Capítulo 21
Meus pais tinham ido até o supermercado eu estava na sala e o idiota do Joe em seu quarto.
Meu celular começa a tocar, um número desconhecido. Atendo logo de cara.
- Alô?
- Sofia? - Meu corpo se arrepia contra meu querer, pode se passar anos mas eu nunca mais vou esquecer essa voz.
- O que você quer?
- Quero conversar, preciso te ver, por favor Sofia. - Posso sentir o desespero em seu tom de voz, e isso não me comove nem um pouco espero mesmo é que ele esteja sofrendo com toda essa situação.
- Como conseguiu meu número?
- Alguém me deu, e aí vamos conversar? - Me sento no sofá e boto meu cabelo atrás da orelha.
- Não, eu quero que você me deixe em paz. Eu estou com uma pessoa, não quero mais ser incomodada por você. - A linha fica muda, e sei que ele está refletindo sobre minhas palavras.
- Você está com outra pessoa? Porra nós nos separamos a quase duas semanas somente e você já está com outro? - Ele aumenta o tom de voz, e eu levanto do sofá. Nessas horas eu desejaria que ele estivesse na minha frente pra mim gritar e apontar o dedo em sua cara.
- Pelo menos fiquei com alguém assim que terminamos, já você nem isso esperou. Me fez de babaca todo o tempo que ficamos juntos. Olha só não me ligue mais e me deixe viver minha vida por favor.
- Eu não vou desistir Sofia, não vou deixar um marmanjo qualquer por as mãos em cima de você. - Dou uma grande gargalhada forçada.
- Bernardo só me esqueça pois eu já esqueci de você. - Falo e desligo o telefone. Sento no sofá e passo as mãos pelo cabelo, não acredito que vou ter que trocar de número novamente, maldita pessoa que deu meu número pra esse idiota.
- O que aconteceu? - Joe pergunta meio receoso, e se senta no braço do sofá.
- Seu amiguinho que não me deixa em paz. Estou rodeada de gente estúpida. Você é o chefe de todas. - Ele da uma risada e fica me olhando.
- Me desculpa por não ter contado nada, você estava feliz Sofia. Não queria te magoar, mas hoje me arrependo por isso.
- E o que adiantou? A porrada foi bem mais forte, pois descobri no mesmo período que vi o quanto amava aquele babaca. - Engulo o nó que se forma em minha garganta e respiro fundo.
- Não ama mais ele?
- Agora só me restou a raiva e o nojo, ele me magoou pra caralho. - Joe senta ao meu lado e minhas lágrimas começam a cair, ele passa os braços ao meu redor e eu me aconchego em seu peito deixando as lágrimas caírem com mais intensidade. Joe fica fazendo cafuné em meu cabelo enquanto eu choro como uma criança.
- Me perdoa por te machucar, meu dever é te proteger e eu errei feio. - Ele começa a chorar também e ficamos os dois nos derramando em lágrimas.
-Eu te amo irmã. - Ele me da um beijo na testa e limpa minhas lágrimas. Faço o mesmo com ele.
- Eu também te amo. - Ficar brigada com o Joe era quase impossível, esse foi o período mais longo que ficamos sem nos falar. E agora não consigo mais o ignorar não depois do que ele disse.
- Agora me conta o que aconteceu pra você está toda quebrada? - Sorrio e começo a contar o que aconteceu, ele ri pra caramba imaginando a cena e eu a todo tempo reviro os olhos. Eu senti saudades dessa nossa vibe.
Ficamos conversando por mais um tempo até ele levantar.
- Vou me arrumar e cair fora, aproveite o sábado maninha.
- Vai pra onde? - Pergunto já me animando, eu não acho que vou passar a noite no tédio.
- Casa do Potro, ele está dando uma festinha.
- Também vou. - Nem espero ele responder antes de corre pro meu quarto.
- Esteja pronta as onze horas em. - Aceno com a cabeça e vou tomar banho.
Depois de limpa, pego um vestido preto que marca minha cintura e levanta meus seios e pra finalizar um salto bem alto. Faço uns cachos soltos em meu cabelo e uma maquiagem bem pesada hoje quero chamar atenção. Só o que estraga é o geso, meu queixo eu consegui da uma disfarçada com uma bela maquiada.
- Sofia já passa das onze, porra você demora um ano pra acabar de se arrumar. - Joe reclama pela milésima vez. Ai que droga eu sou mulher, não consigo me arrumar em menos de trinta minutos é missão impossível.
- Eu acabei Joe, se você fosse mulher iria me entender. - Digo e entrego meu celular pra ele, eu que não vou levar bolsa.
- Até parece, vocês mulheres sempre querem chegar no final da festa. - Ele abre a porta do carro e eu entro, me olho no espelho retrovisor e retoco o batom e rímel.
- Mas que porra você acabou de passar isso.
- Stop please, me deixa. - Digo e ele parte pra festa. Quando chegamos a festa está lotada, falo com algumas pessoas que reconheço e sigo o Joe pra dentro da casa.
- E aí Joeeee. - Potro grita e abraça meu irmão e logo se vira pra mim e abre a boca.
- Mas que caralho, você Sofia sempre gostosa. Espero que algum dia me dê uma chance. - Ele diz e me dá um beijo no rosto.
- Quem sabe esse dia não seja hoje? - Digo o fazendo abrir um sorriso, Potro até que era bonitinho mas não fazia meu tipo pois ele era mais baixo que eu então não rola. Logo eu vou pra um lado e o Joe pro outro. Pego uma bebida e volto pra sala.
- Sofiaaaa. - Braços fortes rodeiam minha cintura e me ergue do chão.
