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ᥫ᭡ 043

COM AS PROVAS CHEGANDO, EU tive que correr com os conteúdos de física. No que se refere a todas as outras matérias, eu me dou bem, mas a maldita da física não entra na minha cabeça nem com hipnose pesada. Mas para que hipnose maior que os lábios carnudos de Hyunjin?

O meu namorado foi quem sugeriu uma aula particular na sua casa. É a primeira vez que entro no seu quarto e a única coisa para que desvio minha atenção são os seus lábios. Ele fala e é tão atraente que me desinteresso cada vez mais pela física idiota.

— Você está me ouvindo? — ele pergunta, é claro que não estava.

— Não, me desculpe — volto meu olhar para o caderno.

Ele volta a falar e tentar me explicar o conteúdo, mas é perda de tempo. Não compreendo, tipo, se eu não quero seguir carreira na física, preciso mesmo saber esses conteúdos? Digo, tem muitas coisas que você aprende na escola que são importantes no seu dia a dia — gramática, biologia, química e matemática básica são bons exemplos disso —, mas não penso que física seja uma delas. Como eu vou usar todos os cálculos de termodinâmica no meu dia a dia?

Eu até tento prestar atenção no conteúdo, mas tudo tira o meu foco. Não importa se é o barulho dos pássaros lá fora, o som dos carros, as folhas caindo na árvore que eu penso ser adequada para escalar e uma ótima passagem livre para o quarto do Hwang, ou apenas o homem mais bonito do mundo na minha frente. Tudo me distrai e eu não tenho TDA. Uma possível explicação para isso é que tem muita coisa me preocupando, meu futuro profissional é uma delas.

O que está acontecendo aqui é que, nesse final de semana eu recebi uma mensagem privada no Wattpad, ao que parece, é de uma editora que ficou interessada em publicar o meu primeiro livro. Eu fiquei tão surpresa que nem entrei em contato com eles ainda. Não sei, talvez seja alguma brincadeira e a tal editora nem exista de verdade. Mas não consigo parar de ficar me perguntando em como será se for real.

— Sério, o que está te estressando? — ele percebe minha falta de atenção à matéria, mais do que o normal. Hyunjin solta o caderno na cama e para de brincar com a caneta preta entre os dedos, ele está pronto para me ouvir.

— Tudo bem. Se eu contar, você promete não esboçar reação? — questiono. A verdade é que eu sou quem não quer esboçar uma reação exagerada e no final não passar de uma mentira.

— Eu te prometo.

— Alguns dias atrás eu recebi uma mensagem no Wattpad sobre os meus livros — digo. Ele se mantém neutro, então continuo: — Eu estou tentando não criar expectativa porquê eu não sei até que ponto isso é verídico. Mas, ao que indica, a representante de uma editora gostou do meu trabalho e quer publicar ele.

Hyunjin permanece estático, tentando manter a pose de tranquilo e sossegado, mas eu consigo ver nos seus olhos como ele está se contendo para não dizer nada.

— Tudo bem, você pode falar.

É então que ele falta pular da cama.

— Meu Deus, Jiyoon! Isso é incrível! — ele diz todo empolgado, parece mais animado que eu. Não é que eu não queira me animar também, o que eu não quero é me decepcionar. — Isso é importante, muito importante. O que você disse?

— Então... eu ainda não respondi.

— Por que? — ele pergunta, parecendo óbvio para ele que eu deveria ter respondido algo assim. — A proposta não era boa?

— Não, eu não sei, não analisei isso ainda. Estou preocupada, Hyunjin — eu me abro com ele e me permito ser totalmente honesta. — Não sei se quero mostrar para o mundo quem é a JiJi. É um jeito estranho e não convencional de publicar um livro físico. Digo, eu estou saindo do Wattpad, você sabe que todos pensam que é um aplicativo com livros escritos por crianças de doze anos e que não dá em nada sério.

