Capítulo XVIII
-Eu estou apaixonada por essa pequena.- Natália diz se referindo a Melinda filha adotiva de Eric.
Viemos finalmente fazer a tal visita pra ela, pois Eric e minha mãe estão voltando pro Brasil hoje mesmo. Como não podemos vir visitar ela no dia marcado resolvemos vir hoje se não eles não teriam a chance de conhecer os gêmeos.
-Foi a mesma coisa que senti quando vi ela a primeira vez. Eu e Fábio nos apaixonamos.- Fábio era o marido dele, digo marido pois os dois se casaram de papel passado e agora vivem felizes para sempre.
-E você Karen como está?
-Ótima como sempre, só um pouco desgastada por continuar sendo mulher de político. Já não aguento mais tanta pressão.- Entendo minha mãe, eu agradeço por ter me livrado daquela loucura toda. Até porque o povo não quer saber se você não é envolvida com a política, só em ser parente de um político você já é hostilizado e xingado por todo o lugar.
Fico imaginando o que Alexandra, mulher de Juliano não deve passar. Eu sinceramente não teria paciência para casar com políticos, ainda mais tendo como experiência ser a filha de um.
Ficamos jogando conversa fora por horas, falamos das crianças, do Juliano, e do meu mais novo relacionamento com o Arthur esse tópico rendeu mais que os outros.
Depois da visita eu levei minha mãe, Eric e Melinda até o aeroporto. Fiquei esperando até o voo deles ser anunciado e logo me despedi com o coração na mão pois eu sabia que não veria eles tão cedo isso me trazia uma grande tristeza, dava até vontade de me enfiar na mala de minha mãe e voltar junto com eles só para matar a saudade de todos no Rio.
-Quando podemos ir visitar eles no Brasil? Eu nunca andei de avião.- Noah pergunta assim que voltamos pro estacionamento.
-Quando você for cem por cento meu.- Aperto o alerta do carro pra poder encontrar ele.
Sempre que estaciono a porcaria do carro, eu o perco. Simples assim eu esqueço onde estacionei e agora fico como uma louca apertando o alerta e esperando ele ligar a lanterna me alertando de onde eu o deixei.
-Você sabe que estacionou o carro no andar de cima certo?- Noah diz e me olha por cima dos óculos.
-Não, mas obrigada por me lembrar.- Descemos e finalmente eu encontro meu carro.
Noah entra no banco do passageiro e eu tomo meu lugar atrás do volante.
-Quando a assistente social, disser que eu estou apta a cuidar de você e não tiver nenhum risco da justiça te tirar de mim nós dois vamos viajar pra onde quiser.
-Podemos ir a China? Sempre quis ir lá.
-Claro que podemos.- Dou ré no carro e saio do estacionamento.
-O que de tão grava você pode fazer para perder minha guarda temporária?
-Viajar é uma delas. Mas já está no final a assistente social irá fazer uma última visita na semana que vem.- Ele concorda e volta a atenção pro livro que está lendo.
Quando chegamos em casa a babá que contratei está lá, ela se chama Holly e tem vinte e cinco anos. É uma graça de menina.
-Olá Noah, Camila.
-Holly, como está sua filha e sua mãe?- Pergunto e jogo minha bolsa no sofá.
Holly tem uma filha de três anos.
-Estão ótimas obrigada por perguntar.
-Então, eu gostaria que você passasse a noite aqui hoje com o Noah pode ser? Se quiser pode trazer sua bebê pra ela não passar a noite sem você.- Holly concorda e abre um sorriso.
Eu havia entrevistado várias mulheres para ser babá, nenhuma tinha filhos o que seria o ideal em casos como esse de ter que passar a noite. Mas quando Holly quase implorou pela vaga dizendo que tinha uma bebê para criar meu coração apertou e eu não consegui dispensa-la tive que contratar.
Sempre que tem criança envolvida eu viro uma manteiga derretida.
***
Hoje vou jantar e passar a noite com o Arthur.
