— Não deu certo!

— O que não deu certo, Lana Kepler?

A garota encarou a princesa fazendo uma careta.

— Cindy, Cindyzinha, acorda! Se liga criatura. O que não deu certo?

— Ué! Sei lá! Alguma coisa teria que ter dado certo?

— É isso que dá ficar fascinada por beijar um sapão linguarudo. Para teu governo, amiga, voltando ao planeta terra, minha brilhantíssima ideia apagou-se, redundando num rotundo fracasso.

— Ideia, que ideia?

— Minha ideia de que o príncipe poderia voltar ao normal caso você lhe desse um beijo.

— E essa ideia não deu certo, é, Lana?

— É logico que não deu Cindy! Você beijou o sapo e ele não virou um príncipe, muito contrário, sapo estava, sapo ficou!

— Talvez se tentássemos mais um pouco... — gemeu a princesa voltando a encarar o anfíbio que, além de piscar um dos olhos, ainda fez girar a pontinha da linguinha para fora da boca, maliciosamente.

— Pode ser amiga. Por hora... STOP! Quando for embora, poderá ficar a tarde inteira, a noite inteira tentando, beijando e vendo mil votinhos...

— Votinhos? Que votinhos?

— Me enganei. Confundi votinhos com estrelas se bem que, votinhos e estrelas são a mesma coisa... Hahaha!

— Depois é você que diz estar eu, doidinha.

— Posso lhe fazer uma pergunta, Cy?

— Logico que pode, Lana.

— Cindy, como ficará teu amor com o príncipe Felipe Bourne se ele não voltar ao normal?

Cindy Shell mirou o sapo afetuosamente, dizendo:

— Eu amo o Fê. O amo do fundo do meu coração. Amo o ser, amo a alma, amo seu espirito. Eu o amo, simples assim. Assim sendo, pouco me importa se a essência do que amo estiver no corpo de um sapinho felpudo muito fofo ou numa arvore, ou mesmo numa flor. É tudo uma questão de sentimento. O sentir. Quando fecho os olhos eu o sinto. Sinto teu sentimento. Sinto teu amor. Sinto o ar impregnado de uma fragrância amorosa que me deixa em paz. Quer ouvir uma coisa muito maluca?

— É logico que quero. Desembucha garota!

— Noite passada, dormi abraçadinha com meu amor.

— Com o sapo!

— É Lana, "com o sapo"!

— Esclarecida essa questão anfíbia...

— Continuando... adormeci abraçada com meu amor. A energia que rolou, o toque da pele, sentir o calor do seu corpo, foi tão magico e incrível que tive um sonho lindo.

— Sonhou com o que, Cindy Shell?

— Sonhei que estava num jardim eu e o Felipe...

— Felipe com corpo de sapo ou com corpo humano?

— Felipe com corpo humano.

— Hááááá... Tá! E aí, o que rolou no sonho?

— Não rolou nada.

— Como assim, não rolou nada?

— É como lhe disse, não rolou nada, porém ficamos conversando por um tempo que me pareceu eterno. Rimos muito e foi só.

— Só isso? E foi esse sonho desenxabido diz ter sido lindo?

— Lana, admirável foi, ao despertar, experimentar a sensação de que a lembrança desse sonho em minha mente, tem a mesma intensidade ao de uma lembrança boa de um acontecimento que tenha vivido no passado. Isso é incrivelmente lindo!

— Ok! Já saquei! Você ama o sapo e, pelo visto, irá ama-lo até o final da tua vida, é isso?

— Sim!

— O fato do seu grande amor ser um sapo, não lhe incomoda? Afinal de contas, você é uma mulher que tem necessidades não só emocionais, como também físicas, se é que me faço entender.

— Sim, Lana, estou entendendo muito bem onde está querendo chegar e, para teu governo, do jeito que a linguinha do meu sapo fofo é comprida e esperta, podendo adentrar em todo e qualquer orifício, fosse uma escola de samba festiva entrando na avenida, nesse quesito, acho que estarei muito bem servida.

— Se o beijo do bicho em si já provoca tamanho estrago, provocando-lhe orgasmos labiais, imagina o resto.

Hahaha!

As duas amigas se abraçaram, caindo na gargalhada.

— Cindy, não consigo entender um amor tão profundo como esse. Me embrulha o estomago imaginar amar uma só pessoa, uma só criatura, um só ser por toda uma vida. Acho isso tedio!

— Somos muito diferentes uma da outra, amiga. Eu sou uma romântica incorrigível acreditando no amor eterno, já você...

— Já eu tenho o espirito namoradeira.

— Há controvérsias!

— Como assim?