- August quanto tempo. - August era filho da madrasta do Scott, eles não se davam muito bem, sempre se bicavam mas eu gostava do August pra caramba e sem contar que ele era bem bonitinho, só a orelha dele que era um pouquinho maior que o normal.
- Como você está linda. - Sorrio e dou um gole em minha bebida.
- Obrigadaaa. - Ele me puxa pra pista de dança, e começamos a dançar.
- Me diz que não está namorando.
- Hummmmm não.
- Agora sim, o que você acha de relembrar os velhos tempos? - Ele diz velhos tempos pois nós dois ficávamos quando eu tinha dezesseis, a última vez que ficamos foi no meu aniversário de dezessete desde então ele foi pra casa do pai e só fomos nos ver de novo a pouco tempo atrás.
- Deixa eu beber mais um pouco.
- Nossa ta insinuando que pra me pegar é só se for bêbada? Machucou meus sentimentos. - Dei uma risada e bati em seu ombro.
- Deixa de ser idiota, eu quero beber e curtir um pouco antes de começar a pegar o povo. - Ele assente e levanta um dedo.
- Entendi, então vamos começar a lhe embebedar. - Ele diz e sai da sala, reviro os olhos e continuo dançando, até ele voltar com dois copos na mão.
- Tome, botei bastante álcool. - Bebo todo o líquido do copo que desce ardendo pela minha garganta.
- Nossa, toma beba esse também. - Ele me dá seu copo e eu bebo também.
Ficamos dançando, conversando e bebendo por um tempão. August era incrível e tinha um papo maravilhoso.
Depois de várias doses de vodka, tequila e cachaça que tomamos agora nosso estado é deplorável estamos bem bêbados e ele logo consegue o que queria. Casco um beijo nele, nosso beijo só tem gosto de álcool e é uma delícia, mas o Joe interrompe nosso beijo.
- A América. - Ele diz e eu pego meu celular.
- Já volto. - Digo pro August e saio da casa barulhenta, o jardim da frente está um nojo só, me encosto em uma árvore pra manter o equilíbrio.
- Oi amigaaa. - Digo super animada.
- Cara você está doidona. - América diz morrendo de ri.
- Muito, August me embebedouuu.
- August, irmão do Scott?
- Esse mesmo, ele está um gatoooo. - América começa a ri. - Mas diz o que foi em?
- Só queria fazer uma fofoca mas estou vendo que a sua pessoa está sem condições de pensar. - Fofoca? Adoro fofoca e fico logo animada para saber de quem é, só que América diz que vai me contar amanhã pois tem quase certeza que eu vou esquecer dessa conversa.
Quando desligo o celular, August me abraça.
- Você estava demorando por isso vim atrás de você. - Passo meu braço pelo seu pescoço e ele me beija, dessa vez o beijo é mais intenso. Sinto suas mãos subindo pela minha perna, passo as mãos pelo seu cabelo e curto o momento. Até que... August está longe de mim sendo atacado por um brutamontes chamado Bernardo. O que eu fiz pra merecer isso?
- Bernardo para com isso. - Tento puxar sua camisa mas meu salto afunda na grama e eu caio de bunda no chão. Ultimamente estou tão desastrada.
- Ele estava com as mãos em você. - Estico minha mão e dou uma bufada.
- Me ajude a levantar seu idiota. - Ele faz o que eu digo me puxando com facilidade.
- August você está bem?
- Não. Estou ms sentindo mal, acho que... - Ele vira pro lado e vomita tudo que tem dentro do seu corpo. Eita agora ferrou.
- O que você faz aqui Bernardo? Meu Deus você colocou um chip localizador em mim ou algo do tipo? - Digo morrendo de raiva, quero esse maldito idiota longe de mim caralho.
- Isso não interessa.
- É claro que interessa, eu não gosto de ser perseguida. - August volta ao normal e me olha.
- Eu preciso ir ao banhei-ro. - Ele diz segurando a barriga, se vira e vai cambaleando pra dentro da casa, ele está mais bêbado que eu.
- Sofia estou aqui pra evitar que você fique com alguém, como disse antes você não vai se livrar de mim. O que eu mais quero agora é você.- Como ele pode ser tão cínico?
- Querer não é poder Bernardo, me deixe em paz. Eu não quero mais nada com você estou com um ódio mortal do seu rosto. Você me da nojo, então me esqueça nós dois não vai mais acontecer. Acabou bote isso em sua cabeça de vento. - Tentei sair mas ele me prendeu contra a árvore com os braços, seu rosto estava bem próximo do meu.
- Acabou porra nenhuma, eu vou ficar aqui e não vou permitir que você fique com alguém que não seja eu, entendeu? Ainda mais você nesse estado. - Levanto a mão e dou um tapa tão forte em seu rosto que a minha palma fica ardendo por demais.
- Você está achando que é meu dono?
Tome vergonha na cara, eu não sou esse tipo de mulher. Você nunca vai mandar em mim e muito menos ser meu dono Bernardo. Eu vou beijar e foder com quem eu quiser e você vai ficar fora disso. - Digo ríspida, a uma hora dessas o álcool já foi pra puta que o pariu e só a raiva e indignação tomam conta do meu corpo.
- Vai em frente Sofia mas te garanto que vou quebrar a cara de qualquer um que chegar perto de você. - Ele logo para e olha pro meu braço, acho que só agora ele percebeu meu braço com o geso.
- O que foi isso?
- NÃO TE INTERESSA. - Grito contra seu rosto. - Nada que seja da minha vida te interessa. - Empurro ele pelo peito e volto pra dentro da casa, se ele pensa que vai acabar com minha noite está muito enganado agora mesmo que vou me divertir mais ainda.
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