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ꕥ 5 - Sozinhos. ꕥ

Uma inquietação tomava gradativamente conta de mim. Me sentia ansiosa e irritada com tudo, mas não conseguia verdadeiramente especificar o motivo de me sentir assim, a semana inteira desse jeito. Nem eu mesma estava me suportando.

Suspirei pesado segurando meu livro de inglês avançado no colo enquanto esperava meu - inesperado - instrutor de inglês, Kim Namjoon, chegar. Já havíamos terminado a aula de reforço para a prova de nível que eu tentaria daqui há semanas e ele havia ido imprimir algumas folhas de atividades que gostaria que eu fizesse, segundo Namjoon eram questões que costumavam cair na prova de nível para tentar um intercâmbio. Não sabia se passaria, mas Namjoon era muito bom, inteligente e explicava muito bem, o que me acabava fazendo entender melhor as questões que meu inglês básico ainda não davam conta.

Namjoon era um cara ainda mais incrível conhecendo ele de perto e não podia evitar que meu crush ficasse um pouco mais forte, não havia como negar, o senhor Electrolux era sim tudo aquilo que eu gostaria de ter como namorado.

ㅡ MiCha-ssi? - Namjoon estava diante de mim e me encarava curioso, me perdi em pensamentos e nem notei a sua chegada.

- Ah, desculpa - fiquei de pé.

- Aqui as atividades, você responde tudo e após o feriado nos encontramos para corrigi-las, okay? - sorri minimamente mostrando suas covinhas fofas e não consigo conter o sorriso bobo de volta para ele.

- Kim Namjoon-ssi, você vai mesmo me entupir de atividades em pleno chuseok? - brinquei.

- Só para você não ficar entediada - solta uma risada gostosa e suspiro. Bem que Namjoon podia me dar uma chance, com ele eu nunca me sentia irritada, nem ansiosa, nem chateada. Diferente de certas pessoas, Namjoon me deixava muito confortável em sua presença. - Nos vemos depois do feriado.

- Tudo bem - me despeço e assisto ao meu sunbae-nim de inglês se afastar rapidamente com sua altura imponente e elegante, Namjoon se destacava facilmente e meu Deus, que homem!

Caminho letárgica em direção ao meu dormitório, havia decidido que não iria ver meus pais nesse feriado, que iria por minhas atividades em dias e me adiantar com alguns trabalhos de fim de semestre, mas após terminar minha aula de reforço em inglês eu estava livre, tinha muito menos atividade do que achava e a havia adiantado quase tudo o que precisava, portanto acabei por decidir ir ver meus pais. Como eles achavam que eu não iria, resolvi fazer-lhes uma surpresa.

Ouço a notificação em meu celular e o pego para conferir o que era. Rolo os olhos ao ver o nome de Jungkook.

Estive evitando suas mensagens durante toda a semana, não conseguia perdoar ele por ter me largado na festa sozinha, sabia que no fundo a culpa era minha mesmo por ter criado expectativas que iam totalmente além do esperado, não éramos nada um do outro de verdade e não sei porque cheguei a pensar lá no mais profundo do meu subconsciente, em algo diferente.

Suspirei. Só de olhar para seu nome brilhando na tela já me batia uma frustração que não conseguia se encaixar em meu peito. Voltei a caminhar apressadamente com o celular na mão, mas senti-o vibrar e parei para encarar o aparelho que agora estava no modo silencioso, Jeon Jungkook me ligava.

Era a primeira vez que recebia uma ligação sua essa semana, não devia atender, devia ignora-lo até desistir de mim, até que percebesse que não teria volta, eu estava verdadeiramente chateada com ele, mas me vi deslizando o botão e atendendo a ligação por impulso.

- MiCha-ssi até quando você vai me ignorar? - ouço a voz familiar, um pouco mais grave na chamada e menos anasalada que o normal.

- O que você quer Jungkook? - pergunto soando muito mais irritada do que gostaria.

- Precisamos conversar - diz simplesmente. Suspiro.

- Tô ocupada agora, outro dia quem sabe - rebato.

- Andar por aí não é estar ocupada - zomba.

- Eu não estou andando por aí, tô indo para casa - tagarelo sem pensar, mas algo instintivamente me ocorre. - Espera aí, como sabe que estou andando? - questiono. Ouço Jungkook soltar uma lufada de ar em forma de riso.

