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Capítulo 17


Minha cabeça zunia, do que ele estava falando?
— Eu não sei o que você é — Lucas continuou — mas você não é como os outros Marcados que eu já tenha conhecido. Você é como Clara.
— Como assim?
— Eve, eu sou um Nefilim — a garota me explicou — sou filha de um anjo com uma humana. Mas ao contrário dos outros Nefilins que existem, bem, você sabe quem é o meu pai — ela sussurrou — por isso eu sou única e a mais forte de todos.
Precisei de um segundo para compreender, então a realidade bateu forte. Existem apenas seis Arcanjos, um está preso no inferno, quatro estão no Céu e o último na Terra. Nenhum dos outros teve contato com humanos, exceto Lúcifer, mas ele estava mais interessado em extermínio do que em envolvimento amoroso. Ou seja, o único, entre todos os Arcanjos, a ter um filho, foi Eliel.
Clara é a única filha do ser mais poderoso da Terra, o que a faz extremamente poderosa.
— Por isso ninguém pode saber de você — sussurrei de volta.
— Só me tornarei imortal quando completar vinte e um anos, em menos de um ano, até lá eu posso sofrer qualquer coisa como uma mortal.
Demorei uns segundos para absorver, eu estava com o maior segredo sobrenatural bem na minha frente e não podia contar para ninguém.
Nem Wong ou Vlad sabiam!
Certo que se você pensar bem, faz sentido. Eliel é o mais poderoso, Clara sendo sua filha, também seria. Eu sei que é óbvio agora, mas eu realmente não tinha parado para pensar nisso.
E, só para piorar, eu tinha jurado a Eliel, que ajudaria a manter Clara a salvo!
Francamente, eu só tinha ido na cozinha buscar um pouco de suco para a minha filha e acabo sendo a portadora de um dos maiores segredos da história mundial!
— Acho que a gente precisa conversar mais — eu disse por fim.
— Você está demorando, está tudo bem? — Theo chegou na cozinha, avaliando a situação.
— Aqui — eu entreguei o suco para ele, depois agarrei a mão de Clara — preciso conversar com ela — então saí a arrastando.
Corri até meu quarto, ignorando o lobo e o vampiro que ficaram para trás.
Isso até parece o começo de uma piada ruim: um lobisomem e um vampiro estavam parados na cozinha, aí um deles. . .
— Eve — Clara me chamou assim que soltei dela e tranquei a porta — o que você quer conversar? Porque eu não sei se sou de muita ajuda.
— Tudo bem, eu já entendi que eu e você estamos no mesmo barco, fomos jogadas no meio de tudo isso do nada — bufei, me jogando na poltrona — eu só precisava de um tempo longe de tudo. Às vezes me sinto sufocada.
— Eu entendo — ela se sentou no sofá — lá em casa, só eu não sei das coisas, o tempo todo alguém tem que me ensinar algo, me proteger de algo. Não posso sair sozinha, não posso fazer praticamente nada sem ter alguém do meu lado!
— Aqui também é assim, Lobos são fortes e Marcados precisam ser protegidos. Também não gosto nada disso. Eu estudo e faço estágio, sempre tem pelo menos um lobo levando e buscando — revirei os olhos — Theo é o pior, o mais louco com isso. Os outros Marcados conseguem dar três passos antes dos seus lobos estarem atrás. Antes que eu pense em me afastar, Theo já me puxou de volta — Clara riu da minha revolta.
— Mas você luta também, é tão confiante e forte. Eu queria ser como você. . .
— Não mesmo — minha vez de rir — Eu não sou o que dizem que sou. Na maior parte do tempo, eu sinto como se eu estivesse me debatendo para não afundar e morrer afogada. Não me tornei "forte" porque eu quis, foi porque eu não tive escolha.
— Você está melhor do que eu, tudo o que eu faço é ser protegida e salva. Você teve mais contato com o meu pai do que eu.
— Seu pai me assustou a alma fora do corpo! Duas Vezes! — ela riu — Sério! A primeira vez que conversei com ele, eu não tinha a menor ideia de quem ele era e já comecei a desabafar — revirei meus olhos — só depois percebi quem era depois, aí já era tarde.
— A última vez que conversei com ele, a única aliás, eu não queria conversar. Passei praticamente a vida inteira o odiando. Se não fosse pelo Lucas, provavelmente eu nunca teria ter dado uma chance para o meu pai.
— Hey — me sentei do lado dela, apertando sua mão — ele sabe que você gosta dele. E é totalmente compreensível você não querer falar com ele. Eu também não queria acreditar no Theo quando ele contou. Certo que ele não foi delicado, praticamente me sequestrou e vomitou toda a verdade em cima de mim.
— Quer falar de sequestro? Lucas literalmente me sequestrou! Uma noite eu estava voltando para casa do trabalho, aí ele pula na minha frente, me joga sobre o ombro e saí correndo! — eu comecei a rir — Horas depois eu estou na frente do pai que eu nunca quis encontrar, descubro que sou uma Nefilim e que meu pai é um dos responsáveis por prender Lúcifer no inferno!
Nos encaramos por um tempo, depois começamos a rir desesperadamente.
— Quando tudo isso acabar, criamos um pseudônimo e lançamos uma série de livros contando nossa história — falei — é tão bizarro, que nunca ninguém vai acreditar que é real!
— Aí depois assinamos contrato com a Netflix! — ela completou — Melhor já ir escolhendo o elenco.
Voltamos a rir desesperadamente e eu não sei se era porque a situação era tão bizarra que ficava engraçada, ou era de nervoso mesmo.
— Mas eu gosto da minha vida — eu disse por fim — tenho muito mais do que achei que conseguiria. Eu já estava resignada a dedicar minha vida a minha filha, a ser apenas mãe, nada mais.
— Theo mudou a sua vida, não é? Dá para ver como ele te ama, ele nunca tira o olho de você, está sempre te tocando e tentando te proteger.
— Sim —eu sorri com isso — assim como o Lucas é com você — no mesma hora Clara abaixou o rosto, deixando que seu cabelo se tornasse uma parede entre nós — Clara, o que foi?
— Lucas não é meu namorado e ele não me ama — ela disse em voz baixa.
— O que? — perguntei em choque — Olhe para mim, você está falando sério? Vocês não estão juntos?
— Não — ela suspirou — Lucas é minha babá e segurança pessoal. Meu pai mandou que ele me protegesse, então é isso que ele faz — ela deu de ombros.
— Isso me deixou mais chocada do que a possibilidade de eu ser uma Alfa — exclamei — Desculpa, mas não tem chance nenhuma dele não ter sentimentos por você. Que você é apaixonada por ele, é óbvio, mas ele sente, sim, algo por você— 

