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Capítulo 25


— Vocês demoraram — Hannah disse sorrindo assim que entramos no restaurante.

— Passamos em outro lugar antes, para resolver umas coisas, nada sério — Corey falou na maior cara de pau — Aliás, James, eu preciso falar com você depois, uma coisa boba.

— Okay — meu sogro respondeu desconfiado, mas logo deu de ombros e voltou a conversar normalmente.

— Tudo bem? — Helena me perguntou.
— Acho que sim — respondi.

Depois que saímos do apartamento, Corey e Hadassa estavam conversando como se nada tivesse acontecido, eu me recusei a entrar no carro deles, por isso fui de moto com o Theo. Outro que estava agindo normalmente. Hannah nem desconfiava do que tinha acabado de acontecer.

— Eu estou animada para essa reunião — Aninha disse.

— Eu estou entre muito medo e muito curioso — Bernardo falou.

— Não é nada demais, nós nos reunimos em uma grande clareira, no centro fica o Alfa e o conselho — Hugo explicava — Eles falam conosco sobre nossa alcatéia, sobre como as coisas estão, se tem alguma novidade.  Tem a parte das bênçãos aos novos membros dos bandos, a apresentação dos bebês, depois o Alfa faz a prece dos Lobos. Se algum lobo quiser falar algo, pode falar no ritual da fogueira e depois um enorme banquete, há músicas e muita comida.

— Benção dos novos membros? — Hannah perguntou.
— Sim, todos os que se juntaram a nós, como os novos marcados ou os lobos pequenos, ficam de frente ao Alfa que abençoa a todos. Depois ele apresenta os bebês a toda alcatéia — foi a vez de Henrique explicar.

— Hum, é só o Alfa que tem que falar, né? — perguntei brincando com o meu copo.

— Não precisa se preocupar — James riu de mim — normalmente é só ele, falamos antes, na reunião só do conselho.

— Me senti melhor — respirei aliviada.

— Se bem que com a Eve, as coisas tendem a serem diferentes, então vai preparando o discurso — Jonathan me provocou e os outros foram.

— Eu acho divertidas essas reuniões, só é um saco ficar esperando as vezes — Thalita deu de ombros.

— Eu tenho a impressão que eu vou adorar essa — Theo sorriu como o Idiota que é.

🐺

— Tudo pronto? — Theo perguntou enquanto eu fechava a mala.

— Sim, já fiz a nossa — respondi pegando Lua no meu colo, enquanto Theo pegava a mala que estava em cima da cama. A reunião seria no sábado a noite, voltaríamos na terça de manhã. A ideia era voltar já na segunda, mas Ebony tinha me mandado um lembrete que ela e Allegra tinham organizado uma "pequena festa de Halloween", que aconteceria na segunda feira a noite (dia 30), e que minha presença era extremamente importante.

Aí eu recebi uma mensagem do Vlad que dizia:

"Vocês estarão naquela festa ou te caçarei até o inferno e te arrastarei de volta! Tenha um bom dia 😃".

— Vai dar tudo certo, você sabe — Theo disse me abraçando.

— Theo, nada dá "certo", quando estamos envolvidos.

— Mas pelo menos as coisas ficam interessantes — ele respondeu me fazendo rir.

— Lobo! — Lua exclamou impaciente — Kit!

— Você vai vê-lo amanhã — eu falei e ela sorriu — Kit e seus pais virão para a reunião.

— Nem me lembre — Theo bufou enquanto descíamos as escadas.

— Theo — eu ria — vai ficar com ciúmes de uma criança? Sem contar que ele te adora!

— Eu não esqueci o "genro" — ele falou imitando a minha voz.

— Sinto muito, mas se acostume, se esses dois continuarem tão grudados, já sabe, né? — eu o provoquei.

— Sinto muito? — ele levantou a sobrancelha — Tenho impressão que você não sente nada.

— Tem razão, eu me divirto com tudo isso!

— Se diverte com o que? — James perguntou quando chegamos na sala, onde eles nos esperavam. Aí o Theo contou para o James a história do "genro" e agora eu tinha dois lobos ciumentos nem querendo ver o pobre Kit.

