Capítulo 28
— Ela não gosta mesmo de você, né? — Bernardo murmurou.
— Eu falei! Ela me olha como se avaliasse o tempo que vai demorar para arrancar minha alma do meu corpo — respondi.
— No começo achei que fosse exagero, agora eu fico pensando “quanto será que demora para ela te atacar com aquela faca? — Helena sussurrou.
Nesse momento Zoraide nos olhou, nos dando um susto enorme, velha maldita!
Ela passou seus olhos por nós, primeiro por Helena, depois Bernardo e por mim, na hora que ela me olhou, seu nariz enrugou, como se ela tivesse sentido um cheiro horrível, era nítida sua expressão de nojo.
O que esse cosplay de Mumm-Ra tinha contra mim?
Nós estávamos na cozinha da casa, os últimos a tomar café da manhã. Em minha defesa eu precisei descansar muito depois das últimas emoções.
Depois do que aconteceu naquele morro, Theo e eu ficamos um tempo ainda abraçados, ele sempre seria minha fonte de confiança, meu porto seguro!
— Você está melhor? — ele me perguntou depois que saímos das nossas mentes.
— Sim, ainda estou tentando entender o que está acontecendo — respondi.
— Desde que chegamos aqui, eu também tenho me sentido estranho, como uma sensação de algo dormente em mim. Me sinto nostálgico, como se eu não viesse aqui há muitos anos, mas estive na reunião do ano passado.
— Você também se sente como se tivesse voltado par casa? — perguntei e ele confirmou com a cabeça — Aqui tem uma energia estranha, mas de um jeito bom. Toda vez que sonho com Wong, é aqui que conversamos. Ele disse que é a minha mente que vem para cá sozinha, agora eu entendi o que ele quis dizer, eu me sinto atraída por esse lugar.
— Aqui é um território de Lobos, talvez o meu lobo te ajude, afinal ele sempre está com você — Theo falou e eu sorri.
— Não é sempre, nós o dividimos, apesar que eu acho que ele gosta mais de mim do que de você — eu ri da piada, mas Theo estava estranho — O que houve?
— Acho que preciso te contar uma coisa — ele disse tenso, mas então respirou fundo e sorriu, mesmo que não tenha sido um sorriso aberto, como ele normalmente me dá — Agora não, hoje temos que comemorar seu sucesso, você enfrentou a alcateia inteira e venceu. Vamos focar nisso e deixar o resto para depois.
— Você fez de propósito, sabe que eu sou curiosa! — reclamei e ele riu, me puxou e me abraçou apertado.
— Você sabe que eu te amo, não é? Eu te amo muito, tudo o que eu mais quero é que você fique bem. Eu nunca poderia permiti que algo te aconteça.
— Ok, você está me assustando agora — eu me afastei um pouco do seu corpo, apenas o suficiente para poder encara-lo — Eu também te amo muito e também não quero que nada te aconteça, mas lembra que prometemos lutar para que os dois fiquem bem. Nosso objetivo é esse, nossa família unida, não é?
— Claro que sim! — então ele me beijou, encerrando o assunto. Depois disso voltamos para a festa, que ainda acontecia.
Dancei muito, mesmo que não conhecesse praticamente nenhuma música, algumas eu tinha sensação que já tinha ouvido em algum lugar.
Não existia uma coreografia certa, então tudo era engraçado. Passos diferentes, pessoas pulando e rindo, se esbarrando e continuando a dançar. Alguns dançavam em grupos, sozinhos ou em duplas, creio que o objetivo era se divertir.
James me puxou para dançar com ele, Theo fez cara feia, mas Thalita o puxou para dançar também. Meu sogro segurou minha mão e me fez acompanha-lo, ele me girava e pulava comigo, no único momento em que ele falou algo foi quando me abraçou e disse “Sou muito orgulhoso de você, minha filhote!”. Antes que eu pudesse responder, Corey me levantou no ar, dizendo que era sua vez, me fazendo rir. Depois disso eu dancei com Jonathan, Caio, Arthur e todos os outros. Henrique que ainda meio que rosnava se alguém chegasse perto de Hannah, comportamento natural de um lobo que acabou de encontrar sua Marcada.