Lito separou uma roupa linda pra mim, pois é Lito escolhia minha roupa até para um encontro. Eu odiava fazer combinações ou escolher um vestido que preste pois quando eu fazia perdia quase uma hora só na escolha da roupa de tamanha indecisão. Lito já conhecia meu gosto então já escolhia a coisa certa, esta noite ele separou um vestido vinho justo no peito e meio rodado na parte debaixo, um cinto marcava minha cintura e para completar um salto alto preto.
Fiz um coque despojado em meu cabelo e passei uma maquiagem mais forte e batom também vinho.
A campainha tocou assim que acabei de me arrumar, só dei uma retocada no batom e sai.
Arthur estava com uma calça jeans clara e blusa de botão azul marinho dobrada nos braços. Um tesão de homem.
-Divirtam-se.- Noah diz quando saímos.
-Esse garoto é uma comédia.- Abro um sorriso e me afasto quando Arthur tenta me beijar.
-Nada de beijo, pois se não irá borrar minha maquiagem.- Me olho no espelho do elevador e tiro um pouco do borrado próximo dos lábios.
-Agora vou ficar esperando a noite toda parar tirar esse batom da sua boca com a língua.- Ele diz e passa a mão em minha perna.
-Temos câmera aqui querido.
Ele sorri e se afasta. Saímos do elevador e vamos até seu carro.
Quando chegamos ao restaurante a hostess nos leva até nossa mesa que já tinha sido reservada. Ela nos entrega o cardápio e uma carta de vinhos e champanhes.
Fizemos nossos pedidos e pedi uma garrafa de champanhe Rose Brut, pois eles só vendiam a garrafa.
Como Arthur não iria beber pois estava dirigindo, iríamos levar o restante para matar no apartamento dele.
-Estou um pouco preocupado com a Valentina.
-Arthur, sua ex mulher não faria mal a ela pode ter certeza.- Ele estava um pouco apreensivo pois teve que deixar a Valentina com a mãe.
Ele é Olívia entraram em um acordo, Valentina podia até morar com ele, mas em troca ele devolvia a clínica de massagem e deveria deixar a Valentina ficar com ela três dias da semana, caso contrário ela entraria na justiça dizendo que ele estava a proibindo de ter um relacionamento com a filha. Devo dizer que a mulher é boa, sabe jogar.
-Olívia tem sido muito desnaturada nos últimos dias Camila.
-Mas ela não iria destratar a própria filha, agora relaxa.- Ela pode até ter destratado a Valentina no dia da luta, mas tenho certeza que Olívia não faria mal nenhum a ela.
Bom, assim espero.
No decorrer do jantar Arthur vai ficando mais tranquilo e quando recebe uma ligação da Valentina dizendo que havia ido ao cinema e ao parque com a mãe, ele ficou ainda mais tranquilo e despreocupado.
Acabamos nossos pratos e fomos embora, eu puxei o champanhe do balde de gelo e abri um meio sorriso. Ele pegou minha mão e a beijou.
***
Arthur consegue abrir a porta do quarto de hotel com dificuldade, ele ficou minutos tentando enfiar o cartão que destranca a porta, mas estávamos agarrados e não pensávamos em nos soltar para ele ter sucesso na hora de abrir.
Quando finalmente a porta foi aberta, nós entramos no quarto ainda agarrados um ao outro. Fechei a porta com o pé e botei a garrafa de champanhe em cima de uma mesinha próxima da porta. Desço do salto e agarro no cabelo dele.
Boto minhas mãos nos botões do seu blusão, mas na metade do caminho eu desisti de tentar tirar aquele troço da forma certa, então agarro em ambos os lados e abro a blusa com um só puxão.
-Você deveria ter optado por uma pólo.
-O importante é que ela está fora.- Ele me pressiona contra a porta e enfia a mão por baixo do meu vestido e arranca minha calcinha com um só puxão. Solto um protesto e ele sorriso.
-Direitos iguais, loirinha.- Empurro ele em cima da cama e puxo seu jeans pra fora de seu corpo, a cueca acaba vindo junto e eu abro um meio sorriso.
Tiro meu vestido e o sutiã e logo monto em cima dele.
-Eu estava quase subindo pelas paredes, preciso ter um puta orgasmo.- Falo fazendo ele da risada.
