❦Chapter Seventy Eight - You always seem to know the right thing to say
001🌹 ━━ Voltei rápido dessa vez.
002🌹 ━━ Quero 15 comentários para o próximo, ok?
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Capítulo Setenta e Oito: VOCÊ SEMPRE PARECE SABER A COISA CERTA A DIZER
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Primrose Stuart
A COR DA PELE DE JASON ESTAVA um pouco melhor, o que era um verdadeiro alívio, ele sorriu para mim, como se dissesse "Viu? Eu disse que ia ficar bem".
— Mas você está realmente se sentindo bem?
Ele revirou os olhos, então passou o braço pelos meus ombros.
— Sim, amor.
Estreitei os olhos, procurando qualquer sinal de que ele estava mentindo apenas para eu ficar menos preocupada.
— Sei...
— Gente, reunião rápida na proa — Annabeth avisou, abrindo a porta da cabine — espero vocês lá em cima, Piper e Frank já voltaram da missão.
Ela saiu tão rápido quanto apareceu, troquei um olhar com Jason e nós dois levantamos da cama, fazendo o caminho até a proa. Jason estava segurando minha mão, nossos dedos entrelaçados.
Apesar dele não ter falado sobre, eu sabia que ver o fantasma da sua mãe o afetou.
Fomos os últimos a chegar na reunião, então paramos em um canto, com Jason me abraçando por trás e apoiando a cabeça no meu ombro. Percebi que a reunião estava sendo ali porque Percy estava de olho em uma serpente-marinha vermelha gigante que nadava a bombordo.
— Aquela coisa é vermelha mesmo — murmurou Percy. — Será que é sabor cereja?
— Por que você não nada até lá e descobre? — perguntou Annabeth.
— Que tal não?
Aquilo acabou me causando uma enorme dúvida.
— Posso fazer uma pergunta?
Percy me encarou, curioso.
— O quê?
— Você fala com animais marinhos e tudo mais... Você come peixe? Tipo, não tem problema isso?
Ele franziu a testa.
— Na verdade...
— Enfim — disse Frank, cortando o assunto — Segundo meus primos de Pilos, o deus acorrentado que estamos procurando em Esparta é meu pai... Quer dizer, a forma grega dele, Ares. Aparentemente, os espartanos tinham uma estátua dele acorrentada em sua cidade para que o espírito da guerra nunca os deixasse.
— Ok — disse Leo. — Os espartanos eram esquisitos. Mas, bem, temos Vitória amarrada lá embaixo, então acho que não podemos falar nada.
Jason suspirou e eu fiz uma careta ao lembrar que estávamos carregando a deusa da Vitória amarrada no navio, tinha como aquela missão ficar ainda mais bizarra?
— Então nosso próximo destino é Esparta. Mas como é que a batida do coração de um deus acorrentado pode nos ajudar a encontrar uma cura para a morte?
Piper estava encarando Jason com uma expressão estranha, o que me preocupou um pouco, mas não no sentido ciúmes.
— Piper? — chamou Hazel.
Ela se virou.
— Desculpe. O que foi?
— Eu perguntei sobre as visões — lembrou Hazel. — Você me disse que tinha visto alguma coisa na lâmina da sua adaga.
— Ah... isso.
Piper desembainhou Katoptris com relutância.
— Eu, hum... — Ela murmurou, perdida — Não estou vendo nada agora. Mas uma visão sempre se repete: Annabeth e eu estamos explorando umas ruínas...
— Ruínas! — Leo esfregou as mãos. — Agora estamos chegando a algum lugar. Quantas ruínas pode haver na Grécia?
— Fique quieto, Leo — repreendeu Annabeth. — Piper, você acha que era Esparta?
— Talvez — disse Piper. — Enfim... de repente nós estamos em um lugar escuro, como uma caverna. Ficamos de frente para uma estátua de bronze de um guerreiro. Na visão, eu toco o rosto da estátua, e à nossa volta surge um turbilhão de chamas. Isso foi tudo o que vi.
— Chamas. — Frank franziu a testa. — Não gosto dessa visão.
— Nem eu. — Percy não tirava o olho da serpente-marinha vermelha, que ainda deslizava entre as ondas uns cem metros a bombordo. — Se a estátua engolfa as pessoas em fogo, devemos mandar Leo.