— Minha vez — alguém disse, já enlaçando minha cintura, assim que terminei de dançar com meu irmão. Vlad sorria para mim, do seu jeito maldoso, mas sorria — Se divertindo?
— Depois de ter quase colocado meu estomago para fora de tanto nervosismo, sim, estou me divertindo.
— Eu fiz inimigos colocarem o estomago para fora — Vlad disse parecendo pensativo e, até um pouco, nostálgico — Bons tempos.
— Sabe que falei de modo figurado, não é?
— Sei, mas eu não — ele deu aquele sorriso perigoso, aquilo não me assustava mais, só me fez revirar os olhos e rir — O que você tem feito é admirável, apesar de que eu ainda preferisse um pouco de ação, chutar alguns traseiros, talvez alguns estrangulamentos. Mas mesmo assim é admirável.
— Vou encarar isso como um grande elogio, muito obrigada — eu ri, o que eu mais podia fazer?
— Sabia — ele disse distraído — que eu só dancei com duas mulheres em toda a minha existência? Eu não faço o tipo que fica no meio da multidão pulando como coelhos retardados — eu comecei a rir do que ele falou.
— Allegra e Azzare? — perguntei, enquanto ele me girava, Vlad confirmou com a cabeça — Para quem tem pouca experiência com dança, você dança muito bem.
— Eu disse que dancei com apenas duas mulheres, não que tinha pouca experiência. Agora eu devo soltar você já que seu lobinho está com cara de poucos amigos — olhei para onde Vlad indicou e vi que Theo não fazia questão nenhuma de esconder que não estava gostando daquilo — ou eu podia provoca-lo e esperar que ele tome uma atitude, talvez avançar em mim?
— Pare der mal com ele — bati no peito de Vlad, que apena levantou a sobrancelha para mim, me fazendo rir ainda mais.
— Na primeira vez que me viu, quase morreu de medo, até fugiu. Agora já se sente no direito de me agredir?
— Intimidade é uma merda, não é? — eu o provoquei.
Segundos depois eu já estava nos braços de Theo, que não me soltou mais, mesmo quando outros vieram me cumprimentar.
Ezra me apresentou para Alfas de vários clãs, a maioria parecia favorável a minha posição no conselho, mas quando começaram a falar sobre assuntos sérios, Ezra os cortou e disse que se quisessem discutir algum assunto comigo, deveriam marcar reuniões e, na hora, nomeou Bernardo como “assistente da conselheira”. Então eles começaram a pegar o contato do meu amigo, que nem sabia o que estava acontecendo.
— Os primeiros raios de sol estão surgindo, está na hora de encerramos nossa reunião — Wong falou quando os primeiros raios de sol despontaram no céu escuro, Vlad tinha ido embora minutos antes, dizendo que “Sol e Vampiros não combinam” — como a tradição diz, um lobo é escolhido para apagar a fogueira. Como foi Eve Acker que a acendeu, nada mais justo que Theo Acker a apague.
Alguns aplaudiram, Theo ficou totalmente surpreso e eu sorri orgulhosa. Chavi entregou a Theo uma espécie de ancinho, Wong o chamou com a mão, meu namorado apertou minha mão e me deu um beijo rápido antes de ir.
Theo parou na frente da fogueira e se virou para nós. Uma plateia imensa de lobos e marcados que aguardavam ansiosos por suas palavras.
— Sei que todos sabem, todos sentimos em nossos corações e nossas almas, que tudo ao nosso redor tem mudado. Para o bem ou para mal, está mudando. Mudanças são necessárias e, por mais que também sejam assustadoras, temos que enfrenta-las. Ás vezes faremos coisas que não queremos, ás vezes teremos que enfrentar nossos medos, ás vezes apenas seguiremos a melhor opção para mantermos a salvo quem amamos, mas o importante é continuar e estarmos juntos. Lobos são ensinados a sempre lutar até o fim, enquanto respirarmos defenderemos quem amamos. Enquanto existirmos, haverá esperança porque nós faremos com que ela resista, por além de nós, por além de nossas vidas, ainda conservaremos esperanças. E ter esperança significa nunca desistir! Nunc et semper numquam, semper pugnam, procedere, lunae illuminabit, nobis vi sanguinis, quase familae, armis cessarent — Theo terminou e a multidão a minha volta começou a gritar e uivar.
