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12 - Beijo Sapônico De Língua Saliente

Cindy Shell ficou mirando o sapo amorosamente por alguns instantes antes de aproximar o rosto lentamente... os lábios da jovem fizeram um biquinho e, por incrível que pareça, para espanto de Lana Kepler que acompanhava a cena, viu ela o anfíbio também fazer um biquinho com os lábios, ambos estivessem se preparando para dar um displicente selinho... Lábios se tocando...

Os lábios se tocaram e, o beijo dado não foi um selinho, isso porque, um selinho não costuma ter duração superior a um segundo. Pois bem, tanto os lábios da princesa Cindy Shell como também os do príncipe Felipe Bourne, agora conhecido sobre a alcunha de "sapo", depois de se tocar, se espremeram. Sim, é verdade! Os lábios da jovem se espremeram com os lábios do sapo, fazendo com que as bocas se entreabrissem.

O que aparentemente pareceu, num primeiro momento, ser um mero e desprezível selinho, evoluiu. Isso porque, ninguém dá um beijo de língua num selinho, não é verdade? Selinho é o que poderíamos dizer de um beijinho de boca fechada, o que não foi o caso do beijo em curso. Digo isso pois, após os lábios da garota se encontrarem com os do sapo, grudaram-se.

Lana Kepler ficou pasma. E não é que sua amiga Cindy Shell estava dando o maior beijão no sapão. Um beijão desses de tirar o folego. Era um tal de cabeça virar para a esquerda, virar para a direita. E os calombos que se formavam nas bochechas de ambos, garota e sapo, indicavam, visualmente, estar havendo uma atividade linguística nervosa, baba ovo...

Inconformada, Lana Kepler até se segurou por alguns segundos porem, quando viu que a beijação ia passar da casa dos minutos, esgoelou-se:

— CINDYYYYYYYYYYYYYYY!

E adiantou o berreiro? Que nada! Cindy Shell continuou engalfinhada ao anfíbio numa beijação despudorada, poderia até dizer sem medo de errar, indecente! Quando o casal já sem folego, retraíram-se, despregando os lábios, o olhar da garota estava a meio fio, estivesse a ires boiando em alto mar.

— Cindy Shell, você pode me dizer o que está fazendo?

— Hããããã... — balbuciou desnorteada.

— Depois a sem vergonha aqui sou eu — resmungou.

— Onde estou? — Indagou a princesa só não tropeçando nas pernas, por estar sentada na própria cama.

— Para teu governo, a senhora está no seu aposento.

A princesa Cindy Shell encarou a amiga ainda um pouco aturdida, balbuciando:

— Meu amado sapinho beija muitooooo...

— Como assim? Que história é essa de que seu amado sapinho beija muito?

— É o que estou lhe dizendo, Lana, meu príncipe sapo beija muitooooo.

— E você lá sabe o que é um beijo bom, quente e gostoso se, até ontem à noite era uma virgem labial? Pelo que sei e vi, o beijo que deu no príncipe Felipe Bourne, no grande baile real, não chegou a ser um beijo, tecnicamente falando. Foi mais um selinho que fez o bofe transformar-se num sapo.

— Isso é verdade, mas duvido que um garoto beije melhor que o meu sapinho lindo, fofo exuberante e... — Parou Cindy de falar pois, bastou mirar o sapo que a olhava com um olhar languido e pidão... O impulso irresistível...

Lana Kepler não podia acreditar no que estava vendo. Lá estava Cindy Shell de novo engalfinhada com o anfíbio numa beijação sem tamanho. Como já sabia que não adiantava gritar, berrar, espernear, sentou-se numa poltrona esperando a sanha beijoqueira se encerrar. Quando isso aconteceu...

— A senhorita poderia me dizer o que tem de tão especial no beijo desse sapo?

— Eu não sei dizer direito, Lana. Acho que tem a ver com a língua do sapo.

— Como assim?

— Você sabia que a língua dos sapos pode ter até um metro de comprimento?