- Eu estou vendo você - responde. Me viro procurando por ele e sem precisar procurar muito o avisto se aproximando de mim, vinha da mesma direção que eu vinha antes.

- O que faz aqui? - pergunto ainda em chamada com ele, mesmo que praticamente possa me ouvir agora. Assisto o tatuado desligar o telefone ao se aproximar mais de mim, seu cabelo está amarrado do mesmo jeito que estava no dia da festa e sinto uma pontada de raiva ao estar vendo ele bem diante de mim, quando meu plano era ignora-lo pela maior quantidade de tempo que conseguisse. Jungkook usa máscara e um casaco verde que o deixam ainda mais imponente quando finalmente está bem na minha frente. Baixa a máscara e põe abaixo do queixo para falar comigo.

- Eu estava indo ver você, já que não responde minhas mensagens - responde minha pergunta prontamente.

- Estive ocupada durante toda a semana - evito olhar diretamente para ele porque meu coração começa a palpitar rápido e descompassado, o que torna difícil o raciocínio. Odeio admitir, mas ele inegavelmente mexe comigo de uma forma que não gosto muito, porque sei que no fim serei a única machucada.

- Vai fazer alguma coisa agora? Estava pensando em irmos comer algo - me encara com as sobrancelhas vincadas.

- Na verdade vou, estava indo para o dormitório pegar minhas coisas, vou viajar - anuncio.

- Mas o Jimin falou que você não ia viajar, mudou de ideia? - encaro o rapaz a minha frente o solto um riso incrédulo.

- Vocês estavam falando sobre mim? - questiono, Jungkook arruma a postura pego de surpresa pela minha pergunta.

- Ouvi ele comentando - solta. Rolo os olhos.

- Eu não ia viajar, mas já acabei o que precisava fazer e decidi ir ver os meus pais - nem sei porque estou explicando isso à ele e a compreensão de uma explicação sem motivos me pega desprevenida, porque desejo que Jungkook saiba o que estou indo fazer?

- Vai para a casa dos seus pais? - aquieço com a cabeça respondendo que sim.

- Vou fazer uma surpresa, eles não estão me esperando então acho que vai ser legal. E você não vai ver os seus no chuseok? - analiso sua expressão mediante minha pergunta.

- Melhor não ir à Busan por um tempo - fala simplesmente. Então ficamos em silêncio nos encarando, não sei o que aconteceu, mas Jungkook me pareceu estar falando menos do que deveria, ou pelo menos do que eu gostaria de saber.

- Bom, então eu já vou, qualquer coisa marcamos esse almoço aí para quando eu voltar - anuncio, me sinto cheia de expectativas, mas não sei dizer exatamente o que carrega meu peito e o infla dessa forma, não posso esperar nada dele.

- Vai me deixar sozinho no chuseok? - Jungkook me encara com seus olhos maiores que o normal, inocentes como um filhotinho que foi abandonado, parecendo o Gato de botas do Sherek, suspiro pesadamente, por que ele é assim? Por que me faz esse tipo de pergunta? Por que me pede pra ficar e vai embora? Ele não conhece os limites?

- Igual você me deixou sozinha na outra noite - respondo rancorosa e a expressão dele se desfaz quase que imediatamente.

- Tem uma explicação, se você ao menos me desse uma oportunidade de falar... Já sei! Preciso de um terceiro encontro com você - pela expressão iluminada em seu rosto e pelo sorriso que se forma mostrando os dentes a ideia de Jungkook soa genial para ele quando sai de seus lábios, mas eu começo a rir.

- Nem pensar, já arrumei as minhas coisas para viajar - nego na hora.

- Mas eu não falei pra você ficar. Me leva com você, vamos em um encontro juntos na sua cidade. - Abro a boca incrédula com seu pedido e tamanha cara de pau.

- Tá louco? Eu não vou levar você para conhecer os meus pais - nego de novo.

- Preciso conhecer meus sogros já que depois do terceiro encontro o namoro se torna oficial mesmo - da de ombros como se isso fizesse o maior sentido. Nossos encontros não eram de verdade, então não existia namoro de verdade ali.

- Me dá um bom motivo pra te levar comigo Jungkook, se você me convencer, o que particularmente acho difícil, eu levo você - provoco ele, já sabendo que todas as alternativas que me apresentasse cuminariam na resposta negativa, porque eu não o levaria.