Como da última vez, chegamos no aeroporto e fomos para uma sala particular. Eu já estava com o coração na boca, enquanto Theo e Lua brincavam tranquilamente. Ela corria, numa tentativa de "escapar" do pai, enquanto ria. Theo fingia que ia pegá-la mas a deixava escapar no último momento. Eram esses momentos que fazia tudo valer a pena!

Entramos no jatinho, Theo e eu ficamos sentados lado a lado, com Lua entre nós. Enquanto eu estava quase para entrar em pânico, Lua parecia achar tudo divertido. Quando estávamos no ar, ela não demorou a tirar um cochilo.

Chegamos na casa dos Acker's um pouco depois das nove da noite.

— Se quiserem, podem descansar um pouco, sairemos as 23:30 — James informou.

— Sairemos para onde? — perguntei.

— Para a ceia com o Alfa — ele respondeu e eu já tive vontade de voltar para o carro e seguir de volta para o aeroporto — Olá Zoraide.

A velha estava lá. Óbvio que estaria!

Ela cumprimentou a todos com acenos de cabeça, mas me deu olhar de tanto desprezo, que por um momento achei que eu estava fedendo. Qual o problema dessa velha comigo?

— Não seja paranoica — Theo riu de mim quando chegamos no nosso quarto — Zoraide só é estranha com todo mundo.

— Comigo é diferente, estou te falando, ela não vai com a minha cara! — eu me joguei na cama, enquanto Theo colocava Lua no berço — Theo, desde quando tem um berço nesse quarto?

— Ah, eu comprei — ele riu como uma criança pega aprontando alguma coisa — Agora a senhorita vai dormir um pouco — Theo se deitou do meu lado e começou a fazer carinho nos meus cabelos.

— Não, daqui a pouco a Lua acorda — protestei, mas pronta para dormir.

— Ela vai acordar e eu vou ficar com ela, você que vai ter uma reunião importante, então precisa descansar — ele beijou minha testa e continuou com os carinhos.

— Certeza que o Wong vai aparecer nos meus sonhos. — resmunguei antes de dormir.



A música soava alta, meus lobos e marcados dançavam e cantavam em volta da fogueira. Era uma imagem magnífica, vívida. Éramos poucos ainda, duzentos lobos e seus marcados, talvez mais, mas éramos uma grande família.

Olhei para o meu lobo, sentado no trono ao meu lado, sua pele clara, seus olhos verdes, cabelos compridos que desciam pelas suas costas, a barba que emoldurava seu rosto e a aparência de alguém com um pouco mais de 30, mesmo tendo séculos de idade.

Eu nunca, em minha existência, encontraria uma criatura tão bela quanto ele. Ele sorriu para mim e tomou mais gole de sua taça.

Ele apertou um pouco minha mão, compartilhando de meus pensamentos, assim como eu acreditava que ele era criatura mais importante dentre todas, ele pensava o mesmo de mim.

Desviei meu olhar para o meu povo, minha filha mais velha dançava com seu marcado, eles riam e pulavam ao ritmo da música, sem soltarem suas mãos, deixando suas marcas no pulso sempre perto uma da outra. Minhas outras duas filhas estavam sentadas, comendo com seus marcados, enquanto seguravam seus filhotes ainda  bebês. Mais a frente, meus dois filhos gêmeos estavam com seus pequenos lobos e faziam estripulias com outros lobinhos. Meus meninos gêmeos, tão parecidos com o pai.

Depois de tantas guerras,  o sentimento de paz e alegria era muito mais do que bem vindo.

Olhei para o meu lobo, ele apenas confirmou com a cabeça, então eu me levantei. A música e as conversas foram parando rapidamente. Bati minha lança três vezes no chão e então havia um silêncio absoluto, apenas cortado pelo crepitar do fogo.

— Meus filhos — comecei a falar — sou muito grata por todos estarem aqui.  Nossa raça vem atravessando os séculos, cada vez mais forte e mais poderosa por causa de nossa união, nunca devemos perder isso. Não somos Lobos e Marcados, somos uma única raça, lutando por um mesmo ideal. Somos Um! — todos gritaram "Somos Um" — Nosso dever é sempre com o nosso próximo, não importa qual é seu clã, somos Todos Lobos Marcados, somos a mesma raça e é isso que nos faz tão forte!

