
ᥫ᭡ 045
QUANDO SE É JOVEM, NÃO HÁ certezas concretas, tudo é sempre novo e parece assustador. Um dia você acorda pensando em como alguém é insuportável, no outro você vai dormir pensando em quão bom é amá-lo. A juventude é a chance de inventar e reinventar, de escrever e apagar, a oportunidade perfeita para se entregar ao máximo aos seus sentimentos. Ser jovem é saber viver e errar, mas nunca desistir.
Durante esses meus dezoito anos, eu fiz amigos incríveis, passei bons momentos com a minha familia, conheci o melhor irmão que eu poderia pedir, tive dois ótimos namorados e uma coletânea de momentos. Não há outro ponto da minha vida que eu lembre de ser tão feliz como agora, além de todas as minhas realizações pessoais, estou assustadoramente perto de uma profissional, o dia em que publicarei o meu livro.
Depois de uma longa pesquisa, conversa e pensada no assunto, eu fechei o contrato com a editora que minha sogra, Tiffany, trabalha. De todos acho que Hyunjin é quem mais se mostrou ser meu maior fã, ele me apoia em absolutamente tudo. Neste último ano ele me provou ser mais do que eu imaginava, tanto nos aspectos que vi como positivos, como me surpreendo positivamente nos que eu julgava serem negativos. Estou cada dia mais certa de que ele é a minha outra metade.
— Jiyoon, é ele! — mamãe diz olhando a janela. Ela veio até a casa do meu pai apenas para me ver antes de ir ao baile.
— Como eu estou? — questiono dando um giro, o vestido médio azul marinho me acompanha no movimento.
— Como uma deusa! — ela elogia. — Você está linda, minha princesinha.
— Obrigada — eu sorrio, pego a minha bolsa. — Pai, estou indo! — grito da sala.
— Espera, querida! — ele grita e vem correndo do seu quarto. — Só algumas fotos — ele pede, já apontando a câmera para mim.
Eu não tenho tempo nem para discordar, ele está tão feliz que mesmo se tivesse, eu não diria não. Meu pai tira milhares de fotos minhas, de Felix, com a minha mãe, com Sumin, com ele, até uma que ele colocou timer para que pudéssemos sair todos juntos.
— Tá bom, tá bom, eu preciso ir — digo quando escuto Hyunjin buzinar novamente, pela terceira vez.
— Pai, cadê a chave? — Felix questiona.
— Aqui — meu velho entrega a chave do seu precioso carro ao meu irmão. — Tome cuidado na estrada, filho. Se quando você chegar, estiver com algum arranhão, por menor que seja, eu te mato.
— Não se preocupe, eu não vou me machucar — Lix diz.
— Eu não falava de você.
Felix resolve ignorar isso, dá de ombros e me acompanha até o lado de fora. Assim que saio de casa, Hyunjin faz o mesmo do carro, ele dá a volta e se encosta no automóvel. Eu estava pronta para sair, mas meu irmão me para.
— Jiyoon... — ele obtém minha atenção. Eu o pergunto o que há. — Eu só queria dizer que te amo.
— Isso é um pedido de ajuda? — questiono. Da última vez que ele disse que me amava tão espontaneamente, foi quando achou que ia morrer de diarreia.
— Aish! — ele se chateia. — Esquece. Não dá nem pra ser fofo com você, sua chata.
— Eu também te amo, Yongboboca! — dou um beijinho na sua testa.
Me afasto antes que ele continue com uma discussão sobre o apelido. Hoje é um dia de festa, por isso, sem brigas. Lee sai para buscar nossa amiga Lily, em sua casa. Já eu, para me encontrar com Hyunjin.
Caminho até ele bem devagar, para poder desfrutar da vista expendida o quanto puder. Ele me observa por completo, com um sorriso no rosto. Eu o rondo também, aprecio a beleza me sentindo felizarda por poder chamá-lo de "meu namorado". Hyunjin de smoking, é uma divindade.
Chego até ele, que me recebe de braços abertos. Hyunjin me abraça, beija minha bochecha e me faz dar um giro de 360°. Fico tímida pela maneira como ele sorri todo bobo, contente por estar ao meu lado. Minhas bochechas enrubescem, mas meu coração está calminho.
— Wow! Você está incrível.
— Você também está um absurdo de lindo — eu elogio o namorado cheio de ego que eu tenho.
