Expulso de casa?!
Uns dias se passaram desde o dia que a Camila me mandou a mensagem por engano e eu até agora não tive a oportunidade de ficar cara a cara com ela só pra tirar sarro dela mesmo.
Quando ela me enviou aquela mensagem eu quase morri de tanto rir, eu sabia que a mensagem era pra ser destinada à Natália. Eu sabia também que ela era virgem, ela ficou muito tensa na primeira vez que eu fiz ela gozar e na segunda também eu percebi que ela nunca tinha feito aquilo com um homem, mas achei melhor não relevar e não dizer nada.
Agora só o que eu quero é olhar no rostinho bonito dela e da umas risadas e depois provar que eu posso da mais de um orgasmo pra ela.
- Como é bom acordar com você. - Marina diz contra meu ouvido, merda nem acredito que deixei ela dormir aqui. Marina vem me sufocando eu estou quase dando um basta na nossa maldita relação.
- Você precisa ir embora Marina. Minha mãe chega hoje e você sabe como ela é chata.
- Pode deixar gatinho. - Ela me da um selinho e vai se vestir.
Quando acaba sai do quarto e vai embora.
Me deito de bruços e fecho os olhos, eu ainda posso dormir mais um pouco antes de ir pra barraca. Se meu pai chegar e me vê aqui deitado ele vai da um chilique.
Estou quase pegando no sono quando a Natália se joga em cima de mim.
- Olha a foto da Camila pra edição da revista Capricho desse mês que vem, minha amiga vai sair na capa. - Ela diz e me mostra a foto da garota.
Pego o celular e dou uma conferida. Essa garota é uma delicinha, não sei como ainda não peguei ela - me refiro aos "finalmente" - ela merece um carinho mais intenso.
- Não ficou ótima?
- É, ela leva jeito pra coisa. Agora sai e me deixa dormir.
- Aiii seu grosso. - Ela diz e sai do quarto. Nem acredito que mês que vem vou comprar uma revista de adolescente.
Me viro pro meu canto e volto a dormir.
***
- Eu sabia. - Acordo com o grito do meu pai. Porra eu não acordei a tempo de ir pra barraca. - Sabia que você não estava indo Arthur.
- Foi mal, só aconteceu hoje pai.
- Mentiroso, foi por causa da bebedeira né? Você não tem responsabilidade Arthur, só pensa em sair e em mulheres. Levanta dessa merda que já são meio-dia eu quero conversar com você. - Ele diz e sai do quarto.
Respiro fundo e me levanto, boto um short e vou escovar os dentes. Já estou até vendo que vem sermão por aí.
Quando termino, vou pra sala. Minha mãe e a Natália já estão sentadas no sofá.
Me sento ao lado delas e meu pai começa.
- Vai dar uma hora da tarde e eles estavam dormindo. Corrigindo você estava dormindo. - Ele aponta pra mim e eu reviro os olhos.
- Hoje é quinta-feira. Dia de trabalho e você Arthur que era pra está na barraca estava dormindo. Não digo nada da Natália pois ela está estudando, fazendo faculdade, já você, o que faz? - Não respondo pois sei que ele tem um ponto e só espero.
- Nada Arthur você não faz nada desde que terminou os estudos. Então agora, ou você arruma um trabalho e tenha responsabilidade ou você sai da minha casa pois eu não estou aqui pra ficar sustentando marmanjo mesmo sendo meu filho. - Minha mãe e a Natália arregalam os olhos.
- Pelo amor de Deus Antônio você está ouvindo o que está falando?
- Deixa mãe. - me levanto e paro. - Antes, eu te falo o que eu faço. Você está me julgando por um dia de trabalho faltado, um dia de descuido. Os dias que você estava na casa da minha vó eu mandei seu dinheiro todos os dias, eu nunca te pedi um centavo se quer pra comprar alguma merda para mim. Mas se um dia faltado conta mais que os dias frequentado aí é com você.
Dito isso eu me viro e vou pro quarto. Enfio umas coisas dentro de algumas mochilas minhas, do quarto eu ouço minha mãe se descabelar e a Natália falar sem parar.
Ele sempre quis fazer essa merda, não sei como não tinha feito antes. Só estava esperando um deslize meu.
Quando estou terminando de arrumar minhas coisas meu pai entra no quarto novamente dessa vez muito puto.
- Você anda lutando? Lutando ilegalmente? Ficou maluco? - Ele me segura pela camisa que eu tinha acabado de vestir. Natália deu com a língua nos dentes. -Vamos lá seja homem e diz que você faz essas merdas.
- Sim, participo de apostas luto ilegalmente mesmo. E daí?
- Arthur isso é muito perigoso, essas lutas não tem recursos. - Minha mãe diz desesperada.