Ele me penetra e eu jogo a cabeça pra trás e solto um gemido.
Me perco no nosso reflexo no espelho em cima da cama e me pergunto quem foi o gênio que teve a ideia de por um espelho no teto para se ver tendo uma transa incrível. Devo dizer que isso aumenta minha excitação, acho que vou fazer um quarto de espelho em meu apartamento aí só vou transar naquele quarto.
Arthur me levanta e me bota na cama de costas, ele agarra meu cabelo quando me penetra e eu solto um grande gemido.
-Porra.- Solto um grito quando atinjo o orgasmo.
***
Depois de mais dois rounds de sexo, caímos na cama cansados e suados.
-Minhas pernas estão trêmulas pra cacete.- Falo e aperto minha coxa avermelhada e com marcas de mão.
-Resultado de uma grande foda.- Ele diz e abre um sorriso.
Me levanto e pego o champanhe e duas taças encho as duas e dou uma pra ele. Viramos o líquido rapidamente e minha garganta agradece pois estava bem seca.
-Esse champanhe é uma delícia.- Me estico sobre o corpo de Arthur e pego minha bolsa.
Tiro um maço de cigarro e um isqueiro.
-Nada disso.- Ele puxa da minha mão.
-Me da, eu preciso fumar pelo menos um.- Tento alcançar o cigarro mas ele o amassa e joga no chão.
-Perto de mim você não vai fumar coisinha linda.
-Você é um chato sabia?- Ele me puxa pelas pernas e da um cheiro em meu pescoço.
-Sabia, e sabia também que eu adoro meu perfume em você?
-Digo o mesmo, mas eu preciso de um banho.- Saio da cama e vou pro banheiro, ele vem logo atrás de mim
Tomamos um banho demorado e voltamos pra cama.
-Tenho uma coisa pra você.- Ele se levanta e vai até a calça, tira lá de dentro uma caixinha de veludo e meu coração dispara mais rápido que o normal.
Ah meu Deus, que não seja isso.
Ele abre bem devagar e eu fecho os olhos, não quero ver.
Não. Quero. Ver!
-Abra os olhos Camila.- Abro um dos olhos e ao invés de um anel vejo um bracelete e logo sinto meu corpo relaxar visivelmente.
Me deixo cair na cama e abro um sorriso.
-Por um momento achei que fosse um anel, meu Deus quase entrei em pânico.- Volto a me sentar e ele está sério me olhando intensamente.
-Você não aceitaria se fosse um anel?- Ele pergunta e eu dou de ombros.
-Muito cedo não acha?! - Pego o bracelete e boto em meu pulso, nossa é tão lindo.
-Não, já nos conhecemos a tempos só estamos dando continuidade ao que foi desfeito a anos atrás. Não acho que seja cedo, quero me casar com você brevemente e ter filhos.- O pânico volta a tomar conta de mim novamente.
Agora em uma proporção bem maior, filhos? Ah Deus ele quer ter filhos, quando souber que eu não posso engravidar, nossa relação vai esfriar e vamos perceber que é melhor acabar tudo daí ele vai voltar com a ex mulher e eu vou me afogar no vinho e no cigarro novamente. Já vivi esse capítulo e não estou a fim de voltar nele, foi exatamente assim com o Caleb quando ele descobriu que eu não podia engravidar.
Droga. Isso não vai ser bom, acho melhor não contar ou então tudo vai está acabado, eu sei disso.
-Respira Camila, você está bem vermelha.- Arthur diz e bota as mãos em meu rosto.
-Desculpa.
-Vamos no seu tempo ok? Com calma.- Concordo com a cabeça.
Droga não consigo nem falar, sempre que penso que não posso ter filhos isso me quebra. Tenho o Noah agora, mas eu também gostaria de ter um bebê, sentir ele chutar dentro de mim e acompanhar minha barriga crescendo conforme os meses vão passando.
-Por que você está chorando? Não quer mesmo casar comigo em?- Seco as lágrimas que estavam caindo e abraço ele.
Ai Deus faça que ele mude de ideia sobre ter filhos, amém!
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