— Não Eve, ele não sente.

— Clara, a coisa que eu mais tenho feito ultimamente, sem contar me meter em problemas e chutar traseiros de lobos, é encontrar almas-gemeas. Posso não ser expert nisso ainda, mas eu reconheço paixão quando vejo. Lucas tem sentimentos por você sim, ele muda de humor quando você está por perto, você consegue acalma-lo em segundos, o que acredito que deva ser uma tarefa difícil normalmente.
— Mas. . .
— Olha, talvez ele ainda não esteja pronto para assumir isso, talvez ele resolva fingir que não tem sentimentos só para manter essa pose de "durão" dele. Mas ou ele caí na real ou ele perde a chance de namorar alguém incrível como você!
Ficar conversando com Clara, com ela me contando sua vida amorosa desastrosa (não a julgo) e eu falando da minha, me fez me sentir normal. Era uma ilha de calmaria no meio de tanta confusão.
Me fez entender que eu não precisava ser "forte" o tempo todo, eu só precisava ser eu.
Então, enquanto Clara me contava sobre como era loucura eu considerar a hipótese de Lucas se apaixonar por ela, o lobo no meu peito avisou que Theo estava perto e não estava sozinho, sorri maliciosa.
— Sabe, se ele não dá valor para a chance de ter você, aposto que encontramos rapidinho quem dê! É só me dizer a espécie que você gosta mais, que eu te arrume um encontro hoje mesmo.
— Espécie? — ela riu.
— Claro, você curte um humano? Sinceramente depois das criaturas sobrenaturais, namorar humano perdeu a graça, mas a escolha é sua — eu dei de ombros e ela riu — Gosto de lobos, super indico, sei que só provei um, mas não conheço ninguém que provou e reclamou — pisquei para ela, que gargalhava — Mas, já que você curte essa vibe vampiros, eu conheço um que acho que é seu número. Ele é bem legal, bonito é divertido, tenho certeza que vocês vão se dar bem.
— Sério? — ela fingiu interesse — Conte-me mais.
— Alto, fortes, olhos acinzentados — fiz a propaganda — você já o viu!
— Já? Ah o Mi. . .
— Sim! — eu a interrompi, indicando a porta com a cabeça — Sabe, acho que ele deu uns olhares sugestivos.
— Você acha? — Que bom que Clara entrou na brincadeira — Ele é realmente bonito e estou solteira mesmo.
— Exatamente, você está solteira!
Na mesma hora bateram na porta, Clara e eu seguramos o riso, abri a porta e dei de cara com Theo e Lucas, ambos sérios.
— Melhor irmos — Lucas falou.
— Certo — Clara sorriu e se virou para mim — muito obrigada por tudo, desde de não ter me matado naquele galpão, até agora por me ajudar.
— Meu Deus, isso foi ontem? — eu ri a abraçando, realmente fazia tanto pouco tempo isso? — Agora somos amigas, sempre que precisar, apenas me chame — mas eu precisava provocar uma última vez, então sussurrei algo, sabendo que Lucas e Theo ouviriam — quando quiser o número do vampiro que te falei, é só pedir, eu consigo para você.
— Está bem, depois te mando mensagem — ela respondeu.
Descemos as escadas em silêncio, Clara parecia mais leve, já Lucas parecia mais tenso. Theo estava sério, mas eu o conhecia, ele estava se controlando para não rir.
Me despedi de Nathalia e Erick, que já tinham combinado com os gêmeos uma viagem.
— Venham ceiar com a gente no Dia Todos o Santos — chamei Clara — não sei como é isso direito, só sei que é tipo o Natal dos seres sobrenaturais.
— Tudo bem — ela riu — mas não vai atrapalhar? Eu não quero incomodar a sua família.
— Quanto mais gente melhor, só acho que Vlad, Wong e o resto vão vir também, eles não conseguem me deixar em paz — revirei os olhos teatralmente e Clara riu.
— Obrigada de novo, eu não me sinto tão bem há muito tempo.
— Passei anos assim, agora eu sei o que é ter uma casa e ser amada de verdade, então eu te entendo — a abracei de novo — Não é porque prometi para teu pai que ajudaria a te manter a salvo, é porque eu realmente gosto de você. Sempre que precisar, você pode vir para cá, sempre será bem recebida e teremos um lugar para você. Pode considerar essa bagunça a sua casa.