- Falei para meus pais que ia ficar com você no feriado e postar algumas fotos juntos seria bom para reforçar a ideia de que somos um casal e 50.000 wons da pra encher o tanque do carro se não me engano, duvido que esteja de tanque cheio dura do jeito que é - zomba de mim, droga, ele tem razão o dinheiro seria perfeito para a gasolina já que só tinha suficiente para ir e pediria aos meus pais o dinheiro de voltar, porque realmente estava dura. Como esse idiota sabia dessas coisas?

- Você tem 20 minutos para arrumar as suas coisas e me encontrar em frente ao dormitório - cedo rapidamente e ele abre um enorme sorriso franzindo o nariz e mostrando todos os dentes. Um belo sorriso que fez meu coração acelerar como um carro em partida. Por que eu estava fazendo isso? Por que estava aceitando? Não deveria ceder à ele, mas não conseguia evitar, no momento em que sugeriu que fossemos juntos, lá no meu mais íntimo a ideia agradou e foi instalada instantaneamente em meu subconsciente, na minha mente queria dizer não para ele, mas nas minhas atitudes não conseguia negar nada que pedia, mesmo que fosse a pior ideia possível.

Talvez eu quisesse apenas ouvir as suas explicações ou passar um tempo a mais com ele, Jungkook era no fim das contas uma boa companhia e um cara muito divertido, sabia que era a decisão errada de novo, mas não conseguia fazer as escolhas certas quando se tratava de Jeon idiota tatuado Jungkook.

Acho talvez houvesse predestinação para as coisas, não tenho muita certeza se acredito nisso, mas com MiCha as coisas parecem ser assim, predestinadas. Estava indo procurar por ela quando a encontro, a garota aparentava estar brava comigo e não posso julga-la, sei que havia dado um passo adiante na noite da festa e dois para trás, mas não pude evitar certas coisas que aconteceram, me sentia um idiota por ser facilmente manipulado e gostaria que MiCha enxergasse que as vezes eu não tinha escolha. Mas não exigiria dela compreensão quando eu era quem precisava compreender, ela estava chateada comigo e não importava como, sentia que precisava me redimir com a garota.

Milagrosamente ela cedeu, aceitou me levar para sua cidade natal, para a casa de seus pais e nem acreditei que MiCha realmenre topou, foi bem aí que comecei a pensar que talvez houvesse mesmo predestinação, talvez fosse apenas para ser e por isso acabava de alguma forma acontecendo mesmo que tudo cooperasse para que não.

Estávamos em nosso terceiro encontro.

Nem insisti, MiCha tomou o volante e eu o banco do passageiro, ela dirigia em uma velocidade bem mais cuidadosa que eu, porém não reclamei, pelo contrário estava tentando aproveitar todos os segundos que teríamos juntos pelos próximos 3 dias que restavam do chuseok. A famila Kwon pelo pouco que ela falou era de Incheon, portanto a viajem não seria muito longa já que a cidade metropolitana ficava ao lado de Seoul. A vista durante a viajem era surreal, passamos por cima da ponte que ligava as duas cidades e adentramos rumo a região metropolitana em direção ao oceano.

A garota que dirigia concentrada estava mais calada do que nunca e me senti na obrigação de quebrar o silêncio entre nós, precisava consertar as coisas se quisesse ter alguma chance com ela.

- Eu trouxe uns hanboks comigo para fazer algumas fotos pro feriado, todo ano eu faço então você poderia me ajudar? - pergunto e atraio a atenção da garota.

- Hanbok? - Pergunta olhando para a estrada.

- Hm, é pro instagram - explico.

- Você é bem famoso lá não é? - Pergunta me olhando rapidamente. Dou de ombros.

- Não sei exatamente porque tem 185 mil pessoas me seguindo, mas aconteceu - na verdade até hoje não sabia o porque do meu Instagram ser tão popular, eu só postava vídeos as vezes.

- Você é bonito, dança bem e faz aqueles vídeos lá de dança que estão na moda e as suas fotografias são lindas, aquele vídeo que você fez do Jimin no Japão foi perfeito, as imagens captadas pela sua lente soam muito emotivas e sensíveis - ao terminar de falar me olha novamente, mas meu coração está batendo tão descompassado que chega a doer ao ponto de que não consigo encara-la nos olhos, como ela me falava essas coisas? Como me elogiava assim, me fazendo perder o ar com a sua delicadeza e apoio em casa palavra proferida. MiCha era muito especial e isso ficava muito claro pela forma como falava sobre mim, sempre com a visão mais bonita que já vi de mim mesmo.

