também sentisse a dor da amada. A jovem, cuidadosamente abraçou o bicho, carregando-o no colo. Levantou-se...
— Meu lindo e amado príncipe foi transformado num sapo de pele aveludada?
— Sim! — Confirmou Lana Kepler.
— Meu lindo e amado príncipe foi transformado nesse sapinho lindo, amado e fofo?
— Sim! — Voltou a confirmar Lana, angustiada.
Aos prantos, indagou Cindy?
— Lana, o que fizeram com meu príncipe? O que fizeram com o garoto amor da minha vida? Porque o transformaram num sapo, porque?
— Eu não sei de nada Cy. Não me faça perguntas que não sei responder?
— E agora Lana, o que será de mim? O que será do meu amor? — Inquiriu afagando o animal aninhado em seu colo, todo dócil.
— Minha querida, por hora nada podemos fazer — disse colocando um dos braços nos ombros da amiga, afetuosamente. — Melhor seria se nos recolhêssemos aos nossos aposentos, para que pudéssemos vir a ter uma boa noite de sono.
— E meu príncipe, o que farei com meu doce e querido príncipe?
— Isso é fácil.
— Como assim, "isso é fácil"?
— Pega o sapo e o coloque dentro de uma gaiola, e fim de papo!
— LANA! — Indignou-se.
— Cai na real, amiga, o príncipe virou um sapo e, se você não deseja que o bicho fuja para o brejo, cana nele. O coloque dentro de uma gaiola resolvendo a parada.
— Você é muito insensível, Lana. Não se esqueça que o sapo da qual está falando é meu amado príncipe, amor da minha vida.
— Sei, sei... Mas, e daí? Nessa hora temos de sermos práticos. Lugar de bicho, ainda mais um anfíbio anuro como esse, é trancafiado dentro de uma gaiola. Só assim ficara protegido e... — Lana Kepler parou de falar. Olhou para os lados... — Onde está Jezebel de Goya?
— Quem é essa?
— Essa é alguém que devia preocupa-la. Ainda bem que a pobre é cegueta pois, se dar de cara com seu amado príncipe sapo, aí a coisa vai complicar.
— Como assim, Lana, não estou entendendo nada de nada do que você está falando.
— Jezebel de Goya é uma serpente e, se minha amiga serpente ver teu príncipe sapo, é fato, ela irá comê-lo!
— Nossa! Credo!
— Não tem "nossa" nem "credo". É a lei da natureza. Cobras comem sapos independentemente de eles serem príncipes ou não.
— Lana Kepler, parei com você hoje. Cansou minha beleza. Vou para meu quarto com meu querido sapinho, tirar, como disse, uma boa noite de sono e, amanhã, nos falamos para vermos como poderemos resolver essa situação. Ok?
— Está bem minha amiga, mas não se esqueça: Quem avisa amigo é!
— Não devo me esquecer do que, traste?
— Vou ignorar o "traste". Sei que está nervosa, foram tantas emoções essa noite... — disse antes de mirar a amiga fundo nos olhos. Alertou: — Prenda o sapo dentro de uma gaiola para que ele não venha a fugir, entendeu? Temos que zelar pela segurança do bofíbio.
— Bofíbio? O que raios vem a ser um bofíbio?
— A palavra bofíbio é uma junção das palavras "bofe" com "anfíbio"... Hahaha!
— Tchau, Lana! Vou me embora antes que lhe de uns tabefes — disse a princesa Cindy Shell dando as costas para a "amiga", saindo, pisando duro.
— Vá embora sua ingrata! Amanhã cedo te procuro para conversarmos — prometeu vendo a amiga afastar-se. Chateada, resmungou: — Nossa! Que gênio do cão! Será que falei algo que não devia?
***
Essa Lana Kepler é meio sem noção as vezes, bem fora da casinha. Se tivesse juízo e sensibilidade teria dado uma estrelinha para a amiga, um voto de confiança e, falando em voto...
De um voto para esse capitulo! Quem sabe uma estrelinha não de um pouco de ânimo para Cindy Shell, que viu o grande amor de sua vida transformar-se num sapo. Comente o capitulo. Compartilhe esse capitulo com a galera. Beijos! Fique na paz!
CINDY SHELL NA AMAZON
O romance: CINDY SHELL – UMA JED-PRINCESS APAIXONADA, já se encontra disponibilizada na Amazon, para quem desejar adquiri-lo (link do livro na Amazon, no meu perfil).
São ao todo sessenta e nove capítulos da mais pirada diversão, embora, creio, alguém há de perguntar:
— Roberto Struan, porque o livro está disponibilizado na Amazon? Porque, "cáspita", você não posta inteirinho aqui, no Wattpad, para alegria dos seus leitores?
A resposta que dou a essa pergunta, é:
Aqui no Wattpad, é prática comum, os escritores, postarem um capitulo por semana. Porque essa prática é pertinente? Essa prática é pertinente pela simples razão dos escritores, terem uma semana para escreverem um capitulo, como terem uma semana para divulgar suas obras, aumentando, paulatinamente, o número de visualizações. Eu, por conseguinte, escrevo praticamente um capitulo por dia, foi por essa razão que, conclui em aproximadamente quatro meses, o primeiro livro da Cindy.
Acredito que outro alguém querido e curioso, há de indagar:
— Bem, imagino, se teu livro está na Amazon, você vai ter a cara de pau de tirar o romance da Cindy aqui do Watt? Não irá mais postar capitulo nenhum?
Muita calma nessa hora. O compromisso que assumo com vocês é: Continuarei postando, semanalmente, toda quinta feira, um capitulo novo do romance da Cindy Shell. Só estou abrindo a possibilidade para os leitores mais ansiosos, terem acesso ao livro todo, caso desejem adquiri-lo na Amazon.
Outra pergunta que, suponho, me ira ser feita é:
— E agora que o primeiro livro da saga da Cindy ficou pronto, o que irá você fazer? Ira ficar na vagabundagem? Na certa ira escrever o segundo livro dessa saga magistral, correto?
Minha resposta a essapergunta é... NÃO! Eu não vou escrever o segundo livro da Cindy. Essa obra teráde esperar pois, estou, nesse momento, escrevendo o primeiro livro da fadaMiarina. Ué! Você não sabia que, a Miarina, antes de se tornar uma bruxamalvada, foi uma linda e bondosa fada? Desconhecia o fato dela ter sidoapaixonadíssima pelo duende PanLisgly que veio, posteriormente, se transformar no gnomo gigante Grilogum? Verdade! Mas isso é umaoutra trágica, história.
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