— E tudo isso... — ele dá uma voltinha. — É seu! — completa o Hwang. — Deus foi generoso com você, Yang. Te deu o melhor namorado do mundo.
— Eu tenho que concordar — inflo seu ego. — E o meu namorado lindo pretende me levar ao baile hoje?
— Mas é claro, minha princesa. Vamos?
O cavalheiro elegante abre a porta para mim. Eu entro. Ele dá a volta e passa a dirigir a caminho do baile. Pego meu celular por um instante e conecto o bluetooth no som, exibindo a minha playlist. I'm only me when I'm with you, da Taylor Swift, começa a tocar.
Olho para ele no banco do motorista, não pensei que estaria indo a este baile de formatura com ele. Por muito tempo eu sonhei com isso, ele e eu juntinhos e felizes, agora é assim, multiplicado por mil. Enquanto o observo batucando os dedos contra o volante, algumas partes da letra parecem se encaixar.
"Tudo de que preciso está bem aqui do meu lado [...] Você me deixa louca metade do tempo, a outra metade eu estou apenas tentando deixar você saber que o que eu sinto é verdadeiro [...] Os segredos ou meus medos mais profundos, apesar de tudo, ninguém me entende como você entende [...] E eu sou apenas eu quando estou com você".
É sobre nós dois.
Quem iria pensar que, o garoto dos meus sonhos, ao qual eu escrevia histórias de amor e odiava simultaneamente, algum dia se tornaria o meu namorado?
Hyunjin é como um sopro de primavera, faz as coisas boas florescerem. Mas, também exala calor, é quente como o verão. A verdade é que, não importa que passemos por uma fase tempestuosa, fria feito o inverno, porque conosco sempre haverão os outonos e os recomeços. O que sentimos um pelo outro percorre por todas as estações.
— No que você tanto pensa? — ele pergunta enquanto estaciona.
— Estou pensando em como as coisas estão diferentes agora — digo a ele. O garoto para o carro e permanece nele, me ouvindo. — Todos os dias quando acordo, eu penso em você. Ao seu lado eu sou tão mais feliz, é como ir ao mar todos os dias. Você deixa o meu reino cinza, mais colorido, Wangja.
— Credo! Que nojo! — ele zomba de mim, faz uma careta fofa. — Você não era assim, Yang Jiyoon. O que foi que você se tornou?
— É tudo culpa sua! — eu o culpo por ser um grande gostoso. — Foi você quem me deixou assim, toda boboca e melosa — cruzo os braços. — Você acabou com a minha fama, Hwang.
— Que fama? — ele questiona.
— A de destruidora de corações — eu respondo. Ele gargalha.
— JiJi, meu amor, você não precisa ser "a destruidora de corações", porque você já tem o meu inteirinho para si — ele diz e deposita um selinho nos meus lábios. — E você nunca teve essa fama.
— Babacão! — eu o dou um empurrão e um beijinho na bochecha.
É com esta relação passiva-agressiva que estamos acostumados.
Meu namorado e eu descemos do carro e vamos de mãos dadas para o ginásio do colégio. Quando descobrimos que o nosso baile de formatura aconteceria aqui, quase tivemos uma briga com a direção por pensar que ficaria horrível, mas o comitê de decoração fez um trabalho excelente. A paleta de cores e tudo que envolve a decoração foi meticulosamente escolhido, dá para perceber. Está tão lindo que nem parece a nossa escola.
A música é outro ponto forte, é propício a ocasião e todos nós conhecemos elas, faz querer dançar. Mas, ao meu lado, escuto Hyunjin cantar uma música que não saiu da sua cabeça esses últimos dias e que não tem nada a ver com a que até então toca. Psycho, do Red Velvet. Ouvir Hwang Hyunjin é como presenciar o cantarolar de um anjo.
Enquanto nossos amigos não chegam, nós tiramos algumas fotos. Fazemos poses bonitas para as que serão reveladas, mas no meu celular está lotado de imagens com caretas engraçadas e totalmente esquisitas. Nós somos esquisitos.
— Está ansiosa, rainha do baile? — Hyunjin me pergunta, colocando os braços ao redor de minha cintura, para poder dançarmos juntos.
— Eu não acho que serei a rainha do baile — digo, mas estou sendo humilde, essa coroa já é minha.
— Nem você acredita nisto — ele sorri. — Sabe que eu votei em você.
— E eu em você!
— Para a rainha do baile? — ele faz graça, distorcendo minhas palavras.
