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Capítulo 19




Meu coração despedaçou-se em mil fragmentos, e parece que esqueci como respirar. As palavras de Joseph e Nicolay ecoam em minha mente, uma verdade inegável. A vontade de chorar me domina; lágrimas embaçam minha visão, teimando em não cair. A dor é avassaladora, como se todas as aflições do mundo se reunissem em meu peito. Nunca antes experimentei algo assim, nem mesmo quando perdi meus pais. Como ele pôde fazer isso comigo? Ele dizia que me amava, e eu acreditava. As palavras de Leon reverberam incessantemente em minha mente, enquanto sua risada ressoa como um eco constante: "Aquele sorriso, aquele sorriso que me mata". É como se estivesse sufocando sob o peso da desilusão. Sinto-me desorientada, incapaz de articular qualquer pensamento coeso. Minhas pernas tremem como gelatina; tenho que me apoiar nas paredes para permanecer de pé. Anseio por expressar toda essa angústia que sufoca meu peito, mas sinto-me incapaz. Gostaria que fosse apenas um pesadelo, mas é a cruel realidade. Quero gritar e libertar toda essa dor contida, mas não posso. Preciso sair daqui. Talvez Leon me veja como uma idiota, e é exatamente como me sinto agora.

"Se ela soubesse não seria burra o suficiente para voltar."

Pois eu fui e aqui estou. Preciso voltar para Sunfifth e Moonfifth. Tentei me recompor sem muito alarde mas esbarrei em algo que fez um estremo barulho.

— Quem está ai? — Gritou Leon.

Sem esperar mais desatei a correr.

— Meredith? — Ouvi Leon de longe.

"Corra Meredith! Corra, corra o mais rápido que puder."

— MEREDITH! — Gritou Leon. Posso ouvir os sons de seus passos vindo atrás de mim.

Sem olhar para trás, movo-me com determinação, focada apenas em escapar dali. De repente, o som estridente dos alarmes irrompe no ar. Alarmes? Desde quando este lugar está equipado com alarmes? Desvio para um corredor, mas vislumbro guardas posicionados ao final. Com agilidade, paro abruptamente, deslizando no chão liso e frio, e viro na direção oposta. Corro com pressa, meus pés batendo contra o chão enquanto busco uma rota de fuga. Logo avisto uma escadaria que conduz à ala dos criados e desço rapidamente por ela.

"Tenho que ser rápida. Tenho que ser rápida. Eles vão me pegar. Eles vão me pegar!" Na correria acabei esbarrando em alguém ao final da escada.

— Alteza? O que está fazend...

— Caroline graças aos céus! — À abracei resfolegando, forçando meus pulmões a não pararem de funcionar.

— O que a senhorita está fazendo aqui? Se perdeu? — Disse Caroline me empurrando para voltar e subir as escadas.

— Não Caroline você precisa me tirar daqui, por favor. — Pedi desesperada.

Tinha prometido a mim mesma que não colocaria a vida de ninguém em risco para me ajudar em algo perigoso mas eu precisava, necessitava desesperadamente de sua ajuda. Sem me perguntar mais nada ela pegou em minha mão e disse:

— Venha!

Caroline me guiou para um canto sombrio e peculiar, onde a escuridão parecia engolfar cada centímetro do espaço apertado ao nosso redor. Ali, ela abriu uma pequena portinhola, revelando um odor penetrante que invadiu minhas narinas de maneira avassaladora. Era um cheiro intenso, quase avassalador, que me fez recuar ligeiramente, lutando para conter uma careta de desagrado.

— É onde jogamos o lixo. — Explicou ao ver minha expressão de desagrado. — Mas não se preocupe não tem nada demais lá embaixo se você precisa sair sem ser vista é exatamente por aqui. — Apontou para a portinhola.

Minhas opções não são muitas não tenho escolha. Tenho que sair por aqui mesmo.

— Caroline gostaria de explicar mas não tenho tempo para isso.

— Não precisa Meredith. De certa forma eu já imaginava. — Segurou em minhas mãos com força.

— Sabe? Como? — Fiquei confusa.

— Eu estou em vários lugares deste palácio, o tempo todo escuto coisas.

— Caroline eu....

— Vá ande! Antes que te encontrem. — Sem esperar eu agradecer novamente ele me joga pela portinhola e à fecha.

Deslizo pelo estreito cano e aterrisso abruptamente sobre sacos repletos de lixo, emitindo um som abafado ao impacto. Num instante, ergo-me com urgência, sacudindo-me para afastar qualquer resquício indesejável, antes de me lançar em uma corrida pela estreita trilha escondida que serpenteia pelos recônditos do palácio. Num rápido ímpeto, arrisco um olhar para trás e observo uma horda de guardas, como formigas em frenesi, correndo na direção oposta à minha. Um suspiro de alívio escapa de meus lábios. Graças aos deuses, e a Caroline, por este inesperado alívio. A torre do palácio se ergue majestosa à minha frente, suas luzes lançando um brilho irreal sobre os arredores. Sem hesitar, redobro minha velocidade. Não posso, de forma alguma, permitir-me ser capturada.

                                              ...

