Capítulo 43
DOIS MESES DEPOISSS...
-Dois meses Arthur, chegou a hora você ganhou cara. Mostra que você é um ótimo apostador.- Eu consegui ficar com a Camila dois meses, estamos juntos a dois meses. Nesse tempo ouve algumas brigas entre nós dois mas nada grave, eu até percebi o quanto sou idiota por está fazendo isso com ela.
-Eu não vou fazer nada que machuque ela.- Igor arregala os olhos e balança a cabeça.
-Está apaixonado.
-Sim, e daí? Estou amarradão nela mesmo pronto.- Essa era a verdade eu estava realmente gostando dela, não conseguia ficar uma semana inteira sem vê-la.
O sorriso dela, aquele jeito irritante, o sexo, o beijo, o corpo... Tudo nela me pegou de jeito e agora eu estou fodido e de quadro pela filha do prefeito ela sem saber conseguiu ganhar essa merda de jogo. Eu não paro de pensar na menina um minuto sequer, ela me enlouquece sem saber e agora eu seria incapaz de machucar ela.
-Já vi que esse dinheiro então continua comigo. Então morre aqui a aposta Arthur, pois se a filhinha do prefeito souber que nós apostamos ela você está fodido literalmente.
-Vocês o quê?- Natália entra no nosso apartamento que estava com a porta aberta como uma bala e com ela está a Ingrid. -Vocês apostaram a Camila? Me expliquem isso aí direito!
Igor e eu nos entreolhamos e eu fecho os olhos, puta que pariu! A Natália com certeza vai abrir o bico e contar pra amiga, aí eu vou está na merda. Poderia ser pior? Óbvio que não.
-Andem logo, eu quero saber que tipo de aposta foi essa.
-Eu não sabia que você gostava de mim Natália, nós dois nem estávamos juntos. Depois que eu fiquei sabendo, não quis mais participar mas desafiei o Arthur a aguentar a estressadinha por dois meses depois desse tempo ele iria dá um pé na bunda dela.- Igor joga a merda toda pra fora e minha vontade é esganar ele.
-Ai meu Deus.- Ouço a Ingrid exclamar baixinho, ela olha entre nós com a mão na boca.
-Vocês dois são nojentos.- Antes que minha irmã pense em sair eu agarro o braço dela.
-Por favor Natália, não fala com ela nem você Ingrid esta aposta não existe mais. Eu gosto muito da Camila.- Quase imploro pras duas manter a boca fechada.
-Eu jamais iria falar isso com ela, a Camila iria arrancar o coro de vocês.
-Eu também não vou dizer nada.- Concordo e agradeço aos céus por isso.
***
-Hi my boy.- Camila diz assim que sai do condomínio onde mora.
-Oi minha delícia.- Dou um beijo na boca dela. Pelo visto a Natália e a Ingrid cumpriram com o combinado, Camila não tentou me matar.
-Pra onde vamos?- Pergunto.
-Shopping eu preciso fazer umas compras.- Concordo e boto a mão na perna dela.
Estou até mais feliz pela aquela porcaria de aposta ter acabado, não recebi o dinheiro mas fico feliz por ainda ter ela comigo.
-Semana que vem tenho uma festa pra ir eu quero que você vá comigo.
-Aonde?
-Na casa do Guilherme, a Natália também vai acho que ela vai levar o Igor.- Odeio essas festas desses carinhas ricos, são sempre chatas pra cacete eles nunca sabem fazer uma festa.
-Pode ser.
Uns minutos depois eu estaciono o carro e entramos no shopping de mãos dadas.
-Podemos comer antes? Eu vou ser incapaz de andar com você sem comer alguma coisa eu estou morrendo de fome.
-Ok, vamos naquele restaurante lá na frente.- Ela tinha que escolher um restaurante caro, sorte que essa semana eu participei de uma luta e ganhei uma grana.
Por isso é ruim namorar garotas riquinhas, se fosse uma menina da minha área um lanche no Mc Donald estaria de bom tamanho.
Chegamos no restaurante chique e somos levados até uma mesa para duas pessoas, pego o cardápio e olho os preços, vamos escolher por ele.
-Boa noite.- Um garçom diz ao se aproximar.
-Boa noite, eu vou querer um peixe com molho de camarão e salada por favor.
-Salada?
-Sim, eu estou de regime. Modelo não pode ser gorda.- Ela responde e eu levanto uma sobrancelha onde está a gordura ali?
-Você não precisa de regime, você está linda.- O que esse garçom de merda acabou de dizer? Eu vou afundar o crânio dele nessa porra de mesa.
-Muito obrigada, mas mesmo assim eu opto pela salada.- Camila diz com um sorriso no rosto.
-E você o que quer?
-Eu quero ser atendido por um garçom que não dê em cima da minha namorada.- Digo ríspido e o cara fica pálido.
-Mil desculpas mas...
-Sai da minha frente cara.- Falo entre dentes e o homem some como fumaça.
-Arthur ele só estava sendo gentil.
-Gentil? Ele quase te chamou de gostosa na minha frente. Não me venha querer trocar dando em cima por gentileza.
-Você é muito ciumento, isso me sufoca.- Mais uma vez ela diz isso, a maioria das nossas brigas é por isso. Mas parece que ela não sabe distinguir gentileza de cantada.
-Tudo bem Camila, agora eu vou deixar todo mundo da em cima de você. Já que você ama receber essas gentilezas.
-É tão difícil dialogar com você.- Depois dessa eu opto pelo silêncio.
Só volto a falar quando um outro garçom vem nos atender que aí eu digo o meu pedido.
Depois disso como em silêncio e ela faz o mesmo, mas ao contrário de mim ela fica teclando no celular.
Barriga cheia, conta paga finalmente podemos sair daquele lugar, eu não vi mais o outro garçom e fiquei feliz por isso.
-Vai continuar desse jeito o resto da noite?
-Estou tentando evitar uma briga.
-Nós não iríamos precisar brigar se você não fosse tão ciumento.- Respiro fundo e paro.
-Você pode parar? Não é possível que você seja tão ingênua a ponto de não perceber que ele deu em cima de você caralho. Todo cara que te dá uma cantada você diz que é gentileza porra.- Ela revira os olhos e me abraça.
-Ok, vamos parar por aqui eu não quero ficar brigada com você.- Como pode mudar assim tão rápido? Eu não consigo entender essa garota.
Me dou por vencido e puxo ela depositando um beijo em sua testa.
É impossível ficar com raiva dessa menina.
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