— Somos Um!

— A escuridão pode ser densa, mas não estamos sozinhos, o problema de um, é o problema de todos. A glória de um, é a glória de todos! Nós Somos Um!

— Somos Um!

Eu sorri vendo a glória de tudo o que construimos. Meu lobo sorriu, se levantando e vindo até mim, parando ao meu lado.

— Isso tudo é devido a você, minha rainha — ele sussurrou.

Tudo começou a girar muito rápido, tão rápido que eu não conseguia acompanhar, todos foram sumindo. O toque do meu Lobo foi arrancado de mim, o procurei em volta, mas tudo girava tão rápido, que qualquer coisa ao meu redor não passava de uma imagem borrada e distorcida. Não havia música, risadas, não havia mais ninguém.

— Eve? — alguém me chamou e olhei confusa em volta.

— Eve? — perguntei de volta, ainda desnorteada. Eu ainda estava na floresta, a fogueira ainda queimava, mas estava apenas o lobo desconhecido e eu — Quem?

— Você está bem? O que houve? — ele correu até mim.

— Wong? — minhas lembranças foram voltando — O que houve? Onde está a festa?

— Que festa? — ele perguntou surpreso.

— Havia uma festa, muitos Lobos e Marcados, acho que duzentos.

— Eve, estamos onde será a reunião de toda a Alcatéia, nós somos mais quatro mil — ele falou — Como você veio parar aqui?

— Eu não sei. . . Eu. . . O meu lobo. . . — olhei em volta, apenas floresta escura e a fogueira ao nosso redor — porque essa fogueira é diferente?

— Ela é a fogueira ritualística das reuniões da alcatéia. Ela só é feita para esse dia, acesa na pôr do sol antes da reunião e apagada no nascer do sol.

Eu fiquei olhando para a fogueira, ela queimava em vermelho vivo e azul, as duas cores se enroscando, mas sem misturarem de fato. Era uma cena impressionante, quase hipnotizante, linda de um jeito que eu nunca imaginei.

Mas se eu nunca teria imaginado, como ela podia estar na minha mente agora?

— O que está fazendo aqui? — perguntei para ele, ainda confusa.

— Vim para te ver, mas foi difícil te achar, então vi a fogueira acesa e resolvi vir até aqui.

— Ah — eu ainda estava confusa, me sentindo estranha — o que você queria falar comigo?

— Eu quero saber como você está com todas essas mudanças, você está bem com isso?

— Bem? Wong, quando eu estou bem? Parece que quando eu estou me acostumando, algo novo e aterrorizador aparece e eu tenho que lidar com mais coisas.

— Mas você tem lidado muito bem com tudo.

— Não é por escolha — retruquei. Estávamos caminhando pela imensa clareira, era tão estresse imenso silêncio, depois daquela festa — agora eu sou uma conselheira e não tenho a menor ideia do que vou falar daqui a pouco! Wong, ainda dá tempo para desistir e nomear outro conselheiro.

— Primeiro, você vai falar o que quiser, sobre a sua realidade, o que você pensa, como está se sentindo, essas coisas. Segundo, se eu te nomeei foi por uma grande razão, pare de duvidar tanto de si.

— No momento, estou duvidando mais da sua sanidade, do que de mim — resmunguei e ele riu.

— Sabe, o mundo precisa de mudanças, quem sabe não é você a traze-las? — ele parou na minha frente, falava de um jeito quase carinhoso — Por enquanto, apenas respire e relaxe, aproveite o momento, nós vemos daqui a pouco.
Ele beijou a minha testa e tudo sumiu.

🐺



— Ele beijou a sua testa? — Theo perguntou revoltado.

— Jura? De tudo o que eu falei, você só prestou atenção nisso? — revirei os olhos, tão típico dele.

— O que você descreveu foi a festa após a a reunião, é o momento de celebração pela vida, mas em uma versão mais reduzida. E também me magoa o fato do "seu lobo", claramente, não ser eu. Eu não tenho olhos claros, meus cabelos compridos não descem pelas minhas costas, eu não tenho barba e minha aparência não é de alguém "de alguém com um pouco mais de 30, mesmo tendo séculos de idade", até porque eu só tenho 23.