Há alguns minutos, interrompi minha corrida frenética, mas minhas pernas continuam a pulsar com uma dor tão penetrante que parece transcender qualquer sensação. O frio da noite não consegue penetrar a barreira de anestesia que parece envolver-me; estou insensível a tudo ao meu redor. A dor física, embora aguda, é insignificante diante da angústia que consome meu peito, levando-me a um estado de completa entorpecência emocional. Lágrimas indesejadas escapam dos meus olhos, uma após a outra, trilhando um caminho solitário pelo meu rosto. Sinto-me como um zumbi, uma casca vazia vagando sem rumo, sem vida. Meu corpo continua em movimento, mas minha alma parece ter partido, levando consigo qualquer vestígio de vontade de continuar vivendo. Como pode existir uma dor tão avassaladora? A imagem de Leon, rindo de mim com gargalhadas cruéis, assombra minha mente incessantemente, como um espectro indesejado que se recusa a desaparecer. Finalmente, incapaz de suportar o peso esmagador da minha dor, detenho-me e tento desesperadamente liberar todo esse tormento que consome minha existência.

— AAHH! — Gritei com toda a minha alma. — INFELIZ. SEU DESGRAÇADO! POR QUE VOCÊ FEZ ISSO COMIGO? — Mais lágrimas.

Sem controlar minhas pernas caio ajoelhada no chão abaixo de mim. Sinto uma mão tentando me levantar. Automaticamente tentei me debater mas era mais determinado que eu.

— Me Solta! Desgraçado! Me solta! — Gritei, esperneei, me debati.

— Calma. Calma sua maluca sou eu. — Reconheci a voz.

Eu parei, surpreendentemente feliz em vê-lo. Virei-me rapidamente, encarando-o profundamente nos olhos. Por alguns momentos, ficamos imóveis, ninguém ousava se mexer. Suas mãos envolveram minha cintura, irradiando um calor reconfortante. Mais lágrimas escaparam de meus olhos. Seu olhar transmitia um silencioso 'eu te avisei'.

— Você estava certo. — Gaguejei com dificuldades e com voz de choro.

Me doeu o coração dizer aquelas palavras.

— Eu sei. Gostaria de dizer que sinto muito mas... Eu não sinto. — Disse calmamente.

Mesmo vendo meu estado ele ainda conseguia ser desagradável, insensível .

— Eu te odeio. — Falei. Na verdade sussurrei.

— Eu sei disso. — Não se preocupou muito com minha indagação.

— Me tire daqui. Por favor. — Pedi.

Sem dizer uma palavra, Nicolay envolveu-me em seus braços. Agarrei-me ao seu pescoço, recostando minha cabeça em seu ombro, e deixei as lágrimas fluírem, chorei. Era um choro convulsivo, antes, sentiria vergonha de demonstrar tamanha vulnerabilidade diante de Nicolay, mas agora, isso pouco me importava. Minutos depois, entreguei-me ao sono, apagando lentamente.

                                              ...

Acordei, já de volta à cama do que agora chamo de 'meu' quarto em SunFifth, pelo menos é assim que será daqui para frente. Ergui-me, sentando-me na borda da cama, sentindo cada osso doer após tanto correr. Apesar de ser dia lá fora, as nuvens encobrem o sol, impedindo que seus raios adentrem pelas janelas. Meu rosto está inchado; Lembro agora das lágrimas derramadas nos ombros de Nicolay, como uma criança chorando nos braços do pai. Tola. Sinto que há mais lágrimas a brotar, mas elas se recusam a sair. Às vezes, desejo fervorosamente que tudo não passasse de um pesadelo, e repito para mim mesma essa esperança, mas é inútil. Não é um sonho ruim.

— Meredith? — Disse Helena.

Ela mantém a porta entreaberta, com a cabeça ainda dentro do quarto. Enxuguei as lágrimas rapidamente.

— Helena. — Tentei ser simpática, com um meio sorriso.

— Vim ver como você está. — Dirigiu-se em minha direção, seus passos determinados ecoando pelo chão enquanto avançava na direção da minha cama.

— Quem te mandou aqui? — Perguntei de imediato.

— Kedra, confesso. Ele está preocupado com você mas vim porque quis também. — Foi sincera.

— Hum... — Foi minha reposta.

— Como você está? — Insistiu.

— Posso confiar em você? — Perguntei cautelosa.

— Claro! — Comentou enquanto acomodava-se delicadamente na borda da cama.

— Para falar a verdade estou péssima. — Revelei brincando com meus dedos sem olhá-la nos olhos.

— Eu imaginei que estaria. Mas vai ficar tudo bem. — Sorriu me confortando.

— Não Helena, não vai ficar tudo bem na verdade as coisas só vão piorar. Eu nem sei mais quem eu sou. Não sei em quem confiar. Tudo que vivi, tudo que eu acreditei era mentira uma grande mentira, agora estou sozinha. — Desabafei.

— Meredith você não está sozinha. — Segurou em meus pés, buscando trazer conforto.

— É claro que estou e sabe qual é a pior parte? É que eu sempre me pego torcendo para que tudo seja um pesadelo mesmo depois de tudo o que Leon fez comigo. Eu ainda quero que seja mentira. — Digo abaixando a cabeça para não chorar mais.

