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Capítulo 9

Hugo dirigia enquanto Bernardo estava deitado no meu colo, eu apertava a camiseta de Hugo contra o ferimento de Bernardo, mas a peça já estava cheia de sangue.
— Eve, o que está acontecendo? — a voz do meu amigo estava cada vez mais fraca.
— Eu vou te explicar tudo depois, mas agora você tem que ficar quietinho. O pai do Hugo é médico e vai cuidar de você.
Henrique ficou com Theo, esperando por James. Como chefe da segurança da espécie, ele que conduzia a investigação sobre o bando que estava matando marcados. Eles não podiam falar sobre essa investigação com pessoas fora da Segurança ou do próprio Conselho, mas eu tentava me manter longe de qualquer jeito.
— Eu vou me transformar, como nos filmes? — ele sussurrou a pergunta e eu sorri.
— Não, pessoas como nós nunca se transformam em nenhum tipo de criatura, já somos uma — eu brinquei e ele sorriu, confuso.
— Como nós?
— Depois o Hugo vai te explicar tudo e prometo que tudo isso vai fazer sentido. Agora você tem que descansar.
— Mas eu tô com medo — os olhos dele estavam cheios de lágrimas, algumas escorriam pelo canto dos seus olhos — eu confio em você, mas tô com muito medo.
— Hey — limpei suas lágrimas — é normal ter medo, principalmente depois de tudo o que aconteceu, mas você é garoto muito corajoso.  Você enfrentou aquele lobo sozinho, você me salvou, você é meu herói.
— Você os enfrentou antes. . .
— Mas eu estou acostumada, moro com seis deles — eu sussurrei, como se fosse um segredo. Ele riu, mas se engasgou com a dor.
— Não ria, Angel — Hugo disse para Bernardo. Era possível ver pela linha do maxilar dele, o  quanto ele estava se controlando, mas mesmo assim tinha uma voz suave. Mas eu também vi como o Bernardo reagiu risonho ao apelido carinhoso que saiu tão espontâneo da boca do Hugo — você também vai morar com a gente. Ninguém é muito normal lá, tirando eu, claro.
— Só você? — perguntei revoltada.
— Eve é a pior de todos naquela casa — Hugo disse.
— Tenho certeza que é — Bernardo concordou me provocando, mas na hora que foi rir, acabou se mexendo. Seu riso virou um engasgo de dor e eu vi seus olhos brilharem de medo.
Mas antes que falasse algo, Hugo pegou a mão de Bernardo, apertando confortadoramente. Nem sei como o gêmeo conseguiu dirigir só com uma mão, mas ele não soltou a mão do meu amigo.
— Te prometo que essa dor vai passar e depois eu vou cuidar de você, é meu propósito de vida não deixar que nada de mal te aconteça, My Angel — Hugo disse suavemente — Chegamos na casa do meu pai — ele disse manobrando o carro, passando pelo portão, então o desligando — agora eu vou soltar da sua mão, mas só para descer do carro e te pegar no meu colo. Vou te levar lá para dentro e não vou sair do seu lado em momento algum, ok? — Bernardo confirmou com a cabeça, Hugo sorriu  e soltaram as mãos. Mas rapidamente o lobo já estava fora do carro, abrindo a porta e pegando Bernardo o mais delicadamente possível — Viu, foi rápido. Eve, entre na frente, chame pelos meus pais, vou levar Bernardo direto na área médica.
— Certo — confesso que me perdi um pouco com a cena fofa, Hugo carregava Bernardo como se ele fosse a coisa mais preciosa do mundo e, bem, provalvemente era. Mas então eu saí correndo para dentro da casa — Hadassa! Corey! HADASSA!
— Eve? O que foi? — Luana e Hadassa foram as primeiras a chegar até mim seguidas de Emily e Corey — O que houve? Você está bem? James e Jonathan saíram correndo daqui e. . .
— Fomos atacados no shopping, por dois lobos! — as interrompi — Eles feriram Bernardo, Hugo o levou para ala médica, vocês precisam ir para lá AGORA! — gritei a última parte.
— Um jantar normal é pedir demais? — Corey bufou, era o mais a frente de todos que corriam pelo corredor, em direção a ala médica.
— Como isso aconteceu? Quem é Bernardo? Onde James está? — várias vozes entonavam perguntas juntas, mas sem parar de correr.
— Depois eu explico direito, James foi se encontrar com Theo e Henrique, que ficaram com os lobos que nos atacaram. Bernardo é meu amigo e o Marcado do Hugo.
— O QUE? — Hadassa gritou. Oops! — Como assim?