O discurso do Theo era motivador, mas parecia ter algo mais velado ali, mas eu não entendi o que era.
Theo passou o ancinho no chão, cortando a fogueira ao meio e separando as chamas vermelhas e azuis, em segundos a fogueira se apagou e então a reunião acabou.
Deu para entender porque eu levantei tarde?
Até chegar em casa, conversar com todos, porque estavam todos animados, tomar banho, ter o banho invadido pelo Theo e, digamos, extravasar toda aquela excitação, e ir dormir, demorou muito.
Agora eu estava sendo encarada pela versão feminina de Matusalém, que não parecia feliz com a minha existência na Terra.
— Bom dia, quer dizer, boa tarde — Hannah disse entrando na cozinha, segurando um prato, como ela conseguia estar sempre sorrindo? Ela foi até Zoraide e entregou o prato para ela — Muito obrigada, o bolo estava delicioso.
— Por nada menina — Mumm-Ra respondeu Hannah SORRINDO! — Se quiser qualquer coisa, eu faço!
— Ah, qual é? — revirei os olhos.
— Gata, é a Hannah — Bernardo falou — não dá para não gostar dela.
— Como você está se sentindo? — James perguntou assim que entrei na sala.
— Bem, aliviada eu acho — fui me sentar no braço do sofá, para ficar ao lado do Theo, mas ele me puxou para o seu colo.
— Foi um show e tanto, você podia ter nos avisado. Sabe que te apoiariamos em tudo — Jonathan falou.
— Obrigada, mas eu precisava fazer por mim.
— Agora tem que reunir sua equipe, são eles que vão te ajudar a lidar com todas as responsabilidades — Corey avisou.
— Mais essa? — escondi meu rosto no pescoço de Theo, que riu de mim.
— Vai ficar tudo bem — ele disse — eu vou ficar do seu lado por todo tempo.
— Vai mesmo! — resmunguei — Onde está Lua?
— Com o Kit — Theo resmungou com desprezo e eu ri. Marcus e Sylvia tinham vindo passar aquela noite conosco, depois da reunião.
Na própria reunião, quando Lua viu o Kit, já esperneou que queria ficar com ele, até dançaram juntos. Então era óbvio que estariam grudados — Amanda e Thalita os levaram para brincar no jardim.
— Não seja mal com a pobre criança, sabe que Kit te adora. Além do mais, já conhecemos a família dele, como ele é criado, é até melhor que seja ele — o provoquei.
— Pare de graça — Theo resmungou, escondendo seu rosto no meu pescoço.
— Do que estão falando? — Luana perguntou quando entrou na sala. Ela estava acompanhada de Hadassa e Sylvia.
— Do quanto Lua e Kit são próximos — falei e Theo rosnou baixo.
— Realmente, são muito unidos — Sylvia falou, Theo bufou no meu pescoço e eu segurei o riso — Quando nós fomos embora, Kit teve até breve de tanta saudades da Lua. Minha sorte foi a Luana fazer aquelas vídeo chamadas, só assim ele se recuperou. Mas quando chegarmos em casa, certeza que começa o drama de novo.
— Vídeo chamadas? — Theo perguntou e a mãe sorriu dando de ombros.
— Foi tão fofo vê-los dançando juntinhos ontem? — Hadassa comentou.
Theo revirou os olhos e se levantou, me levando no seu colo.
— Estamos subindo — ele avisou para os outros, enquanto eu ria.
Eu me olhei no espelho de novo, será que assim estava bom?
Theo disse que não havia regras para como se vestir, mas o que eu usaria para ir na festa de Halloween dos próprios monstros das histórias de terror?
Então eu fiz a besteira de deixar que Aninha e Hadassa escolhessem minha roupa, com sugestões de Luana.
Agora eu estava vestido uma calça preta tão justa que eu não tinha a menor ideia de como conseguir entrar nela, botas de cano alto e uma camisa preta justa com detalhes em prata, justa demais em certas partes da minha anotomia.