— Também amo você, cara.
— Você entendeu. Você é imune. Ah, tanto faz, me dê umas dessas lindas granadas de água e eu vou. Ares e eu já nos enfrentamos antes.
Annabeth ficou olhando para a costa de Pilos, já distante agora.
— Se Piper viu nós duas procurando a estátua, então somos nós que devemos ir. Vamos ficar bem. Sempre há um jeito de sobreviver.
— Nem sempre — alertou Hazel.
Como ela era a única no grupo que tinha realmente morrido e voltado à vida, sua observação meio que quebrou o clima. Frank mostrou o frasco de menta pilosiana.
— E esse negócio? Depois da Casa de Hades eu meio que esperava não ter que beber veneno de novo.
— Guarde isso em segurança — disse Annabeth. — Por enquanto, é tudo o que podemos fazer. Depois que resolvermos essa situação do deus acorrentado, seguimos para a ilha de Delos.
— A maldição de Delos — lembrou Hazel. — Isso parece divertido.
— Espero que Apolo esteja lá — disse Annabeth. — Ele vivia em Delos. É o deus da medicina. Deve poder nos aconselhar.
A bombordo, a serpente-marinha sabor cereja soltou um jato de vapor.
— É, com certeza ela está nos observando — concluiu Percy. — Talvez fosse melhor ir pelo ar por algum tempo.
— Que seja pelo ar, então! — disse Leo. — Festus, faça as honras!
O dragão de bronze rangeu e estalou. O motor do navio começou a trabalhar. Os remos se ergueram e se expandiram em hélices com o som de noventa guarda-chuvas se abrindo ao mesmo tempo, e o Argo II subiu ao céu.
— Devemos chegar a Esparta pela manhã — anunciou Leo. — E lembrem-se de vir ao refeitório à noite, meus caros, porque o chef Leo vai fazer seus famosos tacos de tofu super apimentados!
Todos começaram a sair da proa, meus olhos estavam focados em Piper.
— Prim, você vem?
Dei uma rápida olhada para Jason, que estava me esperando para voltarmos para a cabine. Eu forcei um pequeno sorriso e me inclinei na sua direção, dando um breve beijo em seus lábios.
— Já vou, só vou falar com Piper primeiro, ela tinha me pedido antes para a ajudar com um movimento novo de luta.
Jason concordou.
— Ok, estou esperando você na minha cabine.
Depois que ele se afastou o suficiente, eu me aproximei de Piper, que estava perto da amurada, observando o mar lá embaixo.
— Ei.
Ela me encarou surpresa, então relaxou. Durante a missão, nós duas vínhamos construindo uma amizade interessante e agora eu conseguia falar com sinceridade que gostava de Piper.
— Oi.
— Eu sei como alguém age quando descobre algo não muito legal — murmurei, cutucando seu ombro — Então...
Uma careta surgiu no rosto de Piper.
— Você não vai gostar de ouvir — ela admitiu, então suspirou — E você já está preocupada o suficiente com Jason, não quero piorar as coisas apenas por algo bobo envolvendo minha mãe.
— Você não vai piorar nada, apenas desabafe, Pipes.
Piper me encarou por alguns segundos antes de começar a falar.
— Sonhei com a minha mãe na noite passada, ela disse "Não é apenas o ferimento de espada, querida. É a verdade infeliz que ele viu em Ítaca. Se o pobre garoto não se mantiver firme, essa verdade vai devorá-lo inteiro".
Eu respirei fundo, era tão ruim quanto eu temia.
— Jason ainda não desabafou comigo sobre ter visto a mãe dele, tenho a impressão que isso está o consumindo — murmurei, desanimada — Sabe, ele nunca falou muito dela, com o tempo percebi que era porque ele não tinha memórias suficientes dela, aquela mulher o abandonou quando ela era muito pequeno.
— Deve ter sido horrível para ele ver ela daquele jeito depois de todo esse tempo.
Nós duas ficamos em silêncio por alguns momentos, observando a paisagem, havia algo que Hazel havia me falado a algumas noites que não saia da minha cabeça.
— Sabe, Hazel me disse algo interessante e que faz muito sentido — sussurrei, me sentindo exausta com aquela missão — Acho que Jason é a peça chave de todo o plano de Hera. Ele foi sua primeira jogada; e será a última
Piper pegou minha mão e apertou.