— Mas há muitos livros bons por lá, os seus são a melhor prova disso — ele tenta levantar o meu astral. — Mostrar para o mundo quem você é seria uma dádiva. Existem vários livros ótimos escritos no Wattpad que viraram físicos, você tem três deles na sua estante.

É verdade, Hyunjin tem um ponto. Mas não sei se o meu cérebro está apto para processar isso no momento.

— Obrigada. Mas não sei se estou pronta para lidar com todo o julgamento ainda — exibo mais um dos meus tormentos. — Quando eu publicar, se eu publicar, todo mundo vai querer ficar dando palpite sobre mim e o que eu faço, até quem não tem o aplicativo ou me conhece. As pessoas julgam só por ter a opção de fazer isso.

— Você já viu a escola em que nós dois estudamos? — ele faz uma pergunta retórica. — Todo dia tem alguém diferente nos julgando. Uma boa parte dela nunca nos deu nem um "bom dia".

— Você tem razão — dou risada, mas a situação é lamentável. — Vou pensar melhor no assunto.

— Faça isso — ele sugere. — Mas agora, vamos voltar para a física — Hwang Hyunjin acaba com a minha felicidade.

— Ah, não!

— Você precisa tentar. Por que não fazemos um acordo? — ele dá a ideia. — Se você estudar direitinho e tirar uma nota boa, eu faço o que você quiser.

— Você quer apostar, Hwang? — eu sorrio ladino, ele concorda com a cabeça. — De que nota estamos falando? Consigo pensar em várias coisas que quero que você faça por mim.

— Acerte pelo menos 90% e eu sou todinho seu — ele diz e me dá um selinho.

— Eu achei que você já fosse todinho meu — retribuo o beijinho com outro.

       — Estou te vendo tentando fugir da aula — ele diz. Droga! Achei que passaria despercebido. — Vamos, você precisa prestar atenção. Com o tempo, as coisas começam a fazer sentido.

       Mas que mentira! Nós ficamos horas ali e nada fez sentido para mim, é como tentar explicar o universo inteiro, no final tudo acaba em teorias e mais teorias. Não há uma resposta concreta, apenas é assim. Para mim, isso é a física; eu não entendo, ela apenas existe.

Não há espaço para essa bobagem na minha cabeça, estou preocupada de mais. O assunto: o mesmo de antes.

Lá pela metade do monólogo do Hwang, eu me questionei outra vez sobre a proposta da tal editora, esse assunto não quer me deixar em paz. É um trote ou não? O que devo esperar disso? Lá se vai o papo sobre não criar expectativas.

Ser uma autora publicada significa muito para mim, mas até que ponto eu estou disposta a me expor? É algo que sempre sonhei, eu só não imaginava que eu seria descoberta no aplicativo laranja. Quando a dúvida me consome, resolvo procurar por uma segunda opinião.

       — Hyunjin, o que você acha que eu devo fazer sobre a editora? — pergunto, atrapalhando a sua aula.

       — O que você quer fazer? — ele me responde com outra pergunta.

       — Eu não sei. Ao mesmo tempo em que quero dizer sim, fico preocupada no que isso vai dar. Fazer isso significa mostrar para todos as minhas obras, não como um perfil anônimo, mas como eu mesma. Já me assusta mostrar para alguém que eu conheço, imagine como é ter estranhos dando pitaco sobre a minha escrita e a minha vida.

       — Você não deve fazer o que não se sente pronta. Se não acha que pode fazer isso, então não deve fazer. Não deve se pressionar a isso — ele aconselha. — Mas você sempre pode recorrer a usar um pseudônimo, tem vários autores que fazem isso.

       — Mas não seria ruim ser uma autora publicada e as pessoas nem saberem quem você realmente é?

       — Jagi¹ (자기), eu não estou mais te entendendo.

       — Nem eu.

       Hyunjin descansa o material de estudo na mesa de cabeceira e deita as suas costas nos travesseiros macios. Hwang me dá espaço e pressiona leves batidinhas no colchão, convidando-me para ficar ao lado dele. É óbvio que faço isso. Me aconchego nos seus braços sem perder tempo e já me sinto mais tranquila.

