Capítulo 37
Bernardo tinha ido se encontrar com Stuart dono do estúdio onde ele estava trabalhando. Conheci Stuart e Anna a um tempo atrás os dois são maravilhosos e bem humorados, eu fiquei zoando o Bernardo por uns dias depois que descobri que Stuart já foi apaixonado por ele.
Minha mãe e eu estávamos arrumando algumas roupas que eu comprei para o bebê no guarda-roupas.
- Os dias não passam, estou louca para conhecer o rostinho do meu netinho. - Minha mãe diz enquanto passa uma blusinha azul e branca.
- Eu também mãe.
- E a mãe de Bernardo? - Dou de ombros.
- Ela odeia esse bebê já que ele é meu filho. - Minha mãe faz uma cara feia e balança a cabeça.
- Essa mulher é tão desequilibrada, nunca pensei que ela fosse desse jeito. Onde já se viu dar as costas para o filho só porque ele foi atrás de sua felicidade. - Minha mãe diz incrédula, eu falava pouco sobre a mãe de Bernardo sempre quando essa mulher surgia nos assuntos eu tentava desesperadamente mudar de assunto ela me dava ânsia de vômito. Eu tinha vontade de socar a cara enrugada dela, mas infelizmente tinha que "respeitar" aquela velha do século retrasado.
- Acredita que o Joe perguntou ao seu pai se seria uma boa ideia se mudar e morar com a América? - Eu paro o que eu estou fazendo na mesma hora em que ouço as palavras de minha mãe.
- O Joe o quê? Ah meu Deus! - Não contenho o riso e balanço a cabeça, quem diria que América iria enlaçar meu irmão desse jeito.
- Isso mesmo, seu pai disse que ainda está muito cedo. Eles são jovens ainda né?! E duvido muito que os pais de América iriam deixar um absurdo desses.
- E por que não deixariam? Joe é bem responsável quando quer. - Digo e no ato eu e minha mãe começamos a gargalhar, América e Joe morando juntos seria um desastre.
Não posso nem falar com minha amiga sobre isso ou então ela vai querer sair da casa dos pais na mesma hora. Ainda estava muito cedo pra isso, América ainda vai começar na faculdade e sem contar que o Joe não trabalha. Sobre a faculdade, eu acabei sendo aceita em Chicago fiquei puta por não ter conseguido em Havard, América também caiu em Chicago então resolvemos não concluir a inscrição iríamos tentar na Columbia que era mil vezes melhor e sem contar que nem iríamos precisar deixar nossa cidade, se eu não conseguisse uma parte da bolsa meus papais lindos iriam pagar meu curso, fiquei tão feliz por isso.
- Seu irmão está enfeitiçado, estou tão feliz pela América ter posto ele na linha.
- Mas se esse filho da puta do Joe não desse o braço a torcer eu daria um soco no saco dele para vê se o homem acordava, a América teve quase que se esfregar na cara dele pro idiota perceber a maravilha em sua frente.
- Puta é você garota. - Minha mãe diz me fazendo cair na risada sabia que ela iria prestar atenção só no 'filho da puta'.
- A senhora termina de arrumar pois eu vou almoçar com o Bernardo beijo. - Minha mãe começa a reclamar mas eu saio do quarto carregando minha roupa junto pro banheiro e nem dou bola pras suas reclamações, tomo um banho bem relaxante e vou me arrumar.
Boto um vestido que bate no meio das minhas coxas branco com uns bichinhos preto e chinelo pois meu pé se recusa a entrar dentro de uma sapatilha ou salto, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo. Me despeço da minha mãe e vou pro restaurante onde o Bernardo marcou.
Entro no restaurante e sento em uma mesa para duas pessoas no andar de cima próximo a janela.
Fico esperando o Bernardo enquanto tomo um milk shake de chocolate ele disse que iria demorar um pouco. Estava me deliciando quando uma figura nada agradável se senta em minha frente, mas o que diabos essa mulher está fazendo aqui? Eu pensei que ela morava em mas parece que me enganei.
