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"E através de um toque, o mundo pode começar a ter outras cores e novos tons."

══ ♥ ══

Mudei o peso de uma perna para a outra, meus olhos passaram brevemente pelas pinturas. Uma delas era uma paisagem, um lugar aberto e ensolarado.
Eu ainda podia sentir o olhar de Seokjin sobre mim, mas ele não falou nada, esperando o meu tempo para que eu falasse.

— Quando eu tinha treze anos... — Hesitei um momento. — Eu fui mantida como refém por um grupo de bandidos. — Notei com o canto dos olhos que ele voltou a se sentar, estávamos em lados diferentes do cômodo. Não tinha uma forma diferente de começar a explicação, sendo assim, fui direto ao ponto.— Como você sabe, meu pai é o delegado, muitas pessoas não gostam dele, e eu fui um alvo fácil voltando a pé da escola. — Eu tinha trabalhado anos com a psicóloga para superar aquele dia, hoje, eu já conseguia falar sem sentir que estava explodindo.

Eu era uma garota de treze anos que foi pega de surpresa enquanto apenas andava para casa, por dois homens grandes e fortes. Não consigo lembrar de muitos detalhes, Sunmi, minha antiga psicóloga, falava que talvez meu consciente tivesse enterrado as memórias.

Todavia, algumas lembranças estavam nítidas. Como o cheiro de borracha queimando quando eles me enfiaram no carro, ou o quarto escuro em que me deixaram trancada enquanto ligavam para o meu pai, exigindo inúmeras coisas a ele para que me deixassem livre.

Balancei a cabeça e me forcei a continuar falando.

— Eu fiquei presa com esses caras por um longo dia, foi horrível. E quando eu saí, quando me livrei de tudo aquilo, milhares de jornalistas me perseguiram por meses, meu rosto ficou estampado em todos os cantos e as pessoas me tratavam com pena. Foi a pior sensação de todas...as pessoas falavam por mim, diziam o que eu sentia sem nem saber, e me perseguiam com enormes câmeras, colocando meu nome em todos os tipos de sites. — Mordi a ponta do lábio, tentando espantar as lembranças. — Por isso eu odeio ser exposta. Não gosto de aparecer na mídia, não gosto que tentem desvendar minha vida para colocar em uma matéria.

Respirei fundo depois de falar, as vezes era bom colocar tudo para fora.
Ficamos calados por alguns segundos, os olhos de Jin ainda estavam em mim.

— Eu não achei que você fosse mesmo me contar algo assim. — Ele falou depois de alguns segundos, sua voz não estava ríspida como sempre, mas ainda estava um pouco contida. — Você não deveria ter me contado coisas desse tipo, isso é algo que só se deve falar para pessoas que você confia. Na verdade, é o tipo de coisa que você deveria deixar guardada só para você.

Voltei a olhar para ele, aliviada por não ver pena em seu olhar, ele apenas me olhava com indignação, parecia realmente sem entender o motivo por eu ter me aberto com tanta facilidade, ter contado algo da minha vida.

A forma intensa em que seus olhos brilhavam me fizeram compreender que ele me entendia, que até mesmo que não admitisse, ele se sentia importante por eu ter compartilhado algo com ele.

— Tudo bem! — Sorri. — Imagine isso como meu voto de confiança em você, não o desperdice. Agora é sua vez de se sentir privilegiado. — Pisquei para ele. — Eu não conto isso para todas as pessoas, mas algo me deu vontade de te contar, e eu contei, não tenho problema em me abrir para alguém desse jeito. — Afirmei com a cabeça.

— Notei o quanto você gosta de falar. — Comentou com um pequeno sorriso nos lábios, o que me fez sorrir também.

Estava contente por ele não me tratar diferente, por não me olhar com pena ou me questionar sobre os episódios que passei enquanto estava presa. Ele continuava ali, me olhando da mesma forma, com o mesmo ar sarcástico.

Algo dentro de mim tinha me feito falar para ele uma das partes mais delicadas da minha vida, algo me dizia que Seokjin não se abria com ninguém, e talvez, só talvez...se eu me abrisse, se eu mostrasse para ele que aquilo era possível, que falar do que se sentia não era o fim do mundo, ele se abrisse também.

Eu conseguia notar, principalmente depois de hoje, que ele tinha muito para falar, e talvez eu pudesse ser uma amiga e escutar.

Ele continuou me fitando, mas acabou pigarreando, tentando voltar para sua atinga postura.

— Enfim, melhor você ir esperar Don lá fora. — Comentou deixando transparecer que estava desconfortável com minha exposição tão aberta, como se não soubesse lidar com os sentimentos novos.