— É a segunda vez que eu sonho pelos olhos de outra pessoa. Da outra vez, eu estava em uma floresta, quando olhei o meu reflexo na água eu vi outra garota, completamente diferente de mim, mas eu tinha certeza de que aquela era eu. Aí a água mostrou o meu reflexo de verdade e eu não me reconheci. Isso não é loucura demais?

— Se tratando de você, nunca é loucura demais.

— Hey!

Eu não sabia como seria a tal ceia, me baseei nas roupas das outras marcadas, então lá estava eu de vestido longo, coisa que, por acaso, eu não acho que tem muito a ver comigo.

Theo estava incrivelmente lindo no seu blazer e roupa social, lobo idiota! Lua que estava deslumbrante, em seu vestidinho cinza e azul.

— Vai ficar tudo bem! — ele sussurrou quando estávamos chegando na casa de Wong.

— Eu estou tentando acreditar nisso, mas está difícil! — respondi.

— Pensa pelo lado bom, dessa vez são apenas os outros sete conselheiros e seus marcados, Wong e Ebony, provalvemente a guarda do Alfa e nós.

— E como isso é o lado bom?

— Da última vez que estivemos aqui, esse lugar estava lotado de diferentes criaturas.

— Nem me lembre desse dia — resmunguei.

De novo fomos recepcionados por aquelas criaturas com garras e olhos vermelhos, mas que eram até simpáticos. Eu estava tentando respirar fundo e me controlar, mas estava nervosa demais. Lua e Theo riam do meu lado, presos em suas brincadeiras, aquilo era a única coisa que me fazia não surtar.

— Você é uma de nós, tudo vai ficar bem — James falou colocando a mão no meu ombro, apenas concordei com a cabeça.

Que seja o que o Alfa Original quiser!

— Vai dar tudo certo! — Theo disse me dando um beijo rápido.

🐺

Nada deu certo!
Uma definição para aquele jantar: desastre!

As coisas até começaram razoavelmente bem, eu estava muito nervosa, mas logo fomos recebidos por Ebony.

— Acker's! — ela veio nos abraçar — Eve, que bom que você veio! Entrem.
Nós seguimos pelo corredor, indo até uma sala de estar onde todos os outros conselheiros e seus Marcados estavam — Acho que você já os viu, mas estes são o Conselheiro Zaki Okerie e sua Marcada Katerina, Conselheiro Otto Klein e sua Marcada Lea, Conselheira Maya Ananda e seu Marcado Matteo, Conselheira Sarah McLean e sua Marcada Yumi — Ebony apresentou a todos, que um por um foram me cumprimentando de volta — Como todos vocês sabem, esses são os Acker's, Eve é a primeira Conselheira Marcada que temos — ela finalizou sorrindo.

— Fico muito feliz de não ser mais o único homem Consorte — Matteo falou para Theo, que riu.

— Eu gosto dessa história, estou me divertindo com isso — meu namorado respondeu.

— Que bom que alguém está — resmunguei os fazendo rir.

— Tudo bem Eve, o começo é complicado, mas depois você pega o jeito — Maya disse com seu forte sotaque indiano.

— Fico muito feliz que todos vocês estejam aqui — Wong falou entrando na sala onde estávamos, mas terminando sua frase olhando diretamente para mim. Revirei os olhos, não precisava dessa indireta — Nossa comida está servida, vamos.

Ele ofereceu seu braço para Ebony, que o aceitou e seguiram para a sala de jantar.

Ok, vamos lá.
Só comer, observar e ir embora, seria fácil.

— Como vocês estão? — Wong perguntou, bebendo da sua taça.

Os Conselheiros começaram a falar, rindo de piadas internas, das quais eu não conhecia. Eles falavam entre si de assuntos que eu não fazia a menor ideia do que eram. Eu não conseguia dar a minha opinião sobre nada, porque eu não tinha a menor ideia sobre o que estavam falando.