Gostaria de saber agradecer a altura, mas MiCha me roubava as palavras com frequência, não sei como me comportar, o que falar, como agir, queria apenas poder toma-la em meus braços e beija-la até ter matado a saudade que sinto de seus lábios e mostrar-lhe como estou grato por ter decidido pedi-la em namoro, mesmo que não fosse de verdade, porque meus sentimentos se tornavam ainda mais reais cada vez que a via.

- Poxa, você já me stalkeou no Instagram? Estou comovido. - Não tenho certeza se flertar com ela possa ser uma boa ideia, então tento trilhar um caminho cuidadoso com minhas palavras.

- Não - responde quase que imediatamente e solto uma risada porque fica claro que já e gostei de saber disso. - É só que aparece no meu feed - explica. O oceano aponta no horizonte para nos anunciar que estamos chegando, diferente de minha familia, os pais de MiCha parecem morar em uma casa perto do mar. A casa dos meus pais em Busan não é tão próximo do mar assim.

- Por falar em Instagram preciso fazer umas postagem com vocês, preciso encher meu feed com fotos com a minha namorada - queria fotos com ela para guardar, porque não me cansava de sua beleza e sempre sentia saudade de vê-la.

- Chegamos - anuncia entrando no estacionamento de um prédio alto e imagino imediatamente que sua família tem boa condição, já que moravam em um lugar de muita qualidade. Olhando pra - sempre dura - MiCha, não dava nem pra imaginar que ela na verdade era de boa família.

Pagamos nossas coisas no porta malas do carro e caminhamos lado a lado para o elevador, ela aperta o botão do décimo andar e logo estamos no corredor de cores neutras, em frente à porta do apartamento. A jovem fica parada diante da porta por alguns segundos antes de se voltar para mim e me encarar, a encaro de volta, seu cabelo pende dos dois lados do ombro como um véu acastanhado e sedoso, tenho vontade de por uma mecha atrás da orelha dela, apenas como um carinho desproposital, mas apenas fico esperando porque não sei o que pretende.

- Da pra você se comportar? - Pergunta parecendo ansiosa. - Eu nunca trouxe ninguém para apresentar aos meus pais, não devia ter trazido vocês, mas já que trouxe...

- Nunca trouxe? Você nunca namorou? - pergunto não deixando passar batido a sua informação.

- Longa história - responde.

- Relaxa, vai dar tudo certo - a encorajo. A garota me olha e olha, suspira pesado e depois se vira para digitar a senha e abrir a porta.

- Mãe? Pai? Cheguei - anuncia soltando a bolsa no chão e já adentrando no recinto em busca de sua familia, me limito a tirar os sapatos e esperar na soleira da porta, o apartamento é amplo, parece de filme, tem tons neutros e claros por toda a sua decoração é muito bem decorado e de bom gosto, a casa é limpa e fresca.

MiCha volta alguns segundos depois com as mãos na cintura.

- Não tem ninguém em casa - constata. - Onde será que estão? - se pergunta e então pega o celular. Se afasta um pouco e senta no sofá colocando o aparelho no ouvido. - Pode entrar - dirige-se a mim antes de falar ao telefone. - Mãe, onde vocês estão? Jeju? Foi pra Jeju e não me convidou? Ah esquece, tô no meu dormitório estudando, só queria saber mesmo onde estavam. Aproveitem a viajem, até. Hm... Okay. - É uma ligação rápida e deu para perceber que os pais haviam viajado sem avisa-la.

- Por que não falou para ela que estava aqui? - pergunto me sentando ao seu lado no sofá assim que ela desliga a chamada.

- Eles quase nunca teem tempo para viajar juntos, se eu falasse que estava aqui certamente minha mãe voltaria correndo de Jeju e não quero estragar a viajem deles - se explica.

- Então seremos só eu e você? - pergunto e meu coração se agita com a possibilidade. MiCha me encara e parece tomar noção do que acabo de falar, nós dois sozinhos nesse apartamento por três dias, só podia ser algo predestinado, não tinha outra explicação.