— Porra, você é mesmo uma pessoa difícil. — Acabei rindo, não sabia o motivo, mas eu estava rindo muito. Me sentia mais leve por ter falado com ele, por ele ter me escutado e não ter me olhado com pena.

— Definitivamente, a tinta mexeu com a sua cabeça. — Coloquei a mão na boca para parar de rir, deixando o resto do alívio esvair do meu corpo. — E outra — Falou sério. — sem palavrões na frente do Don. Ele passou a semana toda me questionando depois da cena no parque.

— Oh, certo. — Sorri sem jeito. — Prometo, sem palavrões.

— Não acredito que você vá cumprir isso. — Ele revirou os olhos, com um sorriso nos lábios.

— Eu sou boa em cumprir minhas promessas.

— Então você promete que não vai falar palavrões perto dele?

Encolhi meus ombros.

— Prometo que vou tentar!

Ele assentiu como se já soubesse e colocou o pano que ainda segurava de lado.
Virei de costas para ele e fui andando pelo quarto, aproveitando para ver os detalhes das suas pinturas enquanto eu ainda tinha chances, não sabia se um dia eu voltaria a entrar ali.

Parei em frente à pintura de uma mulher sorridente, segurando um violino. Era uma senhora, mas não parecia ter mais de cinquenta anos.
Os traços dela me fizeram ter certeza de que era a mãe de Jin.

Eu ergui a mão e toquei na moldura do quadro.

— Já não disse para você não tocar em nada? — Sua voz grave soou atrás de mim, tão perto do meu ouvido que me fez pular em um susto. Não tinha percebido ele se aproximar de mim.

Eu me virei, mas meu sapato ficou preso na lona que cobria o chão e eu tropecei, enquanto estava caindo tentei me segurar em algo, não podia tocar nos quadros e acabar estragando-os, então eu segurei em Jin, que ficou surpreso e acabou se desequilibrando também.

Eu caí e ele ficou sobre mim, ambos fomos parar no chão.

— Ah, caralho... — Choraminguei, pois tinha batido minha cabeça com tudo no chão.

— (S/n)!! — Seokjin bradou irritado, se apoiando nos cotovelos e tirando o peso parcialmente de cima de mim. — Quando eu disse que você era desastrada eu não imaginei que era tanto.— Resmungou.

Coloquei a mão na testa e ri, conseguindo finalmente abrir os olhos, já que minha cabeça não doía mais.

— Tudo bem, talvez eu seja um pouco desastrada. — Admiti.

Eu não tinha notado como ele estava perto antes. Eu estava deitada no chão e ele sobre mim, o espaço que nos separava era pequeno.

— Um pouco? — Questionou indagando enquanto analisava meu rosto.

Sabia que ele estava apenas conferindo se eu não tinha me machucado na queda, mas então eu sorri e decidi provocá-lo.
Comecei a notar que eu estava pegando sua mania, também sentia uma certa satisfação em irritá-lo.

— Está me analisando muito, Jinnie. O que foi? — Arqueei as sobrancelhas enquanto o olhava também. — Está gostando de ficar sobre mim?

— De onde surgiu essa coragem toda? — Ele apertou os olhos. — Para começo de conversa, foi você quem me puxou.

— Mas você continua em cima de mim.

— Claro. — Ele sorriu convencido. — Você está me segurando. — Rebateu.

Foi então que notei que minhas mãos estavam na cintura dele, segurando o tecido do avental que ele usava. O soltei no mesmo instante, afastando minhas mãos do seu corpo.

— Eu só me segurei em você tentando não cair. — Justifiquei apressada.

— Sei.. — Ele ainda sorria provocativo, se aproximou ainda mais de mim e foi inevitável olhar para sua boca quando ele umedeceu os lábios. — Quem está encarando quem agora?

Olhei feio para ele e tentei empurrá-lo, mas ele era mais forte que eu.

— Você que começou. — Rebati.

— Que ótimo argumento. — Ele balançou a cabeça com pura ironia. — Mas ainda não explica o motivo de você estar fitando meus lábios...

— Credo! — Fiz uma careta. — Não é como seu eu quisesse beijar você. — Deixei claro.

Eu não era cega.
Kim Seokjin era um homem lindo..
Tá, tudo bem. Ele era mais que lindo.
Porém, ainda assim, eu não queria nada com ele, no máximo poderia ser sua amiga.

— Eu nem tinha falado de beijos. — Apertou os lábios. — E pare de me olhar como se a ideia de me beijar fosse horrível.

— Mas é horrível. — Argumentei.