       — Calma, relaxa um pouco — ele diz em tom suave, como a melodia gostosa de uma bossa nova. — Você sabe por que eu gosto tanto de você?

       — Sim, mas eu adoraria ouvir isso saindo da sua boca outra vez.

       — Eu te adoro porque você é astuta, corajosa, bonita e inteligente. Você tem as suas dúvidas de vez em quando, mas acaba tomando a decisão correta. Você fez isso quando teve todo o lance com o meu pai. Na hora eu não entendi muito bem, mas você fez o que achava correto, foi o correto. Não importa por quanto tempo pense nisso ou o que decida, sei que vai tomar a melhor decisão.

       — Eu não sou corajosa o tempo inteiro, mas você me faz sentir como se pudesse enfrentar uma cova de leões. Obrigada, Hyunjin — eu agradeço. — Por me apoiar.

       — E vai ser assim sempre!

       Hwang beija o topo da minha cabeça e eu me acanho mais nos seus braços. Me encolho agarradinha nele e sem que eu perceba, estou de olhos fechados e quase cochilando, completamente relaxada ao lado do garoto por quem sou profundamente, perdidamente, intensamente e tudo que envolva "mente" — porque ele não sai da minha —, apaixonada.

— Oh, Jiyoon! Eu te amo tanto! — Yeji me acorda, nos pega de surpresa. Ela fica parada na porta do quarto, fazendo o que eu suponho ser uma versão 300x mais vergonhosa de Hyunjin e eu nos agarrando. — Me beija, Jiyoon. Me beija!

Hyunjin joga um travesseiro na irmã. Este objeto que vai direto no rosto, fazendo a garota pender para trás.

— O que você quer? — o irmão dela pergunta.

— Mamãe disse que a comida já está pronta — ela responde. — Vocês vão querer jantar ou estão sobrevivendo só de amor?

— Nós já vamos descer. Agora some!

       A garota sai e então somos só nós dois novamente. Eu penso em sair, mas Hyunjin me agarra e me prende com ele. Nenhum de nós quer acabar com o momento.

       Ficamos no quarto juntinhos até ouvir a senhora Tiffany Young gritar, nos chamando para a refeição. É carbonara e, se o sabor estiver tão bom quanto a aparência, eu tirei a sorte grande. O cheiro está divino.

       Nós vamos até elas e sentamos todos à mesa. Hyunjin e eu nos servimos com a massa enquanto Yeji não larga o celular, a mãe deles briga com ela por isso e ela finalmente sai do aparelho para se servir. Eu coloco uma quantidade boa no meu prato, provo e percebo que o cheiro faz jus ao sabor. A senhora Young cozinha divinamente.

       — O que vocês tanto estudam desde que chegaram? — minha sogra pergunta.

       — Física — seu filho responde. — A Jiyoon é péssima! — ele me insulta, eu chuto seu pé por debaixo da mesa. — Ai! Desculpa, amor. Mas como física, você é uma ótima escritora.

       — É verdade, bem lembrado! — a mulher estala os dedos como se estivesse querendo lembrar disso há muito tempo. — Nós falamos disso na semana passada. Jiyoon, quando é que você vai me mostrar uma obra sua?

Eu falto engasgar com a massa.

       — Ah, a senhora não vai querer ler — bebo um gole d'água para ajudar a descer a comida entalada na garganta. — Eu não ousaria te incomodar com uma bobagem dessa.

       — Não é incomodo, eu adoraria ler. Olha, se você está com medo por eu trabalhar para uma editora, não precisa. Eu não sou tão brava, pergunte ao seu namorado.

       — Ela está dizendo a verdade — Hyunjin confirma, mas eu acho que é a base de ameaça.

       — Quando eu tiver uma oportunidade, te mostro — eu digo. Meu Deus, onde estou me metendo?