O bom que foi Hannah quem arrumou meu cabelo e maquiagem, assim eu pelo menos tive o direito a opinar.
Eu tinha gostado do resultado, mas não deixava de ficar insegura. Se bem que, depois de enfrentar a alcateia e quase criar uma guerra entre espécies, uma festa não seria problema.
— Eve, você está. . . — Theo falou entrando no quarto, mas parou ao me ver — Esquece essa festa!
Ele fechou a porta e veio me beijar, me agarrou em seus braços e, quando percebi, já estávamos na cama.
— Theo! — eu ri do seus despero — Nós não podemos, temos que ir nessa festa.
— Por que? — ele gemeu frustrado.
— Se não formos, Vlad vem atrás de nós e você sabe que ele faria isso.
— Droga! — ele praguejou — Mas você está tão gostosa, vai ser uma noite muito longa e difícil! — Theo choramingava e eu ri — Você ri porque não é você que vai ter que esconder uma ereção da realeza do mundo sobrenatural — Eu vou acabar tendo um caso de bolas roxas!
— Ow, que dó do meu lobinho — o provoquei — Prometo que quando voltarmos, eu te ajudo com esse "problema".
— Vou cobrar — ele resmungou — Agora é melhor a gente ir, se não eu realmente vou trancar aquela porta e você não sai daqui até amanhã.
Eu, mas melhor não provocar, até porque Theo realmente teve que arrumar a calça para esconder o volume ali.
— Demoraram — Corey provocou — será que estavam fazendo coisa que não deviam estar fazendo?
— Eu queria estar — Theo bufou, eu bati no seu peito e Corey riu alto.
De novo Lua estava vestida como miniatura do pai. Theo vestia uma camiseta branca simples, uma camisa xadrez por cima e estava segurando sua jaqueta na mão. Além da calça jeans escura e os all stars. Já Lua estava de all star, calça jeans desfiada, camiseta branca e uma camisa xadrez, só que a dela era vermelha.
— Seu ego não tem limites, não é? — perguntei para ele.
Ele sorriu de canto e deu de ombros.
Theo quase surtou quando Lua não queria ir conosco para a casa de Wong, mas sim com Kit. O que resultou que ele teve que ir com a gente, pelo menos eles não entendiam o que os rosnados do Theo significavam, então riam toda vez que acontecia.
— Sejam bem vindos — Allegra disse na porta — Espero que gostem da festa.
Eu esperava qualquer coisa, menos uma típica festa de Halloween.
Panos pretos cobriam as paredes, falsos morcegos estavam pendurados em todo lugar, balões imitavam abóboras, além das próprias abóboras esculpidas e com velas acesas por dentro, que estavam em todo lugar. Tinha de tudo, falsas teias de aranhas com falsas aranhas, fantasmas de lençóis e até "manchas de sangue".
— Então? — Allegra perguntou, ela realmente queria a minha opinião.
— Está incrível — falei sinceramente — eu realmente amei tudo isso.
Ela sorriu aliviada, eu não entendia por que a minha opinião era tão importante. Mas, considerando com quem ela é casada, não dá para exigir muita lógica.
— Wow — Henrique disse do meu lado.
— Legal, né? — perguntei.
— Até os doces são decorados! — Hannah disse alegre, pegando um brigadeiro em formato de aranha e o provando — Muito bom!
— Como eram nos outros anos? — perguntei aceitando um brigadeiro. Quem segurava a bandeja era uma daquelas criaturas de olhos vermelhos — Obrigada.
— Eu não sei, nós nunca fomos convidados — Henrique respondeu.
— Mas essa festa não acontece todo ano? — perguntei confusa.
— Sim, mas só nossos pais eram convidados e olhe lá — Henrique estava se entupindo de um doce em formato de fantasma — Eles nunca estenderam esse convite a ninguém além do conselho, ás vezes convidam os líderes dos clãs, as vezes não.
Eu olhei em volta, realmente não havia tantas pessoas (criaturas, no caso). Eu tinha conhecido vários líderes de clãs e nenhum estava ali.
— Tudo bem? — Theo me perguntou.
— Estamos na festa da "elite sobrenatural", não é? — perguntei e Theo concordou — Por que fomos convidados? Por que só a nossa família está completa aqui?