— Se eu te beijasse agora você mudaria de ideia no mesmo segundo.

— Eu duvido.

Seus olhos brilharam com determinação enquanto ele se aproximava mais de mim, tentei me encolher, mas eu estava colada ao chão.

— O que está fazendo? — Sussurrei.

— Eu não gosto que duvidem de mim, (S/n).

E então, ele me beijou.

Apesar da surpresa aparente, logo meus lábios se sentiram gratos pela macieis dos seus. Ele tinha lábios carnudos que engoliram os meus.
Não era um beijo calmo ou delicado.
Era algo mais duro, de tirar o fôlego.
E eu não queria admitir, mas seus lábios conseguiram me desestabilizar.

Eu podia mesmo não querer nada com o Kim, mas não podia negar que ele inflamou meu corpo.
Seus lábios pressionaram os meus, me fazendo abrir um pouco a boca com um suspiro.

A língua dele invadiu minha boca, dominando a minha em míseros segundos e me fazendo derreter.
Era algo extremamente urgente e erótico.
Não tínhamos contato entre nossos corpos, mas nossas bocas estavam fazendo um trabalho impecável se explorando.

Eu não era uma puritana, já tinha ficado com alguns caras. Mas nem mesmo meu último namorado, por quem fui apaixonada por longos anos, tinha aquela destreza em dominar um beijo tão bem quanto Kim Seokjin.

Quando ele se afastou de mim, tive que segurar o gemido de insatisfação para que ele não saísse pelos meus lábios.

Seokjin estava me olhando com um sorriso de esgueira, mas a forma como seus olhos brilhavam em luxúria eu sabia que ele também estava do mesmo jeito que eu.

Éramos humanos no final das contas, mesmo que aquilo tivesse sido só um beijo.

— Está vendo? — Ele falou presunçoso. — Meu beijo te destabilizou.

— Foi apenas um beijo. — Falei mesmo que estivesse um pouco ofegante, vendo ele arquear as sobrancelhas. — E nem foi dos melhores. — Provoquei sorrindo. — Volte a praticar, Jinnie. Quem sabe um dia você chegue no meu nível. — Dei um tapinha de leve em seu braço. — Agora saia de cima de mim, vai.

Ele ainda me olhava incrédulo, então eu dei um empurrão nele pela barriga, que o fez sair de cima do meu corpo.

— Você está fingindo. — Ele ainda estava sentado no chão ao meu lado, os olhos apertados em minha direção. — Eu senti o quanto você gostou do meu beijo.

— Atuação! — Dei de ombros. — Você devia tentar um dia. — Apontei meu dedo em sua cara. — E nunca mais me beije assim.

Eu sabia que se ele fizesse algo daquele tipo novamente eu iria me entregar aos desejos momentâneos da carne, arrancar minha roupa e pedir para ele fazer o que quisesse.

E eu definitivamente não podia fazer aquilo.

Balancei a cabeça mais uma vez e me forcei a desviar o olhar.

(S/n), controle-se. É Kim Seokjin na sua frente, o cara mais irritante e prepotente do mundo.

Eu sabia que meus hormônios só estavam daquele jeito pois fazia séculos desde a última vez que tive uma boa noite de sexo.

— O que disse? — Ele sorriu, mas não me deixou falar. — Boa tentativa. Eu sei que você ainda vai implorar pelos meus beijos.

— Credo. — Franzi meu nariz em uma careta enquanto ele ria.

O barulho alto de sapatos batendo me fez virar e olhar para a porta, o barulho estava vindo das escadas, e não demorou muito para Don entrar correndo no cômodo. Seus cabelos estavam com as pontinhas enroladas, ele usava uma roupa toda preta e tinha um grande sorriso nos lábios ao me ver.
Seus olhos analisaram eu e Jin no chão, focando por alguns segundos no Kim ao meu lado que estava parando de rir.

— Veja só quem chegou! — Sorri e me levantei para que ele me abraçasse.

Don correu até mim e deixou um beijo na minha bochecha, me abraçou apertado e se afastou para mexer as mãozinhas.
Jin se levantou também e ficou parado ao nosso lado com as mãos nos bolsos do avental.

— Ele pediu para avisar que estava com saudades. — A voz dele ainda tinha traços do riso de segundos atrás.

Olhei pra Don e sorri.

— Eu também estava com saudades.

Ele sorriu animado e foi até Seokjin, o abraçando também.
Em seguida, ele olhou para mim e balançou a cabeça, avisando que já voltava.
Afirmei enquanto o observava correndo para fora do cômodo.

— Acho que ele foi pegar a carta que escreveu e o desenho. — Seokjin comentou ao meu lado, muito perto.

