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Capítulo 36


Na manhã seguinte, despertei com uma energia renovada. Após um longo período de reclusão no quarto, parecia que tinha esquecido como viver. Justamente quando começava a sentir um poder interior pulsante, quando finalmente estava reconhecendo a força em minhas veias e pronta para enfrentar o mundo, recebi um impulso extra. Minhas três inseparáveis amigas - Cat, Emily e Caroline - agiram como minhas guardiãs, resgatando-me da letargia. Elas me acordaram gentilmente, proporcionaram-me um banho revigorante e cuidaram dos meus cabelos, agora mais curtos, poupando-os de suas experimentações criativas. Vestiram-me com um delicado vestido azul bebê, uma cor tão suave que quase parece desprovida de pigmento. Tentaram disfarçar os sinais dos dias turbulentos e dos pesadelos que me assombraram com um leve toque de maquiagem, embora os vestígios ainda persistissem.

— Sou grata por ter me ajudado e grata por não ter acontecido nada com você aquele dia em que fugi. — Puxei Caroline assim que as meninas saíram para arrumar outras coisas.

— Pare Meredith, foi um prazer poder te ajudar. — Me respondeu.

— Então é verdade a senhorita é a lenda de que tanto ouvimos falar? — Perguntou Emily saindo da sala de banhos.

— Sim. — Respondi.

— Mas não era um menino? Quer dizer, Bem, sempre ouvimos que o bebê era um homem. — Se confundiu Cat.

— Há muitas coisas sobre a lenda que vocês não conhecem. — Falei ainda com a voz fraca.

— As pessoas te adoram Meredith. — De repente, Caroline me encarou através do espelho, rompendo o silêncio.

— O quê? — A afirmação de Caroline me pegou de surpresa.

Enquanto mexia distraída no meu bracelete, meu olhar vagava pela horrível cicatriz em minha mão. Além disso, o fato de não conseguir perceber o afeto das pessoas me deixava perplexa.

— Há muitos lugares que você é considerada uma santa. Eles tem fé que você veio para salvá-los e libertá-los de qualquer mal. — Concluiu Caroline.

— É totalmente surreal! — Exclamou Emily. — Outro dia fomos até a vila de BrownWood e lá estava uma pequena capela com uma foto sua. As pessoas passavam e reverenciavam como se você estivesse presente.

— O mais absurdo é que alguns vendedores estão juntando tecidos, sobras de comida e até cabelos para vender, afirmando que são seus, e as pessoas estão comprando! —  Cat fez uma careta ao relembrar a cena.

— Isso não pode ser verdade. — Falei me sentindo irritada só de imaginar a situação.

"Como podem ter coragem de fazer algo assim?" Indaguei para mim mesma, perplexa. Brincar com a fé das pessoas desse jeito é simplesmente inaceitável. E por que me consideram uma santa? Não fiz nada que mereça tal reconhecimento.

— Não, não infelizmente não é mentira. — Respondeu Cat tão revoltada quanto eu.

— Bom mas não vamos falar disso não é mesmo? Meredith acabou de se recuperar e temos que poupá-la.  —Caroline bateu palmas, dispersando todas nós do assunto macabro que elas haviam mencionado.

— Por favor, alteza, você precisa nos contar o que está acontecendo. Estamos completamente perdidas de preocupação e no escuro. O que está acontecendo de verdade? — Perguntou Emily com sinceridade.

Olhei para elas e vi que Cat e Caroline também estavam ansiosas por respostas, concordando com o que Emily havia expressado. Decidi compartilhar com elas toda a história, desde o dia em que saí de BrownWood até o momento presente. No entanto, optei por ocultar a parte que envolvia Nicolay; ainda não era o momento certo para revelar essa parte a elas.

— Céus! — Disse Cat exasperada colocando a mão no peito.

— Isso é muita loucura. — Respondeu Emily chocada.

— Eu sei. — Respondi.

Sem proferir uma única palavra, Caroline envolveu-me em um abraço reconfortante. Surpreendida pela ternura do gesto, permiti-me deixar transbordar todas as emoções contidas, entregando-me às lágrimas que há tanto tempo ansiavam por liberdade. A sensação de apoio e compreensão inundou-me quando Cat e Emily uniram-se ao abraço, formando um círculo de calor humano e amizade inabalável.

— Não acredito que o rei Leonidas teve a coragem de fazer isso tudo. — Disse por fim Caroline enxugando minhas lágrimas.

Não respondi apenas acenei.

— Vamos quebrar esse clima ruim. — Declarou Cat, decidida a dissipar a tensão. — Daremos um jeito em tudo, mesmo que não saibamos como, mas por agora, precisamos continuar vivendo, não é mesmo? E nossa alteza precisa recobrar suas forças. Que tal irmos ao jardim? O que acham? —  Sua voz carregava um tom de esperança, convidando-nos a deixar para trás as preocupações e encontrar um momento de serenidade na beleza da natureza.

Balancei a cabeça em confirmação, tentando esboçar um sorriso.

