Capítulo 27
- Vamos Sofia acordeee. - América me balançava e gritava feito uma louca. Dei um chute nela pra vê se a menina parava de me irritar, odeio ser acordada.
- Ai sua bruta, temos que mandar a carta pra faculdade Sofia. - Chuto o edredom com brutalidade pro final da cama e levanto.
- Liga a merda do notebook, você é um saco.
- Eu também te amo. - Ela diz e eu saio do quarto pra escovar os dentes.
- Bom dia filha. - Meu pai diz e eu murmuro um "bom dia" e vou pro banheiro, escovo os dentes, lavo o rosto e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo.
Quando volto pro quarto a América está em seu Facebook.
- Você veio fazer a carta e não ficar em redes sociais. - Digo e puxo o notebook da sua mão, América veio usar meu computador pois o dela estava ruim.
- Olha só. - Ela aponta pra tela e vejo uma foto do Bernardo com aquele amigo dele, Max, um outro homem e duas mulheres em um bar, pelo visto ele está curtindo a vida.
- É ótimo saber que ele está aproveitando, agora vamos fazer logo o negócio. - América abre um sorriso.
- Está toda se mordendo por dentro. - Reviro os olhos e dou uma cotovelada nela. Eu não estou com ciúmes é bom que ele esteja se divertindo até porque é solteiro e pode fazer o que quiser.
- Eu quero nas mesmas faculdades que você vai que temos sorte e conseguimos a bolsa na mesma faculdade? - Aceno com a cabeça e bato minha mão na dela.
Mandamos a carta para universidade de Chicago, Washington e Havard, o que eu mais queria era Havard óbvio a América queria a WSU. Estamos chegando no período final do colégio e nem vejo a hora de acabar logo de estudar e ingressar em uma faculdade.
Mando o e-mail pras faculdades e escrevo uma carta pra poder os enviar, América faz o mesmo e depois que acabamos fomos comer alguma coisa.
- Joe não está em casa? - América pergunta como quem não quer nada.
- Não, ele não dormiu aqui hoje. - Faço um sanduíche com várias porcarias dentro e dou uma bela mordida.
- Ta triste por isso?
- Claro que não, nós nem temos nada. - Aceno com a cabeça super sarcástica.
- E ainda fala de mim em. - América da uma bufada e da uma mordida em seu sanduíche.
Ficamos conversando por um tempão, a América não queria falar mas eu sabia que ela estava chateada pelo Joe não ter dormido em casa.
- Por que você não pede ele em namoro? - Ela me olha como se eu tivesse três cabeças.
- Ele quem tem que pedir eu sou mulher.
- Por favor né América, que pensamento fechado. - Se fosse eu já teria posto ele contra a parede e perguntado qual é a dele. Joe também é tão indeciso, ao invés de chegar e pedir ela em namoro fica nessa de só ficar quando ele quer.
- Já fiz as minhas coisas, já comi agora vou embora antes que seu irmãozinho chegue. - Ela diz e me da um beijo antes de ir embora, limpei a cozinha e fui assistir televisão. Peguei meu celular pra eu poder ver o calendário do meu período e aí, estou atrasada. Mas atrasa mesmoooo. Fiz alguns cálculos mentalmente e constatei que... ah meu Deus isso só pode ser brincadeira.
Liguei rapidamente pra América que atendeu rapidamente, minha cabeça ia a mil.
- Oi?
- Acho que estou grávida. - Pude ouvir o barulho de pneu e buzinas.
- O quê? - Ela gritou. - Estou voltando agora, vou levar o teste. - Não consegui responder. Porra se eu tiver grávida obviamente esse filho é do Bernardo e como eu poderia falar isso com ele? Eu simplesmente transei sem camisinha, a pessoa é tão idiota a ponto de foder sem a porcaria do preservativo, sendo que a maravilhosa aqui nem anticoncepcional estava tomando, é querer engravidar mesmo. Puta burra que eu sou.
- Burraaaa. - Grito e puxo meu cabelo, só o pensamento de ter um filho me faz ter vontade de chorar, mas se isso for verdade eu não vou ter essa criança. Agora é a porcaria de um feto, vou esperar mais um pouco e cometer um assassinato pois eu não vou ser mãe aos dezoito anos.
Fico andando de um lado a outro até a América entrar em casa como uma bala.
- Me diz que vou ser a madrinha? - Puxo o saco da farmácia dê sua mão e jogo em cima do sofá.
- América você só tem o direito de ficar calada. - Leio a bula e vejo como se usa essa coisa.
Vou até o banheiro pra fazer o teste, mas quem disse que a porcaria do xixi vem? Depois de alguns copos d'água e suco, a vontade vem, vou ao banheiro e finalmente consigo fazer.
- Se eu tiver grávida vou tirar. - América arregala os olhos.
- Ta de brincadeira né?
- Eu falo sério não vou ter um bebê América. Não posso. - Ficamos em silêncio por um tempo até da o tempo lá do negócio do teste. Quando deu os minutos eu já não tinha mais unhas pois rói todas.
- E aí?
- Positivo. - América diz e automaticamente minhas lágrimas começam a cair, América corre pra cama e me abraça.
- Calma Sofia.
- Eu não quero América, não posso. - Digo entre soluços, isso não é certo eu não posso ter um filho sou muito imatura pra isso. Eu mandei minha carta pras faculdades hoje se eu tiver um filho isso estará perdido.
- Vamos esperar umas duas semanas a mais. Aí você resolve o que vai fazer pode ser? - América diz e limpa minhas lágrimas, eu abraço ela fortemente. Minha vida está uma bagunça, e agora tem mais essa.
- Você não está sozinha amiga, fique tranquila. - Pego o teste e jogo dentro da gaveta do criado-mudo não quero mais olhar pra ele. Um foi suficiente pra eu saber que estou grávida minha menstruação está muito atrasada, eu sabia que tinha algo errado mas não quis enxergar isso mais a fundo. Ficava enganando a mim mesma, mas vou tirar antes mesmo de mais alguém descobrir.
- Você não pode falar com ninguém América.
- Não vou falar, eu estou com você amiga. Qualquer decisão que você tiver eu estou com você. - Começo a chorar de novo, eu nunca transei com ninguém sem camisinha. Aí a primeira vez que faço é com o traste do Bernardo e pra piorar engravido, que coisa mais ridícula.
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