— Depois conversamos sobre isso — Corey finalizou o assunto abrindo a porta da mesma sala onde operaram Theo. Péssimas recordações desse lugar! — Olá, eu sou Corey Acker, seu sogro e vou cuidar de você — ele disse calmamente chegando perto de Bernardo, que estava deitado na maca. Hugo ao seu lado, segurando sua mão — É ótimo ver que você está consciente, eu preciso saber seu nome.
— Be. . . Bernardo. . . — meu amigo parecia tão assustado, que me partia o coração. Hugo apertou a mão de Bernardo e a beijou.
— Ótimo, mas eu preciso saber seu nome inteiro, talvez seja necessário avisar sua família — Corey disse colocando as luvas, sem perceber a expressão de medo de Bernardo.
— Meu nome é. . . Bernardo Rodrigues Falcão, mas a minha família. . . Eles. . . — Bê me olhou me pedindo ajuda.
— Eu sou a família dele! — eu disse alto, chamando a atenção de todos — Se precisar de alguma coisa, eu sou a responsável por ele — Hugo rosnou baixou — e o Hugo também, pelo jeito.
— Pai, ele é o meu Marcado, minha responsabilidade. Não precisa demais nada!
— Certo — Corey concordou — Luana ligue para Arthur, por favor, fale que estou mandando-o vir para cá imediatamente, se Edu estiver junto, também venha. Hadassa prepare a sala de raio-x. Enquanto isso vou verificar os cortes, vocês dois — apontou para Bernardo e eu — vão me falar exatamente sobre cada ferimento. O resto caí fora daqui!
— Posso fazer uma pergunta? — Bernardo perguntou — É normal eu me sentir tão fraco e com tanto sono assim?
— Merda!
Virou uma correria, Hugo carregou Bernardo até o raio-x, enquanto Hadassa e eu tentávamos estancar o sangue, ainda com a camiseta do Hugo, que estava com o peito nú, sujo de sangue do sangue do Bernardo. Meus braços e minha camiseta também estava sujos.
Depois Corey começou a suturar e eu tive que detalhar tudo o que aconteceu, minha sorte é que Arthur e Edu chegaram, tomando meu lugar, então eu pude sair daquela sala, ainda toda suja de sangue. Como você pode imaginar, Hugo não soltou Bernardo nem por um minuto.
— Eve! — Theo me abraçou — O que aconteceu com você? Isso é. . .
— Sim, é sangue, mas não é meu. É do Bernardo — eu respondi, Theo suspirou aliviado.
— E como ele está?
— Corey está fechando os ferimentos, Bernardo não quebrou nada, mas trincou o braço, pelo menos não aconteceu nada grave.
— E seu rosto? Você levou um soco na cara, até sangrou.
— Levei? Nem me lembrava — Theo levantou a sobrancelha e eu revirei os olhos — Aconteceu tantas coisas que nem pensei nisso. E antes que comece o discurso, eu estou muito bem, obrigada.
— Só não vou falar mais nada, porque o meu lobo concorda com você, mas sabe que eu não gosto disso.
Ele suspirou pesado, então me segurou em um abraço apertado, suas mãos nas minhas costas tremiam. Me afastei o mínimo possível, apenas o suficiente para ver lágrimas se formando nos seus olhos.
— Theo, o que foi? Está tudo bem — passei as mãos pelo seu rosto, sem entender o que estava acontecendo.
— Eve, podemos sair daqui? — ele me apertou mais ainda contra ele.
— Claro, eu também preciso de banho e roupas lindas.
— Eu pedi para a Ana trazer — ele respirou fundo, inalando o cheiro do meu cabelo.


Estávamos no banheiro de um dos quartos de hóspedes. Abraçados embaixo do chuveiro ligado, sentindo a água escorrer por nossos corpos. Não tínhamos falado nada, apenas ficamos juntos. Meu rosto escondido no seu peito, enquanto ele acariciava meu cabelo, sua cabeça apoiada na minha.
— Você vai falar? — perguntei sem me mexer.
— Tive muito medo, me sinto culpado por não ter estado lá para te proteger — ele murmurou.
— Você não tem culpa de nada! — eu beijei seu ombro — Eu me defendi porque você me ensinou, eu usei sua força porque você compartilhou.
— Mas e se não for o suficiente? E se eu estiver falhando com você?
