Rápido demais.
Faz dois dias que não vejo Matt, dois dias depois o beijo.
Leves batidas na porta do quarto anunciam a entrada da minha mãe.
— Querida, tem um garoto lá fora querendo te ver... — ela sai do quarto, mas volta rapidamente, como se tivesse esquecido alguma coisa. — E ele é muito bonito. — acrescenta divertida.
Caminhei ate a porta da sala, deparando com a figura dele, como minha mãe disse, me esperando. Ele parece cansado, e quando me viu passou as mãos no cabelo, em um gesto nervoso.
— Você pode vir comigo? Quero te mostrar algo. — sua voz soou doce e calma, enquanto ele se aproximava de mim, deixando-me tensa.
— Espere um minuto. — pus os pés dentro de casa, onde minha mãe escutava nossa conversa a espreita. — Mãe, vou sair não demoro. — ela fez um sinal de positivo com a mão e abriu um sorriso bobo, parecendo uma adolescente. — Vamos!. — respondi voltando-me para ele.
Caminhamos em silencio, um ao lado do outro, mantendo uma distancia respeitosa entre nós, como se fosse proibido a gente se tocar.
— Eu gosto de você. — ele falou casualmente, como se essa fosse uma declaração simples e banal. — Gosto de quando você ri, e de como me sinto quando estou ao seu lado, mal me conheço e já me sinto intimo seu. Eu não sei bem explicar eu só... gosto de você.
— Também gosto de você. — respondi baixinho, quase pensei que ele não havia escutado, ate que senti a macies de seus lábios nos meus.
Ele me levou ate uma parte afastada da cidade, onde tudo estava calmo.
— Eu quero te fazer uma pergunta, mas me parece meio louco perguntar isso assim. — ele diz cortando o silencio que se instalou entre a gente.
— Pode perguntar. — respondi alegremente. — Sempre tive uma quedinha por loucuras. — finalizei dando-lhe uma piscadela.
— Se você pudesse escolher alguma coisa para se tornar realidade o que seria? — falou ele enquanto encarava o céu, mas logo me olhou em busca de uma resposta.
— Transformaria o mundo de Percy Jackson em realidade...
— Você não teria medo dos monstros? — neguei com a cabeça. — Por quê?
— As vezes o ser humano consegue ser o pior monstro de todos, então não, eu não teria medo. Paramos de falar para apreciar a paisagem. — Esse lugar é perfeitamente lindo e fantástico. — falei suspirando.
— É... igual a você. — disse ele, e assim veio o segundo beijo do dia.
— Sempre que olho para lua, me pergunto por que todas essas luzes acesas. — falei tentando não deixar a conversa morrer. Matt me olhou confuso, esperando uma explicação. — Sei lá, só me dá vontade de gritar: "Ei apaguem as luzes da cidade e vejam como a lua esta linda hoje". — acrescentei.
Mattew ria de forma boba, o que me levou a rir também. É loucura isso que esta rolando entre a gente, as coisas estão correndo rápido demais, quer dizer, eu o conheço a menos de uma semana, mas eu sinto como se o conhecesse uma vida inteira.
— Sabe? — ele disse. — As coisas entre nos, esta acontecendo rápido demais. — arregalei os olhos, ele praticamente leu minha mente. — Porem, confesso que estou adorando cada segundo.
— Sinto como se nos conhecêssemos a bastante tempo, como se você fosse um velho amigo que eu reencontrei. — estávamos deitados na grama, Matt apoiado em uma árvore e eu descansando a cabeça em sua barriga.
— Talvez estivéssemos destinados a nos encontrar desde o inicio. — sua voz soou rouca em meus ouvido, e eu fechei meus olhos desejando que esse momento fosse eterno.
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