- Olá Sofia. - A mãe de Bernardo diz e levanta seus óculos escuros. Não me dou ao trabalho de responder com educação.
- Se mudou? Resolveu ficar mais próxima de mim e do Bernardo para poder nos infernizar com mais frequência?
- Você é tão sarcástica garota. - Dei um sorriso ainda mais sarcástico fazendo ela ficar vermelha de raiva.
- Eu queria te pedir pra terminar com o Bernardo, você está roubando meu filho de mim. - Dou uma gargalhada maligna e chego próxima ao seu rosto.
- Quem afastou seu filho foi você mesma, agora não venha por a culpa em mim.
- Você é como todas as amantes, uma garota sarcástica e petulante pena que a Meghan não lutou como realmente se deve pelo Bernardo. - Calma! É disso que preciso o doutor Clarkson falou que eu não posso me estressar em hipótese alguma eu venho me controlando e não vai ser esta mulher que vai me tirar da minha calma.
- Por que você não some da minha frente? - Digo me controlando.
- Você não vai roubar meu filho de mim, eu vou fazer o que estiver ao meu alcance pra ele ver quem você realmente é, eu vou acabar com esse namoro custe o que custar. Vou mostrar pra ele a grande golpista que você é, sua ordinária. - A calma e controle? Bom foram pra puta que pariu, eu virei minha mão na cara dela fazendo algumas pessoas próximas nos olharem, a palma de minha mão ardia pelo impacto e eu quase dei um pulo de felicidade quando vi seu rosto vermelho.
- Você pode ter certeza que isso não vai acontecer. - Levanto da mesa e pego meu celular em cima da mesa e bolsa.
- Você não me engana, pode enganar ele mas eu sei que esse filho não é dele. Vocês não vão ser felizes pode ter certeza disso, eu não vou parar enquanto não te ver no fundo do poço. - Ela rosnou as palavras e antes que eu cometesse uma loucura saí do restaurante como uma bala, meu peito doía e minha cabeça também.
Eu fui pro apartamento do Bernardo pois assim eu ligaria pra ele, para me encontrar aqui.
Quando entrei em seu apartamento eu dei o maior grito e as inúteis lágrimas desceram pela minha bochecha.
Eu odeio aquela mulher, quero matar ela por estar me fazendo passar por isso, ela não nos deixa em paz de jeito nenhum. Eu não queria, mas quanto mais ela fala que esse filho não é do Bernardo mais isso me machuca por dentro.
De repente uma dor insuportável toma conta de minha barriga de forma horrível, é simplesmente desesperador. Por um momento penso que estou tendo o bebê mas lembro que estou só com cinco meses de gravidez, não é possível que um bebê nasça de cinco meses né?
Começo a entrar em desespero pois sei que isso não é normal e algo estranho está acontecendo. Grito de dor e chego a sentar no chão, é aí que a porta abre e o Bernardo entra no apartamento.
- Você está bem? Não vi você no restaurante e me preocupei. - Ele se senta ao meu lado.
- Me leva pra maternidade... dói muito. - Digo entre dentes e ele levanta e corre até o quarto pra fazer o que eu não sei.
E é aí que tudo acontece muito rapidamente, uma quantidade de sangue absurda começa a manchar meu vestido.
- Ah meus Deus. BERNARDOOO. - Assim que ele me vê arregala os olhos, e me pega no colo. Ele fecha a porta e nem tranca só sai em disparada comigo no colo em direção ao seu carro.
Minha barriga dói tanto.
- Eu vou... perder o bebê Bernardo.- Digo já em prantos, Bernardo me olha muito assutado.
- Não fale besteira Sofia, você não vai perder o bebê. - Ele diz rapidamente enquanto pisa no acelerador. Eu sinto tanta dor que rapidamente minha visão perde o foco e a escuridão me traz paz novamente.
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