— Theo — eu o encarei, puxei seu rosto próximo do meu — Como você pode questionar isso? Você me salva a cada dia! Você me salvou de mim mesma, quando eu deixei de acreditar em mim você acraditou, você chegou como um furacão, mudou tudo de lugar, até ME mudou de lugar — ele deu um sorrisinho de canto — Você enfrentou lobos, o Alfa e até a sua família, tudo por mim. Quem deveria estar se questionando se é boa o suficiente, sou eu.
— Não, você não pode pensar, nem por segundo, que não é boa o bastante! — ele disse quase desesperado — Você é incrível, você luta por quem ama, você é inteligente, engraçada. Eu te admiro demais!
— Tudo o que você falou de mim, é o que penso de você. Então por quê você pode questionar seu próprio valor e eu não?
— É diferente — ele me abraçou de novo, escondendo o rosto no meu cabelo — você já foi atacada mais vezes do que qualquer outra Marcada. Até mais que muitos lobos, você já quase morreu!
— Você também e foi porque estava tentando me salvar, então você já pensou que isso tem mais a ver comigo do que com você? Talvez eu atraia isso, então é culpa é minha — eu falei.
— Não! Mas o meu dever é te proteger!
— E eu estou protegida, estou a salvo e inteira — de novo eu segurei seu rosto com as minhas mãos — Theo, você não vai poder estar comigo a cada minuto da minha vida, não vai poder me proteger fisicamente de tudo, ainda mais nessa possível guerra. Mas você me dá forças e conhecimentos para me defender. Juntos somos fortes e nada pode nos derrubar. É normal ter medo, eu tenho direto, mas não duvide de você, por favor, porque duvidar de você é o mesmo que duvidar de mim.
— Eu nunca duvidaria de você — ele sussurrou.
— Então não duvide de si — respondi.
— Você joga sujo — ele murmurou sorrindo e encostando seus lábios nos meus.
— Cada um usa as armas que tem — dei de ombros, mas sorri.
Nos beijamos e ficamos mais um pouco ali, apenas nos sentimos, mas tinha muita gente nos esperando e eu ainda tinha que saber como Bernardo estava.
Depois de já estarmos vestidos, fomos para a sala, onde nossa família estava.
— Como você está? — Mony foi a primeira a me perguntar.
— Eu estou bem, só cansada e louca para dormir muito, mas quero conversar com Bernardo antes. E a Lua?
— Com a Helena e o Kit, estão em um dos quartos — Caio me respondeu.
Olhei de canto para o Theo e ele lembrou da piada do "genro", ele bufou contrariado para mim.
— Sua visa é animada, não? — Marcus perguntou, tentando desanuviar o ambiente
— Até demais — bufei e os outros riram— Alguém sabe do Bernardo?
— Estão terminando de examina-lo, Bê precisou levar muitos pontos, mas já está acabando. Ele vai ficar bem — Henrique respondeu, entrando na sala que estávamos. Suspirei aliviada — Sabe, estou começando a ficar chateado, você encontrou os Marcados de todo mundo, menos a minha.
Olhei em volta, na sala estavam Marcus, Sylvia, Amanda, Mony, Ana, Marcelo, Caio, Thalita, além de Theo, Henrique e eu. É, as duas das marcadas presentes e o Marcado que estava ajudando Corey, fui eu que encontrou.
— Não é como se eu tivesse feito isso porque eu quis, mas vou tentar resolver isso logo.
— Eve, eu estou brincando — Henrique riu — não é como se você tivesse controle sobre isso.
— Até as minhas amigas querem ficar perto da Eve, para ver se encontram os marcados dela — Thalita disse.
— Avisa que tem uma fila e eu sou o primeiro dela — Henrique se fez de bravo.
— Parem de ser idiotas — eu revirei os olhos.
— Eve — Hadassa me chamou — eles querem falar com você agora.
— Certo — enquanto íamos para a ala médica, Theo me abraçou, esfregando meu braço, tudo ficaria bem.
Bernardo estava em um quarto parecido com aquele que fiquei com Theo poucas semanas atrás.
Nossa, faziam apenas semanas que eu tinha sido sequestrada, torturada e visto uma das pessoas que mais amo no mundo, praticamente, morrer na minha frente.
Um arrepio circulou meu corpo, Theo beijou meu cabelo, me acalmando.
— Hey — eu disse entrando no quarto. Bernardo sorriu para mim, ele estava deitado na maca, sem camiseta e coberto por um lençol. Ele estava de mãos dadas com Hugo, também sem camiseta e ainda sujo, ambos sorriam, apesar de estarem com aparência de cansados.
— Vou deixá-los a sós — Corey disse, terminando de verificar o soro que estava preso no braço do Bê — filhote, enquanto meu genro conversa com a Eve, melhor você ir tomar um banho e se trocar.