— A língua de um sapo pode ter até um metro de comprimento? Sendo teu sapo um sapão, muito maior que um sapo normal, qual será o comprimento da língua dele? Vamos, puxe a língua do bicho para que possa medi-la com uma fita métrica.

— LANAAAAA!

— Está bem. Fora de cogitação medir a língua do sapão. Desculpe, foi mal! Mas voltando a falar do beijo do linguarudo...

— Então menina, quando eu beijo o Fê, a língua dele se enrola na minha...

Lana Kepler arregalou os olhos.

— Como assim? Que história é essa de que a linguona do sapo se enrolar na tua?

— É como estou lhe dizendo, Lana. A língua do meu amado sapo se enrola na minha ficando parecido com uma mola.

— Deixa ver se estou entendendo. A língua enrola e fica parecendo uma mola?

— É!

— E como você sabe que, a língua do sapo, ao enrolar na tua, fica parecendo uma mola?

— Sei porque sinto.

— Você tem certeza que isso que esse sapo safado tem na boca, é uma língua?

— Ué! Não entendi a pergunta. O que poderia ter dentro da boca meu sapinho lindo ao invés de uma língua?

— Do jeito como está falando, parece sim que, esse sapo desavergonhado, tem sim dentro da boca não uma língua, mas sim uma cobra sucuri!

— A língua do meu sapinho fofo é uma cobra sucuri?

— Pior!

— O que é pior que uma cobra sucuri?

— Uma anaconda!

— Para de falar bobagem, Lana Kepler!

— E o que acontece depois que essa língua sem vergonha, se transforma numa mola?

— Ela fica espremendo minha língua.

— Isso é meio obvio — disse com certo enfado.

— Ao mesmo tempo em que a língua mola fica espremendo minha língua, fica ela fazendo uns movimentos...

Lana Kepler, desconfiada e muito preocupada, indagou:

— Que tipo de movimento essa língua saliente fica fazendo?

— A linguinha do meu sapinho fica fazendo um movimento de vai e volta.

— Movimento de vai e volta, é?

— Movimento de vai e volta.

— Você tem certeza que esse sapão gordo, felpudo, fica com a linguona enrolada na tua, fazendo um movimento de vai e volta?

— É! Movimento de vai e volta, sim! Ué! Porque do espanto?

— Ué, porque do espanto? Nada, nada, normal. Todo sapo faz isso.

— O incrível, Lana, é que o movimento de vai e volta começa lentamente depois vai acelerando.

— O movimento de vai e volta vai acelerando? É?

— E como! A coisa toda vai indo num crescer.

— Definitivamente isso não é um beijo, Cindy.

— Se isso não é um beijo, é o que?

Lana Kepler olhou a amiga com severidade antes de afirmar:

— ISSO É SEXO!

— Aí Lana, para de falar bobagem. Estamos falando de beijo.

— No fim da parada não espirra uns troços da língua do sapo?

— LANA KEPLER!

— Tá bom, tá bom, não está mais aqui quem falou.

— Você hoje está com a macaca, não só hoje, ontem à noite você se superou.

— Tá, tá... Desculpe... Mas vem cá, amiga, o beijo do sapo realmente é divino?

— Nossa... indescritível e, além da língua dele ficar enrolada na minha feito uma mola acariciando-a, a ponta fica solta dando chicotadas no céu da boca... Hummmmm... Só de pensar dá um formigamento...

— Onde é que fica formigando, posso saber, senhorita Cindy Shell?

— Você sabe muito bem onde.

— Lá?

— É, lá!

— Bem lá dentro?

— Bem lá dentro!

— Bem lá no fundinho?

— Bem lá no fundinho!

— E fica tudo mo...

— LANAAAAAAAA...

— Isso é um perigo garota!

— O que tem de perigoso em ficar beijando meu sapinho querido?

— Minha linda, se o sapo num beijo tem uma língua tão habilidosa, o que dirá se lamber nervoso a buuuuu...