— Sim — entro na onda.
— Então lamento te dizer que você já perdeu, fofinha! — ele anuncia. Estala os dedos e mantem uma pose de quem conta vitória. — O trono é meu!
— Pode ficar, você parece mesmo constipado.
— Engraçadinha — ele ri com deboche.
Nós dois deixamos as brincadeiras de lado por um momento. Eu fico mais perto dele e deito a cabeça em seu ombro enquanto continuamos dançando. Fecho os meus olhos e escuto as batidas do meu coração, estão acompanhando a música. Depois de um tempo durante nosso relacionamento, eu me preocupei por não ficar mais nervosa toda vez que o vejo. Mas está tudo bem, isso é porque ele me causa paz e não me deixa ansiosa.
Quando estamos juntos, só há um lugar na face da terra em que eu quero estar, e já estou. Não ligo para outras pessoas, fofocas ou o que for, estou feliz com ele. Assim que assumimos o namoro muita gente ficou contra nós, há um grupo de apoiadores para Chanyoon — Chan + Jiyoon —, pessoas que não aceitaram nosso término e que preferiam nós dois a Hyunjin e eu.
Fomos muito criticados apenas por nos gostarmos. Os nossos colegas de colégio parecem fãs obcecados, eles acham que podem escolher com quem eu devo ficar. O colégio — majoritariamente — nunca superou o fim de Chanyoon, por isso não me surpreendi quando Chan foi anunciado como o rei do baile, junto a mim, a rainha.
Bang é o único que parece surpreso. Ele sobe para pegar sua coroa enquanto os amigos gritam e o aplaudem. Depois das formalidades, temos que ter nossa primeira dança. Ele e eu nos direcionamos para a pista de dança, olhos atentos nos observam, bocas fofoqueiras gritam quando nos tocamos e a dança começa.
— Isso te deixa desconfortável? — Chris questiona quando percebe que eu não olho nos seus olhos.
— Não a dança, mas as pessoas torcendo por nós como se eu não tivesse um namorado.
— Acho que eles gostavam de nós dois juntos — Chan me faz dar um giro no meio da dança. — Nós podemos falar sobre isso? — ele questiona, eu não me oponho. — Acho que só falei com Hyunjin.
— Sim, é verdade. Eu gostaria que nós dois tivéssemos a oportunidade de conversar mais um com o outro.
— Eu precisava de um tempo para parar de pensar tanto em você, para colocar a cabeça em ordem. Entende isso, não é?
— Sim, é claro.
— Como eu não tive a oportunidade de te dizer isso antes, direi agora — ele inicia. Eu finalmente olho nos seus olhos, fico com medo do que será. — Está tudo bem comigo, Jiyoon. Eu quero que você seja feliz, que os dois sejam, juntos. Eu vejo que vocês se gostam, dá para sentir de longe quando o que duas pessoas tem, é verdadeiro.
Eu sinto um peso enorme saindo das minhas costas. Agora consigo respirar. Por muito tempo fiquei com medo, triste também por ele. Eu fiquei dividida entre querer ser feliz e vê-lo feliz, mas não pude ter os dois. Por mais que ele e eu não tenhamos dado certo como um casal, Chan foi um amigo incrível que eu odiei perder. Me alivia saber que ele está bem agora.
— Está nos dando a sua benção? — eu pergunto, como se nós estivéssemos em um filme de época.
— Tipo isso — ele diz, ri. — E se você quiser também, eu adoraria ser o seu amigo novamente. De vocês dois, é óbvio.
— É claro, Chan. Você é uma das melhores pessoas que eu já conheci na minha vida, te perder seria burrice!
Bang sorri emocionado e eu o abraço apertado. Os nossos colegas começam a gritar, mas eu não ligo, fiz as pazes com o meu amigo e é a única coisa que importa neste momento. Nós nos desfazemos do abraço e logo acaba a primeira música do rei e rainha do baile.
Novas músicas lentas começam a tocar e eu vou encontrar o meu namorado. Ele me estende a mão como o príncipe que é e me acompanha nesta dança. Eu encosto a cabeça em seu ombro e ficamos juntinhos como antes.
Está tudo ótimo, a companhia é incrível. Sinto meu mundo completo e meu coração feliz deixa sinais de que pertence a ele. Em momentos de alegria como o de agora, eu prenso se é verdade, no que poderia dar errado. Mas não há nada, porque Hyunjin é o certo para mim.