— Mas pai, eu não quero sair daqui.
— Tudo bem — Bê falou — se quiser aproveitar e descansar um pouco, também está certo. Eu não vou poder sair daqui mesmo.
— Vamos fazer assim — Theo interrompeu a recusa de Hugo — o lobinho e eu subimos. Enquanto ele toma banho e se veste, eu pego algo para nós quatro comermos, então jantamos aqui. Assim Eve conversa com Bernardo.
— Está bem — Hugo disse contrariado — eu já volto Angel — ele disse beijando a testa do Bernardo e saindo com Theo do quarto, deixando meu amigo e eu sozinhos.
— Uau — Bernardo exclamou e eu sorri, puxei uma cadeira e me sentei ao seu lado — eu nem sei por onde começar a perguntar.
— Muita informação ao mesmo tempo? — eu ri — O que te contaram?
— Basicamente que eles são lobisomens e que estou Marcado como alma gêmea do Hugo.
— Você está estranhamente calmo com isso, a maioria de nós surta quando descobre a verdade.
— Gata, tô dopado de remédios — ele fez careta — nem sei se vou lembrar de toda essa conversa amanhã. Mas quero saber se isso é verdade e que merda isso significa!
— Bem, lembra quando falamos que a minha família tinha uma dinâmica familiar diferente? Então, é porque todos nós somos diferentes. Os nascidos Acker's são de uma espécie de lobisomens chamada Lobos Marcados, eles possuem esse nome porque para cada lobo, há um humano com uma marca única, que o faz ser sua alma gêmea.
— Como você pode ter certeza que sou eu?
— Aqui — eu peguei meu celular e entrando na galeria — há um tempo atrás, Henrique me convenceu a tirar fotos das marcas dele e do Hugo, para eu ter uma ajuda, caso encontrasse os Marcados deles. Isso veio de uma piada, porque parece que tenho tendências a achar os Marcados dos outros, mas o importante é isso — mostrei uma das fotos.
— É igual a minha marca de nascença.
— Sim, essa é a marca do Hugo, é por essa marca que ele iria reconhecer o seu marcado. Mas não é só isso, me diz, você sente que o lugar que ele te toca fica muito quente, nas não arde? Quando ele está perto, você se sente protegido? Mais forte?
— Como. . .
— Como eu sei? Porque é assim comigo, com a Ana, Helena, Mony, Edu e todos os outros marcados. Olha, tudo pode parecer uma grande confusão agora, principalmente porque você está cheio de remédios e anestesia, mas é tudo normal. Assim como todos nós, você teve essa sensação de estar incompleto a vida toda, você passou sua vida esperando e procuram por algo, sem saber o que era. Mas não era "algo", era "alguém". A sua vida vai mudar completamente agora, vão ter coisas muito boas e outras nem tanto, mas a questão não é que você vai "mudar de vida", você vai começar a vive-la do jeito que deve ser vivido — eu peguei na sua mão — Sinto muito por tudo o que aconteceu na sua vida até agora, sei que não foi fácil, sei que você quis desistir e achou que não era capaz, mas tudo isso é besteira. Você é uma pessoa incrível e agora é da nossa família, literalmente. Tudo vai ficar bem!
— Como será daqui para frente? — ele perguntou depois de alguns segundos quieto.
— Você vai ficar aqui até se recuperar, depois eu tenho certeza que o Hugo vai te levar para a nossa casa e cuidar de você até você que você esteja totalmente recuperado. Aí ele vai inventar desculpas para já ter levado toda a sua mudança e por ter encerrado seu contrato na pensão onde você morava — Bê riu, apesar de eu sorrir, não era piada — Sério, ele vai fazer isso. Ou você pode aceitar mudar logo de cara e evitar todo o drama. Porque eu conheço esses lobos, apesar do Hugo ser um dos mais calmos, eles são protetores e tem a mania de querer decidir pela gente.
— Eles podem fazer isso? Nós temos que obedece-los? — perguntou assustado.
— Bê, olha a minha cara de quem obedece homem — respondi séria e ele riu — não se preocupe, eles são desse jeito, mas só porque nos amam e querem nos proteger. E você não entrou para a família do jeito mais calmo do mundo, né? Certeza que o Hugo vai ficar pensando nisso, se culpando e querendo te proteger até da brisa. Mas se ele te encher muito o saco, dá uns gritos com ele ou me chama!
Nós rimos um pouco, mas então eu vi uma sombra passar pelo seu olhar e seu rosto mudou para preocupação.
— O que foi? — perguntei.