Clara me abraçou um pouco mais forte, depois de alguns segundos ela me soltou, limpando pequenas lágrimas que tinha nos olhos e ainda me agradecendo.
— Há pouco tempo atrás, falei que eu gosto de você — Lucas me disse depois que Clara se afastou, eu já esperava por essa aproximação — Já não sei mais se realmente gosto.
— Eu prometi a Eliel que TE ajudaria a proteger a Clara de qualquer ameaça e vou cumprir, mesmo que a ameaça seja você.
— Eu nunca faria nada contra ela — ele falou em um tom frio.
— Não intencionalmente, mas talvez por covardia.
— Não me chame de covarde, você não sabe nada sobre mim — ele disse se aproximando.
— Se o intuito era me amendrontar, você falhou — eu levantei a sobrancelha o desafiando — muita arrogância sua achar que pode fazer algo contra mim, dentro da minha própria casa, cercados da minha família.
— Não me desafie, Marcada.
— Não me faça rir, vampirinho. Sem jogos, sabemos que Eliel confiou a vida dele a você, quando te entregou a guarda de Clara. Ele confia em você, mas também me pediu que te ajudasse, porque sabe que o desafio é grande. Você não vai fazer nada contra mim, se não for porque você adora a minha agradável companhia, é pelo fato de que eu posso ajudar a manter Clara a salvo.
— Ela tem a mim, eu daria a minha vida por ela antes que algo acontecesse.
— Por que vocês têm que ser tão dramáticos? — revirei os olhos — Dê a vida por ela, mas e depois? Quem a manterá a salvo? Entenda, o objetivo não é se sacrificar por quem ama, não ouse negar, o objetivo é que todos nós sobrevivemos a isso!
— O que sugere? — ele perguntou a contragosto.
— Eu realmente gosto de você — eu sorri de canto — Sei que você está mordido de ciúmes, mas ignore, até porque você vai ter que aprender a lidar com a frustração de vê-la com outro, caso não tome a iniciativa de mudar isso — ele rosnou baixo para mim e eu ri — Vampiros também rosnam? Qie fofo! Enfim, proponho sermos amigos, isso é o melhor para ela.
— Você me provoca demais, Marcada.
— Não é nada pessoal, eu faço isso com Wong e Vlad também — dei de ombros.
— Quase me sinto especial — ele falou irônico.
— Sinceramente, sem ressentimentos, eu realmente gosto de você. Mas entre você e ela, eu prefiro ela.
— Eu já disse que nunca a machucaria.
— Lucas, você precisa entender que existem muitos jeitos de ferir alguém, fisicamente é só um deles. Na verdade, nem é o pior, porque o corpo se recupera bem mais rápido do que o espírito.
Lucas desviou o olhar, o maxilar trincado, olhando para o nada. O que será que aconteceu no passado dele para o deixar assim?
— Eu sei — ele murmurou por fim.
— Escuta, eu não quero brigar ou te importares algo. Não estou falando que você precisa fazer alguma coisa relacionada a isso, mas o que eu quero que você entenda é que você tem que se preparar porque, caso você não faca nada, alguém fará. Não é só porque a Clara não enxerga o quanto é especial, que ninguém mais enxergará — olhamos para ela, que ria com Bernardo e Hugo.
— Ela é incrível — ele disse tão sincero e desarmado que, por um segundo, eu pude ver o Lucas ali. Não o vampiro guerreiro e poderoso, mas um rapaz apaixonado com medo de ter o coração quebrado — Você também é — ele se voltou para mim, sua pose arrogante já estava de volta — eu não sei o que você é, mas vou descobrir.
— Te agradeço, se você conseguir.
— Até breve, Eve Acker.
— Até mais, Lucas.


Ok
Sei que demorei e não vou tentar me desculpar. Aconteceram muitas coisas essa semana, mas eu não devia deixar interferir.
Me perdoem!!!!!!!
Eu volto logo, prometo!!
😘😘😘

⚓♥⚓

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