       — Da próxima vez que vier aqui em casa pode trazer que eu dou uma olhada — ela sugere. — Fiquei realmente curiosa para conhecer a sua escrita, ouvi falar muitas coisas boas de você e suas obras.

— Mãe, está constrangendo a garota — Yeji diz, é verdade. — Se vamos constranger alguém, que seja Hyunjin.

       — Cala a boca, Yeji! — o garoto diz. — E a minha namorada é a melhor escritora de todas, vocês vão ver.

— Você não precisa exagerar — digo e dou um sorriso sem graça.

Hwang Hyunjin, quando eu tirar aquela nota, você me paga! Agora eu vou tirar essa nota a qualquer custo. Vou me vingar de você por me colocar nessa situação.

(•••)

— E aí, como foi? — ele me pergunta assim que eu recebo a minha prova corrigida.

— Ah, depois eu olho — digo, mas já olhei. — Você quer ir tomar um sorvete hoje? Eu pago, sou uma ótima namorada — mudo o assunto.

— Jiyoon, me fala logo quanto você tirou — ele não cai mais no meu papinho.

— Eu acertei 85% — respondo emburrada, minha vingança foi por água baixo. — Está feliz? Eu não.

— Parece que você perdeu essa aposta — ele toca na ferida. Mas tem um sorriso tão bonito que cura onde dói.

— É, eu perdi a nossa aposta, cara. Não beijei a garota mais bonita do colégio. Vai fazer o quê? — eu faço uma piada interna que só nós dois entendemos sobre apostas adolescentes em filmes clichês.

— Você pode não ter beijado a garota mais linda do colégio, mas eu beijei! — ele diz antes de me dr um beijinho. Que se dane a vingança, eu prefiro isso aqui.

— É fofo você tentar me animar, mas eu realmente queria tirar uma nota boa nessa prova. É a última do ano e eu queria encerrar com chave de ouro.

— Mas nem foi uma nota tão ruim, foi ótima e você tem pontos mais que suficiente para se formar — ele diz, mas eu continuo emburradinha. — Está bem, eu diminuo o meu preço. Deixo você fazer o que quiser comigo.

— Então você é o meu prêmio de consolação? — provoco apenas para não perder o costume.

— Parece que sim. Acho que você vai ter que ficar com o nerd esquisitão. Mas não se preocupa, depois que as populares fizerem uma transformação em mim, até elas vão querer me pegar — ele faz graça.

— Tsc... idiota! — eu dou risada e um beijinho na ponta do nariz dele.

De repente, eu olho nos olhos dele e sinto aquela magia no ar, uma sensação gostosa de conforto. Ele sorri para mim e eu enxergo meu mundo cheio de cor e vida, é assim porque ele está aqui. Não sei se é diferente agora, ou se sempre foi assim, mas eu sinto meu coração preenchido de bons sentimentos, agora ainda mais.

Eu olho para ele, penso nele e o meu corpo reage liberando endorfina. Quando penso nele sinto o meu coração palpitar. Minhas mãos formigam, minhas pernas ficam bambas e eu tenho vontade de dizer tudo isso para ele.

— Hyunjin...

— Sim, meu amor? — ele me chama pelo apelido carinhoso que me faz derreter.

— Eu... — vai Jiyoon, fala para ele! — Nós dois vamos ao baile juntos, não é? — desisto.

— É claro. Não há ninguém mais com quem eu queria estar senão você.

Eu sorrio contente.

Na verdade, estas não eram bem as palavras que eu queria dizer a ele. Toda a imensidão do que eu sinto se resumem em três. Mas é justamente por isso que eu quero fazer com que seja memorável para nós dois.

No momento certo, eu entregarei para ti todo o meu coração, farei com que seja um momento especial, porque você é especial. Eu sinto, é claro que sinto. Sinto todo o meu coração ser seu, Hwang Hyunjin.

Glossário

Jagi¹ (저기): Querida (o), bebê, amor, etc.
Apelido carinhoso utilizado geralmente por casais.

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