— Eve, o Hugo é um cara maravilhoso, ele cuidou de mim, foi carinhoso, me acalmou, até me fez rir. Isso sem contar que é lindo! Porque, por Bowie, que físico é aquele? Dá vontade de lamber todinho! — eu ri da sua cara — Eu sei que me apaixonaria fácil por ele, mas e ele? O Hugo é quase perfeito e eu, sou só isso. . . Como ele vai se apaixonar por mim?
— Primeira coisa, nunca duvide de si! Você é incrível do jeito que é! — eu disse batendo no seu nariz — Segundo, aposto que agora mesmo o Theo está tendo um trabalho enorme para segurar o Hugo, só para nós dois podermos conversar em paz. O Hugo não vai se apaixonar por você, não é só isso, ele vai te amar mais do que a qualquer pessoa no mundo.
— Isso é muito louco, é até difícil de acreditar nisso.
— Pensa assim, a maioria das pessoas passa a vida procurando por um grande amor, pela sua alma gêmea. Nós ganhamos um presente, uma forma de encontrar nossa alma gêmea e viver esse amor.
— Você gosta disso, não? — ele perguntou sorrindo.
— Amo — nossos sorrisos aumentaram ainda mais — passei por muitas coisas na minha vida, muitas foram ruins, mas, desde que o Theo entrou na minha vida e me tornei uma Acker, eu vivo feliz.  Agora eu sei o que é ter paz, bem, não paz do tipo tranquilidade, mas paz de espírito. Finalmente eu sei o que é felicidade e amor. Para quem viveu do jeito que vivi, chega até ser estranho hoje. Eu fui rejeitada por quem deveria me amar, agora sou tratada como alguém muito importante, tem pessoas que me amam e que estão dispostas a me ajudar em qualquer coisa que eu precisar.
— Parece um sonho — ele sussurrou.
— Não é um sonho — eu peguei de novo na sua mão — agora essa é a Nossa vida, você também é um de nós — ele sorriu — Cara, a Hadassa  vai te mimar para caramba! — nós rimos.
— Hadassa? É a ruiva? Ela me abraçou tanto que o Corey teve que refazer alguns pontos.
— Isso é bem a cara dela, você sabia que ela é a mãe do Hugo, né?
— Oh, Meu Deus — ele arregalou os olhos — nem beijei o filho e já conheci os pais! E agora? Ela não vai gostar de mim assim e. . .
— Hey, pare com mania de achar que não vão gostar de você — o interrompi — Hadassa é louca para os filhos acharem seus Marcados, ela vai te mimar horrores. Certeza que ela vai querer que você fique aqui, na casa dela, até estar recuperado. Ah, preparar-se para ganhar muitos presentes, roupas. . . Nossa, quando eles souberem do tripé que você quebrou para me salvar, vai ter correria para ver quem compra o melhor e mais sofisticado material de fotografia primeiro — Bê riu, ele tinha muito o que aprender sobre essa família — De novo, isso é sério. Você tem que aprender uma coisa muito importante sobre lobos: são exagerados em tudo. Se você falar que está com dor de cabeça, vão querer que você faça uma tomografia. Se você falar que está com fome, te compram uma pizzaria inteira. Se você falar que sonha em conhecer algum lugar, você vai acordar no dia seguinte com passagens aéreas compradas e o roteiro turístico pronto. Agora, se você falar que alguém te ofendeu ou fez qualquer coisa que você não tenha gostado, que Deus tenha piedade dessa alma, porque eles não vão ter.
— Isso foi drama ou tudo verdade?
— Verdade — dei de ombros — por isso é melhor você ir preparando o terreno para contar para o Hugo sobre aqueles garotos que estão mexendo com você na faculdade, porque quando ele descobrir, vai botar aquele lugar abaixo.
— Wow.
— É, wow — eu ri — você está bem sobre ser um Marcado?
— Acho que sim, confuso e não sei bem como vai funcionar, talvez com medo de vocês terem encontrado a pessoa errada, mas acho que estou bem. Ou só estou dopado demais para conseguir pensar direito.
— Provalvemente — rimos de novo — mas agora tem dois lobos ansiosos do lado de fora dessa porta, esperando para entrar aqui.
— Como você sabe?
— Eu sempre sei dizer que distância o Theo está de mim, porque o sinto aqui — bati no peito e Bê fez uma cara fofa.
— Isso é romântico.
— Na verdade, eu realmente sinto o Theo. Literalmente — ele se espantou — Mas que tal deixarmos isso para amanhã, quando você não estiver cheio de remédios?
— Combinado!

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