— Esta é a hora em que você me diz que o que temos é fruto de uma aposta? — eu brinco, quase para cochilar no seu carinho.
— Sim — ele continua com a brincadeira. — Mas é aí que acontece o plot twist. Eu não sabia, mas foi com você que eu apostei para te fazer apaixonar-se por mim.
— Nossa, é uma boa história.
— Não tanto quanto a nossa! — ele beija o topo da minha cabeça deitada em seu peitoral. — Você está decepcionada por eu não ser o rei com você? — ele questiona, deve estar me achando muito quieta.
— Eu não preciso um rei, já tenho o meu Wangja! — ergo a cabeça para poder olhar no fundo dos seus olhos.
— E você está feliz com o príncipe que ganhou? — ele pergunta.
— Sim, estou. Ele é meio caloteiro, mas eu sou completamente louca por ele — respondo, recebendo uma expressão facial de incredulidade.
— Caloteiro? Oi? — ele interroga, acha que eu não me lembro da promessa que me fez. — Desde quando?
— Ei, você não lembra que nunca me pagou aquela aposta sobre a prova de física? — recordo o assunto de tempos atrás.
Hyunjin para um pouco para pensar, deve estar se perguntando se não já pagou, mas ele ainda me deve. Quando percebe isso, ele continua:
— Você quer que eu pague agora? — eu confirmo com a cabeça. — Como?
— Você confia em mim? — pergunto, com um sorriso divertido no rosto.
— Estou com medo de dizer... — ele arqueia uma sobrancelha. — Mas sim, eu confio.
— Então vem comigo!
Eu seguro a sua mão esquerda e o arrasto pelo salão de baile, as outras pessoas nos encaram reclamando enquanto corremos esbarrando por eles. Hyunjin não entende nada enquanto saímos pelos corredores, ele não sabe que eu já tenho o que quero em mente por muito tempo. Algo que eu sempre quis consertar, que eu esperei demais para fazer.
Uma canseira depois, chegamos à porta da nossa sala de aula. Ele me olha curioso sobre o que tramo, eu peço que ele me espere do lado de dentro. O observo pela janela, ele vai rondando tudo ao redor para ver se não encontra alguma pegadinha. Ele sempre acha que eu vou fazer algo contra ele. Após perceber que a barra está limpa, ele senta-se no mesmo lugar em que sempre esteve.
Eu entro na sala, mas paro perto da lousa. Olho para a cadeia de Hyunjin e a última da quarta fila, onde costumava ser o lugar de Lee Byeol. Eu faço meu teatro, como se estivesse escolhendo, e tenho a mesma escolha de antes. Sento-me ao lado do Hwang, agora meu namorado, e mantenho a boca fechada como se eu não soubesse falar. Viro-me para a mesa de trás e olho ma direção em que Felix ocupava. É pouco tempo, volto minha visão para frente.
Meu namorado me olha como quem duvida da minha sanidade mental. Como daquela vez, eu me perco no aroma terapia que é Hwang Hyunjin. Estar tão próximo dele não é mais uma tortura sem fim, mas ainda sinto como se estivesse me afogando nesses sentimentos. Se isso for uma chamada para o inverno, não me importarei em arder em chamas com ele para sempre. Ah, como eu amo isso!
O meu desejo, o que quero fazer com você, é arrumar a nossa história.
— Eu te odeio, Hyunjin. Eu te odeio — sussurro como fiz da primeira vez. Sinto minha cabeça entrar no dejá vù.
— Falou comigo? — ele questiona. Hwang Hyunjin ainda tem os mesmos reflexos.
— Sim... — mas desta vez, eu concordo.
Obtenho toda a sua atenção. Ele espera que eu apague as reticências e complete a sentença seguido de um ponto final. Eu apenas admiro os seus olhos, porque sua beleza sim não tem fim.
Sinto o meu coração aquecer. Não fico mais nervosa quando olho para ele, a sensação das falsas borboletas violentas agredindo meu estômago não existem mais, pois agora ele se tornou a minha paz.
— Então, o que disse? — ele questiona.
Viro-me para ele, toco a sua mão por cima da mesa e ele olha instantaneamente na direção do contato. Eu seguro e massageio sua mão com carinho, ele sorri. Não fico aflita ou ansiosa em dizer, porque é o momento correto, é o momento em que abro o meu coração por completo. As palavras apenas saem da minha boca, carregando consigo o mais belo dos significados.