— Não vai falar nada, Eve? — Wong perguntou e eu sentia que podia entrar em pânico — É estranho te ver calada.

— Eu não sei o que falar — respondi — Não estou a par dos assuntos que vocês estão comentando.

— Não precisa ficar tão tensa, a verdadeira reunião em só amanhã, hoje é um momento de descontração e interação — ele falou.

— Se esse é o "momento de descontração", imagina amanhã — resmunguei e alguns riram.

Eu fui ignorada o resto do tempo.
Vez ou outra James, Jonathan ou Corey tentavam me colocar na conversa, mas eu era cortada o tempo todo, principalmente por Otto, que eu já tinha entendido que não tinha ido com a minha cara. Sarah e Zaki também não pareciam gostar muito da minha presença ali. Apenas Maya parecia estar disposta a me ouvir, mas o que não parecia ser possível, já que eu não conseguia terminar uma frase se quer.

— O que você está achando dessa novidade dos Marcados participarem mais efetivamente das decisões da Alcatéia? — Maya me perguntou em um momento.

— Eu acho ótimo — respondi aliviada por ser assunto que eu sabia — Nós precisamos ter uma voz mais ativa…

— Apesar da ideia ser muito boa — Otto me interrompeu — Acredito que esse seja um projeto de longa prazo. Pequenas mudanças que, vagarosamente, vão causar uma mudança maior.

— Mas as mudanças... — eu tentei.

— Eu concordo com Otto — Zaki falou — nossas tradições são claras, não podemos causar um choque cultural tão abrupto.

— Eu não concordo! — insisti novamente — Não acredito que seja desse jeito, nós…

— Você ainda é nova em tudo nisso — de novo, Otto me interrompeu — não entende a forma como agimos. Quando amadurecer mais, verá claramente.

— Claro, eu sou só uma Marcada falando sobre a rotina dos Marcados, como achei que teria conhecimento sobre esse assunto? — resmunguei irritada.

— Não precisa ficar ofendida — Sarah falou — não estamos falando que a culpa é sua.

— Tudo bem — Otto disse superior, como se o ofendido tivesse sido ele, não eu — é apenas questão de maturidade.

— Questão de maturidade? — Theo sorriu irônico — Achei que com a maturidade viesse o respeito, não a falta dele. Quantos anos você tem, Conselheiro?

— Mais do que o dobro da sua idade e da sua Marcada juntos — Otto falou, ficando vermelho.

—  Que interessante — Theo continuava irônico — e isso é a prova de que maturidade não tem nada a ver com a idade, não é?

Fez-se um silêncio na sala, ninguém se atreveu a falar nada, até que Wong começou a rir.

— Por isso que eu amo essa casal! — Wong ria, logos os Acker's se juntaram a ele e, pouco a pouco, todas na mesa riam, mesmo que fosse apenas de raiva.

E foi daí a pior!

Tiveram piadas, indiretas, sugestões e fui ignorada por muito tempo.

— Acho que podíamos deixar a Eve falar um pouco — James disse já no fim do jantar. Foi legal ver o apoio dos Acker's, pena que os outros fizeram questão de deixar claro que eu não era bem vinda.

— Claro — Otto sorriu desdenhoso — Então Eve, qual sua opinião sobre os últimos investimentos financeiros que fizemos?

— Eu… eu não sei quais foram…

— E a nossa atual relação com os Coiotes da Austrália? Ela anda um pouco estremecida — Sarah falou, atrás dela eu vi Yumi negar com a cabeça, discordando da atitude da sua loba.

— Eu não sei como está no momento — respondi sem graça, eu nem sabia que existia uma espécie chamada Coiotes.

— Pelo menos ela manteve a tradição dos Consortes cuidarem dos filhotes — Zaki falou rindo, Otto e Sarah riram.

Theo se manteve com Lua no colo, o tempo todo. Ele, inclusive, que deu a mamadeira para ela.

— Com licença — eu disse me levantando e saindo daquele lugar.
Foda-se!

Eu não ia ficar naquele lugar, com aquelas pessoas arrogantes!

Fui até a sacada, o mesmo lugar o de conheci Eliel.