— Vai ficar tudo bem, todos nós vamos sair dessa missão juntos, vivos.
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TERMINEI O BANHO E COLOQUEI MEU pijama do Scooby-Doo que roubei de uma loja na última cidade que pousamos. Eu estava penteando meu cabelo quando Jason entrou no quarto e fechou a porta com cuidado.
— Está quase no meu turno de vigia. Só quis ver como você estava antes.
Eu o encarei, arqueando a sobrancelha.
— O cara que foi apunhalado quer saber como eu estou? Como você está se sentindo?
Ele deu um meio sorriso.
— Você sabe que eu já estive pior.
Revirei os olhos e empurrei seu ombro de leve.
— Saber que você já esteve pior, não é desculpa. Eu quero saber como você está agora.
Jason sentou ao meu lado na cama.
— Eu nunca agradeci a você. — A expressão de Jason ficou séria. — Lá em Ítaca, depois que vi o que... restou de minha mãe, sua mania... quando fui ferido, você não deixou que eu desistisse, Prim. Uma parte minha... — A voz dele vacilou. — Uma parte minha queria fechar os olhos e parar de lutar.
Ouvir ele finalmente desabafar sobre aquilo tirou um peso que eu sequer percebi que estava carregando.
— Jason... Você é meu herói, sabe disso, não é? — sussurrei, colocando a mão em sua bochecha — Quando encarou o espírito da sua mãe... naquele momento, você foi forte, não eu.
— Pode ser. — A voz dele estava seca. — Eu não queria botar um peso tão grande em cima de você, Prim. É só que... eu tenho o DNA da minha mãe. Minha parte humana veio toda dela. E se eu fizer as escolhas erradas? E se eu cometer um erro irremediável quando estivermos lutando contra Gaia? Não quero acabar como minha mãe, reduzido a uma mania, remoendo meus arrependimentos para sempre.
Respirei fundo, acariciando sua bochecha.
— Você vai fazer as escolhas certas — falei, olhando nos seus olhos — Não sei o que vai acontecer com nenhum de nós, mas você nunca acabará como sua mãe.
— Como você pode ter tanta certeza? No começo dessa missão, você nem conseguia olhar nos meus olhos por causa de uma merda que fiz — ele sussurrou, amargo — Eu te amo e mesmo assim consegui te machucar, e se...
Senti o peso nas palavras de Jason, tudo aquilo estava realmente o assombrando.
— Jason, eu te conheço quase uma vida inteira. Sei que está sempre tentando fazer as escolhas certas, colocando o bem coletivo acima do seu bem... É uma merda tudo isso que temos que passar sendo semideuses, mas ainda temos um lado humano, vamos errar e aprender com esses erros, a vida é assim.
Ele relaxou um pouco.
— Você sempre parece saber a coisa certa a dizer.
Acabei sorrindo.
— É uma das minhas qualidades.
Jason riu, parecendo muito mais tranquilo do que quando entrou no quarto. Ele se inclinou na minha direção, selando nossos lábios em um beijo lento que definitivamente me fez querer mais.
— Quanto tempo temos até você ter que ir fazer a vigia?
Ele deu uma rápida olhada para o relógio que havia na parede do meu quarto.
— Tempo suficiente para eu te mostrar como eu te amo...
Seus lábios encontraram os meus, dessa vez com muito mais vontade e desespero, fechei os olhos, me deliciando com aquela sensação. Ele agarrou a bainha da blusa do meu pijama quando a porta da cabine abriu, nos fazendo congelar.
— Uma festa? Estou convidado?
Jason limpou a garganta e Leo arregalou os olhos, me afastei de Jason e ajeitei meu pijama, ignorando a forma como meu rosto estava quente.
— Uh, oi, Leo.
— Oi, Leo. O que está rolando?
Leo desviou o olhar, repentinamente tímido.
— Ah, nada de mais. — Ele apontou para o convés. — Os venti insuportáveis de sempre tentando destruir o navio. Está pronto para o seu turno?
— Sim. — Jason levantou e me deu um beijo rápido — Eu amo você.
Dei um pequeno sorriso.
— Eu amo você, Jason Grace.
Depois que os garotos saíram, terminei de pentear o cabelo e deitei na cama, me enrolando nos cobertores e deixando o cansaço me vencer.
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