- Eu sabia que ia me arrepender - sussurra se levantando. - Vou me lavar e olhar se tem algo pra comer, se não tiver teremos que ir comprar já que vamos ficar por aqui mesmo. - Anuncia e some do meu campo de visão, voltando só alguns bons minutos depois de roupa trocada, também troco de roupa quando ela anuncia que teremos que ir ao mercado para abastecer a geladeira.

Caminhamos lado a lado na rua até o supermercado próximo dali e compramos algumas sacolas de coisas, grande maioria delas carrego sozinho. Uma chuva torrencial e repentina nos pega no meio do caminho e temos que nos abrigar no ponto de ônibus, mas ficamos encharcados em questão de segundos. De onde vinha aquela chuva fora de época do nada?

- Te falei que deveríamos ter ido de carro - reclamo quando finalmente conseguimos voltar para o apartamento, estamos molhados por causa da chuva que nos pegou desprevenidos.

- Gastar gasolina para ir no outro quarteirão? - A garota era muito pão dura, rolei os olhos.

- Despois você reclama que sou mandão - largo as sacolas no chão e trato de me livrar das roupas molhadas que uso e grudam em meu corpo, MiCha volta para a sala com uma toalha na mão e vira o rosto rapidamente quando me vê tirando as roupas.

- Garoto, não tira a roupas aqui na sala - ordena.

- Por que não? Quer que eu molhe tudo? Só tem nós dois aqui! - relembro.

- Veste alguma coisa - ordena novamente, tiro a cueca na esperança de que ela dê uma espiada porém a nervosinha só joga a toalha me acertando bem no ombro. Solto um riso pensando em provoca-la.

- Ah, qual foi? Até parece que você não já viu tudo aqui? - falo passando a toalha em minha cintura. - Não só viu, como aproveitou bastante né? Colocou até na bo...

- Já se vestiu? - Me interrompe e rio um pouco mais abertamente, ela fica desconcertada com a provoco, gosto disso.

- Já, relaxa - respondo, a mesma se vira para mim, me encarando, depois suspira e balança a cabeça em negação. Me sinto confortável para provoca-la e isso é bom, significa que tenho abertura para chegar em seu coração de alguma forma.

Escolho algo para assistirmos na TV, continua chovendo forte e não entendo porque diabos está chovendo tanto fora de época então não poderíamos sequer sair para fazer as tais fotos pro Jungkook, sem nada para fazer e precisando desesperadamente ocupar a mente com algo antes que acabe fazendo algo que me arrependa depois, escolho uma série que gostaria de ter começado a assistir antes. Será a nossa principal programação nesse feriado, assistir as duas temporadas completas.

Depois de comermos a comida que preparei e de Jungkook ter lavado a louça, porque não a vinda dele aqui não ficaria gratuita, nos esparramamos pelo sofá com a TV já ligada.

Tento manter certa distância dele, não quero ser traída pelas minhas próprias vontades. A verdade é dura e cruel comigo, não consigo relaxar perto dele, sempre tensa, sempre com o coração martelando na jugular, uma dor no peito pressionado pela adrenalina em minhas veias e as borboletas no estômago que me deixavam inquieta e tonta, estava atormentada.

Em negação total. Não queria aceitar o que estava sentindo.

Não podia sentir nada pelo idiota tatuado, mas não conseguia evitar. Como se freia os sentimentos? Como se freia os pensamentos? Como se freia as vontades do próprio corpo? Tentava manter a pose, mas estava ficando louca enquanto lutava contra seja lá o que estava se passando dentro de mim.

Jungkook usa um moletom branco e calças xadrez, seu cabelo está solto e repartido para o lado, tinha traços graciosos e vez ou outra o espiava concentrado na TV, seus lábios tinham um desenho lindo e formavam um bico fofo enquanto assistia e as argolas nas orelhas brilhavam intensamente com o reflexo da luz da sala e eram um adorno que já fazia parte dele. Suspiro desviando o olhar.

- Quer ver uma coisa legal? - Pergunta de repente e o encaro, Jungkook me olha de volta com um ar travesso, sei que não tem pensamentos inocentes.

- Se você vier de gracinha eu corto o seu pinto e jogo fora - ameaço e ele rir.

- Você tem quantos seguidores no Instagram? - se aproxima de mim com o celular na mão.

- 250? Acho que é isso - dou de ombros, não ligo nenhum pouco para redes sociais. Ele ri em tom zombeteiro.