— Porque queríamos vocês dois aqui e sabíamos que vocês só viriam se eles também viessem — Vlad respondeu atrás de mim, me dando um enorme susto.
— Um dia eu coloco um sino em você! — resmunguei e ele riu.
— Não seja dramática. Olá Theo.
— Lorde — Theo o cumprimentou com a cabeça.
— Sua Marcada me chama pelo meu primeiro nome e você pelo meu título? — Vlad levantou a sobrancelha — Vocês formam um casal interessante
— Quer que eu comece a te chamar por Vlad — Theo levantou a sobrancelha, do mesmo jeito que o vampiro tinha acabado de fazer. Eles tem algumas manias idênticas, às vezes dá até assusta de tão parecidas.
— Vou adorar ver isso — Vlad disse aquilo como se um desafio interessante, eu falo que essa criatura é louca — Estão gostando da festa?
— Sim, Allegra realmente deve ter se empenhado nisso — respondi.
— Então é por isso que você vai provar comidas e bebidas, vai dançar, se divertir muito e, antes de ir embora, vai agradece-la e parabeniza-la pelo ótimo trabalho, não é? — aquilo não tinha sido uma pergunta.
— Claro, por que não?
— E você — ele se virou para Lua, que estava no colo de Theo e observava atentamente — nunca entendi o fascínio de vocês por essas miniaturas de humanos.
— "Essas miniaturas" se chamam filhos — eu o corrigi.
Lua o olhava, parecia analisar Vlad, então esticou seus bracinhos, pedindo por colo.
— Vamos ver — sem nem dar tempo de termos alguma reação, Vlad a pegou n colo.
Ótimo, realmente ótimo!
Minha filha estava no colo do Conde Drácula!
— Interessante — ele olhava minha filha como se ela fosse um espécie digno de estudo — a última vez que segurei um bebê, eu o comi.
— O QUE?
— Francamente Eve, estou brincando, nem eu teria coragem de fazer isso — respirei aliviada — eu tinha comido os pais do bebê, não ele — Vlad disse devolvendo Lua para Theo, que a pegou rapidamente.
— Eu fiz uma pista de dança inteira e ninguém está usando — Allegra reclamou.
— Talvez vocês devam começar, depois os outros os seguirão — Theo sugeriu.
— Tem razão — Allegra concordou — Eve, estou levando seu lobo comigo, prometo devolver depois — ela piscou para mim, enganchou seu braço no de Theo e saiu o arrastando até a pista de dança, apenas parando para entregar Lua para Luana. Theo tinha uma expressão de assustado no rosto.
— Sabe, se fosse em outros tempos e alguém tocasse na minha companheira assim — Vlad falou pensativo — eu teria arrancado dedo por dedo dessa pessoa, feito-a comer cada um deles, quebrado os ossos de seus membros, depois o mataria.
— Que bom que os tempos mudaram, não é mesmo? — falei um pouco em choque.
— Talvez — Vlad de ombros, então me ofereceu o braço — Vamos?
Nós sabemos que não era uma pergunta. Mas até que foi divertido, Vlad dança bem e fazia comentários ácidos que me faziam rir.
— Hey, agora você já dançou com três pessoas — falei quando ele me rodopiou.
— Três? — ele perguntou levantando a sobrancelha, do jeito que ele e Theo fazem.
— Você me disse ontem que apenas tinha dançado com Allegra e Azzare, você dançou comigo ontem e hoje, então você dançou com três pessoas.
— Não, Eve — ele disse com um sorriso de lado, algo entre o perigoso e o misterioso, na hora que ele finalizou a dança e me segurou inclinada, ao estilo Hollywood — eu ainda continuo tendo dançado com apenas duas pessoas.
A música do capítulo é só uma brincadeira
Seguinte:
Meu celular deu PT e eu escrevo por ele, então fiquei sem, por isso a demora.
Eu nunca vou abandonar as histórias e tem muito livros para escrever ainda, as vezes demora, mas sempre vou postar!!!!
Por isso, me adicionem nas redes sociais (é tudo Isa Feijó) ou entre no grupo do whats (só falar com a biaolinda ou flor212 )
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