— A culpa não é sua. Até você se acostumar e superar tudo o que houve levará um tempo. É a ordem natural da vida Meredith. — Agora acariciou minha perna por cima do cobertor.

— Dói Helena. E parece que essa dor não vai passar tão cedo. — A encarei.

— Eu sei como é? — Sei que Helena diz que me entende mas não entende não.

— Quando perdi meus pais. — Relembrei. — Leon virou meu chão. Ele era minha base, a pessoa que eu sabia que poderia confiar porque cuidaria bem de mim. Foi a única pessoa que me consolou. Ele tinha guardado a dor dele para sentir a minha mas agora sei que foi fácil. Aliás era tudo fingimento. Como ele pôde ser tão cruel Helena?

— Você ainda encontrará pessoas assim pela vida Meredith. Elas estão espalhadas por todos os lugares como doenças.

— Bom agora o que me resta a fazer é ser coroada antes que Leon destrua o mundo atrás de mim.

— Bom só temos agora que encontrar o Clevan. — Disse Helena brincando com os pés.

— Clevan? — Ela me fitou.

— Sim, Clevan o lobo da noite. — Repetiu. — Você não sabe do que estou falando?

— Lobo da noite? — Perguntei, os traços de confusão bordando minha expressão, enquanto buscava clareza naquele momento de incerteza. — Que lobo é esse?

— Realmente não te contaram? — Me fitou novamente.

— Contaram o que? — Me aproximei dela e cruzei as pernas. Helena agora tem a minha total atenção.

— Bom Clevan é um lobo da noite que se encontra ao sul de Brist.

— Brist? Na ilha de BlackWhite?

— Exatamente. Basicamente você terá que matar o Clevan com uma estaca fincada no peito e deverá usar a pele do lobo da noite como manta no dia da coroação. Só assim a ligação será realmente completa. — Com uma calma digna dos serenos céus, proferiu como se eu fosse capaz de realmente tirar uma vida. Como se isso fosse algo tão simples quanto respirar. Até parece.

— Joseph não me disse nada sobre isso. — A questionei.

— Acho que ele não teve tempo. — Deu de ombros. — Não sei mas Joseph sempre fez questão de estudar a lenda detalhe por detalhe. O conhecimento sobre a verdadeira lenda é vago entre as pessoas. Por exemplo alguns acham que o herdeiro que ressurgirá é homem eles esperam um rei no entanto é uma mulher. Você. E a grande maioria também acha que é só ser coroada e pronto mas não. Primeiro você tem que matar o Clevan. Tipo um ritual, sacou? — Me contou o que sabia.

Confesso que fiquei mais intrigada do que antes.

— Mas eu não sou capaz de matar nenhuma formiga. Imagine agora um lobo? — Tentei mostrar que aquilo não era para mim. — Isso é impossível. E se ele me matar primeiro? Não, Não. — Concluí.

Helena deu de ombros mais uma vez.

— Eu só sei que precisamos de verdade de você. Os dois reinos já aguentaram o suficiente por décadas. O povo está cansado de se esconder, rodeados por portais de proteção. Muita gente nunca chegou a ver o que tem por trás das barreiras e imaginavam que jamais teriam a oportunidade. Vivem com medo de serem atacados a qualquer hora. O portal pode não mais aguentar e se você cumprir a profecia ficaremos mais fortes. — Disse Helena animada e com esperança nos olhos.

Será mesmo que sou capaz de realizar tamanho ato heroico? Mesmo sabendo que me tornaria rainha de BrownWood ainda sinto um calafrio em relação aos dois reinos. Aqui as vezes tenho a impressão que eles me veem como uma salvação, a entidade que os trará paz. Mas e se isso não acontecer?

— Por que você se inclui quando fala do povo dos dois reinos? Pensei que fosse de Sansalom? — Perguntei, buscando compreender a razão por trás desse afeto pelos dois reinos.

— Simplesmente em razão da aliança. — Respondeu de forma simples.

— Que aliança?

— Entre Joseph e Nicolay. Agora somos um só povo. Se eles sofrem, sofremos também.

— Claro. — Respondi pensativa.

— Quer ir tomar café? Está meio tarde mas ainda sobrou algumas coisas  para comer. — Disse Helena se levantando.

— Não, tudo bem agradeço mas vou ficar por aqui mesmo.

— Ok. Você quem saber. — Cantarolou se dirigindo a porta

— Helena. — A chamei.

Ela interrompeu seu percurso e ficou imóvel, seus olhos fixos em mim.

— Sim?

— Como Nicolay sabia que eu tinha ido para BrownWood? — Questionei.

— Não sei. Ele só... sabia — Ela voltou a andar rumo a porta quando a chamei novamente.

— Obrigada por... Ser legal. — Agradeci.

Ela abriu um sorriso.

— Nem todo mundo de Sansalom é um monstro. — Me deu uma piscadela.

Sorri. Foi um sorriso meio sem graça mas pelo menos sorri. Ela fez uma reverência.

— Princesa...

E saiu me deixando sozinha novamente.

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