- Vou deixar você famosa em questão de minutos - anuncia. - Vamos fazer um boomerang. - Se joga ao meu lado no sofá, colando seu corpo ao meu, passa o braço pelo meu ombro e me puxa para junto de si, meu coração de agita um pouco mais e engulo em seco, gosto do toque, mas me sinto inquieta com isso.

- Ei, eu nem tô arrumada - reclamo tentando me afastar, mas ele me prende em seu abraço, sou invadida pelo cheiro que emana dele, amaciante, colônia e o shampoo em seu cabelo, ofego completamente tomada por Jungkook, tudo sobre ele me invade sem permissão e não consigo lutar contra, é inevitável.

- Você é linda, não precisa se arrumar - coro diante de suas palavras. Ele me acha linda mesmo desarrumada como estava? Jungkook aponta a câmera frontal para nós dois e nos olhando pela tela parecemos bonitos juntos. Sinto uma fisgada no peito e as borboletas em meu estômago se agitam um pouco mais, droga! Não consigo resistir, gosto de como parecemos bem juntos. - Quando eu contar três você olha para mim tá? - concordo com ele. - Pronta? Um, dois, três... - me viro para encara-lo e então Jungkook sela seus lábios nos meus. É um toque suave e rápido, mas sou tomada pelo nervosismo e surpresa. Não consigo ter reação nenhuma, não consigo saber se estou brava por ele ter me beijado de surpresa ou se gostei disso. Estou entorpecida e tonta pelas sensações que me causava. - Perfeito - fala olhando para o celular, depois o vira para mim e mostra a cena que gravou, nós dois em um beijo inocente e bonito de ver.

- Você vai postar isso? - pergunto ainda entorpecida pelos seus lábios nos meus.

- Claro! Postei, agora é esperar a mágica acontecer e você se tornar conhecida do dia para a noite - não sei o que Jungkook pretendia ao certo com isso, só sei que cinco minutos após ter postado o vídeo eu já tinha 3 mil seguidores. Jungkook tornava essa relação oficial diante de milhares de pessoas, isso me inquietava um pouco. Deveríamos ir tão longe assim?

- Você não deveria ter feito isso - o repreendo.

- O que? Postado o boomerang? Nunca assumi uma namorada nas redes sociais, então acho que é uma boa ideia faz isso agora - me encara enquanto fala. O olho de volta.

- Você quer mesmo que todo mundo saiba sobre a gente? - pergunto curiosa sobre a resposta que me dará, não sei ao certo se existe de verdade um "a gente", mas não consigo formular a frase de outra forma.

- Não tem motivos para não querer - responde.

- Mas e quando os cinco encontros passarem? - nosso acordo eram cinco encontros e depois? Ele estava levando tudo isso para um lado muito irreversível.

- Eles precisam acabar? Não dá pra continuar? - responde minha pergunta com outra.

- Você falou que não era para se apaixonar - relembro, sabendo que concordei plenamente com isso.

- Falei e você não cumpriu - Jungkook joga comigo, mas não vou cair mais em suas provocações.

- Sem chances, você que parece estar apaixonado por mim me assumindo pra todo mundo desse jeito - devolvo a provocação porque sei que ele quer que eu admita que estou apaixonada por ele, mas não farei isso nem ferrando.

- Tô mesmo, não nego. - Sou pega de surpresa com suas palavras, não esperava que ele admitisse assim, apesar de já ter percebido que flertava comigo vez ou outra, não achei que ele simplesmente fosse ceder sem antes jogar um pouco. Não consigo falar nada. - MiCha-ssi, eu me apaixonei por você - constata e sorri ladino, me roubando o ar de novo.

Jungkook boiola pela MiCha é absolutamente tudo pra mim.

Gostaram?

Tô muito feliz com a aceitação de vocês, cada mensagem que recebo, cada comentário me deixa muito motivada. Vocês são muito importantes para mim.

Se um dia sentirem que não importam pra ninguém, lembrem -se que tem eu bem aqui amando a existência de cada um de vocês.

Obrigada pelo carinho, se possível deixem uma estrelinha aqui, comentem bastante, compartilhem com os amigos que também gostam pra ajudar. Me sigam no insta que sempre tô postando spoiler por lá @autoraday.

Amo vocês, até a próxima 💜

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