— Quis dizer que te amo, Hwang Hyunjin!
Agora, eu apago aquela velha lembrança que me atormentava como um pesadelo continuo e dou a ela uma outra direção. Eu deleto aquele péssimo momento e o reescrevo como deveria ter acontecido, como eu gostaria de ter feito.
Esperei por um sorriso doce, um abraço caloroso ou até um beijo apaixonado. Imaginei que quando dissesse as três palavras, ele partiria para mim como se o encontro dos nossos corpos fosse a única coisa importante. Pensei que ele me agarraria nos seus braços e me amaria para sempre, por isso me assusto quando o que recebo é um choro.
Fico confusa. Eu toco o seu ombro com a mão livre, um pouco sem graça. Não entendo, fiz algo de errado?
— Jagi-ya, por que você está chorando? — eu pergunto. Seco o rosto do garoto com o lencinho de seu próprio terno.
Hyunjin para de chorar, segura as minhas duas mãos e se aproxima um pouco. Ele mantém um contato visual inquebrável, seus olhos avermelhados me deixam com uma sensação ruim.
— É porquê eu te amo demais — ele volta a chorar, responde quase soluçando. Quero rir, mas também desejo junto a ele. — E eu pensei que você não me amasse, JiJi.
Eu toco o seu rosto e faço carinho na sua bochecha, ele se aconchega no meu toque como um gatinho manhoso.
— Eu te amo tanto que este sentimento não coube em apenas uma história.
— Para de me falar coisas bonitas, eu não quero chorar na frente da minha namorada! — ele diz feito um bebê chorão. Eu, pelo contrário, dou risada. — E para de rir também. Você quer virar a ex?
— Você não tem coragem de terminar comigo. Me ama demais, foi você quem disse — dou de ombros com um sorriso convencido no rosto.
— Quer pagar para ver? — ele me desafia. — Está tudo acabado entre nós, Yang Jiyoon! — Hwang fala, da boca para fora, é óbvio.
Não o levo a sério, levo minha boca até a sua. O nosso campo magnético me puxa de volta para ele. Perto, longe; nós não nos limitamos a espaços. Eu o amo aqui, em qualquer universo, qualquer reino, qualquer dimensão. Meu coração é apenas dele e de mais ninguém.
O amor é assim, ele chega sem que você perceba e fica como se sempre estivesse ali. Você não consegue perceber a transição do gostar para o amar, porque não acontece de uma hora para a outra, é feito aos poucos, até que quando você menos percebe, o seu coração já é inteiramente do outro.
Eu poderia dizer milhões de palavras bonitas para me referir ao que sinto por ele, mas acredito que "amor" é uma junção perfeita de tudo isso. Por muito tempo eu escrevi e pensei sobre este sentimento, mas não é nada comparado a conhecê-lo. No início isso me assustou. Amar alguém tem um peso enorme, é uma coisa importante, mas ele faz com que eu não me preocupe tanto e me concentre em desfrutar das sensações.
— Tudo bem, eu te aceito de volta — ele diz ao fim do beijo.
Com Hwang eu rio, choro, fico brava, feliz, tenho um mix de emoções. Ele mexe com a minha cabeça e acalenta o meu coração, vira o meu mundo de ponta cabeça só para me ajudar a refazê-lo de uma maneira mais esplêndida. Hyunjin desperta em mim o que ninguém jamais conseguiu. Não importa quanto tempo passe, sei no íntimo do meu coração que o que sentimos durará para sempre.
De todas as juras de amor que escrevi, encontrei milhares de palavras para falar de ti. E a cada dia, acabo descobrindo mais um de mil motivos a mais para te amar. Ao seu lado fui e sou feliz como nunca, não há outro alguém com quem eu queira estar. Como toda história, é chegado um momento em que é preciso haver um ponto final. Mas aqui não funciona assim, porque conosco, todo ponto torna-se continuativo. O que temos jamais terá fim. Não será efêmero, será eterno.
Meu coração e alma se enchem de felicidade, celebrando todos os nossos capítulos. A cada parágrafo, mais uma razão para sermos felizes. As várias palavras de amor que dediquei a você foram poucas para descrever o que sinto, mas sei que teremos mais mil outras histórias para escrevermos juntinhos. Você e eu, pra sempre. Obrigada por tudo, meu eterno amor, Hwang Hyunjin.
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