Meu corpo já não estava mais tão quente quanto antes, eu sentia que eu estava voltando ao meu estado de consciência, mas ainda assim, eu não o olhei.

— Tudo bem! — A voz de Hoseok chamou nossa atenção, ele estava parado na porta de entrada, com as mãos na cintura. — No momento em que o Don descobriu que a (S/n) estava aqui, ele me largou lá embaixo e subiu correndo. — Declarou indignado, me fazendo rir.

Ele estava usando roupas casuais, uma calça larga e uma blusa de botões.

— Dongyul consegue ganhar de qualquer um de vocês na corrida. — Afirmei.

— Isso é fato! — Hoseok cruzou os braços e me encarou, por um momento seus olhos pousaram nos meus lábios e eu temi que minha boca vermelha me entregasse. — Veja só, muito bom te ver. Porém, acabei de lembrar que te passei o meu número naquele dia e você nem me mandou mensagem, quem me ligou foi um dos policiais da delegacia! — Sua voz tentava mostrar desapontamento.

— Me desculpa! — Pedi. — Fiquei cheia de trabalho quando voltei para a delegacia, mas prometo que te mando mensagem para você salvar o meu número. — Sorri.

Seokjin se aproximou mais de mim, pigarreando alto, chamando nossa atenção.

— Seokjin! — Hoseok sorriu e andou até ele, o abraçando de lado. — Nem tinha notado você aí.

— Muito engaçado. — Falou sério. — Achei que você só ia trazer o Don, já pode ir embora agora.

— Um doce de pessoa, como sempre. — Hoseok riu. — Sim, eu só vim trazer o Don, já deixei os exames dele lá embaixo, no escritório, está tudo bem.

— Vou olhar os exames e qualquer coisa te mando mensagem.

— Combinado. — Hoseok soltou Jin e me olhou. — Até mais, (S/n). — Sorriu antes de acenar e sair do cômodo. Ele encontrou Don no caminho e se despediu dele.

Dongyul entrou no quarto sorridente, abraçando alguns papéis contra o corpo.

— O que você tem aí?

Ele, um pouco tímido, me entregou o desenho.
Era um desenho lindo e muito bem feito, levando em conta que ele tinha apenas sete anos. Mostrava a gente no parque, eu, ele e Seokjin.

— Yah! Olhe isso. Você desenha muito bem. — Sorri e olhei para ele, vendo como seus olhinhos me analisavam e acompanhavam minha boca, fazendo leitura labial. Não via a hora de conseguir falar pela linguagem de sinais. — Posso te contar um segredo?

Ele balançou a cabeça e se aproximou um pouco mais de mim.

— Você desenha melhor que o seu tio!

Vi seus olhinhos brilhando e ele olhou para Seokjin no mesmo instante.

— Eu não gosto de concordar com ela. — Jin admitiu. — Mas dessa vez ela tem razão.

— Sabe o que eu vou fazer? Vou colocar esse desenho em um quadro. — Afirmei. — Se fosse um desenho só meu e seu seria ainda mais perfeito, uma pena que tenha seu tio chato. — Fiz uma careta, fazendo Don rir.

Jin olhou feio para mim e eu sabia que ele estava prestes a contestar, mas a Senhora Lee, que era a governanta, apareceu na porta e chamou Jin com um aceno de cabeça, ele foi até ela, me deixando sozinha com Don.

— Mas eu estou falando sério, Don! É o presente mais lindo que já recebi. — Falei convicta. — Muito obrigada.

Ele estava radiante, pareceu muito feliz com minha constatação. Ele se aproximou um pouco do meu rosto e tocou em meu nariz com a ponta do dedo, dizendo que me amava. Eu fiz o mesmo e toquei na ponta do nariz dele também.
Era incrível como aquele garotinho tinha me conquistado tão fácil.

Hoseok tinha brincado dizendo que eu o tinha enfeitiçado, mas no final das contas, eu tinha certeza que era o contrário.

Don me entregou a carta, mas a colocou na minha mão e depois fez com que eu fechasse os dedos ao redor dela. Letra por letra, ele usou as mãos para formar a palavra "Casa".

— Quer que eu leia apenas em casa?

Notei que ele afirmou veemente com a cabeça, dizendo que eu estava certa.

— Tudo bem. Vou deixar a carta guardada no meu bolso e vou ficar com o desenho na mão para não amassar. — Ele confirmou com a cabeça. — Hm, já sabe da novidade, né?

A cabeça dele inclinou para o lado, enquanto ele me olhava confuso.