— LANAAAAA... TOME TENTO! ME RESPEITE!

— Desculpa, só pensei alto.

— Pensou alto, que nada, você trovejou!

— Cindyzinha...

— Você só me chama de Cindyzinha quando quer alguma coisa, sua interesseira.

— Eu posso lhe fazer um pedido muito, mas muito especial?

— O pedido que deseja me fazer é mesmo muito especial?

— Muito! Você não sabe o quanto.

— Então faça logo esse pedido, garota, desembucha!

— Você me emprestaria o teu sapinho para mim essa noite? Juro que o entrego amanhã cedo, lavadinho...

— LANA!

RRRRRRRRRRRRRRR...

— CINDY! Teu sapo rangeu os dentes prá mim! Será que ele quer me morder?

— Pelo que sei, sapos não tem dentes!

— Como teu sapo não é um sapo normal, sabe-se lá que mais coisas tem escondido no meio das pernas.

— LANAAAAA!

***

Que mistérios esconde esse sapinho fofo e felpudo? Será que esconde estrelinhas debaixo do papo? Isso não sei responder mas vamos fazer um teste. Me dê um voto. Ao fazê-lo, ira acender uma estrela. Agora vamos ficar de olho para ver se o sapo, com sua linguona, irá tentar rouba-la. Voto dado, muito obrigado. Aproveite e compartilhe esse capitulo no teu face, caso isso não lhe de muito trabalho. Um beijo sapônico na tua bochecha e, fique na paz.

CINDY SHELL NA AMAZON

O romance: CINDY SHELL – UMA JED-PRINCESS APAIXONADA, já se encontra disponibilizada na Amazon, para quem desejar adquiri-lo (link do livro na Amazon, no meu perfil).

São ao todo sessenta e nove capítulos da mais pirada diversão, embora, creio, alguém há de perguntar:

— Roberto Struan, porque o livro está disponibilizado na Amazon? Porque, "cáspita", você não posta inteirinho aqui, no Wattpad, para alegria dos seus leitores?

A resposta que dou a essa pergunta, é:

Aqui no Wattpad, é prática comum, os escritores, postarem um capitulo por semana. Porque essa prática é pertinente? Essa prática é pertinente pela simples razão dos escritores, terem uma semana para escreverem um capitulo, como terem uma semana para divulgar suas obras, aumentando, paulatinamente, o número de visualizações. Eu, por conseguinte, escrevo praticamente um capitulo por dia, foi por essa razão que, conclui em aproximadamente quatro meses, o primeiro livro da Cindy.

Acredito que outro alguém querido e curioso, há de indagar:

— Bem, imagino, se teu livro está na Amazon, você vai ter a cara de pau de tirar o romance da Cindy aqui do Watt? Não irá mais postar capitulo nenhum?

Muita calma nessa hora. O compromisso que assumo com vocês é: Continuarei postando, semanalmente, toda quinta feira, um capitulo novo do romance da Cindy Shell. Só estou abrindo a possibilidade para os leitores mais ansiosos, terem acesso ao livro todo, caso desejem adquiri-lo na Amazon.

Outra pergunta que, suponho, me ira ser feita é:

— E agora que o primeiro livro da saga da Cindy ficou pronto, o que irá você fazer? Ira ficar na vagabundagem? Na certa ira escrever o segundo livro dessa saga magistral, correto?

Minha resposta a essapergunta é... NÃO! Eu não vou escrever o segundo livro da Cindy. Essa obra teráde esperar pois, estou, nesse momento, escrevendo o primeiro livro da fadaMiarina. Ué! Você não sabia que, a Miarina, antes de se tornar uma bruxamalvada, foi uma linda e bondosa fada? Desconhecia o fato dela ter sidoapaixonadíssima pelo duende PanLisgly que veio, posteriormente, se transformar no gnomo gigante Grilogum? Verdade! Mas isso é umaoutra trágica, história.    

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