— Está satisfeito? — murmurei para o nada — "Confie no seu poder" — falei com deboche — Só você confia, porque, aparentemente, ninguém ali dentro confia! O que você quer de mim? Foi só por ser divertido ou você ainda acredita que eu posso fazer algo?

— Eu acredito! — me virei e vi Theo vindo na minha direção. Ele me abraçou forte, me protegendo de qualquer coisa — Eu nunca duvidei de você, você também não pode duvidar.

— Eles não me respeitam, me consideram um nada! Theo, eles são o Conselho dos Lobos, são os representantes de toda a raça!

— E são uns idiotas arrogantes, que estão se sentindo ameaçados por você. Eles fizeram de tudo para te ferrar, para começar, Zaki não falou com você até agora sobre as tradições. Sarah não te passou o relatório das relações com as outras espécies. Ninguém te falou nada!

— Por que fizeram isso? — perguntei sem entender — Qual o problema comigo?

— Pare de achar que o problema é com você, porque nunca foi! Se os outros não aceitam quem você, o problema é deles!— eu abracei Theo e ele devolveu o abraço com força — Se você quiser, eu volto lá e arranco a cabeça deles — ele falou com um sorriso no rosto, mas tinha um brilho maldoso no olhar.

— Não, eu tenho que aprender a me defender sozinha! Mas podemos manter isso como plano B.

— Quando você quiser!


🐺


— Até mais tarde — Ebony dizia a todos, afinal iríamos para nossas casas, descansariamos e depois voltaríamos para a reunião.

— Bom descanso, Eve — Otto me disse com seu jeito debochado — mal posso esperar para ver como será a sua primeira reunião.

— Corta essa! — falei — Por que vocês não gostam de mim?

— Se você teve essa impressão, eu sinto…

— Ninguém está ouvindo, então pare com essas mentiras e essa sua pose. Eu não fiz nada para vocês, porque não gostam de mim?

— De oito conselheiros, quatro são Acker's? — sua voz denunciou sua raiva — Somos mais de vinte clã, fora as ramificações, e metade do conselho é da mesma família?

— Está com raiva da minha família?

— Principalmente de você! O que uma Marcada pode fazer por nós? Isso é ridículo!

— Ridícula é a sua atitude! — cuspi as palavras.

— Cuidado menina, não vai querer comprar briga comigo, sou muito mais influente que você. Nenhuma proposta sua será aceita aqui, apenas aprenda a ficar quieta e seja a boa e submissa Marcada que você deve ser — ele disse sorriu — Até mais tarde.

Ele afastou de mim, eu estava com tanta raiva, que nem ao menos consegui responder.

Passei o caminho de volta em silêncio, minha família até tentou me animar, tentaram me distrair, mas eu não conseguia responder.

— Ele falou o quê? — Theo perguntou furioso, só não gritou porque Lua estava dormindo em seu berço. Estávamos no nosso quarto, prontos para dormir.

— Sim, eu tenho que ficar quieta e pronto. Que ódio! Eu tentei ser legal, tentei seguir as regras e olha a minha recompensa — falei irônica.

— Eve, você tentou agir como eles e deu errado, agora aja como você!
Aquela frase remoeu dentro de mim, Theo estava certo. Se era para eu agir como queria, ia precisar de ajuda.

Theo dormia do meu lado, eu estava quase dormindo, quando murmurei:

— Vlad, preciso falar com você!

Hoje é o aniversário da Maahbaixinha!!!!!!
Muito obrigada por sempre me acompanhar e ser essa garota maravilhosa!!!
Te adoro!!!!
(Menos quando você está com a Killer, planejando meu sequestro!!!!)

Por mais que tenha vezes que você não ache, você é uma pessoa incrível, amiga, inteligente e muito talentosa! Nunca duvide de si, eu nunca duvido!!!!
FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!!!
♥🐺♥🐺♥🐺♥🐺♥🐺♥🐺♥

A Maah escreve também, apesar de falar que não é boa (😒), quem quiser ler, dá uma olhada no perfil dela e manda uma mensagem fofa, do tipo "para de frescura e vai escrever!!!!"

Ah, hoje é att dupla, para comemorar o aniversário!!!
💙⚓💙

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