— Vou começar a ter aulas e a Noona promete para você, que logo logo vamos estar conversando bem muito juntinhos. — Os olhinhos me analisavam em expectativa e aquilo acabou comigo. — Vamos sair juntos mais vezes, só eu e você, e eu vou te deixar comer todos os doces e fazer tudo que você quiser, só não vai poder contar para-

— Para mim? — Jin apareceu na porta, os olhos fixos em mim, me fazendo sorrir sem jeito.

— O quê?

Dongyul colocou as mãos na boca, escondendo o sorriso.

— Você é um péssimo exemplo para o meu sobrinho.

— Eu?

— Sim!

— Mas eu não fiz nada!

— Não se faça. — Ele rebateu. — Eu ouvi.

— Você está louco, Jinnie, eu e o Don só estávamos falando do desenho dele.

Dongyul olhou para Jin e ergueu as mãos, falando algo que fez Jin abrir a boca indignado.

— Kim Dongyul! — Ele reclamou enquanto Don ria e se escondia atrás de mim.

— O que foi? O que ele disse?

— Ele acabou de me chamar de Tio Jinnie. — Jin resmungou.

— Yah! — Ri alto, jogando a cabeça para trás, virei-me para Don e ergui a minha mão para que ele batesse nela. — Você está certíssimo, Don. Continue assim.

— Vocês são uma péssima dupla. — Jin colocou as mãos nos bolsos. — Deixá-los juntos por muito tempo é um risco. — Don ainda ria atrás de mim. — Eu vou trocar de roupa porque tenho que ir para a reunião. — Ele se virou para mim. — Você veio com seu carro?

— Não, eu vim de carona, mas vou voltar de ônibus.

— Eu te levo.

— Não precisa, eu vou pegar o ônibus.

— Eu te levo! — Reafirmou sem deixar aberturas para que eu questionasse.

A forma como ele falou me fez lembrar do seu beijo dominante, me fazendo umedecer os lábios.
Eu precisava esquecer aquilo, foi apenas uma brincadeira provocativa.

Não entendia sua cisma com aquilo, então apenas confirmei com a cabeça, sabia que discutir com Seokjin era um caminho longo e maçante.

Enquanto ele foi se arrumar, eu fiquei um pouco com Don, ele estava animado para me mostrar os seus brinquedos.
Fomos até o quarto dele e eu sentei-me na cama ao seu lado, ele pegou uma pasta que estava debaixo do travesseiro e colocou no meu colo, me pedindo para que eu visse.

Era uma pasta de desenhos, vários desenhos que ele tinha feito ao longo dos anos.
Ele estava segurando meu celular, digitando no bloco de notas para que conseguíssemos conversar.

— Seus desenhos são lindos, Don. — Afirmei enquanto meus olhos corriam pelo papel. Parei em um dos últimos desenhos, era o retrato de dois bonequinhos de mãos dadas, eles estavam sorrindo. Dongyul cutucou o meu braço, me mostrando o celular.

"É o Don e o tio Jin no desenho." Era o que ele tinha escrito.

Ele digitava muito bem para uma criança de sete anos, mas eu não me surpreendia, a inteligência de Don parecia não ter fim.

— O desenho está igualzinho a vocês. — Voltei meus olhos para o papel. — Seu tio deve sorrir muito com você. — Afirmei.

Don começou a digitar no celular novamente e o mostrou para mim.
"O tio Jin só sorri com migo com todo mundo ele é sério."
Don fez uma careta, imitando a cara séria de Jin.

Achei fofa a forma como ele tinha escrito, mas mostrei para ele como escrevia a palavra "comigo" corretamente.

— Você imitou ele perfeitamente. — Ri me referindo a careta séria que ele tinha feito.

Ele confirmou com a cabeça enquanto sorria, então, voltou a digitar no meu celular por alguns segundos, em seguida, o mostrou para mim novamente.

"Mas agora ele sorri com a (S/n) noona também!"

══ ♥ ══

E vamos finalizar o capítulo por aqui KKKKKK

sobrou algum leitor vivo depois do capítulo de hoje?

Oi, amores!
Como estão?
Espero que tenham gostado do capítulo e da interação entre Jin e S/n, presenciamos o primeiro beijo deles!

Uma amiga minha sugeriu a ideia de criar uma playlist de músicas de "AC", e eu gostei muito.
Queria pedir para vocês comentarem aqui as músicas que mais lembram a fanfic para vocês, ou as que vocês mais gostam de ouvir enquanto leem, vou selecionar algumas ;)

Nos vemos novamente sábado, com um novo capítulo as 17:00
Até lá!

Se cuidem

By: leticiaazeneth ❤️

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