— Me diga, quanto tempo durou teu namoro mais longo?

— Alguns poucos meses, não chegando a três. Não me lembro bem.

— Você namorou um tal de Orlando se mal me engano.

— Sim!

— Também namorou o Ricardinho.

— Sim!

— E teve o Rousseau...

— Sim!

— O namoro com esses três duraram pouco tempo.

— Sim!

— No entanto, pelo que sei, você os encontra com frequência, não é verdade?

— Sim!

— Porque você, mesmo tendo namorado e rompido com os três, ainda os encontra frequentemente?

— Você quer saber o porquê de, eu, me encontrar com meus amores, frequentemente?

— Você usou o termo "amores"?

— Sim! Pois são esses garotos, meus amores.

— Se são esses três garotos, seus amores, isso significa que você os ama, é isso?

— Simmmmm... Eu amo meus amores! Os amos do fundo do meu coração!

— Ou seja, você ama seus três amores do fundo do teu coração, mas isso não significa que teu coraçãozinho espaçoso, amplo e arejado, não esteja aberto para ter, quem sabe, um quarto ou quinto "amore".

— Sou uma vadia mesmo, é isso que está querendo dizer?

— Não Lana Kepler, eu não a estou chamando de vadia, muito pelo contrário. Só estou querendo dizer que somos diferentes. Eu sou uma romântica, aprisionada ao sentimento de um amor único. Sou, por essência da minha alma, uma garota monogâmica. Minha natureza é essencialmente monogâmica, já você...

— Já eu sou o que, posso saber dona Cindy Shell?

— Tua natureza sentimental é de ser uma Poliamorosa. E tenho dito!

— Minha natureza sentimental é Poliamorosa? O que é Poliamor?

— Poliamor, minha querida Lana Kepler, é...

***

Xi! Mas o que raios vem a ser isso de Poliamor? Estranho, muito estranho, se bem que, em se tratando de estrelinhas, não sou nem um pouco monoestelar... Kkkkkkkk... guloso, quero muitas e muitas estrelas, mas quem não quer? Sendo assim, você me dá um voto empolgado por esse capitulo? E também quero um beijo, um abraço e ficar em paz! Tchau!

CINDY SHELL NA AMAZON

O romance: CINDY SHELL – UMA JED-PRINCESS APAIXONADA, já se encontra disponibilizada na Amazon, para quem desejar adquiri-lo (link do livro na Amazon, no meu perfil).

São ao todo sessenta e nove capítulos da mais pirada diversão, embora, creio, alguém há de perguntar:

— Roberto Struan, porque o livro está disponibilizado na Amazon? Porque, "cáspita", você não posta inteirinho aqui, no Wattpad, para alegria dos seus leitores?

A resposta que dou a essa pergunta, é:

Aqui no Wattpad, é prática comum, os escritores, postarem um capitulo por semana. Porque essa prática é pertinente? Essa prática é pertinente pela simples razão dos escritores, terem uma semana para escreverem um capitulo, como terem uma semana para divulgar suas obras, aumentando, paulatinamente, o número de visualizações. Eu, por conseguinte, escrevo praticamente um capitulo por dia, foi por essa razão que, conclui em aproximadamente quatro meses, o primeiro livro da Cindy.

Acredito que outro alguém querido e curioso, há de indagar:

— Bem, imagino, se teu livro está na Amazon, você vai ter a cara de pau de tirar o romance da Cindy aqui do Watt? Não irá mais postar capitulo nenhum?

Muita calma nessa hora. O compromisso que assumo com vocês é: Continuarei postando, semanalmente, toda quinta feira, um capitulo novo do romance da Cindy Shell. Só estou abrindo a possibilidade para os leitores mais ansiosos, terem acesso ao livro todo, caso desejem adquiri-lo na Amazon.

Outra pergunta que, suponho, me ira ser feita é:

— E agora que o primeiro livro da saga da Cindy ficou pronto, o que irá você fazer? Ira ficar na vagabundagem? Na certa ira escrever o segundo livro dessa saga magistral, correto?

Minha resposta a essapergunta é... NÃO! Eu não vou escrever o segundo livro da Cindy. Essa obra teráde esperar pois, estou, nesse momento, escrevendo o primeiro livro da fadaMiarina. Ué! Você não sabia que, a Miarina, antes de se tornar uma bruxamalvada, foi uma linda e bondosa fada? Desconhecia o fato dela ter sidoapaixonadíssima pelo duende PanLisgly que veio, posteriormente, se transformar no gnomo gigante Grilogum? Verdade! Mas isso é umaoutra trágica, história.dpri5I�b�u��c