- Eu precisava fazer isso, ou vocês acham que só aquela maldita barraca iria nos sustentar? Eu pai, eu paguei a sua cirurgia com o dinheiro das lutas ilegais. Eu! Não foi aquele prefeito de merda, a filhinha dele não ajudou em porra nenhuma. Vamos lá estou esperando ser colocado em um pedestal igual vocês fizeram com eles. - Meu pai me deu um tapa no rosto.
Se ele não fosse meu pai já estaria desmaiado.
- Eu repúdio qualquer coisa ilegal e você sabe disso, eu estava na fila de espera. - Dou uma gargalhada e balanço a cabeça.
- Fila de espera? Iriamos vê o senhor morrendo mas a cirurgia nunca iria chegar. - Digo sarcástico. Meu pai se vira e sai do quarto.
- Arthur você pode parar de provocar? Pelo amor de Deus, nosso lar precisa ser unido. Vocês estão acabando com a paz.
- É isso mesmo Arthur.
- Por que você abriu a boca Natália? Porra não podia ter ficado quieta pelo menos uma vez? Não consegue guardar essa merda de língua.
- Eu fiz isso para te ajudar seu maldito ingrato. - Ela fecha a cara, meu pai volta pro quarto e joga um envelope no meu rosto.
- Fique com o seu dinheiro, eu posso pagar pela minha cirurgia. - Eu preciso bater em alguma coisa, então me viro e dou um soco na parede que afunda com a minha raiva.
- Você é um maldito ingrato. - Digo pego minhas bolsas já arrumadas e saio de casa.
Jogo as mochilas dentro do carro e fecho a porta.
- Espera, pra onde você vai? - Natália pergunta.
- Pra bem longe desse doente. - Ligo o carro e saio cantando pneus.
Idiota, cabeça dura. Prefere morre a aceitar ajuda.
Fez aquela cena toda pra que? Seria mais fácil ele ter chego em mim e falado pra meter o pé da casa dele, isso seria bem mais maduro do que essa cena ridícula.
Paro o carro em frente a quitinete do Igor e saio. Soco a porta inúmeras vezes até ele abrir.
- Mais que porra.
- Eu preciso de um lugar pra ficar. - Entro e me jogo na cama, ele cruza os braços.
- O que aconteceu? - Começo a contar tudo pra ele, e no final ele bate palmas.
- Isso é bom, agora você é uma borboleta maninho, sem hora pra dormir e sem hora pra acordar. Mass, precisamos de um lugar maior eu não quero você trepando em cima da minha cama. - Eu concordava com ele, a quitinete era bem pequena.
- Está esperando o que pra gente conseguir um lugar maior? - Ele se joga na poltrona velha e abre os braços.
- Tem coisas fáceis na vida meu caro. O terceiro andar dessa espelunca tem um ap de dois quartos.
- Eu não vou morar nessa merda de lugar. Tem infiltrações.
- É seu filho da puta? E foi esse lugar sua primeira opção né? - Abro um sorriso. - Quanto você tem?
- Um bom dinheiro, esqueceu eu estava juntando pra conseguir uma casa maior.
- Ótimo, vamos da um volta aqui pela vizinhança tem uns apartamentos melhores que esse aqui.
- Agora?
- Claro bad boy. - Ele passa um braço pelo meu pescoço.
- Vai ser legal morar com você, mas segura a barra e quando você estiver com a cabeça no lugar vá até seu pai conversar com ele. - Aceno com a cabeça e entramos no meu carro.
Demos uma olhada pela vizinhança e não vi nada que me agradasse, apartamentos com a pintura fodida e uma merda de localização.
Até que no final da noite, encontramos um prédio de três andares a fachada era até bonita e tinha um portão que tranca de forma correta - os outros sempre tinha um defeito na merda do portão - tinha até interfone.
O síndico do lugar nos mostrou o apartamento de dois quartos, não era tão grande mas dava pra viver.
- Alugado. - Falo e aperto a mão dele.
- Podemos fazer a mudança amanhã? - Igor pergunta e eu olho pra ele que da de ombros.
- Claro que podem. É só interfonar que eu abro o portão. - O síndico simpático diz.
Quando saímos do prédio o Igor abre um sorriso.
- Amanhã? - Pergunto ainda reticente.
- Claro, eu não vou fazer nada e nem você. Você viu aquele apartamento tem uma cozinha e um quarto de verdade.
- Eu não tenho móveis.
- Você só precisa dos móveis do seu quarto, e pelo que eu sei você tem uma boa grana guardada. Amanhã vamos as compras. - Olho ele de lado e balanço a cabeça.
- Você está meio viado Igor.
- Eu sempre fui meu amor. - Ele diz e sai rebolando me fazendo cair na gargalhada. Esse cara é o maior bobão.
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