Ao sair do quarto, uma sensação de aprisionamento me envolveu, como se estivesse confinada em meus próprios aposentos. "Sou uma prisioneira", ecoou em meus pensamentos, enquanto meus passos eram acompanhados não apenas pelas minhas criadas, mas por mais de uma dezena de guardas, todos a serviço de Leon. Dois deles permaneciam postados à porta do meu quarto, outros quatro embaixo da minha janela, e agora percebia que sempre que me aventurasse para fora, seria seguida por esse exército de sentinelas. No jardim, busquei um banco para desfrutar do sol e do ar fresco, enquanto Cat se ocupava colhendo flores para enfeitar meu quarto. Emily se acomodou na grama, mergulhada em seu livro, dedicando-se a me entreter. Enquanto isso, Caroline permaneceu em pé atrás de mim, delicadamente brincando com meus cabelos. Por mais que estivesse cercada por pessoas, a presença opressiva dos guardas criava uma atmosfera de constante vigilância, uma sensação incômoda que não passava despercebida.

Mesmo sem virar completamente o corpo, lancei um olhar furtivo na direção da sacada do quarto de Leonidas e o encontrei ali, imóvel, observando-me com uma intensidade perturbadora. Baixei a cabeça e, instintivamente, agarrei meu colar com firmeza, sentindo a pressão do momento sobre mim. Não tínhamos compartilhado o mesmo espaço desde a noite anterior, quando descobri, horrorizada, que involuntariamente clamara pelo nome de Nicolay. Imaginava a tormenta que devia consumir Leonidas, refletida no seu olhar impiedoso naquele instante.

...

O caminho à minha frente parece se estender por uma eternidade, mas sinto que logo alcançarei meu destino. Meu olhar está vazio, como se estivesse hipnotizada ou sendo atraída por uma força desconhecida. Não reconheço o lugar por onde passo, apenas sigo adiante, impulsionada por uma urgência silenciosa. A neblina densa dificulta minha visão, obscurecendo as árvores dispersas que pontuam o caminho. Ao final do trajeto, vislumbro Leonidas à distância, seu sorriso me atravessa como uma flecha, um sorriso que evoca um misto de fascínio e medo, um sorriso que me consome. Mesmo distante, posso ouvi-lo sussurrar em meu ouvido: "Venha, Meredith! Falta apenas mais um pouco." Meu corpo parece agir por conta própria, como se estivesse sonhando acordada, enquanto me aproximo cada vez mais.

Ao longe, uma voz me chama, mas estou completamente imersa na imagem de Leonidas me chamando. Ignoro os apelos, focada apenas em alcançar meu destino. A voz torna-se mais insistente, mas já estou no meio do caminho, incapaz de desviar minha atenção.Quero me voltar para trás, desejo correr para os braços da pessoa que agora me persegue, mas sou incapaz. Estou presa na imagem de Leonidas, ecoando em minha mente: "Venha, Meredith! Falta apenas mais um pouco." Ao chegar ao meu destino, percebo que a imagem de Leonidas desapareceu. Sem coragem de olhar para baixo, compreendo que estou à beira de um precipício, à beira de um abismo que representa não apenas uma queda física, mas uma queda em direção ao desconhecido, ao abismo da minha própria alma.

— Meredith! — Gritou-me a voz de longe.

Não olhei.

— Meredith! — Ele gritou, com uma intensidade renovada, ecoando pelo ar.

Ainda em meu estado sonâmbulo, virei-me para trás e avistei Nicolay parado no meio do caminho.

— Me ajude. — Sussurrei baixinho.

— Meredith. Por favor Não! — O grito desesperado ecoou enquanto ele corria em minha direção.

Olhei para o lado e deparei-me com Leonidas, que repetia com urgência: "Vá, Meredith! Falta só um pouco." Num impulso, voltei meu olhar para Nicolay.

— Me ajude. — Sussurrei baixinho.

Logo após abrir os braços em um gesto final de rendição, deixei-me cair despenhadeiro abaixo. A sensação de queda livre foi arrebatadora, o vento cortando meu rosto e o vazio se estendendo diante de mim. O impacto da queda no chão não foi nada suave, mas sim uma explosão de dor lancinante que percorreu cada fibra do meu ser. Senti meus ossos se quebrando um a um, uma agonia indescritível se apoderando de mim. Minha visão foi se turvando lentamente, como se uma névoa densa e escura tomasse conta de tudo ao meu redor. Os sons ao meu redor se distanciaram, ecoando de forma distorcida em meus ouvidos. As batidas do meu coração, que outrora pulsavam com força e vigor, foram desacelerando, gradativamente, até se transformarem em um sussurro quase imperceptível.

Tudo se aquietou. O silêncio tomou conta do meu ser, envolvendo-me em uma paz profunda e etérea. O tempo pareceu se distorcer, as memórias se misturando em um emaranhado de sensações e imagens fugidias. E, finalmente, o último suspiro escapou dos meus lábios, o derradeiro bater do meu coração ecoando no vazio infinito. A escuridão me acolheu, me envolvendo em sua névoa gélida, levando-me para além da vida, para um lugar onde não havia dor, nem sofrimento, nem medo. Apenas paz. E então, parou de bater.

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